Você está na página 1de 103

Introdução à Demografia

Curso de Gestão de
Serviços da Saúde

Laura R. Wong
CEDEPLAR/FACE/UFMG
1ro. Semestre - 2019
Módulo 1- Conteúdo

1 Em busca de uma definição do


que é Demografia
2 Fontes de dados demográficos
• Censos

• Estatísticas contínuas
• Pesquisas especiais
Demografia é o estudo científico
das populações humanas, no que
diz respeito a seu tamanho,
estrutura* e desenvolvimento.

Em termos demográficos, estrutura e composição são freqüentemente


utilizados para descrever a distribuição das características, tais como
sexo, estado civil e ocupação.
Estrutura pode ser utilizado em sentido mais restrito para descrever a
distribuição da população segundo sexo e idade.
Desenvolvimento terá, na disciplina, o enfoque exclusivamente
demografico: a dinâmica demográfica de uma população

Fonte: Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)


http://pt-ii.demopaedia.org/wiki/10
DEMOGRAFIA?
ESTUDIOS DE POPULAÇÃO?
ANÁLISE DEMOGRÁFICA?

VIEIRA PINTO (1973) *


PRESTON et. al. (2000)
PRESSAT (1972)
SHRYOCK e SIEGEL (1976)
Os elementos que determinam as três
dimensões mencionadas (tamanho,
estrutura e dinâmica) numa população:

- Os nascimentos Determinados por


todos os fatores
- Os óbitos possíveis:
- Os movimentos sociais, culturais,
sanitários, econômicos,
migratórios ambientais, biológicos ...
Fontes de dados
Utilidade:
Conhecimento do Universo de estudo
Construção de Indicadores
 Análise de tendências e situação
 Diagnósticos
---------------
 Intervenções
Fontes de dados Indicadores
Duas dimensões:
1.Evento
2.Quem produz o evento – Quem está em risco de
ter esse evento

Dois nomes para essas duas dimensões:


1.Numerador
2.Denominador
Fontes de dados Indicadores

1. Evento
(Demográfico, social, econômico,
de saúde, etc.)
Nesta disciplina, detalharemos os
eventos demográficos.
Nascimentos, mortes e migrações
Fontes de dados Indicadores

2. População em risco
(População Mundial, da África, da Ásia,
do Brasil, de Minas Gerais, de Itabira;
crianças, homens, pobres, europeus,
ateus, médicos, empregados, doentes,
etc.)
Onde estão essas informações?

Publicações (físicas / on-line)


Bancos de dados
Coletas
Dados selecionados
Formuladores de pesquisas
Grupos dominantes – Soc. Civil
A quais fontes nos referiremos?

Censos – Demográficos

Pesquisas Amostrais

Sistemas de coleta contínua


Os Censos demográficos brasileiros
(para casa e prova em sala de aula)

1. Procurar o conteúdo dos dois questionários


(http://censo2010.ibge.gov.br/coleta/questionarios):

a) Universo
b) Amostra

1. Aplicar o questionário da amostra a moradores de um domicílio


particular *

1. Prova sobre**:
1. Fontes de dados
2. O censo - O conteúdo do questionário do amostra
3. Quesitos de importância específica para o Gestor de SS

(*) Entregar o questionário preenchido –com nome do entrevistador, mas sem nome dos entrevistados) no
dia 21/03. Entre os entrevistados, certifique-se de incluir, pelo menos duas pessoas: o chefe do domicilio e
uma mulher com idades ente 15 e 49 anos). Use como data de referência o dia 10/03/2019 (Domingo)
(**) Prova individual e sem consulta, em sala de aula, com duração de 20 ms. No dia 28/03
Fontes de dados - Censos de população (*)

Um pouco de historia:
 Contagens antes da era cristã: Egito, Roma,
Babilônia, Palestina (fins fiscais, de trabalhadores
ou de soldados).
Jesus
Confúcio menciona um censo em 2238 a.c. mas
apenas indivíduos relevantes eram enumerados:
proprietários, chefes de família ou homens
sujeitos ao alistamento militar.
(*)HAKKERT, 1996
Fontes de dados - Censos de população (*)

Um pouco de historia:
 Censo Sueco de 1749 considerado primeiro na
história porque atenderia todos os pré-requisitos
 A tradição brasileira: o IBGE
A situação em América Latina, Ásia e África

