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HELPS-PB:
Programa de fluência de
leitura para escolares
•H
ELPS-PB - é cientificamente comprovado
que melhora as habilidades de leitura dos
escolares, incluindo a compreensão.
John C. Begeny
Simone Aparecida Capellini
Maíra Anelli Martins
HELPS-PB: Programa de
Fluência de Leitura para Escolares
___________________________________
Manual do Instrutor
ISBN 978-1-61623-740-0
Permissões de fotocópia
O autor/editor concede a você, indivíduo usuário deste Programa HELPS-PB (o qual inclui esse Manual
do Instrutor), permissão para reproduzir e usar todos os materiais deste livro exclusivamente para fins
educacionais e desde que você possa atestar um dos seguintes itens: (a) você comprou os materiais pré-
montados do Helps Education Fund (ou qualquer outra licença oficial dos materiais); (b) você recebeu os
livros por doação do Helps Education Fund, em nome do autor ou de sua equipe indicada; ou (c) você
fez o download dos materiais do site do programa HELPS (www.helpsprogram.org) depois de concluir o
cadastro completo como usuário do programa. Você não pode compartilhar fotocópias deste livro com
outras pessoas, a menos que: (a) o indivíduo tenha concluído o cadastro completo como usuário do
programa HELPS-PB no site do Programa HELPS, ou (b) o indivíduo seja beneficiário dos serviços do
Programa HELPS-PB detalhados no protocolo de implementação do HELPS-PB (ou seja, um escolar que
recebe o programa para fins educacionais).
Com exceção da permissão acima, nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de
qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, ou por qualquer sistema de
armazenamento e recuperação de informações, a menos que a permissão seja explicitamente concedida
por escrito por cada autor. As permissões de fotocópia acima não concedem o direito de reproduzir
páginas deste livro para revenda ou redistribuição. Os usuários registrados deste livro podem usar os
materiais para fins de pesquisa educacional, somente se a citação adequada desses materiais for
fornecida em todos os relatórios e documentos de pesquisa relacionados.
iii
TREINAMENTO NECESSÁRIO PARA IMPLEMENTAR O PROGRAMA HELPS-PB 20
INSTRUÇÕES PARA APRENDER A USAR HELPS-PB 20
iv
Gráfico do Escolar 47
Ilustração das Regras do Gráfico 48
Quadro de Estrelas 49
Regras Básicas 49
Pontos de Esclarecimento 49
Desenvolvendo e Usando a Caixa de Prêmios 49
Desenvolvendo e Usando a Sacola de Bônus 49
Ficha do Progresso 50
USANDO A AVALIAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DO PROGRAMA HELPS-PB PARA DETERMINAR
ONDE UM ESCOLAR PODE INICIAR NA COLETÂNEA DE HISTÓRIAS HELPS-PB 50
EXERCÍCIOS PRÁTICOS COM O GRÁFICO DO ESCOLAR, FICHA DO PROGRESSO E AVALIAÇÃO
DA LOCALIZAÇÃO HELPS-PB 51
v
Razões Socioculturais 72
A FUNDAÇÃO EDUCACIONAL HELPS (HELPS EDUCATION FUND) 73
Doando para o HELPS Education Fund 74
Como as Doações são Usadas 74
Como Doar 74
Referências 75
Apêndices 82
vi
Lista de Tabelas e Apêndices
TABELAS
1 Avaliação dos intervalos de referência de PCPM que sugerem que o escolar se beneficia ao
receber o Programa HELPS-PB 11
2 Um Modelo de Três Camadas de RTI e como o HELPS-PB pode Ser Usado Dentro deste
Modelo 14
3 Metas de Leitura recomendadas de acordo com o nível de escolarização 43
4 Amostra de dados para exercícios de treino (Parte A) 48
5 Amostra de dados para exercícios de treino (Parte B) 52
6 Resumo das Recomendações para Quando o Escolar não Atingir a Meta de Leitura 59
APÊNDICES
A Programa HELPS-PB: Protocolo de Implementação 82
B Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso – 3º Ano 84
C Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso – 4º Ano 86
D Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso – 5º Ano 88
E Programa HELPS-PB: Quadro de Estrelas 90
F Programa HELPS-PB: Gráfico do Escolar – 3º Ano 91
G Programa HELPS-PB: Gráfico do Escolar – 4º Ano 92
H Programa HELPS-PB: Gráfico do Escolar – 5º Ano 93
I Programa HELPS-PB: Fluxograma de Implementação 94
J Programa HELPS-PB: Guia para o Instrutor 95
K Programa HELPS-PB: Dicas e Lembretes para a Implementação 96
L Programa HELPS-PB: Síntese das Regras para Pontuar as Leituras Cronometradas 98
M Programa HELPS-PB: Guia Resumido 99
N Programa HELPS-PB: Exemplos de Declarações de Elogios 100
O Exemplo de Gráfico do Escolar com dados para a prática 102
P Exemplo da Ficha do Progresso com dados para a prática 103
Q Programa HELPS-PB: Instruções para Avaliação da Localização 104
R Programa HELPS-PB: Instruções para Avaliação da Localização – Folha de Registro e Tabelas 106
para Decisões
S Programa HELPS-PB: Avaliação da Localização – Folha de Registro e Tabelas para Decisões 107
T Gabarito para exemplo prático: Gráfico do Escolar 108
U Gabarito para exemplo prático: Ficha do Progresso 109
vii
Dedicatória e Agradecimentos
O programa HELPS-PB é dedicado às pessoas de todo o mundo que trabalham incansavelmente para
melhorar a educação de todos os indivíduos que elas têm a oportunidade de ensinar. Essas pessoas
incluem professores de ensino regular, professores de educação especial, profissionais da educação em
geral (como psicólogos escolares, fonoaudiólogos, neuropsicólogos, psicopedagogos), bibliotecários,
assistentes de professores, diretores de escolas, professores universitários, voluntários escolares e
comunitários, entre outros. Por meio de seus esforços contínuos para capacitar os outros por meio da
educação, melhoram significativamente vidas e comunidades e, em última análise, ajudam a fortalecer
as oportunidades de igualdade social.
