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XV Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá

Anais, v. 7, 2022 – ISSN 2594-3723

Aplicações de tecnologias para redução de


impactos residuais na produção animal.
Autores: Adryan Augusto1, Cecília Maria Costa do Amaral2
Colaboradores: Vivien Pandossio Cunha Garcia3, Andrea C. Frizzas de Lima4
1,2,3,4
Centro Universitário Barão de Mauá
1 2
adryan.augusto34@gmail.com - Ciências Biológicas, cecilia.amaral@baraodemaua.br

RESUMO Com relação ao mercado externo, o Brasil


também demonstra relevância, pois fornece para
Diante da escassez e dos altos custos dos mais de 150 países, sendo o maior exportador
fertilizantes químicos no mercado nacional em mundial de carne de frango e o quarto maior, de
função da grande dependência de matéria-prima carne suína (ABPA, 2021). Desse modo, diante
importada, justifica-se cada dia mais, o uso dos de mercados exigentes, a sustentabilidade e o
resíduos agropecuários como alternativa para tratamento adequado dos dejetos, são alguns dos
redução ou substituição de fertilizantes químicos, principais objetivos dos sistemas de produção
aliado à possibilidade de geração de energia e animal. Com isso, esses resíduos quando
utilizando técnicas que visem a diminuição da manejados e tratados adequadamente, agregam
emissão de gases de efeito estufa e impactos valor, caracterizando o Brasil da biomassa e que
ambientais, obedecendo legislação vigente. leva em consideração, cada dia mais, os critérios
ESG (Environmental, Social, Governance)
utilizados na avaliação de investimentos
INTRODUÇÃO (AMARAL et al., 2021).
Dessa forma, no cenário mundial, o Brasil
O crescimento da população mundial estimado de
apresenta expressivo potencial para contribuir
7,0 para 9,7 bilhões de habitantes até 2050,
para a produção alimentar do planeta,
reforça a importância do Brasil em relação a
requerendo, portanto, grandes quantidades de
oferta e segurança alimentar global, sendo
fertilizantes para suprir tais demandas. De acordo
indiscutível que a intensificação do uso dos
com Oliveira et al. (2017), em função das baixas
recursos naturais, amplifica o peso político e
reservas de fósforo e potássio, o Brasil é cada
estratégico de ações concretas voltadas para
vez mais dependente de matéria-prima
ampliar o uso sustentável e responsável desses
importada. As previsões para 2025 são de que
recursos, sendo resiliente às mudanças climáticas
82% do nitrogênio, 80% do fósforo e 95% do
(PAULINELLI; RODRIGUES, 2019). A rápida
potássio sejam importados. Sendo assim, o
evolução do agronegócio brasileiro decorre não
processo de compostagem, por exemplo, permite
só da abundância dos recursos naturais, mas
a reciclagem desses nutrientes e seu reuso,
também pela crescente absorção da ciência e
reduzindo essa dependência, entretanto, deve-se
tecnologia nos estabelecimentos agropecuários,
considerar a segurança sanitária dos dejetos,
com isso o Brasil é um poderoso e bem-sucedido
visando à saúde humana, animal e ambiental
produtor de alimentos, desde grãos de soja, milho
(FONGARO et al., 2016), dentro do aspecto
e arroz, além de frutas, legumes e até produtos
relacionado ao conceito de Saúde Única (AITA et
processados (GONÇALVES; COSTA, 2019).
al., 2019).
Além disso, o Brasil é terceiro maior produtor
Com relação ao nitrogênio, por exemplo, além de
mundial de carne de frango, produzindo em 2021,
representar perda econômica e de potencial
13,845 milhões de toneladas. Com relação à
fertilizante, em razão dos custos elevados dos
carne suína, ocupa a quarta posição entre os
fertilizantes nitrogenados minerais e sintéticos, a
maiores produtores mundiais de carne suína, com
volatilização de NH3 representa riscos quanto à
produção de 4,436 milhões de toneladas. Valores
poluição ambiental, à saúde humana e animal.
que demonstram aumento de 4,53% e 11,37%,
Sendo assim, o uso agrícola dos dejetos de
para carne de frango e suína, respectivamente,
animais pode favorecer a produção e as
quando comparados aos valores produzidos em
emissões de N2O, cuja magnitude depende de
2019 (ABPA, 2021).
diversos fatores ligados ao solo, ao clima, ao
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modo de distribuição dos dejetos no solo e aos Com relação à avicultura, analisando os dados
próprios dejetos (AITA et al., 2019). presentes na tabela 1, verificou-se que tanto no
Portanto, o objetivo do estudo foi apresentar uma censo de 2006 como no censo de 2017, o Paraná
revisão bibliográfica sobre produção de aves e foi o Estado com o maior número de galináceos
suínos relacionando legislação, produção de do Brasil. Além disso, comparando-se os dados
dejetos, tecnologias envolvidas no tratamento de de 2006 com os dados de 2017, observou-se
resíduos, energia e meio ambiente. aumento no número total de animais, embora,
redução no número de estabelecimentos que
MATERIAL E MÉTODO possuem galináceos.
