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Objectivo geral.............................................................................................................................3
Objectivos específicos..................................................................................................................3
Metodologia usada.......................................................................................................................3
Parte teórica.....................................................................................................................................4
Idosos...........................................................................................................................................5
Conceito de Idade.........................................................................................................................7
O autoconceito e o idoso..............................................................................................................8
Componente pratica.......................................................................................................................10
Conclusão......................................................................................................................................11
Referencias bibliográficas.............................................................................................................12
Introdução
Neste contexto, o maior desafio demográfico enfrentado por Moçambique é, de
imediato, mais aquele que resulta do crescimento da população infantil e adolescente do que o da
população adulta e sobretudo idosa. Por outro lado, para os mais informados sobre o debate e as
transformações associadas ao fenómeno do envelhecimento populacional observado nos países
de economias mais desenvolvidas, deve-se ainda reconhecer que Moçambique está relativamente
longe de atingir tal estágio. Por isso, numa apreciação mais extrema, tentar levantar a questão do
envelhecimento populacional num país como Moçambique parece paradoxal, pois a mesma se
afigura uma preocupação prematura e desnecessariamente antecipada, fruto da importação
gratuita de preocupações intelectuais e políticas exógenas. Porém, no texto acima referido,
Sugahara & Francisco (2011) colocaram o assunto numa perspectiva diferente da percepção
vulgar do senso comum; na verdade, uma perspectiva proactiva, em vez de reactiva ou mesmo
anti-reactiva. Convidaram o leitor a imaginar o quanto as gerações passadas teriam beneficiado
se tivessem tido a possibilidade de contemplar, em plena consciência e com suficiente tempo, os
momentos iniciais de grandes transformações socioeconómicas e tecnológicas, como foram, por
exemplo, a revolução industrial que começou na segunda parte do Século XVIII; ou as
revoluções verdes em várias regiões do mundo, no Século XX.
Objectivo geral
Avaliar os níveis de autoconceito dos idosos em contexto familiar e institucional.
Objectivos específicos
Caracterizar a população
Descrever os níveis da dimensão identidade dos idosos;
Descrever os níveis da dimensão física do autoconceito dos idosos
Metodologia usada
Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuo,
basei-me na pesquisa bibliográfica, onde trouxe interpretações sólidas e fundamentadas por
diferentes autores de destaque que debruçaram sobre o tema em alusão.
Parte teórica
Idosos
Os seres humanos tendem a classificar as pessoas em categorias. De fato, classificamos
as pessoas desde o início da civilização. Por isso, quando alguém atinge 65 anos de idade, ele/ela
é categorizado como um idoso, mesmo que essa pessoa não se reconheça como sendo velha ou
sénior. Isso acontece por razões utilitárias, portanto, é apenas uma construção social em vez de
um estágio biológico definitivo. Além disso, a idade cronológica indicada pela “velhice” pode
variar tanto cultural quanto historicamente. Infelizmente, há sempre um estigma associado a
“pessoas idosas” e “velhice” e é por isso que diversas culturas em todo o mundo sentem a
necessidade de encontrar eufemismos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos
ou mais. Todavia, para efeito de formulação de políticas públicas, esse limite mínimo pode variar
segundo as condições de cada país. A própria OMS reconhece que, qualquer que seja o limite
mínimo adoptado, é importante considerar que a idade cronológica não é um marcador preciso
para as alterações que acompanham o envelhecimento, podendo haver grandes variações quanto
a condições de saúde, nível de participação na sociedade e nível de independência entre as
pessoas idosas, em diferentes contextos. O estudo do processo de envelhecimento é chamado
gerontologia, enquanto o estudo das doenças que afectam as pessoas idosas é chamado geriatria.
Existe, em alguns países, o Estatuto do Idoso, que garante direitos a essa população que já tem
idade avançada.