Apoio Financeiro:
“O presente trabalho foi realizado com apoio do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – Brasil, por meio de bolsa concedida à autora Maíra Anelli Martins”.
viii
Introdução ao Programa “Helping Early Literacy with Practice Strategies
(HELPS)” — Português Brasileiro (PB): Programa de Fluência de Leitura
para Escolares
O objetivo principal do Programa HELPS-PB — “Programa de Fluência de Leitura para Escolares”
(doravante referido simplesmente como o Programa HELPS-PB) é auxiliar os escolares com o
desenvolvimento da fluência na leitura. Ao melhorar a fluência de sua leitura, os escolares conseguem
se focar e avançar em outras áreas ligadas a leitura, incluindo a compreensão. Todos os escolares devem
desenvolver a fluência na leitura para poder ler com sucesso. O programa HELPS-PB pode ajudar os
escolares de qualquer nível de leitura, desde que estejam suficientemente desenvolvidos e aptos para
melhorar a fluência na leitura. Especificamente, o HELPS-PB é benéfico para os escolares a partir do 3º
ano do Ensino Fundamental I, e para os escolares das séries mais avançadas do Ensino Fundamental II
que apresentam dificuldades com a leitura.
Nas últimas décadas, uma extensa quantidade de pesquisas sobre o processo de leitura identificou
estratégias que melhoram a fluência de leitura dos escolares, com muitas dessas estratégias também
fortalecendo a compreensão de leitura. Conforme descrito em todo o Manual, essas pesquisas
existentes foram utilizadas para desenvolver o programa HELPS-PB, que pode, portanto, ser considerado
um programa baseado em evidências. Por fim, o programa HELPS-PB inclui cada um dos componentes
de instrução mais importantes revelados nessas pesquisas e conhecidos por melhorar a fluência de
leitura dos escolares. Desta forma, um dos principais objetivos do Programa HELPS (originalmente
desenvolvido em inglês), e agora do Programa HELPS-PB (traduzido e adaptado para o português
brasileiro), é oferecer aos educadores um programa de leitura acessível e fácil de usar que integra
estratégias baseadas em pesquisa, que não são comumente usadas na prática educacional. Em essência,
o Programa HELPS-PB tem como objetivo construir uma ponte entre a pesquisa em leitura e a prática
educacional.
Mais importante, o programa HELPS foi avaliado cientificamente em vários estudos nos últimos anos e,
recentemente, por um estudo realizado no Brasil. As principais descobertas desta pesquisa mostram
que o HELPS-PB melhora significativamente a fluência de leitura dos escolares e, muitas vezes, também
melhora a compreensão de leitura. O objetivo, os benefícios e as pesquisas relacionadas ao Programa
HELPS-PB são descritos mais detalhadamente em outras partes deste Manual.
Naturalmente, as informações encontradas nesse Manual também irão treinar os instrutores sobre
como implementar o HELPS-PB com seus escolares. O Manual descreve todos os procedimentos e
terminologia relevantes, e inclui vários exercícios de treinamento que ajudarão os instrutores a
aprender, de maneira eficiente, como implementar o HELPS-PB. Depois de ler este Manual, os
instrutores saberão quem o Programa HELPS-PB deve beneficiar, quando devem usar o HELPS-PB com
um escolar, por que ele beneficia esses escolares e, claro, como podem usá-lo com mais eficiência.
Para aprender com sucesso o conteúdo deste Manual, os instrutores devem ler cada um dos capítulos
subsequentes na ordem. As etapas para a implementação do Programa HELPS-PB não são descritas até
o Capítulo 3, mas os instrutores devem ler as informações anteriores a este capítulo para saber por que
e com quem o HELPS-PB deve ser implementado. Além disso, para entender melhor as informações
descritas em todo o Manual, devem consultar regularmente o Glossário de termos-chave e Abreviaturas
(pp. x-xiv). Da mesma forma, quando especificado neste Manual, os instrutores devem consultar os
materiais de implementação relevantes encontrados ao longo dos Apêndices (pp. 82-109).
ix
Glossário de Termos-Chave
O Glossário de Termos-Chave abaixo é importante para revisar e lembrar, pois deve permitir um
entendimento mais claro de todas as informações fornecidas neste Manual. Este glossário também está
descrito porque alguns dos termos usados neste Manual (por exemplo, sessão, meta, fluência de leitura
oral) são usados de maneira inconsistente em livros educativos, revistas, periódicos e outros manuais de
instrução.
