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NÃO PODE FALTAR


O DIREITO DE CONVIVER E DE BRINCAR

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Sueli Helena de Camargo Palmen

seõçatona reV
QUAL É A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR?
É por meio do brincar que as crianças se relacionam com o mundo a sua volta, interagindo com
a cultura que a rodeia por meio das relações que estabelecem com outras pessoas e com os
objetos.

Fonte: Shutterstock.

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CONVITE AO ESTUDO

O lá! Estamos iniciando a Unidade 2 da disciplina Campos de Experiências e


Prática Educativa. Nesta unidade trataremos dos campos de experiências e
dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Quais são os direitos de
aprendizagem, aqueles que devemos promover ao planejarmos as práticas
educativas na educação infantil? São eles: o direito de conviver, de brincar, de
participar, de explorar, de expressar-se e de conhecer-se, os quais serão o foco do
estudo nesta unidade.

Para começar, na Seção 2.1, “O direito de conviver e de brincar”, introduzirá nossa


conversa. Assim, vamos retomar a importância do brincar e das interações como
eixos norteadores do trabalho na educação infantil e de que maneira promovem
os direitos de aprendizagem de forma interativa nas instituições de educação
infantil.
O papel do educador como promotor dos direitos de aprendizagem permeará nosso estudo, pois o
planejamento intencional das práticas educativas envolve a organização dos espaços, a seleção dos materiais
e brinquedos, a inserção da brincadeira como experiência lúdica e cultural, o respeito à diversidade cultural e
seu acesso, o acompanhamento das produções infantis, a mediação dos processos criadores e a reflexão a
respeito de todo o planejamento.

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Vamos destacar o papel do brincar e sua importância na formação humana desde


que nascemos. Nesse processo, a interação com o outro se evidencia como
fundamental para as trocas sociais e culturais e por meio das quais a
aprendizagem vai se constituindo.

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As diferentes brincadeiras e seus propósitos, a forma de interação que propõem,

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as linguagens que envolvem, os aspectos lúdicos e culturais que promovem, o
estímulo a imaginação e a construção de conhecimentos serão pontos que
permearão o estudo na primeira seção desta unidade.

Considerando a importância do planejamento da prática educativa e pensando na


criança como protagonista, como destaca a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) para a educação infantil, a Seção 2.2 desta unidade destacará a inserção
das crianças no processo de planejamento, evidenciando seu “direito de participar
e explorar”, título que dá nome à seção.

Como os educadores promovem esse direito?

Falaremos a respeito da construção das propostas educativas evidenciando a


interação das crianças e educadores, em que o protagonismo infantil é incentivado
desde muito cedo, ao preparar a criança para fazer escolhas, tomar decisões e
posições, contribuindo, dessa forma, com seu desenvolvimento.

A Seção 2.3, “O direito de se expressar e conhecer-se”, terá como foco de


discussão o direito que a intitula. Assim, aspectos relacionados à construção da
identidade permearão nosso estudo. Podemos falar em identidade ou será mais
correto falarmos em identidades?

Nessa seção aprofundaremos a discussão acerca da construção da imagem


positiva de si e a construção do sentimento de pertencimento social. Logo, a
atenção será dirigida ao direito que a criança tem de construir sua identidade
pessoal, social e cultural desde a tenra idade.
Vale destacar que essa construção só é possível com a promoção de experiências lúdicas e que possibilitem o
encontro e a interação entre os diferentes grupos sociais no envolvimento de crianças de diferentes idades e
adultos diferentes de seu contexto familiar, enfim, de sujeitos pertencentes a diversas etnias, contextos culturais
e sociais. Assim, os diferentes encontros possibilitados nas instituições de educação infantil devem ser pensados
para promover o respeito à diversidade e favorecer a construção de cultura pela criança. São encontros que
demandam planejamento e que revelam a intencionalidade educativa que permeia as relações desde a educação
infantil.

É muito importante que ao longo das leituras você, futuro educador, anote os conceitos
novos que aparecerem e os relacione com as diretrizes que fundamentam o trabalho Imprim

desenvolvido na educação infantil. Lembre-se: a BNCC é norteadora dos planejamentos e


propostas educacionais direcionados à educação infantil.

O brincar e as interações são os eixos norteadores do trabalho desenvolvido nessa


etapa da educação básica, destacando que, ao focarmos crianças de 0 a 5 anos e
11 meses, o educar e o cuidar são ações indissociáveis e que permeiam todas as
experiências promovidas, enfatizando a especificidade da educação infantil.