Para realização do estudo, foram utilizados dados
obtidos de livros técnicos, artigos e relatórios Tabela 1. Número de animais presentes nos
científicos, teses, dissertações e Instituições Estados da região Sul do Brasil e número de
públicas de pesquisa, como EMBRAPA, por estabelecimentos agropecuários que possuem
exemplo. O método utilizado no estudo foi suínos e aves, de acordo com os dados
levantamento bibliográfico do assunto em obtidos no Censo Agropecuário de 2006 e
questão. Com o avanço das tecnologias de 2017 (IBGE).
informação e comunicação e com o aumento da
produção científica, surgiram as bases de dados
que podem ser definidas como os suportes
informacionais compostos de artigos e trabalhos
científicos, elaborados por organizações
especializadas, nas diversas áreas do
conhecimento, dessa forma, é possível realizar
pesquisa na Internet e em bases de dados que
possuem credibilidade científica, utilizando
mecanismos de busca para localização do
material bibliográfico (PIZZANI et al., 2012).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No Brasil, a produção de aves e suínos é Fonte: IBGE (2006); IBGE (2017).
frequentemente encontrada em propriedades
familiares (BUHRING; SILVEIRA, 2016) e está A suinocultura intensiva é caracterizada pela
localizada principalmente nos Estados da região criação de grandes quantidades de animais em
Sul, sendo, portanto, mais de 80% da produção pequenas áreas, tendo como consequência o
distante 2.000 km do bioma Amazônico. acúmulo de dejetos com grande potencial
Na tabela 1 são apresentados dados obtidos nos poluidor (KUNZ et al., 2005). Além disso, o
Censos Agropecuários. O primeiro Censo confinamento total dos animais durante todo o
Agropecuário foi realizado no Brasil, em 1920, o ciclo produtivo resulta na concentração de
penúltimo em 2006 e o último, em 2017. grandes quantidades de dejetos, próximo aos
Comparando os dados dos últimos dois Censos, locais de produção (AITA et al., 2019).
verificou-se queda (-1,6%) no número de Uma das maiores dificuldades do uso racional de
estabelecimentos agropecuários que declararam dejetos é o ajuste das dosagens conforme a
possuir suínos e verificou-se que suínos estavam necessidade de nutrientes das culturas, já que a
presentes em 1,47 milhões de estabelecimentos, proporção entre os nutrientes no dejeto nem
em 2017, representando 29,0% dos 5,07 milhões sempre coincide com a demandada pelas culturas
de estabelecimentos agropecuários existentes no (GATIBONI; NICOLOSO, 2019). Em um cenário
Brasil. de agricultura moderna onde o objetivo é a
De acordo com os dados do Censo 2017, Santa máxima eficiência da utilização dos insumos, não
Catarina possui o maior rebanho suíno do Brasil, faz sentido tratar os dejetos animais como
entretanto, encontra-se na 7ª colocação do resíduos agropecuários. É mais racional
ranking nacional quanto ao número de considerá-los como subprodutos, os quais devem
estabelecimentos agropecuários que possuem ser eficientemente reciclados dentro da cadeia
suínos, registrando a presença desses animais produtiva. Assim, a reutilização racional dos
em 80,1 mil dos 183 mil estabelecimentos dejetos para a fertilização do solo deve ser
agropecuários catarinenses, ressaltando que tratada como necessidade básica dentro dos
nesse contingente são contabilizados tanto os sistemas de produção. Há muitas pesquisas
produtores comerciais quanto os de autoconsumo realizadas no Brasil que comprovam a eficiência
(ou aqueles que realizam operações comerciais do uso dos dejetos como fertilizantes. Contudo,
apenas eventualmente). aplicações de dejetos em áreas agrícolas devem
ser realizadas adotando-se rigorosas
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recomendações técnicas, já que é muito comum MANEJO AMBIENTAL


ocorrerem aplicações excessivas, as quais
podem acarretar poluição ambiental (GATIBONI; O manejo ambiental é caracterizado por um
NICOLOSO, 2019). conjunto de metodologias, conhecimentos,
Dessa forma, a Lei Federal 6.938/81 tornou práticas, atividades e tecnologias voltadas para a
obrigatório o Licenciamento Ambiental em todo o conservação, restauração e para o
território Nacional para atividades efetiva ou desenvolvimento socioeconômico ambiental
potencialmente poluidoras. Os empreendimentos (MELLO FILHO et al., 2000).