Nota: As definições e descrições dos termos listados abaixo contêm, por vezes, palavras sublinhadas.
Uma palavra sublinhada indica que a mesma também está definida no Glossário de termos-chave.
avaliação – Avaliação das habilidades de um escolar. Neste manual, a palavra medida geralmente é
usada como sinônimo de avaliação. Como parte do Programa HELPS-PB, uma avaliação geralmente se
refere a uma avaliação quantitativa das habilidades de leitura de um escolar, e as avaliações são usadas
para medir vários comportamentos de leitura, como as PCPM e as PIPM do escolar.
avaliação da localização HELPS-PB – É o procedimento de avaliação usado para determinar a história
específica da coletânea que o escolar deve ler ao iniciar o Programa HELPS-PB.
Avaliação da Meta – Durante cada sessão, diz respeito à primeira leitura oral de uma história feita pelo
escolar. É somente durante a Avaliação de Metas que o instrutor determinará se o escolar atingiu a sua
Meta de Leitura da sessão. A Avaliação da Meta é sempre realizada com a história que o escolar leu no
final da sessão anterior.
expressão – Diz respeito à entonação (variação de altura do tom que recai sobre uma palavra ou série
de palavras).
expressão adequada – A capacidade do escolar de se atentar à pontuação e ao conteúdo da história ao
ler em voz alta. Por exemplo, para ler em voz alta com a expressão adequada, o escolar deve tentar
parar nos pontos finais, fazer uma pausa nas vírgulas e alterar a entonação (expressão) da voz ao ler
frases que terminam com um ponto de interrogação ou um ponto de exclamação. A leitura com a
expressão adequada também é ilustrada quando um escolar muda sua entonação de voz, dado o
conteúdo de uma história. Por exemplo, uma boa expressão é evidente quando um escolar usa um tom
de voz diferente ao ler uma frase entre aspas, em comparação a uma frase não incorporada entre aspas.
Ficha do Progresso – Folha de registro de informações que um instrutor usa para (a) registrar
informações importantes da sessão e (b) acompanhar o progresso de um escolar em todo o Programa
HELPS-PB. Veja os Apêndices B-D (pp. 84-89) para exemplos de fichas do progresso do terceiro ao quinto
ano.
fluência de leitura – A capacidade de uma pessoa ler com velocidade, precisão e expressão adequada.
Neste Manual, o uso da fluência refere-se à fluência de leitura, a menos que especificado de outra
forma. A avaliação da fluência de leitura (e FLO), como parte do Programa HELPS-PB, é descrita em todo
este Manual.
fluência de leitura oral (FLO) – A capacidade de uma pessoa ler em voz alta com velocidade, precisão e
expressão adequada. Normalmente, a FLO é avaliada obtendo a pontuação de PCPM e PIPM de um
escolar. Dessa forma, a avaliação da FLO pode não necessariamente avaliar a capacidade de um escolar
ler em voz alta com a expressão adequada. A questão de avaliar a expressão apropriada é discutida no
Manual, na página 43.
Gráfico do Escolar – O gráfico projetado é usado exclusivamente como parte do procedimento de
Feedback de Desempenho do Programa HELPS-PB. As pontuações de PCPM e PIPM de um escolar são
x
anotadas neste gráfico, em cada sessão, pelo instrutor. Veja os Apêndices F-H (págs. 91-93) para
exemplos de Gráficos dos Escolares do terceiro ao quinto ano.
histórias – Os textos que um escolar lê como parte dos procedimentos de implementação do Programa
HELPS-PB. Cada texto na coletânea tem seu título. Algumas histórias são escritas como narrativas, e
algumas contêm texto expositivo, como informações factuais sobre uma pessoa ou um país. Cada
história na coletânea HELPS-PB foi propositalmente escrita com aproximadamente 142-224 palavras, a
fim de facilitar uma implementação breve do Programa HELPS-PB. No entanto, essas histórias curtas
também foram desenvolvidas para serem adequadas à idade, interessantes e instrutivamente
significativas para os escolares que as leem.
histórias para escolares – São as histórias da coletânea do HELPS-PB com tamanhos de fonte maiores.