(*)HAKKERT, 1996
Fontes de dados - Censos de população (*)

Características:
1.Respaldo legal: finalidade, orçamento,
administração, sigilo, obrigação de cooperar
2.Periodicidade (cinco - dez anos)
3.Simultaneidade (um dia, três meses) -
tempo de referência

(*)HAKKERT, 1996
Fontes de dados - Censos de população (*)

Características:
4.Referência territorial pré-fixada.
Normalmente, esta referência abrange todo
o Território Nacional.
5.Universalidade da enumeração dentro deste
território população residente, de jure ou de
direito)
6.Possibilidades de amostragem - Casos
especiais: População indígena, exercito, etc.
(*)HAKKERT, 1996
Fontes de dados - Censos de população (*)

Características:

7.Enumeração individual de todas as


pessoas
8.Oportunidade da divulgação dos
resultados
9.Comparabilidade temporária e
internacional
(*)HAKKERT, 1996
Atividades práticas – Censos Demográficos

•Acesso a dados de Censos

1. IPUMS: Integrated Public Use Microdata Series


(https://international.ipums.org/international/)

2. REDATAM – CELADE

3. Censos Brasileiros: http://www.sidra.ibge.gov.br/


http://www.sidra.ibge.gov.br/cd/default.asp
Fontes de dados - Censos de população

Os Censos Brasileiros e seu conteúdo:


Passeio pelo questionário da amostra do
censo:
Quais são as características pesquisadas?
Fontes de dados - Censos de população

IBGE 2013: Metodologia do


censo demográfico 2010 /
Rio de Janeiro - 712 p. -
(Relatórios metodológicos, ISSN
0101-2843 ; v. 41)
Fontes de dados - Censos de população

Os questionários
- Do Universo (Básico)
- Da Amostra (Expandido)

2000: http://www.ibge.gov.br/censo/questionarios.shtm
2010: http://www.censo2010.ibge.gov.br/questionarios.php
Uma breve referência ao Registro Civil

Bibliografia
Notas técnicas:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populaca
o/registrocivil/2005/notastecnicas.pdf

Análise de Resultados (2005):


http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/
registrocivil/2005/comentarios.pdf
As estatísticas
contínuas
Eventos demográficos e não
demográficos
Uma breve referência ao Registro Civil

Origem
• História Direito universal

Identidade
 Legalidade institucional
Nascimentos
• O RC no Brasil  Óbitos

 Casamentos e separações

• O papel do IBGE e os cartórios

• A cobertura do RC
O nascido vivo -NV (vivo)
1. Expulsão ou extração completa do produto da
concepção do corpo materno (estando ou não
cortado o cordão umbilical e estando ou não
desprendida a placenta).

2. Independentemente da duração da gestação, o


qual, depois da separação do corpo materno,
3. respire ou dê qualquer outro sinal de vida, tais
como: batimento do coração, pulsação do
cordão umbilical ou movimento efetivo dos
músculos da contração voluntária.
Estimativa do Subregistro de NV no RC segundo UFs -
Brasil/2005 (%)

Fonte: Reproduzido de: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/registrocivil/2005/comentarios.pdf - pag. 6


Registro de Óbitos
• Óbito: Desaparecimento definitivo de sinal de vida em qualquer momento
posterior ao nascimento: cessação das funções vitais sem a possibilidade de
ressuscitamento.
• Ano de Ocorrência - É o ano em que ocorreu o óbito.
• Idade - Tempo de vida em minutos, horas, dias, meses ou anos completos
que a pessoa tinha na data do falecimento.
• Local (fisico) de Ocorrência do óbito: Domicílio, hospital (casa de saúde,
maternidade, etc.) outro (veículo, via pública, a bordo, etc.).
• Lugar do Registro - UF e Município do Cartório do Registro Civil de
Pessoas Naturais onde foi efetuado o registro do óbito.
• Lugar de Residência do Falecido - UF e Município ou país estrangeiro da
moradia habitual do falecido por ocasião do óbito.
• Natureza do Óbito - (Circunstâncias):
a) natural (causas biológicas)
b) violenta (causas externas, ex. : acidentes de trânsito, afogamentos,
suicídios, homicídios, quedas acidentais, etc.)
Estimativa da omissão (subregistro) de óbitos - Brasil – Grandes
Regiões - 1992/2005 (%)

Fonte: Reproduzido de: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/registrocivil/2005/comentarios.pdf - pag. 13