que não providenciarem a Licença Ambiental Entre os principais métodos utilizados para a
estarão sujeitos a advertências, multas ou redução de patógenos em efluentes da produção
embargos das atividades conforme previsto na animal estão os métodos químicos e os métodos
Lei de Crimes Ambientais. Órgãos financeiros biológicos. Os métodos químicos consistem na
também não disponibilizarão crédito, na ausência adição de compostos alcalinos, como cinzas, cal,
do Licenciamento ambiental. entre outros, os quais propiciam grandes
No caso do Estado do Paraná, por exemplo, os benefícios nos tratamentos de excretas,
produtores de Empreendimentos de Avicultura minimizando o odor e a atração de insetos e
com aproveitamento econômico, devem ser roedores. A eficiência da sanitização por adição
instruídos sobre o licenciamento ambiental de de compostos alcalinos deve-se principalmente à
acordo com a RESOLUÇÃO SEDEST Nº 054, DE elevação do pH, mas a secagem das excretas
15 DE JULHO DE 2019. Esta Resolução se aplica contribui para o aumento dessa eficiência. A
às atividades de avicultura comercial, como adição de CaO (cal) eleva o pH e aquece a
granjas, postura comercial, recria de matrizes, excreta, permitindo atingir padrão de qualidade
postura de ovos férteis e avicultura de corte sanitária de lodo de classe A, segundo a Agência
excluindo os empreendimentos de avicultura/ de Proteção Ambiental dos Estados Unidos
incubatórios, que são enquadrados como (Usepa, do inglês United States Environmental
atividades industriais (SISTEMA FAEP/SENAR – Protection Agency). Os métodos biológicos são a
PR, 2021). compostagem e a biodigestão anaeróbia e
Para suinocultores do mesmo Estado, deve ser aeróbia.
obedecida a RESOLUÇÃO SEDEST Nº 015, DE PRODUÇÃO E TRATAMENTO DE
05 DE MARÇO DE 2019, que define que os
sistemas destinados ao armazenamento de RESÍDUOS
dejetos líquidos gerados pela atividade devem ser Os dejetos provenientes da suinocultura são
obrigatoriamente revestidos. Os dejetos gerados geralmente compostos por fezes, urina, sobra de
pela suinocultura devem obrigatoriamente sofrer ração e água, portanto, o manejo desses dejetos
armazenamento e/ou tratamento primário e em ocorre na forma líquida (concentração de sólidos
seguida, ser encaminhados para tratamento totais inferior a 8%), sendo, em média, 95%
secundário e/ou aplicação no solo para fins composto por água. Entretanto, esses dejetos
agrícolas. Com relação aos critérios para após armazenamento e transformação em
utilização agrícola dos dejetos de suínos, a área fertilizantes líquidos, podem tornar-se inviáveis
para aplicação de dejetos de suínos deve ser economicamente quando transportados a
avaliada de acordo com a classe de risco distâncias superiores a 3 km e em função do
ambiental e do teor de fósforo disponível no solo. baixo teor de nutrientes (OLIVEIRA et al., 2017).
A aplicação de dejetos pode ser realizada nas O armazenamento em esterqueiras e lagoas e
classes de risco ambiental I, II, III e IV. Para áreas posterior uso como fertilizante agrícola, por várias
de classe IV, aplicação somente em culturas décadas, foi o manejo e destino tradicionalmente
perenes (SISTEMA FAEP/SENAR – PR, 2021). aceito para os dejetos suínos produzidos em
No Estado de Santa Catarina, a criação de unidades de produção. Entretanto, esse sistema,
suínos, bem como, a disposição dos dejetos no com o passar dos anos, apresentou dificuldades
solo deve ser licenciada de acordo com os operacionais relacionadas ao aumento crescente
critérios técnicos dispostos na Instrução no volume de efluentes produzidos, resultado da
Normativa n°11 (IN 11, FATMA – Fundação do concentração de animais em granjas com
Meio Ambiente de Santa Catarina), visando pequenas áreas agrícolas destinadas ao uso do
reduzir os impactos provenientes principalmente fertilizante (OLIVEIRA et al., 2017). No
do desbalanço de nutrientes N, P, Cu e Zn, armazenamento em esterqueiras para
presentes nos dejetos. Porém, o foco dessa estabilização parcial seguido da aplicação no solo
Normativa, está nos impactos dos dejetos no solo para fertilização de lavouras e pastagens, os
e na água, não apresentando critérios relativos as dejetos emitem principalmente o CH4 e NH3 e a
emissões de N2O após a adição dos dejetos no aplicação ao solo resulta em incremento na
campo (MÜLLER JÚNIOR, et al., 2020). emissão de CO2 e N2O.