Além disso, as histórias dos escolares não têm contagens de números no final de cada linha. Como parte
do Programa HELPS-PB, um instrutor solicita ao escolar que leia uma história durante uma Leitura
Cronometrada.
histórias para instrutores – São as histórias da coletânea do HELPS-PB que incluem a quantidade
progressiva de palavras no final de cada linha. Os instrutores usam essas histórias para pontuar as PCPM
e as PIPM dos escolares durante as Leituras Cronometradas.
histórias da coletânea HELPS-PB – A coletânea de textos que um escolar deve ler quando um instrutor
implementa o Programa HELPS-PB. O título completo da coletânea dos Textos do Programa HELPS-PB é
“Histórias para uso com o programa de fluência de leitura HELPS-PB”. Informações detalhadas sobre os
textos do HELPS-PB podem ser encontradas nas páginas 18-20.
instrutor – A pessoa que implementa os procedimentos do Programa HELPS-PB com um escolar durante
uma determinada sessão. Para listar alguns exemplos, os instrutores podem ser: professores da
educação básica, professores de educação especial, bibliotecários, psicólogos escolares,
psicopedagogos, neuropsicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes de professores
e voluntários da escola. Conforme descrito neste Manual, o Programa HELPS-PB permite que vários
instrutores implementem sessões com um determinado escolar.
integridade da implementação – A forma com a qual uma pessoa implementa um programa
instrucional conforme projetado. Neste Manual, a integridade da implementação é discutida como o
grau de fidelidade com que um instrutor implementa o Programa HELPS-PB, conforme ditado pelo
Protocolo de Implementação HELPS-PB (Apêndice A, p. 82-83). Os instrutores podem estar
familiarizados com os termos relacionados utilizados na literatura científica, como a integridade do
tratamento, a fidelidade da implementação, a fidelidade do tratamento, a confiabilidade dos
procedimentos, a implementação do plano de tratamento. Neste Manual, a integridade da
implementação será usada para descrever este conceito.
Leitura Cronometrada – A atividade de leitura que ocorre quando um instrutor pede a um escolar que
leia uma história em voz alta e, em seguida, registre as PCPM e as PIPM do escolar. Como parte do
Protocolo de Implementação do Programa HELPS-PB, várias Leituras Cronometradas de um determinado
texto definem o procedimento de Leitura Repetida do Programa HELPS-PB (consulte as páginas 23-38
para obter informações). Para a maioria das Leituras Cronometradas que ocorrem em uma sessão, os
instrutores precisam registrar as pontuações de PCPM e PIPM de um escolar no Gráfico do Escolar e na
Ficha do Progresso.
Manual – O Manual do Programa de Fluência de Leitura para Escolares. O nome completo é abreviado
para Manual ou Manual do Instrutor para fins de concisão.
xi
Meta de Leitura (Meta) – Um critério específico para PCPM, PIPM e Verificação do Reconto que o
escolar tenta atingir durante a Avaliação da Meta. Um escolar tem a oportunidade de alcançar a Meta
de Leitura apenas uma vez por sessão. A Meta de Leitura às vezes é simplesmente referida como Meta.
palavras lidas corretamente por minuto (PCPM) – O número de palavras que um escolar lê
corretamente em um minuto quando solicitado a ler uma história em voz alta durante uma Leitura
Cronometrada. PCPM de um escolar é uma das três medidas de critério que um instrutor usa para
determinar se o escolar atinge a Meta de Leitura em cada sessão. Para fins de concisão, poderá
encontrar também a expressão palavras corretas por minuto para PCPM. Consulte as páginas 23-38 para
obter informações sobre como determinar as PCPM de um escolar.
palavras lidas incorretamente por minuto (PIPM) – O número de palavras que um escolar lê
incorretamente em um minuto quando solicitado a ler uma história em voz alta durante uma Leitura
Cronometrada. PIPM de um escolar é uma das três medidas de critério que um instrutor usa para
determinar se o escolar atinge a Meta de Leitura em cada sessão. Para fins de concisão, poderá
encontrar também a expressão palavras incorretas por minuto para PIPM. Consulte as páginas 23-38
para obter informações sobre como determinar as PIPM de um escolar.
prática instrucional baseada em evidências – Resumidamente definida, é uma prática ou programa que
integra uma ou mais estratégias instrucionais que têm base em pesquisas, comprovando sua eficácia.
Dada a complexidade e controvérsia em relação a este termo, é mais bem definido e descrito em partes
do Manual (especificamente, ver pp. 3-6 e pp. 66-67).
Programa HELPS-PB ou, simplesmente, HELPS-PB – O Programa HELPS-PB: Programa de Fluência de
Leitura para Escolares é descrito em todo o Manual. Para simplificar, a parte do título “Programa de
Fluência de Leitura para Escolares” é omitida.
programa instrucional validado por pesquisa – Resumidamente definido, um programa instrucional que
possui evidências de pesquisas experimentais validando especificamente a eficácia do programa. Dada a
complexidade e controvérsia em relação a esse termo, ele é mais bem definido e descrito em algumas
partes do Manual (especificamente, veja pp. 66-67).
Quadro de Estrelas – O gráfico usado como parte da estratégia Motivacional (Recompensa) do
Programa HELPS-PB (consulte o Apêndice E, p. 90). Com base no esforço e desempenho do escolar, eles
ganham estrelas nos quadrados exibidos neste quadro. Depois de acumular estrelas suficientes, ganham
uma pequena recompensa.
resposta à intervenção (RTI) – Um modelo cada vez mais popular de tomada de decisão, baseado em
dados usado nas escolas para garantir o sucesso educacional dos escolares. Na sua fundação, o RTI
envolve (a) avaliação em toda a escola, (b) uso sistemático de dados de avaliação para determinar quais
estudantes precisam de assistência adicional e (c) uso de práticas instrucionais baseadas em evidências.
