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CAMPINAS
2015
-i-
- ii -
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
____________________________________
Assinatura do Orientador
CAMPINAS
2015
- iii -
- iv -
-v-
- vi -
RESUMO
- vii -
com transtorno do humor apresentaram perfil de personalidade diferente dos
controles, sendo que os traços avaliados se mostraram mais acentuados nos grupos
diagnósticos. O grupo com transtorno depressivo, além de ter apresentado escores
elevados na maioria das facetas, também mostrou piores resultados em qualidade
de vida e número superior de tentativas de suicídio, variáveis que mostraram
associação importante com alguns dos domínios investigados.
- viii -
ABSTRACT
There are many theories about the role of personality in affective disorders. To study
the personality profiles of these patients can contribute to evidence important
specificities as well to ensuring more efficacious strategies for the treatment adopted
in the clinical context. Objective: The study aimed to assess and compare the
personality traits and quality of life of individuals with a diagnosis of bipolar disorder,
depression and a healthy control group, and to identify whether there are differences
in personality traits of patients with and without suicide attempts. Methods: The
sample was composed of 90 individuals, 30 with bipolar disorder, 30 with depression
and 30 psychiatrically-healthy subjects. They were assessed using the M.I.N.I. Plus
to confirm or to exclude possible mental disorders. Two scales were used to assess
depressive and manic symptoms at the time of the evaluation: the Montgomery and
Asberg Depression Rating Scale and the Young Mania Rating Scale. To evaluate
personality was used the Personality Inventory for DSM-5 (PID-5), it is an instrument
that was developed as a measure of the maladaptive personality trait proposed by
the alternative model for Personality Disorders, included within Section III of
the DSM-5. Quality of life was assessed using the test Whoqol-Bref. All statistical
analyses were performed using SPSS Statistical Package and SAS (Statistical
Analysis System). Results: The domain Detachment showed differences among the
three groups, patients with depression present the highest scores in this domain.
Patients with mood disorders presented significantly higher scores in the domains of
Negative Affectivity, Disinhibition and Psychoticism when compared to the control
subjects. In relation to Antagonism, the bipolar patients stood out from the rest with
their high scores. An increase in the domain Disinhibition was shown to increase the
chances of an individual having a mood disorder and the increase in the trait
Anhedonia raises the chances of depression. Patients with previous suicide attempts
presented higher scores in the dimension Detachment and in the traits Anhedonia,
Depressivity, Hostility and Impulsivity. In relation to the quality of life, the healthy
control presented significantly higher scores when compared to patients in all
domains. Negative correlation between the domains Detachment and Negative
- ix -
Affectivity and general quality of life were found in the patients with mood disorders.
Conclusions: Patients with mood disorders presented different personality profile
when compared to healthy control group and the evaluated traits were higher in the
sample of patients. The depressive group, not only exhibited higher scores in the
majority facets, but also showed worse results in quality of life and more suicide
attempts. These variables presented significant association with some personality
domains assessed.
-x-
SUMÁRIO
RESUMO ..........................................................................................................................vii
ABSTRACT .........................................................................................................................ix
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS............................................................................... xvii
LISTA DE TABELAS .......................................................................................................... xix
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 1
1.1 Transtornos do Humor........................................................................................... 1
1.2 Personalidade ......................................................................................................... 4
1.3 Personalidade e Transtornos de Personalidade no DSM-5 ............................... 10
1.4 Personalidade e Transtornos do Humor ............................................................. 16
1.5 Comportamento Suicida ...................................................................................... 19
1.6 Qualidade de vida e Transtornos do Humor....................................................... 20
2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 23
2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................... 23
2.2. Objetivos Específicos .......................................................................................... 23
- xi -
4. RESULTADOS............................................................................................................... 39
4.1 Dados sociodemográficos dos participantes ...................................................... 39
4.2 Dados Clínicos dos pacientes com Transtorno de Humor ................................. 40
4.3 Comparação dos escores das dimensões do PID-5 ............................................ 42
4.4 Regressão logística PID-5 ..................................................................................... 46
4.5 Traços de Personalidade e Tentativa de Suicídio ............................................... 47
4.6 Comparação dos escores das dimensões do Whoqol-Breve ............................. 50
4.7 Regressão Logística Whoqol-Breve ..................................................................... 51
4.8 Correlação entre os domínios e facetas do PID-5 e qualidade de vida
geral dos pacientes com transtornos do humor ................................................. 52
5. DISCUSSÃO ................................................................................................................. 55
5.1 Dimensões Clínicas ............................................................................................... 55
5.2 Aspectos da Personalidade .................................................................................. 57
5.3 Qualidade de Vida ................................................................................................ 63
5.4 Qualidade de Vida e Traços de Personalidade ................................................... 64
5.5 Limitações e Qualidades do Estudo .................................................................... 67
6. CONCLUSÕES .............................................................................................................. 69
APÊNDICES ...................................................................................................................... 93
ANEXO........................................................................................................................... 113
- xii -
DEDICATÓRIA
Para Márcia,
minha mãe, por todo amor, dedicação e carinho
Para Marcela,
minha querida irmã que me completa com suas diferenças
Para Christiano,
o melhor companheiro que eu poderia ter
- xiii -
- xiv -
AGRADECIMENTOS
À banca de qualificação composta pelo Prof. Dr. Cláudio Eduardo Muller Banzato,
pela Prof. Dra. Renata Cruz Soares de Azevedo e pela Prof. Dra. Clarissa de
Rosalmeida Dantas, pelos construtivos questionamentos e pelas valiosas
contribuições.
