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Manual de Desenho Urbano e Obras Viárias

CIDADE DE SÃO PAULO


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4.3.4. Sinalização Temporária

Legislação pertinente Lei Municipal 13.614/2003


Lei Municipal 14.072/2005
Decreto Municipal 51.953/2010
Decreto Municipal 59.108/2019
Portaria SMT nº 49/2015
Portaria SMT nº 33/2019
Portaria Intersecretarial nº 01/2011 SIURB
Portaria SMT/DSV G nº 18/2019
Resolução CONTRAN nº 690/2017
Manual de Sinalização Urbana da CET – Volume 8

A sinalização temporária é um conjunto de sinais com características visuais próprias e tem o objetivo de
garantir a segurança de usuários e trabalhadores, bem como a fluidez do tráfego nas vias afetadas, durante
a realização de uma obra, evento ou serviço. Os principais tipos de sinalização temporária são:

a. Obras: intervenções nas vias públicas envolvendo: construção de nova via, alterações de traçado
geométrico, alargamento de vias, obras de arte como pontes ou viadutos, restauração do pavimento,
instalação de redes subterrâneas, reforma e ampliação de calçadas, implantação de ciclovias,
construção de corredores de ônibus, entre outras.

b. Serviços: atividades geralmente realizadas pelos órgãos do poder público ou por empresas
concessionárias, destacando-se: manutenção de redes subterrâneas ou aéreas de água, luz, esgoto,
telefonia, elaboração de sondagens, conservação, limpeza de bueiros, varrição e manutenção da
sinalização.

c. Eventos: qualquer atividade, em via pública ou local fechado, que interfira nas condições de
normalidade do sistema viário e na livre circulação de pedestres e/ou veículos, gerando riscos à
segurança de pessoas e bens. Podem ser recreativas, esportivas, religiosas, políticas, espetáculos na
via ou que nela interfiram, entre outras.

d. Ações emergenciais: ocorrências, na via ou fora dela, que exijam sua interrupção parcial ou total, tais
como: acidentes, enchentes, incêndios, desmoronamento de pista e vazamentos de redes
subterrâneas, entre outras.

e. Ações operacionais: situações programadas para ações de fiscalização, operação ou manutenção no


sistema viário.

AUTORIZAÇÃO PARA OCUPAÇÃO DA VIA

Cidade de São Paulo. manualurbano.prefeitura.sp.gov.br | Atualizado em 06/05/2021, 03:49. Acesso em 14/12/2022, 09:21. GMT -3. 1/4
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Com exceção das intervenções emergenciais, que, por sua natureza, são atendidas pelas áreas operacionais
de gestão do sistema viário, todas as demais intervenções são atividades programadas que exigem a
autorização dos órgãos responsáveis na prefeitura. Dessa forma, o planejamento dessas intervenções deve
levar em consideração os seguintes aspectos:

tipo: obra, evento, serviço, outros;

porte: pequeno ou grande;

duração: curto, médio ou longo prazo;

classificação viária.

No site da CET (cetsp.com.br), na seção “Eventos, Obras e Serviços – Como obter a autorização”, constam
todas as medidas necessárias para obter a autorização. Conforme a combinação dos quesitos listados, pode
ser necessária a elaboração de projetos de sinalização temporária e/ou de projetos de desvio de tráfego.

Os padrões de sinalização de obras são os mesmos dos demais tipos de sinalização, com algumas
diferenças. Os sinais de advertência — originalmente confeccionados com fundo amarelo e tarjas, símbolos,
letras ou números em preto —, nesse caso, têm fundo laranja. Da mesma forma, a sinalização de indicação e
os dispositivos auxiliares também adotam a cor laranja como fundo. Os detalhes e critérios de uso da
sinalização temporária estão dispostos no Manual de Sinalização Urbana – Volume 8, da CET.