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De acordo com Higarashi et al. (2020), a A compostagem é um processo tecnológico de


substituição de esterqueiras por biodigestores reciclagem de nutrientes provenientes de matéria
pode reduzir a contribuição dos sistemas orgânica encontrados em resíduos orgânicos
confinados no fluxo de emissões dos gases de tanto de origem animal quanto vegetal, que são
efeito estufa (GEE), decorrente da retenção e convertidos em fertilizantes e produtos orgânicos
combustão do CH4, o qual é convertido em CO2 e humificados, denominado de composto orgânico
energia. Por meio do monitoramento contínuo (EMBRAPA, 2005). Para melhorar a eficiência do
das emissões de GEE provenientes de lagoas de sistema de tratamento de dejetos de suínos via
armazenamento do digestato e depósitos de compostagem, recomenda-se que a concentração
dejetos brutos (esterqueira), determinou-se o de matéria orgânica (sólidos voláteis) nos dejetos
potencial de aquecimento global (PAG em Eq suínos seja maior que 4%.
CO2.kg-1 dejeto). A lagoa que armazena o Quando corretamente manejada,
efluente de um biodigestor com tempo de independentemente dos modelos de máquinas de
retenção hidráulica de 30 dias, emite 84% menos compostagem, é possível produzir um composto
GEE (em PAG) do que a esterqueira, e foi de elevada qualidade (Figura 1). Além do correto
estimado que o arranjo com biodigestor (onde se manejo, questões importantes como
considera os gases produzidos no biodigestor e a concentração de matéria orgânica (sólidos
queima do CH4), emite 53% menos gases. voláteis) no resíduo (dejetos suínos), incorporado
Estudos demonstraram que a redução do tempo no substrato (biomassa), possui grande influência
de armazenamento do dejeto nas esterqueiras de na qualidade final do fertilizante orgânico gerado
120 para 50 dias, seguindo a Instrução Normativa e no custo comercial do adubo (OLIVEIRA et al.,
nº 11/2014 de Santa Catarina, resulta em uma 2017).
redução de 80% na emissão de metano. A compostagem é um processo aeróbio e
Para Sardá et al. (2010), uma das alternativas também um processo exotérmico, que libera
encontradas para a diminuição dos impactos energia na forma de calor e promove o
ambientais, é o manejo de dejetos de suínos na aquecimento do material em compostagem até
forma sólida (concentração de matéria seca temperaturas de aproximadamente 50-70ºC
superior a 60%), utilizando-se, por exemplo, o (NICOLOSO; BARROS, 2019). De acordo com
sistema de compostagem ou produção sobre Oliveira et al. (2017), a temperatura é o indicador
cama, denominado de cama sobreposta. Dejetos mais importante que evidencia a eficiência do
suínos manejados na forma sólida promovem processo de compostagem, pois o calor é o
redução de odores em função do processo de resultado da atividade bacteriana na
fermentação aeróbia, no qual o principal produto decomposição da matéria orgânica, sendo que no
da degradação dos resíduos orgânicos é o final do processo de compostagem ocorre
dióxido de carbono (CO2). diminuição gradativa da temperatura atingindo
O sistema de cama sobreposta (no inglês deep valores menores que 32ºC.
bedding) é um processo de compostagem dentro A compostagem dos dejetos suínos pode ser
da própria instalação onde os animais estão dividida em duas fases. A primeira fase chamada
alojados. Ou seja, em galpões de piso de de fase de impregnação, é a mais ativa e
concreto contendo na superfície substratos como caracteriza-se por uma forte atividade biológica
maravalha, palha ou casca de arroz, os animais para a degradação da matéria orgânica e pelo
depositam os dejetos diretamente neste material, aumento de temperatura da biomassa nas leiras
iniciando uma compostagem aeróbia. Com o calor de compostagem. É também conhecida como
gerado, a umidade vai sendo eliminada por fase de incorporação dos dejetos líquidos a
evaporação, restando ao final do processo um resíduos sólidos (maravalha, serragem, palha) até
composto orgânico (BRASIL, 2016). a obtenção de uma biomassa com umidade e
A separação de fases é um procedimento que relação Carbono/Nitrogênio (C/N) adequadas. A
consiste em separar os dejetos de suínos em fase segunda fase, é chamada de fase de Maturação,
sólida e líquida por processos físicos, é a fase final onde ocorre a estabilização da
aumentando a eficiência dos tratamentos biomassa. Na fase inicial a temperatura é
subsequentes. Nesse processo são gerados dois elevada, reduzindo gradativamente até o final do
produtos: uma fração líquida mais fluída que processo de maturação. Caracteriza-se por taxas
conserva a maioria dos nutrientes solúveis, e uma metabólicas mais reduzidas sendo também
fração sólida que se mantém agregada e pode conhecida como fase de arrefecimento, durante a
ser transformada em um composto orgânico. São qual diminui a temperatura da biomassa na leira e
várias as técnicas disponíveis para essa o material torna-se estável, escuro, amorfo, com
finalidade, como por exemplo: decantação, aspecto de húmus e um cheiro de terra
centrifugação ou peneiramento e/ou prensagem (OLIVEIRA et al., 2017).