- xv -
- xvi -
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
TP - Transtorno de Personalidade
- xvii -
- xviii -
LISTA DE TABELAS
- xix -
Tabela 16 - Correlação entre o domínio Afetividade Negativa e Qualidade de
Vida geral do Whoqol-Breve ......................................................................................... 52
- xx -
1. INTRODUÇÃO
-1-
Na maioria dos casos, o transtorno é recorrente, sendo que o número de
episódios depressivos prévios pode ser compreendido como fator de risco
significativo para o desenvolvimento de novos períodos de crise. Pacientes com três
episódios prévios têm 90% de probabilidade de apresentarem novamente o quadro
[12]. Da mesma forma, Goodwin e Jamison [8] enfatizaram a questão da recorrência
a partir do terceiro episódio.
-2-
subsindrômicas encontram taxas muito superiores [18,19]. Neste contexto,
Angst et al [20] encontraram fortes evidências que reforçam a existência deste
espectro bipolar e ainda sugerem que os critérios adotados para diagnosticar
quadros de hipomania sejam revistos, a fim de ampliar as fronteiras do transtorno.
-3-
A ocorrência de um episódio depressivo não se faz necessária para o
diagnóstico de TAB tipo I e aproximadamente 5% dos pacientes vivenciam apenas
sintomas maníacos [23]. A literatura disponível até o momento, apesar de encontrar
algumas diferenças nas características clínicas da mania monopolar e bipolar, não
possui dados consistentes e estudados em diferentes contextos culturais. Esta é
uma das questões que merece ser mais explorada para ampliar o conhecimento
que se tem acerca da doença [24].
1.2 Personalidade
-4-
elucidar que a personalidade não é uma estrutura exclusivamente mental e nem
exclusivamente física e neural. A personalidade seria resultado de um
funcionamento, de uma relação inseparável do corpo e da mente.
Rebollo e Harris [31], por sua vez, enfatizam que a personalidade está
relacionada aos padrões de comportamento e atitudes de um indivíduo, sendo estes
padrões considerados relativamente constantes e estáveis ao longo da vida.
-5-
Uma noção que ganhou destaque entre os pesquisadores da personalidade
foi a de traços. O pressuposto básico da perspectiva de traços seria o de que os
indivíduos possuem distintas e variadas predisposições para responder de
determinadas maneiras frente às situações, apresentando um conjunto de traços
que configuram sua personalidade [30].
Este conceito foi central na teoria de Allport. O autor acreditava que os traços
eram unidades básicas da personalidade que representavam disposições
generalizadas que resultavam na regularidade do funcionamento do indivíduo em
situações distintas e ao longo do tempo. De forma sucinta os traços poderiam ser
descritos como “um amplo sistema de tendências para ação
semelhante” [33, p. 420].
Neste contexto da teoria dos traços, emergiu, entre alguns teóricos da área,
um modelo em que existiriam cinco fatores para descrever a estrutura básica da
-6-
personalidade humana e que ficou conhecido como modelo dos Cinco Grandes
Fatores ou Big Five [30].
Este modelo não foi desenvolvido a partir de uma teoria prévia e os achados
não se deram através de instrumentos desenvolvidos a priori para mensurá-los. A
descoberta e a descrição destes cinco fatores se deram, de fato, através de estudos
empíricos e análise fatorial. Diante da replicação frequente dos achados permitiu-
se fazer uma generalização empírica bastante abrangente [35].
-7-
altos escores em neuroticismo tendem a ser preocupadas, nervosas,
inadequadas, inseguras, ansiosas.
Destaca-se que esses cinco domínios podem ser encontrados com diferentes
nomenclaturas na literatura e, embora a denominação dos fatores ainda não seja
consensual, isto não se configura como um problema insolúvel, pois os traços de
-8-
personalidade que os constituem e sua forma de agrupamento se mostram
equivalentes nas diferentes abordagens do modelo [39].