Uma descrição estendida do RTI e sua relação com HELPS-PB é discutida nas páginas 12-16. Os
instrutores também podem estar familiarizados com termos como resposta à intervenção ou
alinhamento de intervenção, que são geralmente sinônimos de RTI.
sessão – O período de 10 a 12 minutos durante o qual um instrutor implementa todos os procedimentos
do Programa HELPS-PB com um escolar. Para um determinado escolar, não mais que uma sessão deve
ocorrer a cada dia, e é indicado que o escolar receba de duas a três sessões por semana (por exemplo,
uma sessão a cada dois dias).
Verificação do Reconto – Uma avaliação essencialmente qualitativa para garantir que um escolar possa
recontar pelo menos alguma informação significativa de uma história que foi lida durante uma sessão do
xii
Programa HELPS-PB. O desempenho de um escolar na Verificação do Reconto é uma das três medidas
de critério que os instrutores usam para determinar se o escolar atinge a Meta de Leitura. A Verificação
do Reconto não deve ser confundida com uma avaliação mais significativa e abrangente da
compreensão do escolar. Consulte as páginas 41-42 para obter informações adicionais sobre a
Verificação do Reconto.
xiii
Abreviaturas
ADFLU Avaliação do Desempenho em Fluência de Leitura
ALI Aprendizes da Língua Inglesa
et al., Esta abreviatura representa e outros.
etc. Esta abreviação representa e assim por diante, e vem da palavra et cetera.
E.U.A. Estados Unidos da América
ex. exemplo(s)
FLO fluência de leitura oral
HELPS Helping Early Literacy with Practice Strategies. A menos que especificado de outra forma,
HELPS se refere ao programa em inglês, e HELPS-PB, ao programa em português brasileiro.
LR leitura repetida
NRP National Reading Panel (em português: Painel Nacional da Leitura)
OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
PB Português Brasileiro
PCPM palavras lidas corretamente por minuto
PIPM palavras lidas incorretamente por minuto
RTI resposta à intervenção
TPM total de palavras por minuto, geralmente inscrito no contexto do total de palavras lidas por
minuto.
xiv
Comentários sobre o Estilo de Escrita
O estilo de escrita utilizado em todo o texto pode soar por vezes repetitivo; no entanto, a repetição é
necessária para não causar falta de clareza e não acarretar equívocos em termos e procedimentos.
PÚBLICO-ALVO
Este Manual destina-se principalmente aos instrutores ocupados com muito trabalho que estão
interessados em aprender como implementar o HELPS-PB e precisam saber informações básicas que
apoiarão seu entendimento e implementação deste Programa. Por esse motivo, o Manual consiste
principalmente em instruções e recomendações para a implementação do HELPS-PB, bem como em
resumos de pesquisas e informações contextuais relativamente concisas.
Às vezes, no entanto, as informações relevantes são ampliadas. Além disso, um número razoável de
referências de pesquisas está inserido em todo o Manual. Estas características do Manual podem ser
úteis para os instrutores aprenderem a implementar o HELPS-PB, mas estão incluídas principalmente
para potenciais pesquisadores e estudantes universitários (graduação e pós-graduação) que poderiam
se beneficiar dessa informação adicional. À medida que os instrutores leem o Manual com o propósito
de aprender como implementar o HELPS-PB, devem ler e atender às informações em cada seção, mas
provavelmente concentrarão a maior parte de seus esforços em aprender por quê, quando, como e com
quem eles devem implementar o HELPS-PB. Para apoiar este esforço, tabelas, listas e apêndices no
Manual direcionam a atenção dos instrutores para estas informações.
Por fim, este Manual foi escrito sabendo que os leitores terão diferentes níveis de conhecimento (e
interesse) sobre os termos educacionais, práticas e pesquisas descritos em todo o Manual. Por este
motivo, referências a outras partes do texto (referências cruzadas) são frequentemente feitas entre as
páginas do Manual para que os tópicos possam ser conectados sem incluir todas as informações
relevantes dentro de cada seção, evitando, assim, que o texto se torne exaustivo (todas as referências
aos números de páginas dizem respeito às páginas dentro deste Manual, salvo indicação ao contrário).
Nem sempre é imperativo para os leitores explorar ou rever páginas com referência cruzada
imediatamente, mas as referências fornecem uma opção e os leitores devem saber quando revisar é
necessário. Como regra geral, os Apêndices devem ser revistos imediatamente, a menos que o leitor já
saiba todo o conteúdo do Apêndice referenciado.
xv
1
Este capítulo resume as informações básicas mais relevantes para que os instrutores entendam por que
devem usar o HELPS-PB. Em primeiro lugar é descrita a importância da fluência de leitura, juntamente
com definições e informações relacionadas a ela. A pesquisa com estratégias instrucionais de fluência de
leitura é então discutida, incluindo uma breve seção sobre o que significa uma estratégia instrucional
(ou programa) ser baseada em evidências. A seção a seguir descreve por que o programa HELPS-PB é
baseado em evidências. Este capítulo se conclui com uma lista de pontos fortes e vantagens associados
ao Programa HELPS-PB.