(BRASIL, 2016). Sardá et al. (2010) avaliando emissão de gases,
verificaram na compostagem, uma redução de
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sete vezes na emissão de CH4, com relação à De acordo com Fukayama (2010), é fundamental
esterqueira, sendo que a emissão de CO2 conhecer os parâmetros básicos utilizados na
representou 78,5% do carbono total mineralizado. fermentação anaeróbia, tais como: o Tempo de
Considerando-se que a emissão de H2S foi Retenção de Microrganismos (TRM), Tempo de
expressiva apenas no manejo dos dejetos na Retenção Hidráulica (TRH) e o Tempo de
forma líquida, concluíram que o manejo dos Retenção de Sólidos (TRS) dos modelos de
resíduos na forma sólida pode ser uma alternativa biodigestores disponíveis no mercado,
para redução dos impactos ambientais pela compreendendo os princípios de funcionamento
mitigação do efeito estufa e pela redução de de cada modelo.
odores. Os modelos de biodigestores encontrados
frequentemente na literatura são classificados de
Figura 1 – Leito de compostagem. acordo quanto à forma de abastecimento, sendo
em: batelada e contínuos. Nos biodigestores em
batelada, a quantidade de material orgânico a ser
digerido é colocada apenas uma vez, então é
hermeticamente fechado e após o período
determinado a produção de gás se inicia e
prossegue até consumir o material de todo o lote
e o processo termina. Os biodigestores contínuos,
podem ser abastecidos diariamente, permitindo
que a cada entrada de substrato orgânico a ser
processado, exista saída de material já tratado. O
modelo de biodigestor mais aplicado no Brasil é o
Fonte: Cleandro Pazinato Dias (2015). tubular com manta plástica (conhecido como
modelo Canadense de biodigestor – Figura 2)
(BRASIL, 2016).
BIODIGESTÃO ANAERÓBIA De acordo com Paniagua (2021), faz-se
A digestão anaeróbia é um processo de necessário a criação de políticas públicas
decomposição da matéria orgânica resultante, na voltadas para assistência técnica e treinamento
ausência de oxigênio, realizado por grupos de dos suinocultores. Soma-se a isso a falta de
microrganismos, que degradam o produto inicial incentivo para disponibilizar linhas de crédito e
(matéria orgânica) em compostos químicos mais financiamento aos produtores para modernização
simples, gerando principalmente o metano (CH4) das instalações e aquisição de equipamentos
e o dióxido de carbono. Este método é para produção de energia elétrica por meio do
caracterizado por quatro etapas principais: poder calorífico do biogás, gerando benefícios
hidrólise, acidogênese, acetogênese e para o agricultor e sendo sistemas
metanogênese (CHERNICHARO, 2007). ecologicamente mais sustentáveis. Além disso,
Segundo Pinto (2008) estruturalmente, os com o incentivo a pesquisa e tecnologia de ponta,
biodigestores consistem em uma câmera o país poderá produzir um biofertilizante que
fechada, na qual são colocados os materiais poderá ser comercializado ou utilizado nas
orgânicos. Esta estrutura pode apresentar forma próprias propriedades rurais, reduzindo o custo
cilíndrica, vertical ou superficial (acima do solo), com a aquisição de fertilizantes industrializados.
acoplada de uma campânula na parte superior,
onde o gás resultante da digestão da biomassa
Figura 2. Biodigestor modelo Canadense.
contida no equipamento irá se acumular, numa
região denominada de gasômetro.
