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USUÁRIOS

TRANSPORTES
Prof. Eliana Fernandes

AULA 2 – Classificação das vias

MOTORISTA PEDESTRES
S

Reação a Estímulos Externos dos Motoristas Pedestres:


• P - percepção: a sensação é recebida pelos sentidos, ✔ estudos dos locais onde ocorrem altas taxas de
transmitida ao cérebro e reconhecida. atropelamento.
• I - identificação: envolve identificação e ✔ fatores: físicos, mentais ou emocionais.
compreensão (relacionado com recordações anteriores) ✔ velocidade de caminhada: 1,0 a 1,5 m/s.
• E - julgamento ou ✔ tempo de reação: 4,0 a
emoção: envolve o 5,0 segundos.
processo de decisão.
(parar, ir ao lado)
• V - reação (volution):
execução da decisão.
O VEÍCULO CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DOS VEÍCULOS

Os veículos são fabricados para diferentes usos, BICICLOS:


diferenciados por peso, dimensão, manobrabilidade e ▪ motocicletas e bicicletas com ou sem motor.
são condicionados ao traçado e a resistência das vias. ▪ não influenciam muito na capacidade das vias.
Atividades da Engenharia de Tráfego que Envolvem as ▪ bastante envolvidos em acidentes.
Características dos Veículos
LIGEIROS:
✔ projeto geométrico de vias rurais e urbanas;
▪ automóveis e veículos de turismo pequenos.
✔ estudos da capacidade das vias;
▪ transportam 4 a 9 pessoas.
✔ estudo da segurança de tráfego;
▪ incluem caminhões e pequenos furgões – carga útil < 2
✔ estudo da sinalização. ton.
▪ representam a maior porcentagem do fluxo de tráfego.

CLASSIFICAÇÃO BÁSICA DOS VEÍCULOS A VIA

PESADOS: CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETO:


▪ caminhões e ônibus. ▪ O projeto geométrico deve ser adequado para o
▪ transporte de mercadorias pesadas e transporte volume futuro estimado, para o tráfego diário e a hora
coletivo de pessoas. de pico, para as características dos veículos e para a
ESPECIAIS: velocidade de projeto.
▪ tratores agrícolas, máquinas de obras públicas etc. ▪ deve ser seguro para os motoristas.
▪ grandes dimensões e lentidão de movimentos. ▪ deve ser consistente, evitar trocas de alinhamentos,
greide, etc.
▪ vias não dimensionadas para este tipo de veículo.
▪ ser completo (sinalização, controle, etc.).
▪ devem procurar a rota adequada.
▪ ser econômico (em relação ao custos iniciais e custos
de manutenção).
CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS

QUANTO AO GÊNERO: QUANTO A POSIÇÃO:


▪ Aerovias; Disposição espacial na malha viária e posição relativa
▪ Dutovias; aos núcleos urbanizados ou pólos de interesse,
▪ Ferrovias; urbano/metropolitano.
▪ Hidrovias; ✔ Radiais: vias que convergem dos bairros para o centro;
▪ Rodovias. ✔ Perimetrais: vias de contorno;
QUANTO A ESPÉCIE: ✔ Longitudinais: vias direção Norte - Sul;
▪ Urbana:dentro da área urbanizada. ✔ Transversais: vias na direção Leste - Oeste;
▪ Interurbana: ligando duas áreas urbanizadas, ✔ Anulares: vias que circundam o núcleo urbanizado;
pertencentes ao mesmo município. ✔ Tangenciais: vias que tangenciam o núcleo urbanizado;
▪ Metropolitanas: contidas numa região metropolitana. ✔ Diametrais: vias que cruzam o núcleo urbanizado ou
▪ Rurais: com os dois extremos localizados fora das áreas pólo de interesse, tendo suas extremidades fora dele.
urbanizadas.

CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS QUANTO À POSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS

QUANTO AO TIPO:
Em relação à superfície natural do terreno:
• Em nível;
• Rebaixadas;
• Elevadas; e
• Em túnel.
Em relação ao número de pistas:
• Simples;
• Múltiplas.
Quanto à jurisdição:
• Federal;
• Estadual;
• Municipal;
• Particular.
HIERARQUIZAÇÃO FUNCIONAL DAS VIAS CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS

Principais funções das vias em um ambiente urbano


✔ As vias são classificadas a partir de suas
características funcionais e físicas
• deslocamentos de longa distância
• ligação entre os bairros ✔ São 4 tipos, segundo o CTB (art. 60):
• circulação nos bairros - expressas (ou de trânsito rápido)
• acesso às moradias - arteriais
- coletoras
- locais

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS

❖ Expressas (ou de trânsito rápido) – aquela


caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, ❖ Arteriais - aquela caracterizada por intersecções em
sem intersecções em nível, sem acessibilidade direta nível, geralmente controlada por semáforo, com
aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias
nível (velocidade máxima = 80 km/h) e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da
cidade (velocidade máxima = 60 km/h)

