Você está na página 1de 4

FATOS DA DITADURA NO BRASIL

1. Sob a prerrogativa do AI-2 (Ato Institucional nº 2), o Congresso Nacional foi


fechado três vezes durante o período militar. A primeira foi em outubro de 1966,
quando o presidente Castelo Branco decretou recesso por um mês para conter um
“agrupamento de elementos contra-revolucionários” que teria se formado no Poder
Legislativo.

O segundo processo foi instaurado em dezembro de 1968, quando o presidente


Costa e Silva baixou o AI-5 para combater a subversão e as ideologias contrárias às
tradições de nosso povo”.

O pretexto dos militares para a edição desse ato institucional foi um discurso do
então deputado Márcio Moreira Alves na Câmara aconselhando o povo a não
participar das festividades de 7 de setembro. Pressionada pelos militares, a Câmara
rejeitou o pedido de cassação do deputado. O AI-5 veio em seguida, como
retaliação, cassando vários políticos.

A última vez que o Congresso foi fechado aconteceu no governo de Ernesto Geisel,
em 1977, por duas semanas, após os deputados (principalmente do MDB) terem
rejeitado uma emenda constitucional.

Na maior parte do período militar, o Congresso foi mantido em funcionamento, como


forma de dar um ar de normalidade institucional. Porém, as limitações do Poder
Legislativo frente aos militares eram evidentes, segundo os historiadores,
demonstrando o caráter de regime autoritário que vigorava no país. Entre 1964 e
1985, 168 deputados tiveram mandatos cassados. Só o Ato Institucional nº 1,
editado dez dias após o golpe, ceifou os mandatos de 40 parlamentares.

2. As altas taxas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) caracterizam o


período de 1967 a 1973 como "milagre econômico brasileiro". Nesses anos, a taxa
que mede a soma de todas as riquezas produzidas pelo país girou na média de
10,2%, chegando a 12,5% entre 1971 e 1973.

Ainda que tenha suscitado grandes investimentos em infraestrutura e geração de


empregos, o crescimento não se traduziu em distribuição de renda. Como resultado,
a desigualdade cresceu no país. Segundo o livro A ditadura que mudou o Brasil
(Zahar), o fenômeno ocorreu devido a uma política salarial restritiva que impedia a
transferência dos ganhos de produtividade para os trabalhadores. Em 1960, antes
da ditadura, o índice de Gini, que é utilizado para medir a concentração de renda de
um país, estava em 0,54. O indicador subiu para 0,63 em 1977 (quanto mais perto
de 1, mais desigual).

3.Durante a ditadura militar, o arrocho salarial foi aplicado pelo governo como forma
de garantir o controle da inflação, de acordo com o artigo "A Beginner 's Guide to
Brazilian Economic Idiosyncrasies", publicado no SAIS Europe Journal. Funcionava
assim: o governo reajustou os salários abaixo da inflação (gerando perda no poder
de compra dos trabalhadores). Com isso, os custos de produção eram reduzidos e,
consequentemente, o preço final também caía.

A desvalorização arbitrária dos salários só era possível por métodos autocráticos de


governo e pela inexistência de mecanismos independentes em defesa dos
trabalhadores, como sindicatos livres. Os que existiam estavam sob intervenção de
aliados do regime militar.

Com a crise do petróleo em 1973, houve uma mudança no cenário externo de


bonança, sob o qual estava calcado a política econômica do "milagre econômico",
que era muito dependente de empréstimos internacionais. Ainda assim, o governo
militar manteve os investimentos, o que provocou descontrole fiscal, com aumento
das despesas públicas (em 1984, a dívida representava 54% do PIB; em 1964, era
15,7%) e da inflação nos anos derradeiros da ditadura. A conta ficou para os
governantes do regime democrático, que assumiram, em 1985, com inflação de até
223%.

4.Em seu relatório final, a CNV (Comissão Nacional da Verdade) expôs que 434
pessoas morreram ou estão desaparecidas em decorrência de perseguições de
agentes do Estado no regime militar. Desse total, 224 são mortes confirmadas. O
número, no entanto, pode ser maior se considerados a extensão territorial do Brasil,
a ausência de compilação estatística rigorosa e os familiares que não prestaram
queixa.

Para se ter uma ideia, de acordo com uma reportagem do Amazônia Real, ao
menos 8.350 indígenas teriam sido mortos em massacres, esbulho de suas terras,
remoções forçadas de seus territórios, contágio por doenças infecto-contagiosas,
prisões, torturas e maus tratos durante a ditadura militar.
5. Entre 1964 e 1977, 6.016 denúncias de torturas foram feitas por 1.843 pessoas,
segundo documentos do projeto Brasil Nunca Mais. O número, no entanto, pode ser
ainda maior: levantamento da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos
Políticos da SEDH-PR, publicado em 2010 no Programa Nacional de Direitos
Humanos, estima que cerca de 20 mil brasileiros foram submetidos a torturas
durante a ditadura.

Não apenas civis foram perseguidos, torturados ou mortos. Segundo o relatório da


CNV, a ditadura também atingiu 6.591 militares.

Diversas técnicas de tortura foram relatadas por torturados e torturadores à


comissão da verdade, incluindo introdução de besouros vivos nas gargantas ou
ânus, choques elétricos, empalação com cassetetes embebidos de pimenta,
estupros e o “pau de arara”,

DIREITOS HUMANOS VIOLADOS

Durante esse período, não era possível respirar livremente. Ad diversas formas
como o trabalhador era repreendido,censurado e obrigado a aceitar aquela ideia
absurda de “governo” , cuja seus direitos eram simplesmente negados e todo seu
esforço não iria gerar frutos. Talvez ou concerteza tenha sido um dos períodos mais
difíceis do Brasil que hoje temos apenas como lembranças ruins, porém nem tudo
são flores e temos grandes patriotas que não só admiram, mas também querem a
volta desse “governo” que nos fez tão bem.

Você também pode gostar