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RESUMÃO - 1° bimestre

1. PATOLOGIA – ANOMALIAS
Sintomas -> Mecanismo de -> Causa – origem
Diagnóstico
Prognóstico
1.1. Vistoria
 Observar sintomas
 Gravidade
 Extensão do problema
1.2. Anamnese
 Busca por dados e informações
1.3. Exames
 Físico
 Químico
 Biológico
1.4. Pesquisas
1.5. Diagnóstico
 Quadro Geral (sintomas/surgimento/origem)
1.6. Prognóstico
 Hipótese da evolução do problema
1.6.1.Erradicar a anomalia
 Reparo;
 Recuperação (devolve o desempenho original da estrutura);
 Reforço
1.6.2. Impedir ou controlar a evolução
1.6.3. Não intervir
 Tempo de vida;
 Limitar a utilidade;
 Indicar a corrosão
1.6.4. Registro do caso
2. PROFILAXIA: prevenir para que o problema não ocorra novamente.

31/03/2020
3. PATOLOGIA TÍPICAS DAS FUNDAÇÕES
 Quanto maior a esbeltes, maior a situação crítica
 Interação solo x edifício é maior
3.1. Recalque diferencial – Manifestações patológicas
 Fissuras
 Rompimento de tubulações
3.1.1. Causas:
 Insuficiência de dados sobre o solo (sondagens, ensaios, etc);
 Lixiviação de solos (abrir crateras). Ex.: calcário;
 Fundação sobre aterros mal compactados ou sobre seção mista (uma parte do
terreno compactado e a outra não);
 Incorreções nos levantamentos geotécnicos (Ex.: superestimação do ensaio
SPT, tubulão em aterro de seção mista);
 Desconfinamento do solo (muito comum em centros urbanos.
 Acesso de água nas fundações (solos argilosos sofrem muito deformidade.
Solos porosos podem chegar a ser colapsíveis);
 Instabilidade de taludes - Principal causa: má compactação;
 Comprometimento das estacas - Estaca metálica: flambagem. Estaca madeira:
apodrecimento. Desvio de ponta em estaca;
 Sobreposição de bulbos de pressão;
 Fratura em rocha de apoio;
 Deslizamento de tubulões apoiados em maciços rochosos

01/04/2020

3.2. Afundamento do terreno


3.2.1. Tipos
 Subsidência: ocorre por movimentação lenta do solo
 Colapsos: ocorre por movimento brusco do solo
3.2.2. Causas da Subsidência
 Processos naturais:
 Por carstificação dissolução das rochas -> ocorre pela infiltração de água
acidificada (CO2)
 Acomodação do solo  peso próprio do solo
 Deslocamento  planos de falha
 Processos acelerados pela ação antrópica (homem)
 Bombeamento de água subterrânea  rebaixamento do lençol freático.
Causa afundamento do terreno e recalque diferencial;
 Recalque natural do solo  acréscimo de peso por obra
 Galeria de mineração subterrânea 
3.3. Efeitos do rebaixamento do lençol freático
3.3.1. Tipos de solos
São três principais tipos:
 Solos arenoso -> Grãos pouco coesos, menos estáveis;
 Solos argilosos -> Grãos coesos, mais estáveis, ocorre pouca infiltração;
 Solos siltosos -> Mistura de arenoso e argiloso.
3.3.2. Como ocorre
 Obra em lençol freático raso (próximo a superfície)
 Escavação cheia d’água
 Impossibilidade de trabalho na região escavada
 O rebaixamento deve ser realizado com extremo cuidado
3.3.3.Medidas para retirar água da escavação
 Bombeamento em grande profundidade em poços de pequenos diâmetros.
 Permite o trabalho “seco”;
 Acarreta na mudança do nível do lençol freático
3.3.4.Consequências
 Adensamento do terreno em volta e perda da capacidade de sustentação do solo;
 Morte da vegetação nas proximidades;
 Afundamento do leito carroçável (piso da rua);
 Rompimento de tubulações de concessionárias;
 Recalques diferenciais obras;
 Rachaduras nas paredes das casas;
 Queda e afundamento e consequente trincas de elementos estruturais apoiados
diretamente no solo: muros, jardins, piscinas, etc;
 Em terrenos inclinados pode haver deslizamento e afundamentos das casas para
dentro do terreno (efeito catastrófico).
4. PATOLOGIAS TÍPICAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
4.1. Corrosão das armaduras
4.1.1. Causas principais
 Cobrimento inadequado: falha na execução, inadequação na normalização, erro de
projeto;
 Relação água/cimento.
4.1.2. Compromete
 Segurança;
 Estética.
 Ocorre com a presença de água -> presença de óxidos -> destruição da camada
protetora -> ferrugem