Os sólidos voláteis referem-se à fração orgânica
que será volatizada dentro do biodigestor. Estão
contidos nos sólidos totais os sólidos voláteis e
fixos. Este é um dos parâmetros mais relevantes
para estimar produção de biogás uma vez que,
dependendo da fração de sólidos voláteis, a
produção de biogás pode ser intensificada ou
reduzida. Portanto, os teores de sólidos voláteis Fonte: Cleandro Pazinato Dias (2015).
caracterizam a fração orgânica de material que
será fermentado para produzir o biogás, ou seja,
quanto maior for sua concentração na biomassa, ENERGIA E MEIO AMBIENTE
maior será a produção de biogás, considerando a A urbanização crescente, as pressões
eficiência do biodigestor (MAPA, 2016). demográficas e mudanças climáticas estão
transformando os sistemas agrícolas e
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alimentares, que incluem desde a produção até o ambiental, pois, além de permitir uma destinação
processamento dos alimentos, e que evoluem adequada ambientalmente aos subprodutos da
para atender essas pressões. Neste contexto, agropecuária, também pode resultar em um
adotar práticas agrícolas climaticamente potencial energético, capaz de contribuir com a
inteligentes é uma das formas de reduzir as demanda da região. Além disso, pesquisas a
emissões e melhorar a ecoeficiência para garantir respeito do potencial de biogás da região podem
o equilíbrio entre produtividade e contribuir com dados científicos ainda escassos,
sustentabilidade. Nos cenários atuais, essas bem como fornecer informações para o fomento
práticas incluem reduzir o uso energia de origem de políticas públicas que visem diversificar a
fóssil; aumentar o uso de energia renovável; matriz energética a partir de fontes renováveis
proteger e usar de forma sustentável a água (BARIZON, 2020).
doce; manejo sustentável do solo; manejo de A Empresa de Pesquisa Energética (EPE),
resíduos; garantir o bem-estar dos animais; fixar publica anualmente o Balanço Energético
pessoas no campo garantindo o bem-estar e um Nacional (BEN), que apresenta a oferta e
trabalho justo. Diante disso, para estudar consumo de energia no Brasil. Somente a partir
alternativas de atenuar os impactos causados do ano de 2015, o biogás passou a ser citado no
pelo sistema produtivo é imprescindível avaliar a relatório, o que representa um avanço
perspectiva do aumento das emissões dos gases significativo, que reitera o crescimento desse
com potencial de efeito estufa (NÄÄS et al., tema. Apesar da relevância e atualidade do
2020). A agropecuária foi o setor produtivo assunto, ainda são incipientes as informações a
responsável por 6,8% do PIB nacional em 2020 e respeito da produção de biogás a partir de dejetos
27,52% das emissões de GEE, em 2019. da produção animal (BARIZON, 2020). Segundo
Considerando-se o biogás como um produto o Balanço Energético Nacional da Empresa de
energético, portanto de valor econômico Pesquisa Energética (EPE) do ano de 2021, o
intrínseco e agregando suas externalidades setor agropecuário é responsável por 5,1% do
positivas pelos serviços ambientais, sanitários e consumo final de energia no Brasil (ABIOGÁS,
sociais que proporciona, o biogás pode ser 2018).
considerado o componente dos processos de Um dos principais fundamentos do uso do biogás
adequação verdadeiramente gerador de renda, e do bio
como um dos insumos mais importantes de suas entre o tratamento de resíduos e a geração de
estruturas de custos de qualquer atividade, a energia renovável. A vertente ambiental impacta
energia. Considerando-se uma presença média diretamente o setor agropecuário, uma vez que o
de 60% de metano no biogás, e sendo este gás tratamento adequado de resíduos permite um
21 vezes mais impactante do que o gás carbônico melhor uso da terra e expande o potencial para a
equivalente, o Brasil poderia contar com um criação de animais, e demonstra extrema
potencial de 1,03 bilhões de toneladas de CO2eq efetividade nos setores urbano e agrícola com a
caso viesse a se utilizar do biogás como fonte de oportunidade de mudança da matriz de
energia. O biogás e o biometano são fontes combustível das frotas de veículos pesados de
renováveis caracterizadas como energia de base diesel para biometano (ABIOGÁS, 2018).
e muito versáteis para geração de energias De acordo com dados atuais da ABiogás, o Brasil
elétrica, térmica e automotiva. As tecnologias desperdiça mais de 45 bilhões de metros cúbicos
brasileiras de biodi disponíveis, de biometano por ano, o que representa 70% do
possibilitam a aplicação do biogás não somente consumo de diesel do país ou 36% do consumo
para geração de energia elétrica em grandes de energia elétrica. ABiogás estima que até 2030
blocos, através de termelétricas (UTEs), mas será possível alcançar uma produção de 32
também para a geração distribuída em pequena milhões de metros cúbicos por dia de biometano,
escala, sendo assim um apoio sistêmico ao trazendo cada vez mais sustentabilidade às
conceito de eficiência energética. Tanto o biogás atividades urbanas e do agronegócio brasileiro
como o biometano são utilizados na substituição (ABIOGÁS, 2018).
