Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A
pesquisa busca bater à porta de todos os domicílios dos 5570 municípios brasileiros para
produzir um retrato fiel da sociedade. Nos primeiros resultados, o Censo traz dados sobre
população, domicílios, área dos municípios e densidade demográfica para o país, Grandes
Regiões, Estados, Distrito Federal, Municípios e concentrações urbanas.
"As informações do censo demográfico são utilizadas para a liberação de verbas federais para
as instâncias estadual e municipal. É mediante o quadro da população fornecido pelo
recenseamento que acontece a elaboração de políticas públicas específicas em diferentes
áreas, como saúde, educação, mobilidade espacial, habitação e saneamento básico, e
direcionadas para grupos selecionados, como crianças, idosos e pessoas com deficiência, por
exemplo."
OU SEJA, SUA CIDADE PODE GANHAR OU PERDER REPRESENTANTE DEPENDENDO DOS DADOS
COLETADOS DE SEU MUNICÍPIO, O QUE PODE FAZER ENTRAR MAIS OU MENOS DINHEIRO,
VERBA PARA A LOCALIDADE E FORÇA POLÍTICA.
Passou a se chamar IBGE somente em 1940, ano em que esse órgão realizou o primeiro Censo
Demográfico da população do Brasil.
Desenvolve produtos cartográficos e estudos que estão disponíveis para o público em geral."
O primeiro Censo do país, em 1872, foi realizado durante a monarquia. O chamado
Recenseamento da População do Império do Brasil foi considerado uma das políticas
inovadoras de Dom Pedro II e durou quatro anos. O levantamento é o único registro oficial da
população escrava no Brasil.
Havia um pedido de vários políticos para que se fizesse um levantamento dos dados a respeito
do Brasil e sua população que naquele ano fazia 50 anos de independência:
— Como observa o grande e distinto poeta alemão Goethe, não só os algarismos governam o
mundo, mas também mostram como ele é governado. Não sei como se possa dirigir bem a
administração de um país sem conhecer sua população e seus recursos — discursou em 1865 o
senador Pompeu (CE).
Duas décadas antes do Censo de 1872, o imperador D. Pedro II chegou a baixar um decreto
determinando a realização daquele que poderia ter sido o primeiro recenseamento nacional. O
decreto acabou sendo revogado.
— Foi possível persuadir aos crédulos que se tinha por fim escravizá-los, visto que se
empregava esta linguagem: “Por que vos pedem detalhes minuciosos sobre vossa vida íntima?
Por que querem saber que idade tendes, quantos filhos tendes? É porque se quer contar com
a população para um trabalho obrigado” — avaliou em 1868, no Senado, o ministro da Justiça,
Martim Francisco. — Era mais fácil [do que hoje] fazer a gente pouco ilustrada crer que o
decreto relativo ao Censo, que aliás continha muito boas disposições, tinha um fim que não
era aquele que tivera em mira o poder competente.
Em 1870, logo depois do fim da Guerra do Paraguai, D. Pedro II entendeu que um novo
momento para o Censo havia finalmente chegado. O imperador em pessoa pediu aos
senadores e deputados que aprovassem o projeto de lei que tratava do tema.
População: 30.636.605
País do futuro: o Brasil era o segundo país do mundo em número de crianças entre 0 e 14
anos, atrás apenas da Espanha
Censo pop: A divulgação foi feita em jornais, missa e até em cinejornais nos cinemas
Qual a “língua falada em casa”? Essa era uma das
questões do Censo de 1940, realizado às vésperas da
Segunda Guerra Mundial
O Censo de 1940 é o primeiro coordenado pelo IBGE,
criado em 1936. Seus resultados levaram sete anos para
serem publicados.
A preocupação era mapear as regiões do país em que se falasse alemão, italiano ou japonês
pelo temor era de que se o Brasil entrasse em guerra contra os países do Eixo, poderia haver
reação em algumas regiões.
Para apurar os dados do Censo de 1960 foi importado dos Estados Unidos um
computador de grande porte, o Univac 1105, o chamado de “cérebro eletrônico”. O calor, no
entanto, prejudicou o funcionamento do equipamento de 25 toneladas e o os dados acabaram
sendo somados a mão.
População:70.992.343
“Noventa milhões em ação... Pra frente, Brasil! Salve a Seleção!”, a trilha sonora da Copa de 70
errou por pouco: éramos 94.508.583, segundo o Censo de 1970. O levantamento que marca o
início da estruturação do IBGE como conhecemos hoje além de dados demográficos, apurou
ainda informações da indústria, agropecuária e de comércio e serviços.
O Censo de 1980 foi o primeiro a ter os resultados preliminares divulgados no mesmo
ano de realização da pesquisa. Uma das grandes inovações da operação foi o sistema
informatizado de acompanhamento da coleta, que permitia conhecer, semanalmente, o
número de setores concluídos e de pessoas recenseadas.
População: 121.150.573
Municípios: 3.991
População: 146.917.459
Municípios: 4.491
2000
Inovação tecnológica foi a marca do Censo Demográfico 2000. Entre as novidades estão a
digitalização dos questionários respondidos por reconhecimento óptico de caracteres. A
divulgação foi feita em várias mídias, como CD-ROMs e DVDs, considerados de última geração
na época. A coleta de dados, no entanto, continuava feita em papel, com os questionários
preenchidos a lápis.
Roraima também continua sendo o estado menos populoso, com 636,3 mil habitantes, ainda
que tenha apresentado a maior taxa de crescimento anual no período de 12 anos (2,92%). Na
sequência, os estados com menor número de habitantes foram Amapá (733,5 mil) e Acre (830
mil).
Cerca de 124 milhões vivem em concentrações urbanas
Em 2022, havia 124,1 milhões de pessoas vivendo em concentrações urbanas, que são arranjos
populacionais ou municípios isolados com mais de 100 mil habitantes. Os arranjos
populacionais são formados por municípios com forte integração, geralmente conurbados.
Essa aglutinação de cidades forma unidades espaciais, como é o caso da capital paulista,
núcleo de uma concentração urbana que reúne 37 municípios. Outros exemplos de
concentrações do país são Belo Horizonte, em Minas Gerais (23), e Rio de Janeiro (21).
A taxa de fecundidade representa uma estimativa do número de filhos que uma
mulher apresenta ao longo da vida durante sua fase fértil ou período reprodutivo.