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Apresentar os direitos de aprendizagem e relacioná-los com as transformações


curriculares propostas pela BNCC será o grande desafio nessa unidade. Assim,
convido você, futuro educador, para mais uma jornada.

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PRATICAR PARA APRENDER


Olá! Vamos continuar nossos estudos acerca dos campos de experiências e das
práticas educativas.

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Nesta seção, abordaremos dois direitos de aprendizagem previstos na Base

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Nacional Comum Curricular (BNCC) para a educação infantil, que são o brincar e o
conviver, destacando o quanto são importantes para o desenvolvimento infantil.

Assim, destacaremos a importância do brincar e das interações como eixos


norteadores do trabalho na educação infantil. A convivência com pequenos e
grandes grupos, com adultos e crianças diferentes de seu círculo familiar no
interior das instituições de educação infantil, portanto, com diferentes culturas e
formas de se expressar, será abordada nesta seção.

Vale destacar que o brincar permeia as interações na educação infantil e acontece


cotidianamente de diversas formas e em diferentes espaços e tempos. As trocas
entre as crianças e adultos ampliam o acesso a produções culturais de forma
diversificada, pois cada um, crianças e adultos, tem diferentes conhecimentos e
experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e
relacionais.

Pontuaremos o papel do educador como promotor dos direitos de aprendizagem,


um dos atores do processo educacional, responsável pelo planejamento das
práticas educativas. Ele também é o responsável pela organização dos espaços e
pela seleção dos materiais e brinquedos, de forma a promover contextos de
interações e brincadeiras buscando as trocas culturais e as produções infantis por
meio de experiências lúdicas.

Os aspectos lúdicos e culturais que permeiam as diferentes brincadeiras favorecem o


desenvolvimento infantil, pois estimulam as descobertas, a criatividade e a
imaginação, incentivam a construção de novos conhecimentos por meio das interações,
além de facilitar a aquisição do repertório cultural já consolidado socialmente.

Falaremos, ao longo desta unidade, a respeito do brincar e das interações como


eixos da BNCC, destacando o quanto esses direitos de aprendizagem são
importantes para o desenvolvimento de competências desde a educação infantil.

O contexto de aprendizagem apresentado a seguir tem por objetivo representar


uma situação de trabalho condizente com a realidade que você, futuro educador,
poderá vivenciar. Portanto, é uma narrativa hipotética que mobiliza sua reflexão e
sugere que você recupere os conhecimentos promovidos nesta disciplina.

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Como vimos anteriormente, Isabel é uma jovem pedagoga que ingressou em um


concurso para atuar na educação infantil de uma rede pública. Ela contou com o
apoio de um professor mais experiente, no caso você, que a auxiliou com algumas
dicas sobre como atuar nessa etapa da educação básica.

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Após um ano trabalhando com as crianças da educação infantil, Isabel está mais

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segura de sua atuação. Neste momento, ela já conhece melhor o funcionamento
da Rede Municipal de Educação e tem participado de várias formações em serviço.

Agora, você é convidado a assumir o papel de um formador da Rede Municipal de


Educação em que Isabel atua.

Lembre-se de que seu papel é de orientá-la, pois você tem estudado as


especificidades da educação infantil nos Cursos de Formação em Serviço. Como
Isabel só atua há um ano na educação infantil, ainda tem algumas inseguranças ao
pensar sua prática educativa. Isabel estava acostumada com salas seriadas no
ensino fundamental, nas quais aos 6 anos as crianças estavam no 1º ano do ensino
fundamental, com 7 anos estavam no 2º ano, com 8 anos estavam no 3º ano e
assim sucessivamente.

Contudo, a lógica da educação infantil é outra. Na Rede Municipal de Ensino onde


Isabel trabalha, a educação infantil é organizada por agrupamentos nos quais há
alunos de idades diversas. Isabel se assustou com essa organização, pois não tem
essa experiência com os diferentes grupos etários em um mesmo agrupamento.

Considerando os conteúdos mobilizados nesta seção, você, como formador em


serviço, considerou importante fazer alguns apontamentos acerca da riqueza de
experiências que as trocas entre as crianças de diferentes idades podem suscitar
no cotidiano da educação infantil.