de combustíveis fósseis para mobilidade rural e
urbana, assim como para a substituição de lenha
e gás liquefeito de petróleo, para energia térmica. CAMA AVIÁRIA
Para a geração Visando atender as atuais exigências do mercado
biogás/biometano em substituição aos consumidor, a indústria brasileira de produtos de
combustíveis fósseis (ABIOGÁS, 2018). origem animal busca, cada dia mais, sistemas de
Diante disso, a produção de biogás a partir de produção sustentáveis. Tratando-se, por exemplo,
dejetos provenientes da pecuária na mesorregião da produção de frangos de corte, onde
Sudoeste, bem como no estado do Paraná, praticamente 100% da produção ocorre em
representa uma oportunidade de transformar o sistemas confinados, as emissões de GEE
que inicialmente é um passivo, em um ativo provenientes do manejo dos dejetos animais têm
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importante papel na atualidade (SANTANA et al., citaram que as tendências atuais de número de
2020). publicações, direcionamento de recursos para
Cama aviária é todo o material distribuído sobre o pesquisa, demanda governamental e geração de
piso dos galpões para servir de leito às aves, volume crescente de dados sobre os fluxos de
sendo assim, um dos principais componentes dos gases de efeito estufa, na agropecuária nacional,
sistemas de produção avícolas (MENDES et al., levam a crer que a modelagem matemática para
2004). Portanto, o controle das características da quantificação do balanço de gases de efeito
cama representa uma importante estratégia de estufa e apoio às políticas públicas, será uma
manejo para a redução da volatilização da área em desenvolvimento no futuro próximo.
amônia, principalmente em relação ao pH e à O tratamento da cama aviária é realizado
umidade. Informações sobre os impactos e geralmente por compostagem ou biodigestão,
potenciais de mitigação de GEE pelo manejo dos gerando como produtos, o composto, lodo, biogás
dejetos de frangos de corte confinados no Brasil e biofertilizante. Para o uso da cama aviária no
são escassas, além de não existir um método setor agrícola, alguns aspectos devem ser
padrão para medições diretas nos galpões seguidos, tais como: o mínimo da fermentação da
brasileiros em condições tropicais (SANTANA et cama de 10 (dez) dias; armazenamento em local
al., 2020; SOUZA et al., 2020). correto, evitando a multiplicação de vetores
Sendo assim, quantificar e monitorar diretamente causadores de doenças; e a taxa de aplicação no
as emissões gasosas nos sistemas de criação solo, quantificada em quantidade/área, pautada a
das aves têm sido um dos grandes desafios partir de características físico-químicas do
enfrentados pela comunidade científica. O resíduo, da análise química do solo e da
principal problema está relacionado à ausência de necessidade da cultura qual será destinada
padronização metodológica e ao custo de (PALHARES, 2016).
aplicação das metodologias continuamente. Além
disso, as informações disponíveis na literatura DESCARTE DE CARCAÇAS DE AVES
sobre as emissões de GEE e NH3 em aviários são E SUÍNOS
variáveis e incertas, devido à diversidade e
Um dos fatores que geram muitas preocupações
condições particulares das instalações, às
está ligado ao adequado descarte de carcaças de
inúmeras diferenças no sistema de criação e às
aves e suínos que vem a óbito. A putrefação das
complexas interações observadas nos dejetos
carcaças gera gases, forte mau odor e resíduos
dos animais. Esse desafio é ainda maior para o
tóxicos, além da proliferação de microrganismos
Brasil em razão das suas condições climáticas,
patogênicos (NICOLOSO; BARROS, 2019).
expansão territorial, manejo e criação das aves
Portanto, devem ser utilizados procedimentos
de corte, ainda predominantemente em
operacionais com objetivo de mitigar os riscos
instalações abertas, controle mínimo das
que estes resíduos representam à sanidade das
condições ambientais das instalações (SOUZA et
cadeias de produção de suínos, aves e bovinos,
al., 2020).
ao meio ambiente e à saúde do trabalhador rural
Santana et al. (2020) verificaram que realizar a
e dos consumidores (NICOLOSO et al., 2017).
troca do substrato da cama de frango no lugar de
Sendo assim, no dia dezoito de outubro de 2019
reutilizá-la por seis ciclos resultaria em redução
foi publicado no Diário Oficial da União, Edição
nas emissões de 21% para N2O, 40% para CH4 e
203, Seção número 1, na página 73, a
78% para NH3. Essa redução de emissão
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 48 e entrou em
expressa em CO2 eq representa 72%. Essa
vigência na mesma data, para estabelecer as
informação tem grande utilidade no que se refere
regras sobre o recolhimento, transporte,
às práticas mitigadoras das emissões de gases
processamento e destinação de animais mortos e
na produção de frangos de corte.
