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MORFOLÓGICAS
• Tumor irregular ou estreado
• limites imprecisos
• Ausência de pseudocápsula
• Aderida ao tecido vizinho
• Consistência dura
• Aspecto heterogêneo
• Hemorragia e necrose frequentes
• Crescimento rápido com tamanho variado
• Crescimento infiltrativo e invasivo destruindo o tecido vizinho
• Presença de metástase
• Células bem, moderadamente ou pouco diferenciadas
Hiperplasias epiteliais
Hiperplasias epiteliais caracterizam-se por proliferação do epitélio para o interior de
ductos ou dúctulos mamários. Em geral, tal alteração não forma massa palpável ou lesão
macroscópica, sendo diagnosticada incidentalmente. Com base no padrão citológico e de
crescimento arquitetural das células proliferadas, as hiperplasias epiteliais são divididas em
ductais ou lobulares, sem que isso signifique que tenham origem ou localização em ductos
ou lóbulos.
Hiperplasia ductal consiste em proliferação de células epiteliais (três ou mais
camadas) acima da membrana basal dos ductos. A lesão não engloba, portanto, aumento
do número de unidades ductulolobulares terminais ou ácinos, que é definido como adenose.
As hiperplasias ductais são divididas em dois grupos: sem atipias (ou usuais) e atípicas.
Admite-se que as hiperplasias evoluam como um espectro de lesões que vão desde um
padrão proliferativo e arquitetural mais simples até lesões mais complexas com atipias,
podendo, não obrigatoriamente, evoluir para carcinoma ductal in situ e invasor
Hiperplasia ductal com atipias (HDA). Sua definição é feita em comparação com o
carcinoma ductal in situ de baixo grau. A lesão é caracterizada pela proliferação de células
monomórficas e com distribuição regular que formam luzes secundárias regulares,
arredondadas e uniformes. As lesões são pequenas, medem menos de 2 mm, e as células
envolvem parcialmente dois ductos. Trata-se de diagnóstico de exclusão que deve ser feito
quando elementos que definem cito e histologicamente carcinoma ductal in situ (CDIS) de
baixo grau estão presentes, mas incompletamente. Os critérios que definem CDIS de baixo
grau são: (1) população uniforme de células; (2) espaços geometricamente regulares entre
as células ou formação de micropapilas; (3) núcleos hipercromáticos. Para o diagnóstico de
HDA, as lesões devem conter um dos dois primeiros critérios, ou ter ambos, porém sem
envolver completamente dois ductos e medir menos de 2 mm. O terceiro critério
(hipercromasia) contribui para o diagnóstico, mas não é específico e nem suficiente. Os
padrões arquiteturais da HDA são semelhantes aos do CDIS de baixo grau: cribriforme,
micropapilar, sólido e misto. As células monomórficas da HDA são negativas para ceratinas
de alto peso molecular (como a CK 5/6) e são difusamente positivas para receptores de
estrógeno, diferentemente do padrão em mosaico observado nas hiperplasias ductais
usuais.
Alterações genômicas e moleculares semelhantes às observadas nos carcinomas in situ e
invasores de baixo grau têm sido descritas nas HDA na mesma mama, sugerindo que a
HDA é lesão precursora não obrigatória. Cerca de 50% das hiperplasias atípicas associadas
a carcinomas invasores exibem os mesmos padrões de perda de heterozigosidade (LOH)
observados no componente invasor da mesma mama, sugerindo que essas lesões sejam
precursoras do carcinoma invasor. Sítios frequentes de LOH em HDA e carcinomas
invasores incluem os cromossomos 16q, 17p, e 11q13, com perdas frequentes em 16q. A
maioria dessas observações foi obtida em casos de HDA associados a carcinoma invasor
na mesma mama, tendo raros estudos avaliado amostras de HDA puras. Ainda não há
testes disponíveis para uso clínico para se avaliar o risco
individual de cada paciente evoluir para carcinoma. Para mulheres na perimenopausa (entre
40 e 55 anos) com HDA, o risco relativo de evolução para carcinoma invasor é cerca de três
a cinco vezes, e o risco absoluto, de 10%, aplicado a ambas as mamas (ver Quadro 20.3).
HDA é indicador de risco: 3,7 a 22% das mulheres com a lesão desenvolvem carcinoma
invasor. Quando há história familiar de câncer da mama em parente de primeiro grau (mãe,
irmã ou filha), o risco relativo dobra, ficando em torno de oito a 10 vezes.