Sub-registro de óbitos de menores de 1 ano - Grandes Regiões –
2005 (%)

Fonte: Reproduzido de: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/registrocivil/2005/comentarios.pdf - pag. 13


Sistema de
Informações sobre
Nascidos Vivos (*)

http://portal.saude.gov.br/portal/arqu
ivos/pdf/declaracao_nasc_vivo.pdf
* Sistema dos SS ≠ do Registro Civil que é um registro administrativo
O nascido vivo - NV (vivo)
Outras definições importantes:
• Idade da mãe na ocasião do parto - Idade, em anos
completos, que a mãe tinha na ocasião do parto
(independentemente de quando seja feito o registro).
• Local do nascimento - Local (físico) de ocorrência do
nascimento: domicílio, hospital (casa de saúde,
maternidade, etc.) ou outros (veículo, via pública, etc.)
• Lugar de Registro - Localização geográfica (UF e
Município) do cartório do Registro Civil de Pessoas
Naturais onde foi efetuado o registro do NV.
• Lugar de Residência da Mãe - Localização geográfica
(UF e Município ou país estrangeiro) da moradia habitual
da mãe na ocasião do parto.
Nascimentos ocorridos e registrados no mesmo
ano, segundo as Grandes Regiões
2010 2011 e 2015 2016
Objetivo do SINASC

Reunir informações epidemiológicas


referentes aos nascidos vivos

Medir o crescimento da população


segundo as características
registradas na DN
A exemplo da “Declaração de Óbito”
(DO), implantada nacionalmente como
a base do SIM, o Min. da Saúde
implantou, a partir de 1990, o Sistema
de Informações sobre Nascidos
Vivos (Sinasc), tendo como base a
Declaração de Nascido Vivo (DN).
Para casa:
Pesquisar e estudar criticamente o conteúdo do DO e DN (I.e.:
Que informações trazem estes formulários? Destas, quais são
importantes para o profissional de GSS?
* Importante: Pedidos de pesquisa feitos pelo professor = temas incluídos nas
provas de avaliação
A DN é um documento padronizado pré-
numerado e apresentado em três vias
com fluxo específico.

É impressa pelo Centro Nacional de


Epidemiologia (Cenepi) da FUNASA e
distribuída às SES que as repassam aos
estabelecimentos de saúde e cartórios.
A DN deve ser preenchida:

Pelas unidades de internação ou de emergência


de saúde;
Fora dos estabelecimentos de saúde, mas que
neles venham a receber assistência imediata;
Em domicílio ou em outros locais.

Para os nascidos mortos, em qualquer tipo de


gestação, deve ser preenchida apenas a
Declaração de Óbito (DO), com a anotação de
que se trata de óbito fetal
A primeira linha, com o título do documento,
tem, já, um número que se destina a
identificar o evento, servindo como
número de controle para o Sistema.

O número, tem entre outras finalidades sua


concatenação com outros sistemas
(como o SIM).
Conteúdo dos blocos da DN

Familiarização I - Cartório
com o II - Local da Ocorrência
formulário III – Mãe
da DN:
IV - Gestação e parto
V - Recém-Nascido
VI - Identificação
VI - Responsável pelo
preenchimento
Fluxo da
Informação: DN
de partos
hospitalares
Fluxo
nacional
da DN

Fonte: reproduzido de:


http://www.saude.ba.gov.br/DIS/arquivos_pdf/Informa%C3%A7%C3%B5es_Saude_Bahia_videoconferencia%5B1%5D.pdf
A qualidade do SINASC

- Diferenças de cobertura
- Geográficas
- Socioeconômicas
- Problemas de omissão
- Perspectivas
Campos ignorados de variáveis selecionadas da DN (%) /
Bahia, 1996-2006

Fonte: reproduzido de:


http://www.saude.ba.gov.br/DIS/arquivos_pdf/Informa%C3%A7%C3%B5es_Saude_Bahia_videoconferencia%5B1%5D.pdf
Sistema de
Informações
sobre Óbitos

http://portal.saude.gov.br/portal
Bibliografia básica

Manual de Procedimentos do Sistema de


Informações Sobre Mortalidade
(Brasília, agosto de 2001) - Ministério da
Saúde. Fundação Nacional de Saúde.
O SIM

A declaração de óbito (DO)