Assim, quais apontamentos você faria para Isabel com o objetivo de auxiliá-la a
planejar os espaços para encontros e trocas de experiências entre as crianças?

É importante destacar que as interações são o eixo do trabalho na educação


infantil?

As crianças gostam de se relacionar entre si?

A interação entre crianças de diferentes idades, classes sociais e etnias, entre


outras diferenças, favorece a ampliação do repertório de conhecimentos pela
criança?

É importante pensar nos tempos e espaços para que as interações aconteçam?

Quais outros apontamentos você faria para Isabel, visando aproximá-la dos eixos
integradores da BNCC para a educação infantil?

Convidamos você, futuro educador, a ampliar seus conhecimentos acerca do


brincar e sua importância.

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CONCEITO-CHAVE
Quando falamos no brincar logo nos vem à mente a seguinte pergunta: será que
nascemos sabendo brincar ou essa é uma experiência aprendida?

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Nesta seção falaremos a respeito da importância do brincar na educação infantil,

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destacando o direito de conviver como desencadeador de novas aprendizagens
por meio de diferentes experiências.

Relembramos que o brincar é um dos eixos norteadores da educação infantil,


previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL,
2009) e retomado pela BNCC (BRASIL, 2017), destacando que se trata da principal
atividade das crianças em creches e pré-escolas.

Pensar o brincar com intencionalidade pedagógica no interior das instituições de


educação infantil não significa tornar didática essa vivência infantil, a fim de
escolarizar o lúdico. Ao contrário, devemos recuperar a especificidade dessa etapa
da educação básica, em que o educar e o cuidar são indissociáveis e as interações
e as brincadeiras são os eixos norteadores de todas as experiências infantis.

A promoção de aprendizagens de forma interativa e lúdica – e sem antecipar a


escolarização – é o foco quando nos referimos à educação de crianças de 0 a 5
anos e 11 meses, que passam grande parte de seu cotidiano no interior de creches
e pré-escolas. Por meio do brincar a criança vivencia uma diversidade de
experiências, o que lhe garante aprendizagens diversas, ação que é aprendida a
partir das interações com o meio e com as pessoas a sua volta.

Tizuko Morchida Kishimoto, professora e investigadora da Faculdade de Educação


da Universidade de São Paulo (FEUSP), ao pesquisar a infância e as especificidades
do brincar, destaca:


A criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio das interações com outras crianças e com
os adultos. Ela descobre, em contato com objetos e brinquedos, possibilidades de uso desses materiais.
Observando outras crianças e as intervenções da professora ela aprende novas brincadeiras e suas regras.
Depois que aprende, pode reproduzir ou recriar novas brincadeiras. Assim elas vão garantindo a circulação e
preservação da cultura lúdica.

— (KISHIMOTO, 2011, p. 62)

É por meio do brincar que as crianças se relacionam com o mundo a sua volta,
interagindo com a cultura que a rodeia por meio das relações que estabelecem
com outras pessoas (crianças e adultos) e com os objetos, adquirindo novas
aprendizagens e ampliando o conhecimento de si e do outro.

As pesquisas italianas desenvolvidas na região da Reggio Emília destacam que as


crianças são capazes de múltiplas relações e evidenciam que a mistura de idades
pode ser enriquecedora para o grupo, permitindo “que as crianças expressem a
própria criatividade e as suas próprias capacidades de exploração e que tenham
relações harmoniosas” (VERBA; ISAMBERT, 1998, p. 258).

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No Brasil, a pesquisa das brasileiras Carvalho e Beraldo (1989) também aponta que
as crianças preferem interagir com outras crianças a interagir com os adultos,
estabelecendo relações prolongadas e significativas com seus coetâneos.

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SAIBA MAIS

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Já ouviu falar em adultocentrismo?

Adultocentrismo é a visão que se apresenta quando o adulto se coloca em


uma relação de poder sobre a criança, concebendo-a como um vir a ser,
como um adulto em miniatura, preocupado em transformá-la naquilo que
ele é e em que acredita, partindo de seu próprio referencial, ou seja, em um
referencial centrado no adulto.

Podemos afirmar que o convívio com a diversidade, seja de gênero, etnia, origem
social ou cultural, enriquece as trocas infantis. A criança compreende o mundo na
experiência da brincadeira e o faz na interação com as outras crianças e com os
adultos. Ao interagir com outras crianças, a criança tem a oportunidade de acessar,
produzir e recriar o repertório lúdico infantil, ao qual damos o nome de cultura
lúdica ou cultura infantil.