-9-
Embora seja reconhecida a complexidade e o impacto dos TPs na vida dos
indivíduos afetados, as bases para seu diagnóstico ainda são muito discutidas e
problemáticas [43].
Agrupamento A
- 10 -
Transtorno da Personalidade Esquizotípica: padrão de déficits sociais
e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida
para relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas, perceptivas
e comportamento excêntrico.
Agrupamento B
Agrupamento C
- 11 -
ser inerentemente mais complexa na proposta de fornecer informações mais
precisas e específicas [44].
Nenhuma destas abordagens, por si só, deve ser considerada melhor do que
a outra, a questão central é adotar a mais adequada para determinado
transtorno [45]. No caso dos TPs, estudos sobre o uso do modelo categorial
demonstram que ele é falho em diversos aspectos que comprometem sua utilidade
clínica [46,47].
Além dessas questões, os critérios gerais para diagnóstico dos TPs foram
introduzidos no DSM-IV sem uma base empírica consistente, o que fez com que
novas definições e critérios passassem a ser estudados e desenvolvidos [51].
Diante dessa situação, o processo de revisão dos TPs para o DSM-5 iniciou-
se em dezembro 2004 visando criar alternativas dimensionais para o modelo até
- 12 -
então vigente. Isso ocorreu devido às discussões que já ocorriam previamente, à
concordância de que o modelo do DSM-IV apresentava diversos problemas e ao
fato de que o DSM-5 seria uma oportunidade de implementar uma abordagem
dimensional com uma base empírica mais sólida [52].
Quadro 1 - Critérios para diagnóstico de Transtorno da Personalidade - Seção III [1, p. 761]
CRITÉRIOS GERAIS PARA TRANSTORNO DA PERSONALIDADE
- 13 -
No contexto desta proposta para o diagnóstico, exige-se que seja feita uma
avaliação do nível de prejuízo no funcionamento da personalidade, necessária para
o critério A e uma avaliação categórica dos traços de personalidade patológicos
para satisfazer o critério B. De modo a constituir um modelo híbrido de avaliação
com aspectos dimensionais e categóricos [1].
- 14 -
instrumento são: Afetividade Negativa, Distanciamento, Antagonismo, Desinibição
e Psicoticismo [1].
A intenção ao criar o PID-5 [53] foi conectar o DSM-5 com a vasta literatura
sobre modelos empíricos de personalidade. A crescente literatura sobre a estrutura
do PID-5 sugere relações significativas e diretas entre o modelo de traço do DSM-5
e outros modelos [52].
- 15 -
geral, mas sim apresentaria variantes desadaptativas de traços que estão presentes
em todas as pessoas [49].
- 16 -
d. a personalidade sendo alterada pelo transtorno afetivo: as vivências do
transtorno afetivo, que incluem mudanças nos padrões de autoestima e
interação social, constantes alterações do humor, energia e pensamento,
provocariam mudanças reversíveis ou não na personalidade do indivíduo.
- 17 -
forma, Altindag et al [67] relataram que os pacientes que apresentavam comorbidade,
tiveram um início mais precoce do TAB quando comparados aos pacientes que não
foram diagnosticados com TP. Na pesquisa de Fava et al [69] houve uma maior
prevalência de TP em pacientes que tiveram início mais precoce do transtorno
depressivo maior (abaixo de 18 anos) em comparação com pacientes de início mais
tardio.
- 18 -
1.5 Comportamento Suicida
- 19 -
Entre as dimensões da personalidade, a Extroversão e o Neuroticismo são
as que apresentam resultados mais consistentes em relação ao comportamento
suicida, sendo a primeira considerada um fator de proteção e a segunda relacionada
com ideação e tentativa de suicídio [78,80,81].
- 20 -
e em remissão. Os achados indicaram que os sintomas depressivos foram
determinantes na qualidade de vida dos pacientes com TAB. De forma que os
maiores escores de qualidade de vida foram encontrados nos pacientes com
remissão completa, enquanto o episódio de depressão bipolar e os sintomas
residuais de depressão se mostraram negativamente correlacionados com
qualidade de vida destes pacientes.
enfatizam que a percepção e o relato dos pacientes sobre sua qualidade de vida
podem ser fortemente afetados pelos sintomas e pela falta de insight,
frequentemente associada aos quadros maníacos.
- 21 -
- 22 -
2. OBJETIVOS
O estudo tem por objetivo realizar uma avaliação dos traços de personalidade
e da qualidade de vida em pacientes com diagnóstico de transtorno afetivo bipolar
(TAB) e transtorno depressivo, no contexto do serviço ambulatorial de psiquiatria do
HC da UNICAMP, comparando com indivíduos sem transtornos mentais (controles).