O fluxo das informações
A disponibilidade das informações
As fragilidades da informação sobre óbitos a
partir do SIM
Fluxo da
DO
A DO - Conteúdo (1)
A DO - Conteúdo (2)
A DO - Conteúdo (3)
Fragilidades do SIM

• Grau de Cobertura total


• Qualidade das respostas
• Entendimento da Causa básica
• A proporção de respostas ignoradas
• Processos de recuperação de
causas mal definidas
Provável pergunta na prova:

1. Qual é o processo que faz com que um


evento (um nascido vivo ou um óbito) seja
um dado estatístico à disposição do gestor
de SS?
2. Quais são as características demográficas
que se coletam na DN e DO?
3. Além das demográficas, quais são as
informações que gestor de SS pode usar
no seu trabalho?
Os dados (por mais simples que
sejam) “falam”:

O caso das estatísticas


vitais
BRASIL 2000- 2017 - Nascidos vivos - SINASC
a) Números absolutos b) Variação relativa (2000 = 100)

Fonte: DATASUS – MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC


100,0

Outras idades

40 ou mais
BRASIL 2000-
80,0 Menos de 20
2017

60,0 Contribuição
Percentagem

dos nascidos ás
estatísticas
vivos por idade
40,0
da mãe

20,0

0,0
2000 2004 2008 2012 2016

FONTE: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC


Brasil,
2000 a 2017 – Razão* entre nascim. vivos das menores
de 15 anos e nascimentos das de 40 anos e mais de idade (%)

* Razão= [(Mães menores de 15 anos/ Mães de 40 e mais)]/100


FONTE: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC
Brasil + UF Nordeste: 2000 a 2016 - Nascim. vivos p/resid.mãe e
Ano do nascimento - Variação relativa (2000 = 100)

FONTE: DATASUS-MS
Brasil + UF SUDESTE,SUL e C. Oeste: 2000 a 2016 - Nascim. vivos
p/resid.mãe e Ano do nascimento - Variação relativa (2000 = 100)

FONTE: DATASUS-MS
BRASIL 2000- 2017 - Óbitos por idades selecionadas - SIM

a) Números absolutos a) Distribuição relativa (%)

100,0

Menos de 1
1 a 14
1.100 Menos de
1 80,0 15 a 29
1 a 14 30 a 59
60 +
Número Absoluto (mil)

825 15 a 29
60,0

Percentagem
550 40,0

275 20,0

- -
2000 2004 2008 2012 2016 2000 2004 2008 2012 2016

Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM


Tarefa*: Analisar, para sua UF de estudo
(período 2000 a 2017), a série de:
1. Nascidos vivos
• Totais: Aumentou/diminuiu? %
• Por sexo da criança: Iguais por sexo? %
• Nascimentos de mulheres menores de 15 e maiores de 40
anos (% com relação ao total)

2. Óbitos por idades selecionadas (Menos de 1) (1 a 14) (15 a


29) (30 a 59) (60 +)
• Totais: Aumentou/diminuiu? %
• Por sexo – Há diferenças? Quais?
• Evolução percentual

3. Análise crítica: Há indicadores de progresso social?

* Trazer os resultados numéricos para discutir em aula – Uma redação escrita


será solicitada em devido tempo.
Pesquisas amostrais

A PNAD
Pesquisa de orçamento familiar
Pesquisa mensal de emprego das regiões
metropolitanas
Pesquisa de Saúde
Pesquisa de saúde reprodutiva e da criança
.... .... .....
AS PNADs: Pesquisas Nacionais por
Amostra de Domicilios

Bibliografia:
– Travassos, C. Viacava, F. Laguardia J (2008): "Os
Suplementos Saúde na Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD) no Brasil"; In: Rev
Bras Epidemiol - 2008; 11(supl 1): 98-112

– IBGE (2009): Pesquisa Nacional por Amostra de


Domicílios - Síntese de Indicadores 2008
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/tra
balhoerendimento/pnad2008/sintesepnad2008.pdf
Módulos selecionados