ASSIMILE

Cultura infantil é um conjunto de manifestações constituído por


elementos culturais das crianças, caracterizados primeiramente por sua
natureza lúdica. Contudo, as formas de entender as culturas infantis são
diversas. As culturas infantis expressam as histórias de vida das crianças,
suas origens socioculturais, o pertencimento a diferentes classes sociais,
gênero, credo religioso (quando houver) e etnia.

Conforme pontuam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil


(DCNEI) (BRASIL, 2009), as práticas pedagógicas planejadas nas instituições de
educação infantil devem prever diferentes formas de interação, compreendendo a
importância dessas experiências e suas especificidades na construção da
aprendizagem infantil.

Seguindo as orientações das DCNEI e da BNCC, creches e pré-escolas devem


prever a organização dos espaços para o brincar e para as interações entre os
diferentes sujeitos: criança-professor, criança-criança, instituição-criança-família,
criança-espaço, criança-brinquedos e materiais.

A interação do profissional da educação infantil com a criança oportuniza um


brincar rico em elementos culturais, que permite à criança explorar o mundo que a
rodeia. Quando pensamos em crianças bem pequenas – nos bebês, por exemplo –
vemos o quanto o contato com o adulto educador estimula as diferentes
linguagens infantis, despertando na criança o interesse pelas descobertas e novos
conhecimentos. O brincar é rodeado de expressões corporais e faciais,
musicalidade, objetos sensoriais, enfim, de ações repletas de ludicidade que
tornam as aprendizagens um tesouro a ser descoberto.

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ASSIMILE

Ludicidade é uma palavra que não existe no dicionário da língua


portuguesa (tampouco em outras línguas, como inglês, francês, alemão,

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espanhol ou italiano), embora seja bastante utilizada no contexto da

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educação. A origem semântica da ludicidade vem do termo em latim ludus,
que significa jogo, exercício ou imitação. As manifestações ou práticas
lúdicas são, além de um recurso formativo, uma possibilidade de
autodesenvolvimento.

Também não podemos deixar de lado o papel da família junto às instituições de


educação infantil, enquanto parceiras que socializam as experiências e o repertório
de brincadeiras que as crianças já carregam ao ingressar nas instituições de
educação infantil. Uma boa interação entre família, instituição e criança é
fundamental para a ampliação das aprendizagens infantis de forma segura e
harmônica.

Muitas das experiências que ampliam o conhecimento de mundo pela criança


também ocorrem baseadas na interação com objetos de diferentes formas,
texturas, cores e tamanhos, interação essa que só é possível pela organização dos
espaços, os quais permitem a relação criança-ambiente e ampliam seu
conhecimento. Nesse contexto, estamos falando de um outro educador, o espaço
físico.

Enquanto local de educação e cuidado, devemos lembrar que no interior das


creches e pré-escolas são os profissionais da educação infantil que organizam os
espaços, visando favorecer a interação entre as crianças, livrando-as dos
obstáculos que restringem as trocas com seus coetâneos, possibilitando o contato
com a diversidade cultural, social e étnica, entre outras diversidades.

REFLITA

Você acredita que é possível trabalhar a diversidade em um espaço de


educação e cuidado como a creche e a pré-escola?

Como respeitar a diversidade se a rotina determinar com horários os


fazeres infantis de forma geral para todas as crianças?

Oliveira (2010) destaca que o desenvolvimento das crianças pode ser favorecido
conforme o modo como os espaços são organizados, pois eles podem determinar
a riqueza de suas experiências, ou seja, sua forma de exploração, suas
descobertas, a forma de convivência, as possibilidades criativas, sua forma de
construir uma relação com o mundo e compreender a si e ao outro a sua volta,
constituindo-se, nesse processo, como sujeito.

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A estruturação de um espaço-tempo para que as brincadeiras não se


transformem em uma monótona sequência deve prever um arranjo espacial que
proporcione à criança e ao professor uma visão geral de todo o espaço disponível,
promovendo a identidade pessoal das crianças e estimulando o desenvolvimento

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de suas competências e a promoção de diferentes aprendizagens.

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Dutoit (1999, p. 43) alerta que “para a criança é muito enriquecedor não ficar
confinada o tempo todo num mesmo espaço, com a mesma organização e com as
mesmas pessoas”, portanto, é fundamental planejar o brincar em suas diferentes
formas, em diferentes espaços e tempos.