80
Km/h 60
Km/h
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS URBANAS

❖ Coletoras – aquela destinada a coletar e distribuir o A hierarquia das vias e a classificação viária correspondente
trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das
vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o Classificação Principal Característica
trânsito dentro das regiões da cidade (velocidade pelo CTB Funcional Operacional
máxima = 40 km/h)
40 expressas
Km/h
deslocamentos de 80
ou de trânsito Km/h
longa distância
rápido
ligação entre os
❖ Locais – aquela caracterizada por intersecções em nível arteriais
bairros
60
Km/h

não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou


a áreas restritas (velocidade máxima = 30 km/h) coletoras circulação nos bairros 40
Km/h

30 locais acesso às moradias 30


Km/h
Km/h

CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS PRINCÍPIOS DA HIERARQUIZAÇÃO FUNCIONAL

O sistema viário deve ser:


Representação
esquemática da 1. balanceado em termos de capacidade
hierarquia das vias

2. com transição gradativa entre suas vias

3. contínuo em sua função

fonte: Cepam
PRINCÍPIOS DA HIERARQUIZAÇÃO FUNCIONAL PRINCÍPIOS DA HIERARQUIZAÇÃO FUNCIONAL

Balanceado:
Transição gradativa:
❖ capacidade compatível com a demanda;
❖ os deslocamentos devem ser efetuados em vias
que atendam a organização funcional

Os desbalanceamentos entre oferta e demanda


provocam os congestionamentos, que fazem com por exemplo, a saída de um sistema expresso deve
que os motoristas busquem rotas alternativas, se dar por vias arteriais. Antes de se chegar ao
utilizando-se de vias com funções inadequadas sistema viário local, o tráfego dessas arteriais deve
para isso ser distribuído por vias coletoras

PRINCÍPIOS DA HIERARQUIZAÇÃO FUNCIONAL PRINCÍPIOS DA HIERARQUIZAÇÃO FUNCIONAL

Gargalo é a seção crítica de uma via ou trecho de via


onde ocorre a restrição de capacidade descontinuidade).
Contínuo:
Interfere na medida da demanda das seções posteriores
❖ transição suave entre as funções (sem gargalos)

ao sair de uma via e adentrar em uma outra, de


função distinta, esta última deve atender ao fluxo
que a ela se destina, sem gerar perturbações na
corrente de tráfego
Exemplo: acesso da Radial Leste para a Ligação
Leste-Oeste, em S. Paulo: a descontinuidade no
número de faixas formava um gargalo
PRINCÍPIOS DA HIERARQUIZAÇÃO FUNCIONAL VARIÁVEL DA OFERTA VIÁRIA

Vista da correção do gargalo da Radial Leste: o princípio


da continuidade foi aplicado, regularizando-se a seção Variável de oferta – Capacidade (C)
da via com barreiras de concreto Capacidade de tráfego máximo fluxo que pode
normalmente atravessar uma seção ou trecho de
via, nas condições existentes de tráfego, geometria
e controle, em um determinado período (unidade
de C = veíc/h)

C = Fluxo máximo = Fmáx

ALGUNS FATORES QUE PODEM AFETAR A OFERTA ALGUNS FATORES QUE PODEM AFETAR A OFERTA VIÁRIA
VIÁRIA

Exemplo de entrelaçamento
• Geometria da via – número de faixas, largura,
rampas;
• Condição do pavimento – aderência, defeitos, etc.;
• Controle do tráfego – sinalização (semáforo; parada
obrigatória);
• Aleatoriedade – chuva, acidentes;
• Movimentos do tráfego – entrelaçamentos.

Eixo Av. Dr. Arnaldo, São Paulo/Consolação: o


movimento dos ônibus em diagonal restringe a
capacidade da via
ALGUNS FATORES QUE PODEM AFETAR A OFERTA VIÁRIA AÇÕES DA ENGENHARIA QUE PODEM INTERFERIR NA
CAPACIDADE DE UMA VIA
Exemplos de entrelaçamento
✔ alteração de circulação

✔ regulamentação de estacionamento

✔ condições do controle semafórico

foto: Autoban ✔ melhoria do pavimento


Em interligações viárias em forma de trevo, caso os
✔ faixas reversíveis
volumes de tráfego sejam altos, pode ocorrer
interferência na fluidez devido ao entrelaçamento dos
movimentos das alças
AÇÕES DA ENGENHARIA QUE PODEM INTERFERIR NA AÇÕES DA ENGENHARIA QUE PODEM INTERFERIR NA
CAPACIDADE DE UMA VIA CAPACIDADE DE UMA VIA

Faixa reversível: medida operacional para aumento no Redução na largura das faixas (no exemplo,
número de faixas (maior oferta) reduzindo-se de 3,5 para 2,5 m, há um acréscimo de
uma faixa)

10,5

3,5
m

2,5
m
10,5
m

foto: CET
AÇÕES DA ENGENHARIA QUE PODEM INTERFERIR NA
CAPACIDADE DE UMA VIA
Exemplo de outra medida operacional para aumentar a oferta:
liberação do uso do acostamento em congestionamento,
mediante informação via Painel de Mensagens Variáveis
(PMV)

Fonte: Traffic Technology

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