Esses processos básicos dos estágios de aprendizagem podem ser aplicados a quase todas as
habilidades. Primeiro, é preciso adquirir habilidades básicas e aprender como executá-las com precisão.
Em seguida, com oportunidades práticas suficientes e bem estruturadas, aprende-se a executar
habilidades básicas com precisão e rapidez (ou seja, com fluência). Agora, com as habilidades básicas
sendo executadas com pouco ou nenhum esforço, podem ser generalizadas e adaptadas para
desenvolver habilidades novas e mais sofisticadas. Décadas atrás, Haring, Lovitt, Eaton e Hansen (1978)
descreveram esse tipo de hierarquia do aprendizado com base em sua extensa pesquisa educacional
conduzida na Unidade de Educação Experimental da Universidade de Washington. Conforme descrito
por Haring e seus colegas naquela época e por muitos outros educadores desde então, esses mesmos
princípios de aprendizado se aplicam ao desenvolvimento da leitura.
Em particular, pesquisadores da leitura começaram a descrever por que a leitura fluente é necessária
para uma compreensão da leitura profunda. Por exemplo, em seu modelo de processamento das
Programa HELPS-PB | 1
informações — Modelo da Automaticidade, LaBerge e Samuels (1974) propuseram que o domínio de
sub-habilidades de leitura (por exemplo, o processamento rápido da correspondência grafema-fonema)
permitirá, em essência, que o leitor pense mais sobre o que ele está lendo. Em outras palavras, quando
a leitura de palavras se torna automática, o indivíduo pode, ao mesmo tempo, engajar-se no
processamento do significado das palavras que estão sendo lidas. Estendendo essa noção de
automaticidade, Perfetti (1977, 1985) sugeriu que a leitura lenta de palavras também é um obstáculo à
compreensão de leitura, porque consome memória de trabalho, que deveria estar disponível para
entender o conteúdo que está sendo lido. Desde então, a importância da fluência da leitura para a
compreensão e para o sucesso geral da leitura tem sido descrita por muitos pesquisadores e educadores
da leitura (Carnine, Silbert, Kame’enui, & Tarver, 2004; Fuchs, Fuchs, Hosp, & Jenkins, 2001; Kameenui &
Simmons, 2001).
O desenvolvimento da fluência na leitura também é importante porque os leitores fluentes são mais
propensos a ler (Daly, Chafouleas, & Skinner, 2005; Skinner, 1998). Como descrito anteriormente com a
habilidade de aprender a tocar violão, para a maioria das pessoas, a realização de qualquer habilidade
com fluência é mais agradável, recompensadora e menos trabalhosa do que a execução não fluente.
Naturalmente, a maioria das pessoas gosta de se envolver em atividades que são agradáveis
comparadas àquelas que são menos agradáveis (Mace, McCurdy, & Quigley, 1990). Portanto, quando
um escolar se torna leitor fluente tem uma maior probabilidade de ler cada vez mais.
Em um estudo realizado com escolares brasileiros, um dos objetivos foi investigar a relação entre
fluência e compreensão de leitura, bem como essas duas habilidades se relacionavam com o nível de
escolaridade, a partir de grupos formados por escolares do 2° ano do Ensino Fundamental I, 2º ano do
Ensino Médio e indivíduos com nível superior de escolaridade. Os resultados mostraram que quanto
maior a escolaridade, maior a fluência de leitura, e quanto maior a fluência, maior também será o nível
de compreensão, o que gera implicações para o ensino da leitura e compreensão dentro das salas de
aula (Pacheco & Santos, 2017). O mesmo pode ser observado em escolares brasileiros do 9º ano do
Ensino Fundamental II, que com as maiores notas (melhor desempenho acadêmico) leram mais palavras
por minuto, variando a velocidade de acordo com o texto e com a forma de leitura — oral e em silêncio
(Komeno, Ávila, Cintra, & Schoen, 2015). Os achados demonstram que os escolares brasileiros se
beneficiariam com programas que os ajudassem a desenvolver a fluência da leitura. Embora o
desenvolvimento da fluência de leitura seja essencial para o sucesso na leitura, essa habilidade a ser
desenvolvida nos currículos escolares é amplamente negligenciada (Martins, 2018).
Em resumo, a fluência da leitura é importante porque: (a) é necessário melhorar a fluência da leitura
para melhorar a compreensão da leitura, e (b) é mais provável que leitores fluentes tornem-se leitores
assíduos. Além disso, os escores de avaliação de fluência de leitura de um escolar ajudam os instrutores
a preverem as pontuações do escolar em outras medidas ou leituras significativas, como em avaliações
abrangentes de compreensão da leitura.
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PRÁTICAS INSTRUCIONAIS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS NA FLUÊNCIA DA LEITURA
Como acabamos de descrever, tornar-se fluente em qualquer habilidade requer prática e motivação
para continuar praticando. No entanto, como a maioria das pessoas sabe, para aprender uma variedade
de habilidades diferentes, algumas estratégias práticas são muito mais eficazes do que outras. Assim,
estratégias práticas eficazes levam a um desenvolvimento mais rápido da fluência como uma habilidade.
