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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: Química Inorgânica I
PROF. DR. Ivo Mateus Pinatti

GRUPO 15 (NITROGÊNIO).

Eduardo Santos Figueiredo (2022005482)


Endre Wane Coelho Moraes (2022009786)

São Luís – MA
2022
SUMÁRIO

1 OBJETIVOS...............................................................................................................3

2 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4

3 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................5

3.1 Materiais..............................................................................................................5

4.2 Métodos...............................................................................................................6

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................................................8

5 CONCLUSÃO...........................................................................................................11
1 OBJETIVOS
Testar os métodos de produção do gás nitrogênio, amônia e outros gases
com nitrogênio e analisar as propriedades dos compostos desse elemento.
Formação do espelho de prata através da azida como agente redultor.
Observar a formação de ácidos de nitrogênio em meio aquoso.

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2 INTRODUÇÃO
O nitrogênio faz parte da 15ª coluna da tabela periódica, chamados de grupo
15 ou família VA. Sua química é bastante complexa, isso se deve ao fato de esse
elemento possuir um grande número de estados de oxidações possíveis, e também
porque suas reações quando favorecidas pela termodinâmica, são lentas ou
depende da natureza do reagente, as reações redox que utilizam seu gás inerte são
lentas. Sendo exceção do seu grupo, que sob condições normais são sólidos, o
nitrogênio se encontra na forma de gás. Além disso, ele esta entre os elementos
mais eletronegativos da tabela , por conta do seu pequeno raio atômico, e a
ausência de orbitais “d” (ATKINS, 2003).
Seu gás (o N2) é o mais abundante dos componentes da atmosfera,
correspondendo a aproximadamente 78% dos gases presentes nela. Uma das suas
principais funções é a separação de misturas através de membranas permeáveis a
esse gás, esse processo gera menos gastos do que a liquefação e a destilação, por
exemplo. Outro funcionamento bastante comum do N 2 é o refino de petróleo e o
processamento de alimentos através da atmosfera inerte. O nitrogênio pode ser
convertido em amônia pelo processo Haber, que por sua vez, pode ser usada na
fabricação de explosivos, plásticos e fertilizantes (ATKINS, 2003).
O gás nitrogênio é normalmente não reativo devido a grande força de ligação
entre os dois átomos, resultando em uma alta energia para quebra-la; a baixa
polarizabilidade também explica esse fator, pois por esse motivo não ocorre a
formação de estados de transição polares presentes nas reações de substituição
eletrofílica. Porém, em certas condições é possível utilizar o N 2 como reagente, na
produção da amônia, por exemplo, o gás nitrogênio e o gás hidrogênio são
combinados sob alta pressão e temperatura, e com auxílio de um catalizador
(ATKINS, 2003).
O nitrogênio não tem o estado de oxidação comum do grupo 15 com
halogênios binários neutros, seus haletos tem normalmente a forma de NX 3, como o
tribrometo de nitrogênio. Esse elemento também possui diferentes tipos de óxidos,
devido a sua variedade de estados de oxidação, como por exemplo, o óxido de
nitrogênio II (NO2) e o tetróxido de dinitrogênio IV (N 2O4). Existe ainda os compostos
de baixos estados de oxidação, como o óxido de dinitrogênio (N 2O), que é um forte
agente oxidante em soluções ácidas e alcalinas. (FISHER, 2014).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais
3.1.1 Materiais da parte I
- Solução de cloreto de amônio saturada;
- Solução de nitrito de sódio saturada;
-Solução de ácido nítrico 1:1;
-Cobre em aparas;
-Bico de Bunsen;
-Tripé de metal;
-Tela de amianto;
-Kitassato;
-Rolha;
-Mangueira;
-Provetas 25mL e 10mL;
-Vidro de relógio;
-Bacia;
-Espátula;
-Haste metálica;
-Papel pH;
3.1.2 Materiais da parte II
-Solução de nitrato de prata 1%;
-Solução de sulfato de hidrazina 3%;
-Solução de nitrito de sódio saturada;
-Solução de dicromato de potássio 0,5M;
-Solução de nitrato de potássio 1M;
-Solução de ácido sulfúrico 1M;
-Ácido clorídrico concentrado;
-Solução hidróxido de potássio 30%;
-Hidróxido de amônio concentrado (25%);
-Solução de hidróxido de amônio 2M;
-Alumínio em pó;
-Tubos de ensaio;
-Estante para tubos de ensaio;
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-Bico de Bunsen;
-Pinça de madeira;
-Espátula metálica;
-Béquer;
-Proveta;
-Pipeta graduada 5mL;
-Pipetador;
-Bastão de vidro;