Como afirma Faria (1999, p. 70), “a Pedagogia faz-se no espaço e o espaço, por sua
vez, consolida a Pedagogia”, e é primordial compreendermos a relação existente
entre a organização espacial e as práticas educativas desencadeadas no interior
das instituições de educação infantil. Assim, possibilitar momentos de trocas entre
as crianças de diferentes idades e de diferentes grupos, em momentos diversos no
decorrer do cotidiano, em espaços tanto internos quanto externos da creche,
propicia que aprendizados aconteçam.

Os espaços devem ser provocadores e permitir a interação, compreendendo que é


brincando que as crianças aprendem. Convém ressaltar que propor espaços para
que ocorra a “intersecção” dos diferentes grupos existentes nas creches e pré-
escolas é tão importante quanto oferecer um lugar organizado para que a criança
possa ficar sozinha, pensando em seus conflitos, tendo seus momentos de
privacidade (FORNEIRO, 1998).

Ao organizar os espaços das instituições de educação infantil, devemos considerar


o documento Critérios para o atendimento em creches que respeite os direitos
fundamentais das crianças (CAMPOS; ROSEMBERG, 1995), pois destaca o direito
das crianças em conviver em um ambiente seguro, mas que não deixe de ser
estimulante, desafiador e que lhes permita desde pequenas o brincar ao ar livre
junto a outras crianças e outros adultos, diferentes daqueles de seu universo
familiar, e em diferentes espaços que lhes possibilitem novas experiências.

Cabe ao educador se atentar para a importância da organização dos espaços,


tempos e materiais, pois sua disposição pode condicionar a ação das crianças,
limitando-as ou estimulando-as em sua criatividade e experiências. Como nos
lembra Cipollone (1998), o educador é o responsável pela organização dos espaços
de maneira que as crianças possam ser indiretamente orientadas ao uso do
ambiente, permitindo-lhes fazer escolhas de acordo com suas necessidades.

Nesse contexto, as instituições de educação infantil precisam possibilitar espaços físicos


para a vivência do brincar, ou seja, devem disponibilizar estruturas como brinquedos,
espaços internos e externos onde a qualidade das interações sejam possíveis, como
gramados, parques e pátios que permitam que a criança brinque, explore e interaja com o
outro e o meio a sua volta.

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Ao apresentarem o brincar e as interações como princípio integrador das


propostas pedagógicas e curriculares da educação infantil, tanto as DCNEI (BRASIL,
2009) quanto a BNCC (BRASIL, 2017) destacam sua importância para o pleno
desenvolvimento das crianças, compreendendo que na primeira etapa da

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educação básica esses eixos integradores são fundamentais para a superação de

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práticas pedagógicas escolarizantes.

Para Vigotsky (2007), o brincar e o brinquedo têm um grande papel no


desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança, que desde muito cedo
se comunica por meio de gestos, sons e de determinadas representações de
papéis na brincadeira, desenvolvendo sua imaginação e interação com o mundo.
Para esse autor, ao distinguir o brincar da criança de outras formas de atividade,
devemos recuperar o papel do brinquedo, porque por ele a criança cria uma
situação imaginária.

De forma geral, os diferentes estudiosos do brincar consideram a brincadeira


como uma atividade humana na qual as crianças são introduzidas a partir do
nascimento, e o adulto é seu primeiro brinquedo. Com essa atividade, as crianças
assimilam e recriam as experiências vivenciadas pelos adultos e constroem
conhecimentos da realidade, estabelecendo vínculo com a função pedagógica da
escola.

Mas você, futuro educador, já ouviu falar em jogo, brinquedo e brincadeira?


Serão sinônimos ou existem diferenças entre cada um desses termos?

Conceituar o jogo, o brinquedo e a brincadeira é uma tarefa extremamente difícil


de ser feita na medida em que esses conceitos e as palavras que os significam não
são precisos nem na língua portuguesa nem em grande parte das demais, como
esclarece Kishimoto (2011). Tendo como referência os estudos dessa autora,
compreenda a seguir como podemos definir esses termos.

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Figura 2.1 | Brinquedo, brincadeira e jogo

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Fonte: adaptada de Kishimoto (2011).

Pesquisadores como Vigotsky (2007) e Piaget (2013) destacam a importância do


brincar para o desenvolvimento infantil, pois por meio das brincadeiras e jogos são
desenvolvidos conceitos sociais, a formação de valores, a socialização e a
comunicação.