4.1.3. Passo a passo da corrosão por carbonatação


 H20 entra nos poros do concreto pelas fissuras;
 Forma-se uma fina camada de água;
 A água dissolve o Ca formando Ca(OH)2;
 CO2 entra no poro pelas fissuras;
 CO2 reage com H2O formando H2CO3 (ácido carbônico);
 H2CO3 reage com o Ca(OH)2 formando CaCo3 (cristais);
 O consumo de Ca diminui o pH do concreto, deixando o aço exposto à
corrosão.

OBS: Bom material sobre carbonatação: https://www.tecnosilbr.com.br/o-que-e-e-como-


ocorre-a-carbonatacao-do-concreto/

06/04/2020
4.1.4. Consequências
 Comprometimento da estrutura;
 Redução da durabilidade da estrutura (precisará de mais reformas, reparos,
perda de resistência);
 Diminuição da seção do aço;
 Diminuição da vida útil da estrutura.
4.1.5. Principais danos
 Fissuras, trincas, rachaduras;
 Manchas na superfície do concreto (ferrugem);
 Desagregação;
 Destacamento do concreto;
 Deformações excessivas.
4.1.6. Soluções para evitar a corrosão
 Cobrimento adequado;
 Relação água/cimento adequada;
 Cura adequada;
 Adição de sílica ativa ao concreto (sílica é um material de grãos bem pequenos,
então ao adicioná-la ao concreto, preencherá os espaços vazios entre os
agregados graúdos e miúdos, diminuindo a porosidade;
 Lançamento e adensamento adequados.

Anomalia grave  leva ao colapso

4.2. Flexibilidade das estruturas = deformação excessiva


4.2.1. Principais causas
 Descimbramento precoce (tempo/ordem);
 Redução da altura útil;
 Movimentações térmicas;
 Ausência de cura única (a hidratação durante a cura faz com que o concreto
não sofra retração depois);
4.2.2. Formas de ocorrência da flexibilidade
 Fissuras;
 Destacamento dos revestimentos, placas cerâmicas, pisos rígidos, pastilhas).
4.3. Outros problemas
 Falhas de locação
 Erros cumulativos;
 Utilização de consolos de concreto.
 Irregularidades geométricas
 Prumo;
 Nivelamento;
 Desbitolamento dos elementos estruturais (aparecimento de dentes na
continuidade do pilar);
 Cobrimento inadequado.
 Ninhos de concretagem
 Taxa excessiva de armadura;
 Dimensões adequadas dos agregados;
 Projeto adequado (taxa de aço e altura útil do elemento estrutural);
 Falha na dosagem, lançamento e adensamento.
 Estado excessivo de fissuração
 Manchas no concreto aparente
 Falta de homogeneidade de materiais;
 Cimentos com excessivos teores álcalis;
 Qualidades das formas e desmoldantes;
 Proliferação de fungos (pH = 5 a 6), fuligem ácida, ar ácido, etc;
 Lixiviação, carbonatação e eflorescência.

13/04/2020
5. PATOLOGIAS RELATIVAS À ALVENARIA ESTRUTURAL
5.1. Características
 Boa resistência à compressão
5.2. Manifestações patológicas
 Fissuras;
 Fissuras a 45° em vértices de portas e janelas causada por falta de
vergas e contravergas;
 Fissuras verticais causadas por sobrecarga vertical;
 Movimentação térmica em lajes causadas pelo excesso de calor
durante o dia (encontro da laje e parede);
 Retração da laje em pavimentos intermediários por falta de hidratação
na cura;
 Flexibilidade das lajes ocasionando fissuras, parede superior à laje que
sofreu a flexibilidade gera momento;
 Reações químicas devido a umidade que age de forma destrutiva.
 Destacamento de paredes assentadas com juntas de prumo
 Blocos não estão interligados entre uma parede e outra;
 Falta amarração entre as paredes (canto virado);
 Pode ocorrer o tombamento de uma das paredes;
 Deve-se evitar esse tipo de assentamento;
 Nas situações em que não se pode evitar esse assentamento, devem
ser ancoradas de formar mecânica com ferragem, tela.