- 23 -
- 24 -
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Amostra
Ser alfabetizado;
- 25 -
Essa medida foi adotada, pois se considerou que a avaliação da
personalidade poderia ficar prejudicada se os pacientes, no momento da
investigação, apresentassem sintomas agudos do eixo I, podendo afetar o relato
fidedigno dos traços de personalidade.
Foi formado por 30 adultos com idades entre 19 e 65 anos. T ais sujeitos
eram pais ou acompanhantes de crianças e adolescentes atendidos, por questões
clínicas variadas, no Ambulatório de Pediatria do Hospital de Clínicas da Unicamp
(n=20) e funcionários do serviço social e recepção do Hospital de Clínicas da
Unicamp (n=10).
Ser alfabetizado;
- 26 -
grupos, visando evitar possíveis influências destas variáveis e tornar a população
mais homogênea para aumentar a confiabilidade dos dados.
3.2 Instrumentos
- 27 -
para população brasileira, e é coordenado pelo professor Dr. Ricardo Primi do
Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional do Programa de Pós-
Graduação em Psicologia da Universidade São Francisco (USF), com participação
de professores da UFRGS e UNIFESP (Apêndice 3).
- 28 -
Hostilidade: sentimentos persistentes ou frequentes de raiva; raiva ou
irritabilidade em resposta a desprezo e insultos mínimos;
comportamento maldoso, grosseiro e vingativo.
- 29 -
Desconfiança: sensibilidade a sinais de más intenções ou dano
interpessoal; dúvidas quanto à lealdade e à fidelidade dos outros;
sentimentos de ser maltratado, usado e/ou perseguido pelos outros.
- 30 -
planos; senso de urgência; comportamento de autoagressão sob
angústia emocional.
- 31 -
As facetas são avaliadas por uma quantidade diferente de itens que variam
de quatro a 14, e alguns itens específicos devem ser ter sua pontuação recodificada
antes de serem contabilizados nos domínios. No presente estudo foi utilizado um
modelo de cálculo no qual os itens foram somados para compor os traços, e em
seguida, os traços foram agrupados para formar os domínios [53].
3.2.4 Whoqol-breve
- 32 -
3.2.5 Escala de Avaliação para Depressão de Montgomery e Asberg
(MADRS)
3.3 Procedimento
- 33 -
A coleta dos dados com o grupo de pacientes iniciou-se no mês de maio de
2013 e se estendeu até janeiro de 2015. A pesquisadora verificava os prontuários
dos pacientes com transtornos depressivos e TAB que seriam atendidos na data e
conversava com os médicos residentes responsáveis pelos casos, os quais já
haviam sido previamente informados sobre a pesquisa e os instrumentos utilizados.
Assim, os residentes indicavam os pacientes que tinham condições cognitivas
minimamente suficientes para participar, que estavam clinicamente estáveis e em
remissão do episódio de transtorno de humor. Esta avaliação clínica era
posteriormente confirmada por meio da utilização de escalas de avaliação de
humor.
O primeiro contato com estes participantes foi feito, na maior parte das vezes,
após a consulta médica, ainda na sala de atendimento, visando esclarecer a
pesquisa e convidá-los a participar. Caso o paciente concordasse em participar e
tivesse disponibilidade, a avaliação era realizada imediatamente após o término do
seu atendimento. Em algumas situações, entretanto, a pesquisa foi agendada para
a data da consulta seguinte.
- 34 -
a recusa não implicaria em nenhum prejuízo para o tratamento e eles eram
imediatamente liberados.
Com relação aos controles saudáveis, o grupo foi formado por funcionários
do setor de serviço social e recepção e por acompanhantes de
crianças/adolescentes atendidos no Ambulatório de Pediatria. A pesquisadora
frequentou, a partir de outubro de 2014, um grupo de atendimento oferecido para
pais e acompanhantes de crianças e adolescentes atendidos no serviço de
pediatria. O grupo era conduzido por profissionais do Serviço Social que ao final das
discussões pertinentes permitia que a psicóloga falasse sobre a pesquisa e fizesse
o convite para que os acompanhantes participassem.
- 35 -
O procedimento de avaliação foi o mesmo detalhado anteriormente com os
pacientes, exceto pela aplicação das escalas que avaliam os sintomas de
transtornos de humor.
- 36 -
Esta avaliação não foi considerada um procedimento invasivo e não ofereceu
riscos, ainda assim, os envolvidos tiveram liberdade para interromper o processo
em qualquer momento, sem que isso gerasse qualquer prejuízo ou desconforto.