Para Vigotsky (2007), a importância do brincar reside em sua contribuição em


mudar a relação da criança com o objeto, despertando-lhe a imaginação e a
criatividade: “A criança vê um objeto, mas age de forma diferente em relação ao
que vê. Assim é alcançada uma condição que começa a agir independentemente
daquilo que vê” (VIGOTSKY, 2007, p. 114).

EXEMPLIFICANDO

Imaginação e criatividade com base na relação da criança com o objeto

Quando falamos que por meio da relação com o objeto a criança constrói
algo novo e desenvolve sua imaginação e criatividade, podemos pensar, por
exemplo, na sua interação com uma vassoura.

A função real da vassoura é varrer. Contudo, a criança, ao interagir com


esse objeto, pode transformá-lo em um brinquedo ao imaginar que está
andando a cavalo. Não é um cavalo real ou cavalinho de brinquedo, mas é
uma vassoura transformada em cavalo pelo imaginário infantil. Essa mesma
vassoura pode, ainda, virar um violão ou uma moto.

O imaginário se desenvolve na interação da criança com os objetos que


explora e na relação com outras pessoas, sejam crianças ou adultos,
ampliando seu repertório de experiências e construindo algo novo a partir
de sua criatividade.

Oliveira (2010) ressalta que o brincar favorece o desenvolvimento social, cognitivo


e emocional da criança, porque envolve aspectos como a afetividade, motricidade,
linguagem, percepção, representação, memória e outras funções cognitivas,
levando-as à construção de uma consciência infantil, ao exigir formas mais
complexas de relacionamento com o mundo.

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Ao brincar, a criança passa a compreender as características dos objetos, seu funcionamento, os elementos da
natureza e os acontecimentos sociais. Ao mesmo tempo, ao tomar o papel do outro na brincadeira, começa a


perceber as diferentes perspectivas de uma situação, o que lhe facilita a elaboração do diálogo interior
característico de seu pensamento verbal.

— (OLIVEIRA, 2010, p.164)

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Percebe-se, assim, como o brincar é essencial para o desenvolvimento infantil, e é

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imprescindível disponibilizar espaço e tempo para brincadeiras, de forma a
garantir o direito ao brincar e suas aprendizagens.

Kishimoto (2011) retoma o papel do brincar e afirma que todo jogo infantil é
educativo, inclusive o jogo livre, pois todos desempenham um papel importante no
desenvolvimento da criança. Essa pesquisadora ainda pontua que as brincadeiras
podem proporcionar diferentes interações e formas de se relacionar com os
objetos e os espaços, e podem ser classificadas como brincadeiras tradicionais,
brincadeiras educativas ou jogos de regras, brincadeiras de faz de conta e jogos de
construção.

Quadro 2.1 | Classificação das brincadeiras segundo Kishimoto (2011)

Brincadeiras São manifestações da cultura popular e têm a função de


tradicionais perpetuar a cultura infantil e desenvolver formas de
convivência social. As brincadeiras tradicionais são práticas
históricas que envolvem contação de história, brincadeiras
corporais como pular corda, pular elástico, amarelinha,
jogar pedrinhas e trava-línguas, por exemplo.

Brincadeira O jogo educativo é visto como um recurso que ensina e


educativa ou promove o desenvolvimento de forma prazerosa. Como
jogos de regras exemplo temos os quebra-cabeças, as brincadeiras de
tabuleiro e os jogos de encaixe.

Brincadeiras de Também conhecidas como brincadeiras simbólicas, de


faz de conta representação ou jogos dramáticos, as brincadeiras de faz
de conta levam a criança a exercitar sua capacidade de
representação e imaginação. As brincadeiras de fazer
comidinha, polícia e ladrão, de casinha, de representar os
adultos em seus afazeres compõem esse tipo de
brincadeira simbólica.

Jogos de
As brincadeiras de construção são experiências sensoriais
construção
que enriquecem e estimulam a criatividade e auxiliam no
desenvolvimento das habilidades infantis.

Por meio dessa brincadeira as crianças expressam seu


imaginário e projetam construções, revelando sua
criatividade. Exemplo: tijolinhos, blocos lógicos, Lego.

Fonte: adaptado de Kishimoto (2011).