Migração e Educação, Segur. alimentar e


1997 2004
Fecundidade transf. renda de progr. sociais
Acesso e útil. de Acesso à internet e posse de
1998 serviços de saúde 2005
celular para uso pessoal
Migração e Trabalho infantil, educação e
1999 2006
Fecundidade transf. renda de progr. sociais
Educ. de jovens e adultos e
2001 Trabalho infantil 2007
educ. tecnológica profissional
Trabalho infantil, Acesso e util. de s. de saúde,
2002 2008
educ. e migração. tabagismo e sedentarismo
Acesso e util. de
2003 serviços de saúde 2009 Segurança Alimentar
Trabalho infantil,
2012 2013 Segurança Alimentar
educ. e migração.
Os módulos de Saúde (1998/2003/2008/2013)

Morbidade
• auto-avaliação da saúde
• restrição de atividade por motivo de saúde
• incapacidade funcional física
• presença de doença crônica
• Tabagismo e sedentarismo (em 2008)

Cobertura por plano de saúde (público e privado)


Acesso a serviços
Utilização de serviços
• Uso de procedim. prevent. de câncer de mama / útero (2003)
Limitação de ativid. físicas em pop. de 13 + anos
Gastos privados com saúde (retirado em 2003 e 2008).
Para casa*:
Revisão das perguntas do
questionário da PNAD dos
anos 2011 em diante com
seleção daquelas de
importância ou potencial para
seu uso na Gestão dos SS.
* Importante: Os pedidos de pesquisa feitos pelo professor, indicam que esses
temas serão incluídos nas provas de avaliação
Ver também*:

* http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv91110.pdf
PAD – Minas Gerais
http://fjp.mg.gov.br/index.php/docman/cei/pad/502-boletim-pad-7-
dezembro-19-11-2014-site-2/file
Primeira prova:
1. Características de um censo
2. O quê se perguntou no censo de 2010?
3. Dimensões que podem ser analisadas com dados dos
Censos.
4. Quais são os grandes temas relativos á Saúde e
Gestão da Saúde que se estudam nas PNADs?
Exemplos
5. Qual o conteúdo –de interesse para o gestor da
saúde- das PADs (Minas Gerais)
6. Perguntas incluídas na DN e DO
7. Potencial de análise dos dados para o Gestor de SS
Noções sobre evolução e tamanho da
população
https://www.youtube.com/watch?v=PUwm
A3Q0_OE&app=desktop (American
Museum) Crescimento da população

https://www.youtube.com/watch?v=fTznEIZR
kLg (Hans Rosling) -Crescimento da
população contemporânea & Consumo

https://www.youtube.com/watch?v=ezVk1a
hRF78 O mundo crescerá dois bilhões a
mais.
1950-2050: População total segundo regiões mais e
menos desenvolvidas

Regiões - Desenv.
Regiões + Desenv.

7.000

7,3 bilhões (2015)


7,7 bi. (2020)

3.500

0
1950 1970 1990 2010 2030 2050
Fonte: Divisão de População – Nações Unidas, 2015.
2000 -2100: População total por continentes

Fonte: https://blogs.worldbank.org/opendata/future-world-s-population-4-charts
O crescimento da população por países

Fonte: https://www.newsecuritybeat.org/2011/04/un-releases-early-results-of-global-population-projections/
1.400.000
1.3 bilhões
1.200.000
População total
dos 16 países mais
1.000.000
povoados em 2010

800.000

600.000

400.000 130 milhões

200.000
*
0
A

i co
s ta n

t
any
Nam
n
il
a

o p ia
ia
h

r ia
a
a

es

Eg y p
In d i

nesi

Bra z
C hin

J ap a
s

Rus s
US

p p in
lad e

Ni g e

Me x

G erm
Et h i
Pa k i

V iet
In d o

Ba ng

Ph i l i
Fonte: Divisão de População – Nações Unidas, 2009.
Osaka 11,37
Istanbul
2025: População total
Rio de Jan.
Cairo 13,53
das 20 cidades mais
Los Angeles povoadas
Buenos Aires (milhões)
Manila
Beijing
Kinshasa
Lagos
Karachi
Shanghai
Calcutta
New York- 20,64
Mexico City
Dhaka
São Paulo 21,65
Bombay
Delhi
Tokyo 37,09
0,0 10,0 20,0 30,0
Fonte: Divisão de População – Nações Unidas, 2009.
A equação do equilibrio
(Ou, Equação
Compensadora)
A equação compensadora

P1 =P 0 + N (0, 1) – D (0,1) + I(0, 1)- E(0, 1)

