Você está na página 1de 14

EDIFICAÇÕES I

CAP. 11 – PATOLOGIAS

FACULDADE DE ARQUITECTURA DE LISBOA (U.T.L.)


DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIAS DA ARQUITECTURA
MESTRADO INTEGRADO
2013 / 2014
0.2
EDIFICAÇÕES I
ÍNDICE GERAL

ÍNDICE GERAL

PRÓLOGO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO
CAPÍTULO
CAPÍTULO 11 - PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA GERAL

0.3
0.4
CAPÍTULO 11 – PATOLOGIAS
EDIFICAÇÕES I
CAPÍTULO 11 – PATOLOGIAS

ÍNDICE DO CAPÍTULO

Pág.

11.1 - Definição 1.3


11.2 - Génese 1.3
11.3 - Identificação e diagnóstico 1.4
11.4 - Medidas a tomar 1.5
11.5 - Legislação específica 1.6
11.6 - Bibliografia específica 1.7

1.1
1.2
EDIFICAÇÕES I
CAPÍTULO 11 – PATOLOGIAS

11.1 DEFINIÇÃO

Uma patologia construtiva é um defeito da construção mais ou menos aparente,


estabilizado ou em progressão. Com ou sem consequências significativas e
normalmente resultante de um erro de projecto, de má construção, do uso, de
falta de manutenção ou de várias causas conjugadas.
Metafóricamente falando, é uma nódoa num pano de linho branco e perfumado,
uma mancha na camisa engomada em dia de casamento.

11.2 GÉNESE

A compreensão da génese de uma patologia pode e deve contribuir para a


prevenção da sua ocorrência em situações futuras (learn with mistakes … )
Para a génese das patologias construtivas contribuem:

Algumas propriedades dos materiais de construção, tais como:

- comportamento térmico (coeficiente de condutibilidade térmica)


- velocidade de absorção da humidade
- capacidade de dissipação da humidade absorvida
- capacidade higroscópica
- compacidade, porosidade
- estrutura celular
- inalterabilidade estrutural perante a humidade
- inalterabilidade de forma e volume perante as oscilações de
temperatura e humidade, ou
- conservação de propriedades perante as oscilações de temperatura e
humidade

1.3
EDIFICAÇÕES I
CAPÍTULO 11 – PATOLOGIAS

- comportamento perante situações de temperatura, má ventilação,


exposição aos raios solares, amplitudes térmicas elevadas
- propriedades electrolíticas (tendência para a corrosão)
- envelhecimento

Acção da água, em cada um dos seus:

- estado líquido
- estado sólido
- estado gasoso

Causas diversas, tais como:

- uso errado
- modificação do uso
- ausência de manutenção regular
- “upgrade” dos níveis de qualidade de vida
- insuficiente conhecimento das questões ambientais associadas às
novas tecnologias construtivas
- aumento das exigências de controle ambiental, derivadas das novas
tecnologias construtivas

11.3 IDENTIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO

A compreensão da génese de uma patologia depende da utilização de um método


de análise, o qual deverá ser implementado no cumprimento das seguintes
etapas:

1.4
EDIFICAÇÕES I
CAPÍTULO 11 – PATOLOGIAS

Identificação da patologia

- A identificação deverá ser o mais completa possível, associando a


identificação visual gráfica, fotográfica, dimensional e até a recolha de
provetes para análise(1).

Identificação da fonte

- A fonte pode existir numa construção, pode ser gerada pela ocupação
humana, pode ser induzida por agentes externos ou pode resultar da
sinergia entre vários agentes.

Identificação do mecanismo

- O mecanismo de desenvolvimento da patologia pode ser de natureza


física, química, biológica, etc.

Caracterização do resultado

- A caracterização do resultado final deve incluir acções de quantificação


(testes, medições, análises).

11.4 MEDIDAS A TOMAR

Uma vez identificada a ou as fontes, trata-se em seguida de decidir como


prosseguir na reabilitação.
As medidas a tomar podem ser:

(1)
A utilização de uma “check-list” é uma ferramenta indispensável.
1.5
EDIFICAÇÕES I
CAPÍTULO 11 – PATOLOGIAS

Medidas preventivas “a anteriori”

- Quando a compreensão da génese de uma patologia permite introduzir


ao nível do projecto medidas tendentes a evitar a sua repetição nas
construções seguintes.

Medidas preventivas “a posteriori”

- Quando a compreensão da génese de uma patologia permite tomar


medidas tendentes a deter a sua progressão.

Medidas de reabilitação

- Quando a compreensão da génese de uma patologia permite tomar


medidas tendentes não só a deter a sua progressão, como também a
repor a qualidade entretanto perdida e evitar novas ocorrências.

11.5 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Não existe legislação específica sobre patologias, no entanto, o seu


enquadramento legal faz-se no âmbito do Código Civil Português, que prevê um
prazo de 5 anos como garantia de boa execução de qualquer obra.
Em alternativo poderá ser adoptada a legislação constante do Decreto Lei
18/2008, também chamado “CCP = Código dos contratos públicos”, na qual se
prevêm períodos de garantia de 2, 5 e 10 anos respectivamente para
equipamentos tertencentes à obra mas desta autonomizáveis (p. ex. aparelhos de
ar condicionado), construção em geral (excepto estrutura) e a estrutura
propriamente dita.
Sem prejuízo deste aspecto legal e até como reforço do mesmo, é normal a
apresentação, por parte do Empreiteiro, de uma garantia bancária (válida à

1.6
EDIFICAÇÕES I
CAPÍTULO 11 – PATOLOGIAS

primeira solicitação ou “on first demand”) no valor de 10% do custo total da obra e
válida pelo período de garantia.
Esta garantia bancária é apresentada no dia da Recepção provisória da obra
(com a sua conclusão) e vigora até à Recepção definitiva da obra, a realizar “x”
dias de calendário depois (consoante o dito período de garantia).

11.6 BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA

Os temas introduzidos e os conceitos apresentados são, de uma maneira geral,


esquemáticos e sucintos.
Para uma abordagem mais aprofundada recomenda-se a consulta da seguinte
bibliografia:

- EICHLER, Friedrich
Patologia de la construcion (versão espanhola)
Barcelona, ed. Editorial Blume
ISBN 84 - 7031 - 186 - 7

- Common building defects (diagnosis and remedy)


London, ed. The National Building Agency / The Architectural Press

1.6
EDIFICAÇÕES I
CAPÍTULO 11 – PATOLOGIAS

1.7

Você também pode gostar