Recomendações de projeto
PROJETOS DE SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA

Na elaboração de projetos de sinalização temporária são, a sinalização deve:

atender as determinações dos manuais do DENATRAN/CONTRAN e da CET (Manual Brasileiro de


Sinalização de Trânsito – Volume VII – Sinalização Temporária e Manual de Sinalização Urbana –
Volume 8 – Obras);

ser mantida limpa e em bom estado de visualização;

não sofrer alterações de forma ou cor no período noturno;

apresentar dimensões adequadas à velocidade regulamentada no trecho onde será instalada e


adotar os padrões de representação recomendados;

estar disponível antes da ocupação da via pela intervenção e, caso ocorram interrupções nos
trabalhos, deve ser coberta;

em intervenções em etapas, deve ser adequada a cada mudança, com a retirada da sinalização
desnecessária e instalação no novo trecho;

após a conclusão dos serviços, deve ser totalmente retirada;

nos casos de retirada de sinalização horizontal, não utilizar tinta preta para cobrir as marcas
remanescentes;

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por fim, após a conclusão dos serviços e desocupação da via, é necessário providenciar a
recomposição ou reimplantação da sinalização original no trecho.

PROJETOS DE DESVIO DE TRÁFEGO

Os desvios de tráfego devem ser utilizados quando ocorrem interdições totais do tráfego de veículos e/ou
pedestres ou parciais, quando a capacidade da via fica comprometida. As principais recomendações para
projetos de desvios de tráfego são:

Sempre que possível, utilizar uma via próxima ao local ocupado, preferencialmente com as mesmas
características.

Só alterar o sentido de circulação da via eleita para receber o fluxo desviado se não houver
alternativa. Nesse caso, é preciso verificar se a alteração proposta não causará um desequilíbrio nos
fluxos nos dois sentidos.

Evitar o desvio do fluxo para vias estritamente residenciais ou vias com escolas, hospitais ou outros
polos geradores de pedestres.

Na via interditada, garantir o acesso de veículos e pedestres aos lotes lindeiros.

Caso o trecho ocupado pela interdição seja itinerário de transporte coletivo público, certificar-se de
que o trajeto proposto comporta a circulação dos ônibus no padrão da frota existente. Também é
preciso garantir que os eventuais pontos suprimidos sejam propostos no novo trajeto em locais que
causem o menor impacto possível na circulação de veículos e pedestres e, ao mesmo tempo,
atendam aos usuários das linhas desviadas.

Providenciar os ajustes de sinalização necessários na nova rota, inclusive se for preciso realizar
adequações da geometria. Por fim, é preciso providenciar uma sinalização indicativa adequada para
que tanto usuários rotineiros quanto os que não conhecem a região possam chegar a seus destinos
sem problemas.

INTERVENÇÕES QUE AFETAM PEDESTRES

Intervenções que afetam os pedestres — normalmente obras em calçadas — devem ser sinalizadas
e isoladas.

Durante a intervenção, é preciso manter as condições originais da via, com largura mínima de 1,20 m
para a passagem dos pedestres — mas, sempre que possível, de 1,50 m.

Quando não for possível manter a circulação na mesma calçada, os projetos de desvios para
pedestres devem, preferencialmente:

— Prever o desvio para a pista, na faixa contígua ao meio-fio, garantindo que as rampas de acesso e
retorno do trecho desviado atendam aos padrões estabelecidos pela ABNT NBR 9050.

— Se a alternativa anterior não for viável, deve-se orientar a travessia da via, permitindo a circulação
pela calçada do lado oposto. Os parâmetros de acessibilidade também devem ser garantidos nessa
situação. A operação deve ser monitorada por agentes de acompanhamento das obras, a fim de

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garantir a segurança dos pedestres na travessia. Quando o fluxo de veículos exigir, um semáforo
provisório deve ser implantado.

— A última alternativa de desvio, nos casos em que as soluções anteriores não forem possíveis, é
orientar o desvio por outras vias que permitam o acesso ao destino desejado. Nesses casos, é preciso
procurar a alternativa mais natural possível, evitando percursos muito mais longos que o original. Os
trajetos propostos devem ter condições de receber esse novo fluxo. Vias com aclive ou declive
acentuado devem ser evitadas.

— Para todas as situações, o acesso local aos imóveis lindeiros no trecho interditado deve ser
garantido e, se possível, monitorado.

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