- 37 -
- 38 -
4. RESULTADOS
- 39 -
Tabela 1 - Caracterização sociodemográfica dos participantes com TAB, depressão e grupo
controle
TAB DEPRESSÃO CONTROLE
VARIÁVEL P
(Grupo 1) (Grupo 2) (Grupo 3)
Idade - anos (M, DP) 34,0 (11,7) 42,0 (10,4) 39,1 (12,6) 0,014 (1) a
Escolaridade - anos (M, DP) 10,7 (3,4) 9,8 (3,7) 9,6 (3,5) 0,34 (1)
- 40 -
Entre os pacientes entrevistados, 38,3% revelaram já ter feito tentativa de
suicídio. Houve diferença significativa entre os dois grupos nessa variável, sendo
que as tentativas foram mais prevalentes no grupo com depressão.
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Tabela 2 - Dados de história clínica dos participantes com transtorno de humor
VARIÁVEL TAB DEPRESSÃO p
Idade Início Tratamento - anos (M, DP) 24,9 (8,8) 36,0 (11,4) < 0,001(1)
Tempo de Tratamento - meses (M, DP) 96,03 (79,15) 61,27 (71,50) 0,079(1)
Internações Psiquiátricas (M, DP) 2,87 (3,01) 0,87 (1,2) 0,001(1)
Tentativa de Suicídio (N,%) 7 (23,3%) 16 (53,3%) 0,017(2)
Número de Tentativas de Suicídio (M, DP) 0,5 (1,25) 1,73 (2,6) 0,023(1)
Ideação Suicida Atual (N, %) 1 (3,3%) 6 (20%) 0,044(2)
Fez Tratamento Psicológico (N,%) 22 (73,3%) 19 (63,3%) 0,405
Faz Tratamento Psicológico (N,%) 4 (13,3%) 5 (16,7%) 0,718
Comorbidades (N, %) 4 (13,3%) 8 (26,7%)
Eixo I (N,%) 2 (6,6%) 4 (13,3%) 0,690
Pânico 1 (3,3%) 2 (6,6%) -
Obsessivo-Compulsivo 1 (3,3%) 2 (6,6%) -
Eixo II (N,%) 2 (6,6%) 5 (16,7%) 0,424
Borderline 1 (3,3%) 1 (3,3%) -
Histriônica 1 (3,3%) 3 (10%) -
Dependente - 1 (3,3%) -
Obsessivo-Compulsiva - 1 (3,3%) -
Escala de Mania
Média (DP) 0,47 (1,01) - -
Mín-Máx 0-3 - -
Escala de Depressão
Média (DP) 4,80 (5,17) 12,77 (8,74) < 0,01(1)
Mín-Máx 0-20 0-24
M= Média; DP= Desvio Padrão; N= Número
TS = tentativas de suicídio
TP = transtorno de personalidade
(1)
Teste T de Student
(2)
Qui-Quadrado
- 42 -
apresentaram pontuações significativamente superiores em relação ao grupo
controle. No domínio Distanciamento, os pacientes com transtorno depressivo
obtiveram as maiores pontuações e no domínio Antagonismo os pacientes com TAB
apresentaram os maiores escores.
120
100
80
60
TAB
40
DEPRESSÃO
20 CONTROLE
- 43 -
Tabela 3 - Diferença entre os grupos no domínio Afetividade Negativa do PID-5
TAB DEPRESÃO CONTROLE
DOMÍNIO/FACETA p (1)
M (DP) M (DP) M (DP)
AFETIVIDADE NEGATIVA 106,50 (26,22) 116,97 (29,02) 83,93 (13,15) <.0001 a,b
Labilidade emocional 15,13 (6,12) 18,83 (5,46) 12,5 (3,52) <.0001 b,c
Insegurança de Separação 14,37 (6,24) 13,87 (6,22) 9,10 (2,76) <.001 a,b
Submissão 7,33 (2,94) 7,37 (3,02) 5,67 (2,22) < 0.05 a,b
Tendência à depressão 23,03 (9,67) 31,53 (12,63) 16,13 (2,73) <.0001 a,b,c
- 44 -
Tabela 5 - Diferença entre os grupos no domínio Antagonismo do PID-5
TAB DEPRESSÃO CONTROLE
DOMÍNIO/FACETA p(1)
M (DP) M (DP) M (DP)
Manipulação 7,73 (2,98) 5,67 (1,60) 6,10 (1,69) < 0.01 a,c
Desonestidade 13,97 (4,56) 11,50 (2,01) 10,97 (1,27) < 0.05 a,c
Busca de atenção 15,13 (6,05) 11,67 (4,45) 9,83 (2,72) <.001 a,c
Perfeccionismo Rígido 18,50 (6,45) 17,97 (8,71) 13,97 (3,66) < 0.05 a
Exposição a Riscos 26,83 (7,93) 25,40 (9,11) 20,07 (5,31) < 0.01 a
M= Média; DP= Desvio Padrão
(1)
ANCOVA, idade como covariável
a
Diferença significativa Controle X TAB no post-hoc com ajuste de Tukey para múltiplas comparações
b
Diferença significativa Controle X Depressão no post-hoc com ajuste de Tukey para múltiplas comparações
c
Diferença significativa TAB X Depressão no post-hoc com ajuste de Tukey para múltiplas comparações
- 45 -
Tabela 7 - Diferença entre os grupos no domínio Psicoticismo do PID-5
TAB DEPRESSÃO CONTROLE
DOMÍNIO/FACETA p (1)
M (DP) M (DP) M (DP)