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Os jogos tradicionais infantis fazem parte da cultura infantil. O pintor renascentista


Pieter Bruegel, em gravura datada de 1560 e denominada Jogos infantis, estampa
cerca de 80 brincadeiras em voga na época. Trata-se uma obra iconográfica
importante para os estudos a respeito do brincar.

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Figura 2.2 | Jogos infantis, de Pieter Bruegel, o Velho

Fonte: https://bit.ly/2LPx3ss. Acesso em: 19 maio 2020.

Como produto do contexto histórico, da sociedade e da cultura, vale recuperar que


o ser humano se desenvolve com base nas experiências que vivencia, tornando-se
primordial pensarmos na qualidade das interações e experiências que
proporcionamos nos espaços de educação e cuidado, como creches e pré-escolas.

Por meio do brincar a criança desenvolve a atenção, imitação, memória, imaginação,


sentimentos e capacidades cognitivas. No contexto educacional é fundamental
recuperarmos o papel do planejamento e a relevância de um espaço adequado, com
materiais interessantes para as crianças explorarem, de forma a estimular a interação, a
criatividade e a socialização.

A BNCC indica a importância do professor como promotor de aprendizagens,


assim, destaca a importância do planejamento da prática educativa e a
importância do acompanhamento e observação dos contextos planejados, visando
reunir elementos para reorganizar tempos, espaços e situações que garantam os
direitos de aprendizagem de todas as crianças (BRASIL, 2017).

Dessa maneira, é preciso que o professor tenha a consciência de seu papel


mediador no processo lúdico entre o brinquedo e a brincadeira, contribuindo para
a aprendizagem e desenvolvimento das crianças e contemplando o brincar em seu
planejamento diário, de modo a promover a socialização da criança e a interação
sujeito-mundo por meio da exploração, ludicidade, imaginação e criatividade.

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Além de disponibilizar a brincadeira como seu fazer pedagógico, o professor deve


ser um observador do desenvolvimento e das manifestações livres das crianças,
individual e coletivamente, propondo formas de interação de forma a ampliar suas
experiências cotidianas.

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É nesse momento que a criança adquire sua autonomia e desenvolve habilidades

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motoras, cognitivas, sociais e afetivas. Portanto, é preciso destacar que o brincar
torna-se a principal atividade da criança na educação infantil, pois pelas interações
ocasionadas pelo brincar a criança explora sensações, conhecimentos, objetos,
relaciona-se com o outro trocando informações, criando situações imprevistas e
ampliando seu repertório, enfim, absorvendo, mas também construindo cultura, a
cultura infantil.

Nesta seção conhecemos um pouco mais de dois direitos de aprendizagem e


desenvolvimento previstos para a educação infantil na Base Nacional Comum
Curricular – BNCC (BRASIIL, 2017): o direito de brincar e o direito de conviver.

Ambos desempenham papéis fundamentais no cotidiano de creches e pré-escolas,


e o eixo do trabalho é desenvolvido nas instituições voltadas para a educação e os
cuidados das crianças de 0 a 5 anos e 11 meses.

O brincar se destaca no processo de formação humana por compor nossas experiências


desde que nascemos e nesse mesmo contexto o direito de conviver com o outro, ou seja, a
interação, reforça a importância das trocas sociais e culturais, por meio das quais a
aprendizagem vai se constituindo.

A partir dos estudos realizados nesta seção, você está caminhando em direção ao
resultado de aprendizagem desta unidade, que consiste em:

Compreender o desenvolvimento de competências como uma organização


curricular e entender os campos de experiências como um arranjo que
possibilita essa organização.

Apresentar uma postura compatível com o atual conceito de educação infantil.

Compreender as crianças como protagonistas do processo educativo.

Aplicar metodologias e atividades utilizando recursos compatíveis com a faixa


etária da educação infantil.

Identificar as principais diretrizes e a importância da BNCC.

PESQUISE MAIS

Marcos Ferreira-Santos, livre-docente da Faculdade de Educação da USP,


professor de mitologia e coordenador do Lab_Arte – Laboratório
Experimental de Arte-Educação e Cultura, FE-USP, escreve por meio de um
ensaio uma análise poética a respeito da infância e do brincar. Resgata
diferentes poemas que nos levam a refletir acerca do tempo da infância e
seu brincar. Em suas análises, pontua que a cumplicidade do educador,
quando esse pertence à poesia, é de construir o tempo e brincar com as
crianças. Vale a pena conferir o ensaio desse autor!