4.2 Métodos
4.2.1 Métodos da parte I
No procedimento 1, foi montado um sistema com um kitassato preso em
suporte com o bico de Bunsen. Foi colocado no kitassato 5 ml de cloreto de amônia
e 5 ml de nitrito de sódio. Logo em seguida, o kitassato foi tampado com uma rolha e
foi introduzido nele uma mangueira de saída. A mangueira estava submersa em uma
bacia com água e inserida uma proveta cheia de água de boca para baixo. Após
isso, o kitassato foi aquecido e descartou-se as primeiras porções de gás formado.
Logo após o descarte, foi recolhida o gás restante dentro da proveta. A proveta foi
retirada da bacia cheia de gás e aproximada de uma haste incandescente, e
observou-se.
No procedimento 2, de maneira análoga ao primeiro, foi adicionado 40 ml de
solução de ácido nítrico e aparas de cobre em um kitassato. O kitassato foi tampado
e esperou-se a proveta encher de gás. No momento que estava cheia, a proveta foi
tampada com um vidro de relógio e retirada da bacia de água, retirou-se o vidro e
observou-se. Depois de visualizar, a proveta foi novamente tampada com o vidro e
introduzida na bacia, em seguida, retirou-se o vidro com a proveta submersa na
bacia de água. Por fim, tirou-se a proveta da bacia e mediu-se o pH da solução
dentro da proveta.
4.2.2 Métodos da parte II
No procedimento 1, foi molhado um bastão de vidro em ácido clorídrico
concentrado e, em seguida, aproximado da boca do frasco de hidróxido de amônio.
Por fim, observou-se o fenômeno.

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No procedimento 2, foi adicionado em um tubo de ensaio 1 ml de solução de
nitrato de prata, 2 ml de solução de hidróxido de amônio (2M) e por fim 2 ml da
solução de sulfato de hidrazina. A mistura foi homogeneizada e aquecida levemente.
No procedimento 3, foi medido 3 ml de solução de nitrato de sódio e colocado
em um tubo de ensaio. O tubo foi levado até a capela, onde foi adicionado ácido
sulfúrico concentrado aos poucos e observando o que ocorria.
No procedimento 4, foi adicionado 1 ml de solução de dicromato de potássio e
3-4 ml de solução de nitrito de sódio em um tubo de ensaio. Em seguida, foi
adicionado 3 ml de solução de ácido sulfúrico a mistura e aquecida levemente.
No procedimento 5, foi adicionado 1 ml de solução de nitrato de sódio e 3 ml de
solução de hidróxido de potássio em um tubo de ensaio. Após isso, adicionou-se um
pouco de alumínio em pó, homogeneizou e aqueceu-se a mistura.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Referente à primeira parte da prática do grupo 15.
No primeiro experimento, quando o nitrito de sódio e o cloreto de amônio
foram misturados, ocorreu a formação do nitrito de amônio e do cloreto de sódio,
para que houvesse a formação do gás desejado, o Kitassato que continha a mistura
foi aquecido, ocasionando a formação do N 2 (gás de interesse), e a formação de
água. O resultado da reação foi observado pelo deslocamento da coluna de água no
tubo de ensaio, sendo preenchido por um gás incolor. Ao colocar a haste
incandescente abaixo do tubo com o gás nitrogênio, não ocorreu reação, porque o
nitrogênio em estado gasoso é uma atmosfera inerte.
NH4Cl + NaNO2 → NaCl + NH4NO2
NH4NO2 → N2 + 2 H2O
Na segunda etapa do experimento, ocorreu a redução do ácido nítrico diluído
com o cobre metálico quando foram misturados no Kitassato, foi possível perceber
que a solução aquosa ficou com uma coloração azul/esverdeada, o que indica a
formação do nitrato de cobre. Foi possível perceber também, a formação de uma
“nuvem” marrom dentro do Kitassato, isso acontece porque o óxido nítrico produzido
reage rapidamente com o oxigênio presente no local, formando o dióxido de
nitrogênio (gás responsável pela coloração marrom). Enquanto que no tubo de
ensaio, observou-se a formação de um gás incolor, deslocando a água para fora do
tubo; vale ressaltar que o tubo estava cheio de água para impedir justamente que o
NO reagisse com o O2 da atmosfera. Reações apresentadas abaixo.
3 Cu(s) + 8 HNO3(aq) → 3 Cu(NO3)2(aq) + 4 H2O(aq) + 2 NO(g)
2 NO(g) + O2(g) → 2 NO2(g)

4.2 Referente à segunda etapa da prática do grupo 15.


No primeiro experimento, quando um bastão de vidro molhado com ácido
clorídrico concentrado aproximou-se do hidróxido de amônio, observou-se uma
reação de neutralização com formação de sais no bastão, no caso cloreto de amônio
(NH4Cl). Isso ocorre, pois o hidróxido de amônio (NH4OH) quando reage com
ácidos forma sais que se assemelham a sais de potássio no que se refere à
solubilidade e a estrutura cristalina. Os sais de amônio são tipicamente ácidos se
tiverem sido formados a partir de ácidos fortes, como o ácido clorídrico concentrado
que é o caso do experimento. A reação está descrita abaixo.