Experiências Incomuns 10,70 (4,40) 11,40 (5,76) 8,37 (1,65) <.001 a,b
Disfunção Perceptiva 16,93 (6,07) 18,73 (8,73) 12,73 (1,78) <.0001 a,b
M= Média; DP= Desvio Padrão
(1)
ANCOVA, idade como covariável
a
Diferença significativa Controle X TAB no post-hoc com ajuste de Tukey para múltiplas comparações
b
Diferença significativa Controle X Depressão no post-hoc com ajuste de Tukey para múltiplas comparações
c
Diferença significativa TAB X Depressão no post-hoc com ajuste de Tukey para múltiplas comparações
- 46 -
Na análise de regressão logística multivariada verificou-se a influência
conjunta dos seguintes fatores para diferenciar os grupos: faceta Anedonia e
domínio Desinibição. O aumento em Anedonia eleva a chance de o indivíduo estar
no grupo depressão em 14,9% e 39,5% quando comparado com TAB e controle,
respectivamente. Já o aumento no domínio Desinibição eleva a chance do indivíduo
estar no grupo TAB e depressão em 10,5% e 9,4%, respectivamente, comparado
com o grupo controle (Tabela 8). Os dados detalhados da regressão logística
simples constam em apêndice (Apêndice 4).
- 47 -
Tabela 9 - Correlação entre o número de tentativas de suicídio e domínio Afetividade
Negativa do PID-5
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE
DOMÍNIO/FACETA
PEARSON
DISTANCIAMENTO 0,539 **
Retraimento 0,363 **
Anedonia 0,441 **
Evitação de Intimidade 0,313 *
Tendência à depressão 0,617 **
Desconfiança 0,261 *
*p < 0,05 ; **p < 0,01
- 48 -
Tabela 11 - Correlação entre o número de tentativas de suicídio e domínio Antagonismo do
PID-5
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE
DOMÍNIO/FACETA
PEARSON
ANTAGONISMO - 0,007
Manipulação - 0,136
Desonestidade - 0,052
Grandiosidade - 0,013
Busca de atenção - 0,101
Insensibilidade 0,224
*p < 0,05 ; **p < 0,01
DESINIBIÇÃO 0,396 **
Irresponsabilidade 0,341 **
Impulsividade 0,381 **
Perfeccionismo Rígido - 0,010
Distratibilidade 0,434 **
Exposição a Riscos 0,282 *
*p < 0,05 ; **p < 0,01
- 49 -
Tabela 13 - Correlação entre o número de tentativas de suicídio e domínio Psicoticismo do
PID-5
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE
DOMÍNIO/FACETA
PEARSON
PSICOTICISMO 0,431 **
Experiências Incomuns 0,347 **
Excentricidade 0,414 **
Disfunção Perceptiva 0,394 **
*p < 0,05 ; **p < 0,01
90
80
70
60
50 TAB
40 DEPRESSÃO
CONTROLE
30
20
10
0
Geral Físico Psicológico Social Ambiental
Gráfico 2 - Diferença entre os grupos nos domínios do Whoqol-Breve
- 50 -
Tabela 14 - Diferença entre os grupos nos domínios do Whoqol-Breve
TAB DEPRESSÃO CONTROLE
DOMÍNIO p(1)
M (DP) M (DP) M (DP)
- 51 -
4.8 Correlação entre os domínios e facetas do PID-5 e qualidade de vida
geral dos pacientes com transtornos do humor
- 52 -
Tabela 17 - Correlação entre o domínio Distanciamento e Qualidade de Vida geral do
Whoqol-Breve
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE
DOMÍNIO/FACETA SPEARMAN
TAB DEPRESSÃO
- 53 -
Tabela 19 - Correlação entre o domínio Desinibição e Qualidade de Vida geral do Whoqol-
Breve
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE SPEARMAN
DOMÍNIO/FACETA
TAB DEPRESSÃO
- 54 -
5. DISCUSSÃO
- 55 -
com os achados da pesquisa de Angst [7]. Porém, no geral, os estudos que
comparam se as tentativas de suicídio tendem a ser mais frequentes em pacientes
unipolares ou bipolares, são díspares, e isso se deve provavelmente a
heterogeneidade encontrada nos pacientes, a problemas diagnósticos e diferenças
metodológicas. Ainda assim, o que se sabe é que pacientes com transtornos de
humor têm uma probabilidade muito maior de cometer suicídio do que pessoas com
outras condições psiquiátricas ou clínicas [8].