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FERREIRA-SANTOS, M. Outros tempos e espaços de saber compartilhado:


coisas ancestrais de creança. In: PROCESSOS ARTÍSTICOS, TEMPOS E
ESPAÇOS, 2014. Anais […]. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 2014.

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FAÇA VALER A PENA

seõçatona reV
Questão 1
Ao refletirmos acerca da aprendizagem e do desenvolvimento, tendo como
referencial as pesquisas na área educacional, vemos que o conceito de criança que
norteia as produções refere-se a um sujeito social e histórico, que sente e pensa o
mundo de um jeito muito próprio e constrói o conhecimento com base nas suas
interações com o meio e com outras pessoas.

Compreendendo que a BNCC (BRASIL, 2017) também concebe a criança como


protagonista e sujeito histórico e social, a prática educativa deve ser planejada
visando quais das ações indicadas a seguir?

a. Facilitar a interação da criança com outros adultos capacitados a dar-lhes mais conhecimentos, pois
apenas assimila os estímulos dados.

b. Permitir que a criança experimente o ambiente, questione e levante hipóteses acerca do mundo físico e
interaja com as pessoas que a rodeiam, estabelecendo trocas e novas aprendizagens.

c. Ensinar a criança a resolver problemas sozinha, sem a interação com demais parceiros, pois se é
protagonista deve agir sozinha.

d. Enfatizar a socialização da criança apenas com outras crianças, pois o contato com adultos não é
saudável para seu desenvolvimento.

e. Permitir à criança agir sobre o ambiente, sem interagir com outras pessoas, para favorecer a
aprendizagem de observação e registro.

Questão 2
De acordo com a BNCC (BRASIL, 2017), o brincar e as interações são eixos que
norteiam as experiências na educação infantil. Assim, ao planejar o cotidiano na
educação infantil, é importante que os professores utilizem atividades lúdicas –
como brincadeiras e jogos educacionais – durante seu fazer pedagógico.

Ao adotar o lúdico como princípio norteador da sua prática educativa,


compreendemos que:

a. O jogo se constitui em um ótimo recurso para passar o tempo e para os momentos de ociosidade da
criança, preenchendo o tempo pedagógico.

b. O jogo estimula a criança a competir e a querer ser sempre a primeira em tudo o que faz.

c. O jogo ajuda a desenvolver o individualismo e o egocentrismo.

d. O jogo incentiva desde cedo as crianças a desenvolverem um espírito de competitividade.

e. O jogo envolve uma dimensão educativa no processo de construção do conhecimento, pois motiva
internamente a criança.

Questão 3
A Base Nacional Comum Curricular é um documento que normatiza as
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo do
processo ensino-aprendizagem. Quando pensamos na educação infantil, o foco
está nos direitos de aprendizagem que devemos oportunizar a todas as crianças de
0 a 5 anos que vivem no Brasil.

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Com base na BNCC, analise as afirmações a seguir:

I. O brincar na educação infantil deve ser limitado, pois é o grande responsável


pela desatenção que compromete os contextos de aprendizagem.

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II. As creches e pré-escolas devem trabalhar com o conceito de currículo em que o
brincar e as interações permeiem as experiências infantis de forma articulada

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com seu projeto pedagógico.
III. A demanda pelo ensino na educação infantil revela a preocupação em garantir
às populações mais pobres uma educação que priorize a alfabetização de
forma sistemática, portanto, sem espaço para as brincadeiras e as invenções
infantis.
IV. IV. As experiências vividas no espaço de educação infantil devem possibilitar
que a criança encontre explicações a respeito do que acontece a sua volta e
oportunize o conhecimento acerca do outro e de si própria, desenvolvendo a
imaginação e a criatividade, assim como novas formas de sentir, pensar e de
solucionar problemas.

Assinale a sequência correta:

a. F – V – F – V.

b. V – V – F – F.

c. F – F – V – V.

d. F – V – V – F.

e. V – F – F – F.

REFERÊNCIAS
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técnica MEC e UFRGS para construção de orientações curriculares para a


Educação Infantil. Brasília, 2009a. Disponível em: https://bit.ly/32D2hbF. Acesso
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https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=gyzza.leao%40hotmail.com&usuarioNome=GYZZA+PALMEIRA+LEÃO+LOPES&disciplinaDescricao=CAMPOS+DE+EXPERIÊNCIAS+E+… 17/17

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