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NH4OH + HCl  NH4Cl + H2O
No segundo experimento, quando foi acionado em um tubo de ensaio
solução de nitrato de prata, solução de hidróxido de amônio e sulfato de hidrazina,
percebeu-se que o tubo ficou prateado e houve a formação de um espelho no tubo.
Tal fenômeno ocorreu, pois quando a hidrazina ou os seus sais, no caso o sulfato de
hidrazina (N2H6SO4), são dissolvidos em água viram agentes redutores fortes,
assim reduzindo o nitrato de prata para prata zero. Dessa forma, formando o
espelho visto no experimento. A reação está descrita abaixo.
AgNO3 + NH4OH → AgOH + NH4NO3
AgOH + 2 NH4OH → [Ag(NH3)2]OH + 2 H2O
Na etapa seguinte, o complexo de prata amoniacal ([Ag(NH3)2]OH), mostrado
na reação 2, reage com sulfato de hidrazina (N2H6SO4), e é reduzido na superfície
do substrato como Agº.
No terceiro experimento, em que foi adicionado ácido sulfúrico diluído
(H2SO4) em 3 ml de solução de solução de nitrito de sódio, observou-se a formação
de bolhas e a mistura ficou com um aspecto meio esverdeado claro. Isso ocorreu,
porque quando uma solução de um nitrito, em questão o nitrito de sódio, é
acidificada, ocorre a formação de ácido nitroso, assim apresentando o aspecto
observado no experimento. A reação está descrita abaixo.
NaNO2 + H2SO4 → HNO2 + NaSO4
No quarto procedimento, foi adicionada uma solução de dicromato de
potássio, nitrito de sódio e solução de ácido sulfúrico em um tubo de ensaio,
visualizou-se que a mistura ficou com o aspecto azul coral e depois do aquecimento
houve a formação de gás. O que ocorreu foi que quando a solução de dicromato foi
misturada com a solução de nitrito de sódio, aconteceu uma reação de dupla troca
resultando em nitrito de potássio (KNO 2) e dicromato de sódio (Na 2Cr2O7), depois
que houve a adição de ácido sulfúrico na mistura, o nitrito de potássio foi acidificado
e teve formação de ácido nitroso. Quando a mistura foi aquecida, ocorreu a
decomposição do ácido nitroso, assim liberando gás, o óxido nítrico (NO). As
reações estão descritas abaixo.
2 NaNO2 + K2Cr2O7 → Na2Cr2O7 + 2 KNO2
KNO2 + H2SO4 → HNO2 + KSO4
Decomposição do ácido nitroso:

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2 HNO2 → NO2 + NO + H2O
No quinto procedimento, com a mistura da solução de nitrato de sódio,
hidróxido de potássio e pó de alumínio, sentiu-se o cheiro característico da amônia.
O que ocorreu foi que a solução de nitrato de sódio e hidróxido de potássio fizeram
uma reação de dupla troca sal e base, resultando em hidróxido de sódio (NaOH) e
nitrato de potássio (KNO3). Quando o alumínio foi adicionado, ele reagiu com o
nitrato de potássio e formou a amônia, que foi possível de ser identificada através de
seu cheiro característico. As reações citadas estão representadas abaixo.
NaNO3 + KOH → NaOH + KNO3
3 KNO3 + 8 Al + 5 KOH + 18 H2O → 8 K(Al(OH)4) + 3 NH3

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5 CONCLUSÃO
Portanto, conclui-se que, foi possível analisar o comportamento de diferentes
tipos de gases compostos do nitrogênio, bem como verificar algumas de suas
propriedades, tal como os vários estados de oxidação que este elemento pode
atingir. Os resultados obtidos foram satisfatórios uma vez que foi possível perceber
as reações que ocorriam em cada etapa, através do conhecimento das
naturalidades dos reagentes e dos produtos, como as cores percebidas ou os
odores das substâncias.

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REFERENCIAS.

SHRIVER, D. F; ATKINS, P. W. Química inorgânica. 3ª ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2003. 816p.

MIESSLER, G.L.; FISHER, P. J.; TARR, D.A. Química Inorgânica, 5a. ed. Pearson 2014.

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