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TERAPIA DE HIGIENE

BRÔNQUICA (THB)
Prof. Michel Belmonte
Obstrução Brônquica

• Mecanismo agudo ou crônico que produz diminuição


da luz traqueo-bronquiolar.
TÉCNICAS E MANOBRAS DE
DESOBSTRUÇÃO

• Propósito é proporcionar a mobilização e remoção


do muco, visando otimizar as trocas gasosas e
redução do trabalho respiratório
Formas de Mobilização do Muco

• Ondas de Choque

• Fluxo Expiratório

• Posicionamento Corporal

Consenso de Lyon, 2004


DRENAGEM
POSTURAL
DRENAGEM POSTURAL
• Promove a mobilização e o deslocamento de
secreções do trato respiratório pela gravidade
• Objetivo é direcionar as secreções dos segmentos
distais para as vias aéreas centrais
• O fisioterapeuta indicará o local de maior secreção e
escolherá a posição de drenagem
• A mudança de postura depende das condições
clínicas do paciente
DRENAGEM POSTURAL

• O tempo necessário é o tempo que o lado afetado


não tiver mais secreção
• As posturas raramente são usadas isoladamente
• Efeito da gravidade na relação V/Q
• No adulto a ventilação e perfusão são melhor
distribuídas para as partes dependentes do pulmão
• Pulmão a ser tratado para cima (não-dependente)
DRENAGEM POSTURAL
• Trendelemburg (drena bases pulmonares)
• contra-indicado em RN
• Fowler (drena ápice )
• Lateral (drena lobo médio)

ATENÇÃO: Lado comprometido para cima


Trendelemburg
Fowler
Drenagem Postural
DRENAGEM POSTURAL
Contraindicações relativas
• PIC elevada
• Agitação acentuada
• Quedas de PA
• Piora da dispneia
• Hipóxia
• Arritmias cardíacas
• Neurocirurgia recente
DRENAGEM POSTURAL
• Contraindicações relativas
• Distensão abdominal
• Refluxo gastroesofágico
• Hemorragia pulmonar
• Dor ou lesão muscular
• Dor ou lesão de costelas e coluna
• Vômito e aspiração
• Broncoespasmo
VIBRAÇÃO
VIBRAÇÃO
• Consiste na geração de movimentos rítmicos
finos, por contração isométricas dos MMSS
• Realização de vibrações sobre o tórax com a
finalidade de transmitir energia mecânica
através da parede torácica até os pulmões.
• Intensidade e frequência de (3 a 75 Hz) para
causar vibração no nível brônquico
• Objetivo é promover vibração no nível
brônquico e modificar a reologia do muco,
facilitando o deslocamento
VIBRAÇÃO
• Dificuldade em executar de forma correta
• Chegar a frequência mínima (13 Hz) e tempo
suficiente
• Resultados contraditórios dos estudos
• Pode ser associada a compressão
• vibrocompressão
• Combina vibração com a aceleração do fluxo da
compressão torácica
• Realizada no momento expiratório (fluxo
dependente)
VIBRAÇÃO
Vibração Mecânica
• É feita por aparelhos específicos que utilizam (pilha
ou corrente), produzem movimentos oscilatórios
constantes. O uso desses equipamentos exige
cautela pois há necessidade de ajuste da
intensidade da vibração, além da proteção das
extremidades ósseas e da pele.
SHAKING
SHAKING
• Shaking (sacudidelas)
• vibração e compressão torácica

• Aumenta o fluxo expiratório

• Ajuda mobilizar secreções

• Não devem apresentar desconforto ao paciente

• Fluxo dependente

• Realizado no momento expiratório


SHAKING
• Contraindicação
• Fraturas de costelas

• Osteoporose

• Metástase afetando as costelas ou coluna


vertebral
PERCUSSÃO
TORÁCICA
PERCUSSÃO TORÁCICA
• Percussão cubital, punho-percussão ou dígito-
percussão
• Técnica realizada com o auxilio das mão, em forma
de concha, com punho ou dedos
• Forma rítmica
• Movimentos dão origem as ondas mecânicas que
se propagam no tórax
• Pode ser aplicada tanto na fase inspiratória quanto
na expiratória
PERCUSSÃO TORÁCICA
• Ondas vibratórias por ressonância aumenta a
amplitude dos batimentos ciliares
• Frequência ideal para o transporte (25 a 35 Hz)
• Além da capacidade manual (1 a 8 Hz)
• Objetivo de mobilizar e deslocar as secreções,
tornando fácil a remoção pela tosse ou aspiração
• Técnica aplicada diretamente sobre a pele, para
visualização de áreas anatômicas.
PERCUSSÃO TORÁCICA
PERCUSSÃO TORÁCICA
• Técnica não validada (faltam estudos)

• Usar de forma associada a outras técnicas

• Deve ser confortável ao paciente


PERCUSSÃO TORÁCICA
• Contra-indicação
• Osteoporose grave
• Hemoptise
• Plaquetopenia
• Sobre estruturas ósseas
• Hipoxemia
• Broncoespasmo
PERCUSSÃO TORÁCICA

TAPOTAGEM PUNHO PERCUSSÃO


TÉCNICA DE
VARIAÇÃO DE FLUXO
AÉREO
TOSSE
TOSSE
• Ato de expulsão do ar dos pulmões, voluntário,
reflexo, estimulação de receptores da tosse

• Objetivo do ato é deslocar e eliminar secreções


utilizando o fluxo aéreo

• Seca, produtiva, irritativa

• Profilaxia contra complicações respiratórias no pós-


operatório
TOSSE VOLUNTÁRIA
TOSSE VOLUNTÁRIA
• Ato voluntário de expulsão de ar

• Não necessita de estimulação

• Deve estar sentado ou semisentado (gera maior


volume e menor pressão abdominal)
TOSSE VOLUNTÁRIA
• Orientar uma inspiração profunda seguida do ato
tossígeno

• Utilizada em pacientes colaborativos

• Ato tussígeno com assistência manual do


fisioterapeuta
TOSSE ASSITIDA
TOSSE ASSISTIDA
O fisioterapeuta orienta o paciente:
• Insp. Profunda → apnéia → fluxo expiratório abrupto

• O terapeuta assiste comprimindo o esterno e/ou


abdome → aumentar a pressão → tosse mais eficaz
TOSSE ASSISTIDA
TOSSE PROVOCADA
TOSSE PROVOCADA
• Estimulação do reflexo de tosse por ação
mecânica
• Utilizada em pacientes não colaborativos
• Tosse voluntária abolida
• Estimular os receptores irritantes da traqueia
• Comprimindo a região abaixo da tireóide ou acima da
fúrcula
CONTRA-INDICAÇÕES À TOSSE
• A TOSSE COMO TÉCNICA DE DRENAGEM ESTÁ
CONTRA INDICADA
• PNEUMOTÓRAX NÃO-DRENADO
• Fratura de costelas
• Traumatismos intracranianos
• Ressecção ou sutura de traqueia
• Estenose pós-intubação
• Hérnia abdominal e de hiato

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