- 56 -
personalidade identificados com o PID-5 mostraram-se relacionados com tal
comportamento.
- 57 -
Embora pareça estar presente em altos níveis nos dois transtornos, Akiskal
et al [134] discutem que o Neuroticismo na depressão unipolar parece estar mais
relacionado à presença do humor deprimido, enquanto no TAB, a elevação dos
escores parece se relacionar com a instabilidade emocional que estes pacientes
enfrentam.
Neste contexto, ainda que a faceta Labilidade Emocional pareça estar mais
relacionada ao TAB, encontramos nos pacientes com transtorno depressivo escores
significativamente mais altos em relação aos bipolares, sendo que esta foi a única
faceta do domínio Afetividade Negativa capaz de discriminar os dois grupos com
transtorno de humor.
- 58 -
neste domínio. Nossos dados estão de acordo com os achados de Sariusz-Skapska
et al [132] que também identificaram níveis significativamente inferiores em
Extroversão no transtorno depressivo em relação ao TAB, mas se mostram
contrários aos resultados de Jylhä et al [62] que não identificaram diferenças
relevantes entre estes dois grupos. Entretanto, ambos os estudos [62,132]
Dados como este sugerem que o TAB parece ser uma condição mais
"funcional" durante a remissão e reforçam a importância de serem associadas
estratégias não farmacológicas ao tratamento dos pacientes unipolares [141].
- 59 -
Destaca-se que, na presente pesquisa, o número de indivíduos com TAB ativos
laboralmente (n=20) foi superior ao encontrado no grupo com transtorno depressivo
(n=13), o que também remete à questão da funcionalidade.
- 60 -
destes pacientes e não estejam somente associados à vigência dos episódios.
Porém, por ser um estudo transversal, temos que considerar que nos faltam
elementos para afirmar de forma categórica que se trata de um traço estável e
permanente, e que estes altos escores podem, na verdade, estar associados a
sintomas residuais, não identificados por nós, dos episódios maníacos.
Este é um domínio que também deve ser mais amplamente investigado, por
meio de diferentes instrumentos e em momentos distintos do transtorno, uma vez
que revelou diferenças importantes dos participantes com transtorno de humor,
ainda que estas sejam passíveis de questionamento.
- 61 -
tendência para comportamentos impulsivos e orientados para gratificação imediata,
do que as pessoas que não tinham esses transtornos psiquiátricos.
Estes dados corroboram estudos que apontam que indivíduos com TAB e
transtorno depressivo tendem a apresentar escores mais baixos em
Conscienciosidade do que controles saudáveis [119,130,142]. Além disso, baixos níveis
de Conscienciosidade já foram relatados como sendo uma característica estável
dos pacientes com transtorno depressivo, que parece ser relativamente
independente do estado de humor [142].
- 62 -
é necessário considerar que há a possibilidade de que o transtorno seja capaz de
provocar alterações, de curta ou longa duração, em aspectos da personalidade
destes indivíduos.
- 63 -
depressão unipolar [104]. Fatores como a intensidade dos sintomas depressivos
[104,106,143-145], ser do sexo feminino [146] e tempo de doença não diagnosticada [147]
- 64 -
De acordo com Dubayova et al [156] os traços de personalidade parecem ser
importantes na qualidade de vida na maioria das doenças crônicas. Sobre esta
relação, no presente estudo, encontrou-se uma correlação negativa moderada entre
a qualidade de vida geral e o domínio Afetividade Negativa e uma forte correlação
negativa com o domínio Distanciamento, quando analisados os resultados de
pacientes com TAB e transtorno depressivo.
Ainda assim, existem divergências a este respeito, o estudo de Glavić [160], por
exemplo, não encontrou nenhuma correlação entre os aspectos da qualidade de
vida de pacientes com câncer e a Extroversão. A pesquisa de Dubayova et al [156]
- 65 -
transtorno ou dos sintomas estarem presentes. O estudo também encontrou que
altos escores em Amabilidade estão relacionados com melhores resultados da
saúde física. Uma possível interpretação para este dado, sugerida pelos autores, é
considerar que estas pessoas como possuem melhores relações afetivas estão
mais amparadas e cercadas por familiares e amigos, e que por isso tenderiam a
ficar menos focadas em suas possíveis dores e desconfortos físicos.
- 66 -
De qualquer forma, pesquisas que nos instigam tais questionamentos já nos
ajudam a ampliar o olhar direcionado a estas complexas interações e certamente
fornecem novas ferramentas para repensar estratégias, enfoques e condutas. Isto
permite aos profissionais envolvidos avançar em direção a um dos objetivos
inerentes a qualquer tratamento que é o de atuar para a melhora da qualidade de
vida dos pacientes.