A teoria única, ainda não foi desenvolvida de forma a explicar quer os mecanismos quer
as causas subjacentes ao fenómeno biológico de envelhecer, assim cada uma das teorias é uma
pista para essa mesma explicação. Em suma consideram o envelhecimento como um processo
exclusivamente associado às mudanças físicas ou biológicas. As teorias psicológicas do
envelhecimento tiveram um grande desenvolvimento com o aparecimento da disciplina de
psicogerontologia e Schroots citado por Cavanaugh, refere que as teorias contemporâneas estão
relacionadas com os estudos no âmbito da psicologia do envelhecimento e integram semelhanças
quer dos estudos das diferenças de comportamentos entre os grupos de idosos quer dos estudos
sobre as condições de vida dos mesmos. Descrevendo algumas mudanças que ocorrem com o
tempo e a idade no funcionamento psicológico das pessoas. As teorias das ciências sociais têm
longa tradição nas ciências sociais e tentam dar resposta ao que acontece socialmente ao
indivíduo à medida que envelhece, havendo duas linhas de desenvolvimento de teorias: as que se
centram na adaptação do indivíduo ao seu próprio processo de envelhecimento e as que
relacionam o sistema social das sociedades com o envelhecimento dos seus próprios membros. O
envelhecimento, para além de variar de acordo com os estilos de vida, também varia tendo em
conta, os meios científicos e tecnológicos, época e cultura. A velhice instala-se sem que o ser
humano se aperceba uma vez que o envelhecimento é feito gradualmente e não de uma forma
brusca, o que leva Pimentel.
Conceito de Idade
A psicologia parte das várias definições de idade para caracterizar as grandes diferenças
inter-individuais no processo de envelhecimento. O envelhecimento, como processo, torna
arbitrária a definição de uma idade específica a partir da qual se inicia. A idade é dos índices
mais fáceis de determinar, mas por si só não explica nada, sendo apenas um indicador do tempo
da vida, mas não uma variável efectiva da dinâmica associada às mudanças com a idade. Quando
pensamos em idade pensamos habitualmente no tempo que vivemos desde que nascemos, e
quando nos perguntam a idade que temos, espontaneamente respondemos, aquela que está
registada no nosso bilhete de identidade, isto é, a idade cronológica. Para Cavanaugh21, Novo, e
Fonseca, a idade cronológica é importante visto tratar-se de um método simples de organização
dos acontecimentos mas insuficiente para a compreensão do envelhecimento. A aceitação da
idade cronológica como conceito pertinente para a investigação no âmbito do envelhecimento é
questionada por Bernice Neugarten (1994/1996) citada em Novo porque em termos sociais, a
definição de uma idade a partir da qual as pessoas são consideradas velhas, obedece a políticas
de assistência social que, não podendo ser aplicadas a todos, são restringidasa um grupo
delimitado.
Há muito que os 65 anos deixaram de ser um indicador rigoroso para sinalizar o início da
velhice, optando-se por considerar a existência de processos de envelhecimento individuais e
diferenciados de pessoa para pessoa, tendo em conta as trajectórias de vida a que cada um esteve
sujeito. Na nossa sociedade, não é particularmente fácil estabelecer os limites em que começa e
acaba a terceira idade, pois se a idade da reforma (65 anos) era um marco, artificial, mas seguro
do início da velhice, hoje em dia já não o é. No entanto, existem aspectos de ordem biológica,
psicológica e social, que ocorrem com maior frequência neste grupo etário, pelo que iremos
sumariar alguns deles.