Por outro lado, estratégias práticas ineficazes levam a um lento desenvolvimento da fluência (na melhor
das hipóteses) ou frustração e fluência deficitária (na pior das hipóteses).
Dada a importância de identificar estratégias práticas eficazes e eficientes que melhorem a fluência da
leitura das crianças, décadas de pesquisa esclareceram quais estratégias funcionam e quais estratégias
são mais eficazes. Como existem tantos estudos bem conduzidos avaliando diferentes tipos de
estratégias de construção de fluência, muitas delas podem agora ser consideradas práticas baseadas em
evidências. Essas estratégias (e a pesquisa de apoio) serão descritas neste Manual, mas a seção a seguir
primeiro ajudará os leitores a entenderem o que significa uma prática ser baseada em evidências.
Entender isso é particularmente importante porque (a) conselhos de profissões como da fonoaudiologia
e da psicologia exigem que os profissionais utilizem práticas instrucionais baseadas em evidências (ou
baseadas em pesquisas); (b) há confusão e controvérsia em torno da expressão baseada em evidências;
e (c) existem numerosas editoras propagando que seu programa de leitura seja baseado em evidências,
mas essa alegação muitas vezes não é verdadeira.
Com base em definições bem documentadas e bem fundamentadas de práticas baseadas em evidências
(e expressões relacionados, como a prática baseada em pesquisa), a seguinte definição de uma prática
baseada em evidências será usada para os propósitos desta discussão. A definição abaixo foi derivada
das definições usadas por agências profissionais credíveis e comitês (por exemplo: Institutos Americanos
de Pesquisa, Associação Americana de Psicologia, Instituto de Medicina Americana, Sociedade para o
Estudo da Psicologia Escolar (Americana), Departamento de Educação e Departamento de Saúde e
Serviços Humanos dos E.U.A.).
Uma prática baseada em evidências utiliza uma ou mais estratégias instrucionais que têm suporte de
pesquisa convincente, sendo eficazes cientificamente. Uma estratégia com apoio convincente à pesquisa
significa que os dados da pesquisa mostraram que a prática melhora significativamente os resultados
educacionais para crianças em idade escolar com e/ou sem dificuldades de aprendizagem. A pesquisa
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que apoia a estratégia deve: (a) ser replicada; (b) utilizar projetos de pesquisa rigorosos e
cientificamente fundamentados (isto é, ensaios controlados randomizados, projetos de descontinuidade
de regressão, quase-experimentais e/ou delineamentos de sujeitos únicos); (c) medir os resultados
educacionais com avaliações validadas que sejam educacionalmente significativas; e (d) fornecer
evidência de eficácia em formas educacionalmente significativas (isto é, não apenas estatisticamente
significativas).
Evidentemente, a definição acima ainda convida à ambiguidade e deve, portanto, ser conceitualizada
em um continuum. Por exemplo, uma estratégia instrucional que possui um suporte de pesquisa
particularmente forte, descrita como sendo eficaz, tem sido replicada com mais frequência, avaliada em
contextos mais amplos dentro do contexto escolar (por exemplo, com alunos em diferentes níveis),
avaliada com amostras maiores de alunos, avaliada com projetos experimentais fortes, e/ou resumida
como eficaz por meio de revisões bem conduzidas de pesquisa (como meta-análises). Da mesma forma,
práticas fortes baseadas em evidências são aquelas que incluem uma ou mais estratégias instrucionais
que têm forte apoio de pesquisa.
A lista abaixo foi derivada de seis estudos selecionados quantitativamente (meta-análise) ou resumidos
qualitativamente de todas as pesquisas disponíveis na área de instrução em fluência de leitura (Chard et
al., 2002; Kuhn e Stahl, 2003; Meyer & Felton, 1999; Morgan & Sideridis, 2006; NRP, 2000; Therrien,
2004). Naturalmente, como existem mais de 200 estudos na área de instrução de fluência de leitura, as
pesquisas compartimentam a base para abordar questões mais específicas (por exemplo, quais são os
efeitos de intervenções baseadas na fluência realizadas com leitores de baixo desempenho, quais são os
efeitos específicos de uma estratégia em particular). Coletivamente, os resultados das pesquisas
aplicam-se a alunos de vários anos escolares (particularmente alunos do ensino fundamental) e são
relevantes para leitores de baixo, médio e alto desempenho.
No geral, embora exista um forte corpo de pesquisa para apoiar o uso das estratégias instrucionais
mencionadas acima, especialmente quando combinadas, a pesquisa carece de evidências de programas
que integrem todas as estratégias eficazes de construção de fluência em um protocolo instrucional bem
estruturado e fácil de implementar. Essa necessidade serviu como principal motivo para o
desenvolvimento do HELPS, e posterior tradução e adaptação do programa para o Brasil.