Destaca-se ainda que foi feita apenas uma avaliação transversal, logo
existem as limitações inerentes a este tipo de estudo. A avaliação da personalidade
foi baseada exclusivamente no autorrelato dos pacientes entrevistados pela autora
desta dissertação, o que não permite que outros pontos de vista (de familiares,
amigos, colegas de trabalho, etc.) sejam considerados a respeito destas
personalidades.
- 67 -
agrega informações sobre a utilidade do instrumento e sobre a estrutura de
personalidade de pessoas com transtornos do humor.
- 68 -
6. CONCLUSÕES
Sobre o PID-5
- 69 -
Encontrou-se forte correlação negativa entre o domínio Distanciamento
e a qualidade de vida geral nos pacientes com TAB e transtorno
depressivo
- 70 -
identificadas correlações importantes entre essas duas variáveis e os traços da
personalidade, podemos sugerir que esses pacientes parecem apresentar uma
psicopatologia mais contínua e que pode estar mais intimamente ancorada na
personalidade desses indivíduos, quando comparados aos pacientes com TAB.
- 71 -
- 72 -
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161. Kim SY, Kim JM, Stewart R, Kang HJ, Kim SW, Shin IS, et al. Influences
of personality traits on quality of life after stroke. Eur Neurol. 2013; 69 (3):185-
192.
- 91 -
- 92 -
APÊNDICES
APÊNDICE 1
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Pacientes)
- 93 -
Os resultados dessa pesquisa poderão ser utilizados em trabalhos
científicos, ou apresentados e publicados em congressos e revistas científicas,
mantendo o sigilo e anonimato sobre os participantes.
Não haverá nenhum pagamento pela participação na pesquisa.
Em caso de dúvidas sobre a pesquisa, ou sobre este termo de
consentimento, esclareça suas questões com a pesquisadora. Ao assinar este
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias, você declara que leu,
compreendeu, tirou suas dúvidas e concordou em participar do estudo.
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
FCM/UNICAMP, conforme decisão nº 234.074, CAAE 08040212.9.0000.5404
Nome: _____________________________________________________
Nome do Participante RG:______________________CPF: ______________________________
Assinatura: _________________________________________________
Nome: _____________________________________________________
Responsável pela
aplicação RG: ______________________ CPF _____________________________
Assinatura: _________________________________________________
Comitê de Ética em CEP - FCM/Unicamp Fone: (19) 3521-8936 – Fax: (19) 3521-7187
Pesquisa E-mail: cep@fcm.unicamp.br Rua Tessália Vieira de Camargo, 126
Caixa Postal 6111 CEP: 13083 -887
- 94 -
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Grupo Controle)
- 95 -
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
FCM/UNICAMP, conforme decisão nº 234.074, CAAE 08040212.9.0000.5404
Nome: _____________________________________________________
Nome do Participante RG:______________________CPF: ______________________________
Assinatura: _________________________________________________
Nome: _____________________________________________________
Responsável pela
aplicação RG: ______________________ CPF _____________________________
Assinatura: _________________________________________________
Comitê de Ética em CEP - FCM/Unicamp Fone: (19) 3521-8936 – Fax: (19) 3521-7187
Pesquisa E-mail: cep@fcm.unicamp.br Rua Tessália Vieira de Camargo, 126
Caixa Postal 6111 CEP: 13083 -887
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APÊNDICE 2
Entrevista de Identificação Sócio-Demográfica
IDENTIFICAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA
1. Nome: _________________________________________________________
2. Sexo: m f
3. Idade: _________
4. Situação conjugal:
5. Cor da pele:
6. Profissão: ______________________________________________________
7. Escolaridde: ____________________________________________________
8. Cidade: ________________________________________________________
9. Religião: _______________________________________________________
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APÊNDICE 3
PID-5
- 99 -
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- 101 -
- 102 -
- 103 -
- 104 -
- 105 -
- 106 -
APÊNDICE 4
Regressão Logística Simples – Domínios PID-5
- 107 -
Tabela – Análise de regressão logística simples para o domínio Distanciamento
do PID-5
VARIÁVEL Grupo OR IC 95% OR Valor p
- 108 -
Tabela – Análise de regressão logística simples para o domínio Antagonismo do
PID-5
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Tabela – Análise de regressão logística simples para o domínio Desinibição do PID-5
VARIÁVEL Grupo OR IC 95% OR Valor p
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TABELA – Análise de regressão logística simples para o domínio Psicoticismo do PID-5
- 111 -
- 112 -
ANEXO
Anexo 1
Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa – FCM/Unicamp
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