 Destacamento entre blocos


 Muito comum essa ocorrência;
 Principal causa é falha de execução. Argamassa de assentamento entre
eles não foi suficiente ou de forma inadequada.
5.3. Como evitar
5.3.1. Quanto à execução
 Correto dimensionamento dos elementos;
 Execução criteriosa, seguindo todos os projetos e normas;
 Materiais de boa qualidade e procedência;
 Mão de obra qualificada;
 Evitar utilização de junta de prumo;
 Utilizar verga e contraverga;
 Compatibilidade de projetos;
 Desvincular as lajes da alvenaria utilizando apoios deslizantes;
 Investigação correta do solo para possibilitar um correto dimensionamento.
5.3.2. Quanto ao uso
 Manutenção preventiva;
 Evitar perfuração nas paredes;
 Não sobrecarregar paredes internas (fixação de armários, drywall);
 Manter o ambiente sempre ventilado para evitar a umidade.
5.4. Manutenção e Reparo (correções)
 Desmonte e reconstrução para destacamento entre paredes de juntas de
prumo;
 Reboco armado para fissuras oriundas de problemas estruturais;
 Fechamento de juntas;
 Injeção de graute (para fendilhamento) ou resina epóxi (para fissuras);
 Uso de juntas deslizantes.

15/04/2020
6. MÉTODOS INVESTIGATIVOS DE PATOLOGIAS

6.1. Grau de carbonatação


Já comentado anteriormente.
6.2. Fissurômetros
Instrumento destinado a medir os movimentos relativos que se verificam num ponto duma fissura ou
fenda existente numa parede simples econômico  mede a variação na abertura da fissura para
determinado período de tempo

Equipamento complementares
 Comparador de fissuras comparação
 Medidor óptico de fissuras exatidão 0,02 mm

Equipamento fixado na superfície cola, adesivo, parafuso, etc...

Medições :  em duas direções e rotação

 anotações das medições de forma periódica (acompanhamento)

 verifica a velocidade do avanço da abertura


6.3. Esclerometria
NBR 7584
Mede a dureza superficial do concreto obtenção da resistência à compressão
Camada superficial  5 a 10 cm  verificar a homogeneidade
Aplicação de um choque  provoca a reação do concreto  ressalto
Maiores ressaltos maior a dureza do material
Índice esclerométrico  verificação da resistência à compressão pelo ábaco do equipamento 
dureza

Ensaio:
Ideal aplicação direta em concreto limpo e sem revestimento
Distância mínima de 5 cm das arestas
Mínimo de 9 a 10 leituras por superfície
Máximo um impacto por ponto
Distância mínima entre pontos  3 cm
Ensaios em peças após atingir a cura  tempo maior que 28 dias
Resultado:
Índice médio esclerométrico:
 Média dos valores  Despreza valores afastados a + ou – 10% da média  faz nova média
Índice esclerométrico efetivo:
 coeficiente de correção do aparelho x o índice médio
 comparar valor com ábaco
Se necessário  indica ensaios mais completos

Foto: Esclerômetro do tipo de Schmidt

6.4. Teste de percussão (martelo)


Uniformidade sonora  eventualidade de som cavo indicativo de destacamento de cobrimento de
armadura
Averiguado o descolamento de parte do concreto  indicativo para retirar amostra para outros
ensaios

6.5. Pacometria
Determina quantidade de armadura  cobrimento do concreto
A partir da localização das barras da estrutura  indução magnética
Ensaio:
Varredura da área:
percorrer a superfície com o aparelho  sinal de intensidade alterado na presença de metal
Mapeamento da estrutura  aço
Possibilita:
Medir cobrimento
Localização das barras
Diâmetro das barras
Interferência de barras próximas  faz a correção apenas alguns modelos de aparelho
6.6. Ultrassonografia
Detecta descontinuidades por frequência (variam entre 20 kHz e 150 kHz)

Ensaios:
Aparelho com 2 eletrodos  gerador (envia pulsos) - transdutores  receptor (recebe os pulsos)
Leitura da frequência que o material demora para percorrer a distância entre os eletrodos
( velocidade de propagação das ondas)
Maiores velocidades  melhor qualidade do material
Determina defeitos  Heterogeneidade (descontinuidades internas) dificuldade de passagem das
ondas
Exige mão de obra treinada