O autoconceito e o idoso
Na literatura acerca do autoconceito e da pessoa idosa, dando a perspectiva de outros
autores. Essa perspectiva encontra-se ordenada sequencialmente de forma cronológica tendo em
conta a data da publicação dos artigos. Dos estudos propriamente ditos, optamos por só
incluímos os que tiveram como forma de avaliação do autoconceito a escala de autoconceito de
Tennessee e como alvo a população idosa. Por último e com base na revisão da literatura surgiu
o modelo de análise preconizado para este estudo assim como os objectivos e respectivas
hipóteses.9. Perspectiva de outros autores Kate Charmaz, em 1983, ao estudar o impacto da
doença crónica no indivíduo concluiu que estes têm medo, pois a doença crónica normalmente
leva a diferentes níveis de dependência requerendo mais apoio por parte de terceiros, o que tem
como consequência uma auto imagem negativa da própria pessoa. A doença provoca uma
alteração da identidade que o indivíduo possuía acerca de si, este adopta uma nova, a de
indivíduo doente. Posteriormente esta é interiorizada no seu autoconceito, o que leva o indivíduo
a agir em conformidade com a sua nova identidade. O desenvolvimento, por Markus e Nurius em
1986, do modelo dos possíveis selves,(componente do autoconceito que condicionam o working
self-concept que é o que se encontra correntemente activo na memória), é importante na
compreensão do envelhecimento face aos estereótipos negativos. Estes reportam que os idosos
investem cognitiva e emocionalmente nos seus futuros selves. Como um dos efeitos do idadismo
e dos estereótipos negativos é a opressão do verdadeiro self, este modelo faz com que o idoso,
para ser socialmente aceite, tenha algumas vezes de se comportar de uma forma contrária à que
desejaria.
Componente prática
Minha mãe abanava a cabeça. Ela nos ensinava a sermos sombras, sem nenhuma outra
esperança senão seguirmos do corpo para a terra. Era lição sem palavra, só ela sentada, pernas
dobradas, um joelho sobre outro joelho. Pouco a pouco nos tornávamos outros, desconhecíveis.
Eu vi quanto tínhamos mudado foi quando mandaram o Irmão mais pequeno para fora de casa.
Na noite anterior, meu pai sofrera um daqueles delírios dele. Daquela vez, porém, tínhamos
testemunhado tudo, espreitando da janela sua corrida sem juízo pelo mato.
Ele se ria, repetindo: não indianos mas índicos. Eu fingia achar graça, rindo apenas de
boa disposição. Enquanto ali estávamos, fazendo o absoluto nada, eu me sentia promovido. Na
troca de nossos nenhuns assuntos, Surendra se esquecia de atender os fregueses. Eu me
confortava: nunca ninguém se havia esquecido de nada por causa de mim.
Conclusão
A Velhice (Beauvoir 1990), publicado no final dos anos 1970, Simone de Beauvoir
buscava quebrar o que chamou de “conspiração do silêncio” que pairava sobre o tema. Passados
mais de 40 anos desde a primeira publicação de “A Velhice”, Moçambique depara-se com um
processo de envelhecimento populacional “lento”, num contexto em que certamente se
questionaria o processo descrito por Beauvoir. Por outro lado, os idosos moçambicanos deparam-
se com barreiras semelhantes às descritas pela autora, a mesma conspiração do silêncio,
eventual- às descritas pela autora, a mesma conspiração do silêncio, eventual descritas pela
autora, a mesma conspiração do silêncio, eventualmente com uma origem diversa. Este artigo é,
portanto, uma clara tentativa de romper com esta conspiração. Ao trazer o tema do
envelhecimento esperamos ressaltar a importância, os riscos e, principalmente, as oportunidades
advindas das transformações impostas pelos fenómenos demográficos. Principalmente se
tivermos em conta o momento em que estamos, onde ainda temos o privilégio de pensar e
preparar-nos, com tempo, para as consequências que elas trarão. O tema do envelhecimento
populacional em Moçambique enfrenta, portanto, desafios tanto na esfera conceptual e analítica,
quanto na definição e reflexão de políticas públicas nos três níveis de organização territorial:
central, provincial e distrital. Lembra-se ainda a fundamental necessidade de estabelecer metas
para diferentes horizontes temporais: curto, médio e longo prazos.
Referencias bibliográficas
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Mia_Couto