Pt1 - Pt0 = r

E os valores relativos? = TBN, TMB


E os valores relativos? = TBN, TBM

TBN: Taxa bruta de


Natalidade

TBM: Taxa bruta


de Mortalidade
Voltaremos a estes
conceitos nas
aulas seguintes
O crescimento de uma população
O crescimento de uma população é medido
considerado dois pontos no tempo (T0 e T1)
Nesse intervalo de tempo há entradas e
saídas (equação compensadora)
O resultado numéricos dessas entradas e
saídas resulta numa medida do crescimento
da população
O crescimento absoluto é expresso em
números
O crescimento relativo, pode ser expresso em
taxas
Taxa de crescimento –
O crescimento exponencial da população

t1 - Pt0 r

r = t1 / Pt0 rt
Taxa de crescimento médio

r = [(ln Pt1)- (ln Pt0 )]/ T *100

t1 = Pt0 *
rt
Componentes do crescimento de uma
população fechada e suas magnitudes:

Natalidade (10, 20, 50, … por mil)


Mortalidade ( 5, 10, 20 25, … por mil)
Saldo: r
20 – 15 = 5 por mil = 0,5 por cem
25 – 16 = 11 por mil = 1,1 por cem (*)
15 – 18 = - 3 por mil = -0,3 por cem

(*) Approx. o caso do BR


Valores atuais de r ?
R = (natalidade – mortalidade)
Ex. para MG (no ano T):
Taxa de Natalidade: 22 p/mil
Taxa de Mortalidade: 13 p/mil
R= 22-13= 9 p/mil

Ou: 0,9 p/cem ao ano, no ano T


(menos de 1%)
Taxa de crescimento

Intervalos atuais aproximados


(por cem, anual):
Médias máximas (países): 4,0 a 2,0
Médias máximas (cidades) : 10,0 a 7,0
Médias mínimas: -1,5 a - 0,5
O crescimento de uma
população
O crescimento de uma população é medido considerado dois
pontos no tempo (T0 e T1)
Nesse intervalo de tempo há entradas e saídas (equação compensadora)

O resultado numéricos dessas entradas e saídas resulta numa


medida do crescimento da população
O crescimento absoluto é expresso em números
O crescimento relativo, pode ser expresso em taxas
O crescimento de um população não é lineal
O crescimento é expressado, necessariamente, em unidades de
tempo (continuo ou discreto)
O cálculo da Taxa de crescimento
a) Aritmético (Lineal)
b)Geométrico (Discreto)
c) Exponencial (Contínuo)
O crescimento geométrico (Discreto)

Onde
a: distância em tempo
entre as duas populações
de referência
P t População inicial
P t+n População final

REPRODUZIDO de:Torres-Degró (2011) https://revistas.upr.edu/index.php/cidedigital/article/view/11774/9736


O crescimento Exponencial (Contínuo)
Pn = P0 * e (rt)
ln(Pn) = ln(P0) + ln(e)rt

Sabendo que ln(e)=1

ln(Pn) = ln(P0) + rt

r = [ln(Pn) - ln(P0)] / t

r = ln(Pn /P0) / t
O crescimento Exponencial (Contínuo)

Onde
a: distância em tempo
entre as duas populações
de referência
P t População inicial
P t+n População final

REPRODUZIDO de:Torres-Degró (2011) https://revistas.upr.edu/index.php/cidedigital/article/view/11774/9736


Exemplos de diferentes taxas de crescimento
médio anual (por cem), Puerto Rico: 1910 – 2000

REPRODUZIDO de:Torres-Degró (2011) https://revistas.upr.edu/index.php/cidedigital/article/view/11774/9736


Os seguintes exemplos mostram:

a) A evolução de r para o caso do Brasil


(Replique estes valores para seu estudo de caso)

b) Valores atuais das taxas de crescimento


em diversos tipos de paises
(desenvolvidos e em desenvolvimento)

c) A tendência similar que todos têm dentro


do processo de transição demográfica
(Voltar aos gráficos quando se trate de Tr. demog.)
Brasil, 1950-2050: r intercensitária
para a Pop. total
4,0
Estimativas feitas em
2007 (IBGE)
3,0 Estimativas feitas em
2017 (ONU)
2,0