6.7. Sonometria
Realiza a verificação de aderência entre os materiais verifica a interação do aço com o concreto
 Ensaio de Arrancamento Direto (Pull-Out Test)
Corpo de prova aplica tração  medida do escorregamento (deslizamento)
 Ensaio de Arrancamento Direto Modificado (Appropriate Pull-Out Test)
Realizado na obra  garrafa pet  macaco hidráulico
6.8. Resistividade elétrica
determinam o potencial de corrosão
‘In loco’ ou em laboratório
Oposto de condutividade
Ensaio:
Medidas e ohm-cm ou ohm-m
6.9. Gamagrafia
Radiografia  penetração de radiação  raio-x / raio gama

6.10. ensaios de arrancamento


Interação entre as camada de revestimento
Utilizado par Prevenir (em fase de obra) ou verificar manifestações patológicas

https://www.youtube.com/watch?v=DgqEaDCuhRw

6.11. teste de facilidade de destacamento


martelo de bico  aderência  revestimento/estrutura
facilidade de destacamento  revestimento
6.12. extração de corpo de prova
Nbr 7680/2015
https://www.youtube.com/watch?v=jKqIYphZOaY

6.13. ensaio de prova de carga


NBR 9607/
conjunto de atividades, destinadas a analisar o desempenho de uma estrutura através das medições
dos efeitos após a estrutura ser submetida a esforços solicitantes
 edificações que tiveram sua categoria de uso alterados.
 aplicação do carregamento na estrutura  medição de seus efeitos  analise imediata dos
resultados e a liberação do carregamento
 RELÓGIO MEDIDOR DE DEFORMAÇÃO (ou outro equipamento – para acompanhamento)

6.14. Umidímetro:
Mede a umidade superficial em paredes
Aparelho eletrônico dois polos que se posicionam na parede ao longo de uma malha
predeterminada
Resultado  valores comparativos (não absolutos) permitem verificação de regiões com elevado
teor de umidade de possíveis causas
Ensaios não destrutivos:
22/04/2020
7. BIODETERIORAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

7.1. Biodeterioração  mudança nas propriedades do material  pela ação de


microorganismos

7.2. Concreto  material bioreceptivo: rugosidade


Porosidade
Umidade
Composição química

 condições ambientais: Umidade

Temperatura
Luminosidade

 biodeterioração do concreto

7.3. Ação dos microorganismos cimento e agregado modifica a estética

reduz durabilidade
 compromete a integridade
7.4. Formas de biodeterioração (classificação em categorias):
Física ou mecânica  rompimento do material por pressão na superfície  devido ao crescimento
e locomoção dos microorganismos.

Estética  manchas
química assimilatória  material do concreto é fonte de nutrientes que os microorganismos
consomem  microestrutura altera  déficit de componentes essenciais para estrutura 
compromete a integridade

química não assimilatória  produtos metabólico agem sobre os constituintes do material 


formam compostos prejudiciais à integridade

7.5. Microorganismos: algas

Fungos
Bactérias
Líquens
Protozoários
Plantas e raízes
biodeterioração ocorre pelo crescimento, reprodução, fixação e processos metabólicos

7.6. Mecanismos promovem o envelhecimento  manifestam através de:


 Formação de biofilme
Película gelatinosa  presença de água/umidade
Agregação de novos microorganismos e partículas
Destaca-se do concreto
Camada impermeabilizante  impede a entrada, mas também a saída de umidade na
estrutura
 Ataques ácidos
Reage com elementos minerais do concreto dissolução deles reduz durabilidade
 ataque mais agressivo ao concreto  devido a natureza alcalina do concreto
 Tensões por cristalização de sais
Ácidos excretados do metabolismos dos microorganismos
Reage com pasta de cimento
Cristalização dos sais
Provoca tensões e esfoliação do material
 Complexação
Ácidos orgânicos excretados pelos microorganismos  agem nos metais  remove
moléculas de metais minerais solúveis  sofrem lixiviação pela água
7.7. Intensidade:
7.7.1.Esgotos (possui enxofre)
interior  bactérias anaeróbicas enxofre  produzem ácido sulfídrico
Pouco problemático para o concreto

ao contato com ar  bactérias aeróbicas transformar o ácido sulfídrico em ácido


sulfúrico
Muito agressivo para o concreto

7.7.2.Estruturas marinhas subaquáticas


 plantas e cracas consomem oxigênio efeito benéfico para o concreto  protege
contra corrosão de armadura

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