resíduos da produção pecuária como alternativa
Henn et al. (2020) em estudo com frangos de
para a sua eliminação nos estabelecimentos
corte, verificaram a emissão de CO2 é
rurais.
proporcional ao peso vivo, e sua taxa de emissão
A destinação dos animais mortos dentro dos
é proporcional ao ganho de peso, de forma que
limites do estabelecimento rural envolve a
animais com crescimento rápido crescem mais,
remoção das carcaças dos locais de criação, a
consomem mais alimento e emitem mais CO 2 por
sua eventual armazenagem temporária em local
unidade de tempo. Por outro lado, o metabolismo
apropriado (opcional), transporte até a unidade de
de mantença resulta sempre em emissão de CO 2,
tratamento para ser processado e,
sem retenção corporal de carbono, de forma que
posteriormente, a disposição final do resíduo
animais de crescimento mais lento tem maior
tratado. Na unidade de tratamento, a carcaça
proporção do carbono consumido destinado à
pode ser submetida a um pré-processamento
mantença, pois precisam mais tempo para atingir
(trituração ou esquartejamento manual e
determinado peso, fazendo com que emitam mais
desidratação ou outro tratamento térmico). Estas
CO2 por kg de peso vivo produzido. Os autores
etapas de pré-processamento são opcionais e
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podem ser indicadas, ou não, conforme o sistema e medidas mitigatórias. In: PALHARES, J. C. P.
de tratamento empregado posteriormente Produção animal e recursos hídricos:
(compostagem, biodigestão ou incineração). A tecnologias para manejo de resíduos
incineração é uma tecnologia recomendada e uso eficiente dos insumos. Brasília:
especialmente para resíduos de alto risco EMBRAPA, 2019.
sanitário. O resíduo tratado (composto orgânico,
biofertilizante e cinzas) pode então ser AMARAL, C. M. C. et al .Ferramentas interativas
encaminhado para disposição final (reciclagem no ensino avícola para alunos da Medicina
como fertilizante, por exemplo). Outras Veterinária. Revista Interdisciplinar de Saúde e
tecnologias de pré-processamento e tratamento Educação, v. 2, n. 2, p. 74-92, 2021.
das carcaças de animais mortos poderão ser
recomendadas à medida que sejam adaptadas e BARIZON, F. Mapeamento do potencial de
validadas de acordo com as características dos produção de biogás no Estado do Paraná à
diferentes sistemas de produção animal partir de dejetos de suínos e bovinos leiteiros.
praticados no Brasil (NICOLOSO et al., 2017). 2020. 123 f. Dissertação (Mestrado em
A compostagem tradicional ainda é um meio de Engenharia Ambiental) - Universidade
descarte muito utilizado em função de seu baixo Tecnológica Federal do Paraná. Francisco
custo de implantação e de sua reconhecida Beltrão, 2020.
eficiência, mas que se não realizado de modo
adequado pode gerar problemas ambientais, BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e
além do aumento dos riscos de contaminação dos Abastecimento. Suinocultura de baixa emissão
rebanhos por doenças contagiosas. Contudo, de carbono: tecnologias de produção mais
com base em atividades de campo, tem sido limpa e aproveitamento econômico dos
observado que produtores tem enfrentado resíduos da produção de suínos. Brasília:
dificuldades com esta prática. A compostagem, MAPA, 2016.
apesar de simples, demanda atenção a alguns
aspectos importantes, desde a construção e BUHRING, G. M. B.; SILVEIRA, V. C. P. O biogás
dimensionamento, adequado preenchimento e e a produção de suínos no Sul do Brasil. Revista
manutenção das condições adequadas para a Brasileira de Energias Renováveis, v. 5, n. 2, p.
fermentação ideal (NICOLOSO; BARROS, 2019). 222-237, 2016.

CONCLUSÃO CHERNICHARO, C. A. L. Reatores Anaeróbios,


Princípio do Tratamento Biológico de águas
Diante da escassez e dos altos custos dos residuais. 2. ed. Belo Horizonte: Departamento
fertilizantes químicos no mercado nacional em de Engenharia Sanitária e Ambiental.
função da grande dependência de matéria-prima Universidade Federal de Minas Gerais, 2007. 380
importada, justifica-se cada dia mais, o uso dos p. (Princípios do tratamento biológico de águas
resíduos agropecuários como alternativa para residuárias, v.5).
redução ou substituição de fertilizantes químicos,
aliado à possibilidade de geração de energia e EMBRAPA. Empresa Brasileira De Pesquisa
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