1,0

0,0

-1,0
50

60

90

10

20

50
70

80

00

30

40
19

19

19

19

19

20

20

20

20

20

20
Brasil, 1950-2050: r intercensitária
para alguns grupos etários
0-4

4,5 '5- 9

´10-14

3 15-19

20-24
r

1,5 60- 64 60- 64

65- 69

70- 74
0
0-4 75-79

80 +
-1,5
1.945 1.960 1.975 1.990 2.005 2.020 2.035 2.050
Brasil, e Amer. Latina 1950-2050: r
por grandes grupos etários (por cem)
Brasil 1970-75 2010-15
0-14 1,4 -0,8
15-64 3,1 1,2
65+ 3,8 3,6
Am. Latina 1970-75 2010-15
0-14 1,8 0,1
15-64 2,9 1,6
65+ 3,4 3,3
Diversas regiões do mundo (1950-2010): Taxa de
crescimento médio anual – por 100

WORLD
3,5

2,5 More developed


regions
R (%)

1,5 Less developed


regions, excluding
China

0,5 Least developed


countries

-0,5
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010

Periodo
Fonte: Divisão de Pop. Nacões Unidas, 2009.
Diversos Países (1950-2010): Taxa de crescimento
médio anual – por 100

3,5 Brazil

2,5
China
R (%)

1,5
India

0,5
Russian Fed.

-0,5
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010

Periodo
Fonte: Divisão de Pop. Nacões Unidas, 2009.
• A equação Compensadora,

• O crescimento da População, e

• O papel da Composição por


Idade e Sexo da População
A equação compensadora

P1 =P 0 + N (0, 1) – D (0,1) + I(0, 1)- E(0, 1)

Pt1 - Pt0 = r
Taxa de crescimento

Como seria o crescimento de uma


população, se esta fosse composta:
a) Apenas de homens?
b) De homens e mulheres acima de 60
anos?
c) De homens e mulheres entre 20 e 50
anos?
Aglomerados populacionais e as taxas de
crescimento

Um intento de interpretação da história


demográfica mediante essas taxas
As seguintes tabelas mostram:
a) como o crescimento de uma cidade (ou
seja o crescimento urbano) tem uma
variação muito maior do que a do
crescimento natural ou vegetativo* devido
aos fluxos migratorios.
b) No seu conjunto, assim como no caso da tr.
demográfica seguem também um padrão
de evolução**.
*Procurar o conceito, já explicitado antes
** Descubra nestas tabelas qual seria esse “padrão de evolução”
das taxas de crescimento de uma cidade.
Taxa de crescimento médio anual (por cem) - Aglomerados
urbanos

Cidade 1950- 1970- 1980- 2000- 2010- 2010-


1955 1975 1985 2005 2015* 2015
**

Belo Hte. 8,6 4,2 2,5 2,5 1,2 1.5

São Paulo 5,4 4,7 2,1 1,4 0,7 1.4

Rio de Janeiro 4,0 2,6 1,1 1,2 0,7 0.9

Brasília 13,5 9,1 3,7 3,9 2,1 2.8

Mexico City 5,5 4,0 1,6 1,0 0,8 1.5

Fonte ONU - * Projetado ** Nova estimativa


Taxa de crescimento médio anual (por cem) - Aglomerados
urbanos

Cidade 1950- 1970- 1980- 2000- 2010- 2010-


1955 1975 1985 2005 2015* 2015
**

Belo Hte. 8,6 4,2 2,5 2,5 1,2 1.5

Paris 2,9 0,5 0,5 0,3 0,1 1.1

London -0,2 0,1 0,0 0,0 0,0 0.9

Berlin -0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 0.5

Munich 2,1 0,3 0,3 0,2 0,0 0,9

Fonte ONU - * Projetado ** Nova estimativa


Mun. de B. H (2000-2010) – Txs. Médias anuais (por cem) –
Gr. etários
RA P. Total - 15 15-59 60 +
Belo Hte. 0,05 -1,9 0,9 3,9
Barreiro 0,75 -1,5 1,9 5,1
C. Sul 0,87 -1,6 0,8 3,7
Leste -0,66 -3,6 -0,3 2,3
Norte 0,91 -1,3 1,3 4,9
Nordeste 0,58 -1,9 0,9 3,9
Noroeste -2,04 -5,9 -1,8 1,5
Oeste 1,41 -1,9 1,8 4,3
Pampulha 4,77 2,9 5,0 8,7
V. Fonte:Projeto
Nova “Diagnóstico0,78 -1,4 1,1
Envelhecimento em Belo Horizonte (CEDEPLAR/PBH, 2017)
5,1

Você também pode gostar