É importante notar, no entanto, que algumas das estratégias integradas no Programa HELPS-PB não têm
suporte de pesquisa sólido se usadas de forma independente de outras estratégias instrucionais (por
exemplo, as estratégias de dicas verbais). Diferentemente desse fato, algumas estratégias têm
evidências sólidas de eficácia apenas quando usadas em combinação com outras estratégias
instrucionais baseadas na fluência. Como mencionado acima, é a integração das mais importantes
estratégias instrucionais baseadas na fluência no Programa HELPS-PB que o torna único, seguramente
baseado em evidência, e provavelmente mais efetivo do que as estratégias instrucionais mencionadas,
às vezes, usadas independentemente.
Também é importante notar que algumas estratégias integradas no Programa HELPS-PB são projetadas
especificamente para melhorar as habilidades de leitura dos escolares (por exemplo: LR, Modelação,
1
Para uma diferenciação mais detalhada entre eficácia e eficiência na pesquisa educacional, os leitores devem ver Chambless e
Hollon (1998) ou Nathan e Gorman (2002). Para os propósitos deste Manual, o termo efetividade é usado para refletir um ou
ambos os termos eficácia e eficiência.
Programa HELPS-PB | 5
Correção de Erros na Frase). Outras estratégias são projetadas para aumentar a motivação dos escolares
para se manterem academicamente engajados com atividades práticas estruturadas por longos períodos
(por exemplo: Definição de Metas, Feedback do Desempenho, Procedimento de Recompensa com o
Quadro de Estrelas). Coletivamente, a integração de estratégias destinadas a melhorar as habilidades de
leitura e motivação acadêmica é fundamental para o desenvolvimento da fluência (por exemplo: Haring
et al., 1978; Martens & Witt, 2004).
No geral, o Programa HELPS-PB é uma prática baseada em evidências, pois integra o que é atualmente
conhecido (por meio de pesquisas confiáveis) como os procedimentos mais úteis para melhorar o
desenvolvimento da fluência em leitura. Como será descrito no Capítulo 6, pesquisas com o Programa
HELPS e HELPS-PB fazem-nos serem considerados também programas validados pela pesquisa.
2
Martins, M. A. (2018). Programa de fluência de leitura para escolares do 3º ao 5º ano: tradução, adaptação e
aplicação (Dissertação de doutorado). Disponível em https://repositorio.unesp.br/handle/11449/152976
Programa HELPS-PB | 6
Pesquisa, Desenvolvimento e Política Educacional
6. Políticas internacionais da educação incitam as escolas e os profissionais da educação a utilizarem
práticas de ensino que são, no mínimo, baseadas em evidências (ou seja, a prática é baseada em
estratégias encontradas nas pesquisas educacionais por serem eficazes). Conforme descrito acima, o
Programa HELPS-PB integra as estratégias instrucionais primárias apoiadas por evidências de pesquisa
em fluência de leitura.
7. Mais importante: políticas internacionais encorajam as escolas e os instrutores a utilizar programas
específicos que são validados pela pesquisa como eficazes. Os estudos realizados com o Programa HELPS
começaram a validar a sua eficácia com uma variedade de populações de escolares, e essa evidência de
pesquisa já ultrapassa a evidência (ou falta dela) por trás de muitos programas educacionais que estão
sendo usados (como em pesquisas internacionais — veja Begeny, Laugle, Krouse, Lynn, Parker, & Stage,
2010).
8. Levando em consideração os pontos fortes acima apresentados, o programa HELPS-PB pode ser usado
como um programa de instrução dentro de um modelo de resposta-a-intervenção (RTI) (mais sobre isto
pode ser encontrado nas pgs. 12-16).
9. HELPS-PB também mostra evidências preliminares como sendo uma ferramenta útil para monitorar o
progresso de leitura do escolar dentro do contexto de recebimento da instrução HELPS-PB. Em outras
palavras, HELPS-PB integra instrução e avaliação de monitoramento do progresso. Como tal, este
componente de avaliação deve ser útil para todos os educadores, incluindo aqueles que utilizam um
modelo RTI, porque só por meio da avaliação continuada um instrutor pode melhor determinar as
necessidades educacionais do escolar.
10. Também relevante para a implementação de um modelo de RTI (e para práticas instrucionais
apropriadas, de forma mais geral), os procedimentos e materiais do HELPS-PB ajudam os instrutores a
monitorar a integridade da implementação. Esses procedimentos e materiais são importantes porque os
educadores não podem avaliar os verdadeiros efeitos de um programa instrucional se não tiverem
certeza de que o programa está sendo implementado como pretendido.
11. Com base em oito anos de pesquisa e desenvolvimento (a partir de setembro de 2009) nos E.U.A.,
em países latino-americanos e recentemente no Brasil, a evidência de aceitabilidade sugere que
instrutores e escolares aprovam o Programa HELPS (gostam, se divertem e percebem as melhoras que o
programa proporciona na fluência de leitura).
Benefícios Adicionais
12. Os escolares normalmente se sentem seguros sobre o que devem fazer durante o programa HELPS-
PB, o que é particularmente importante para leitores com dificuldades. Para esses leitores, a leitura é
(ou, eventualmente, torna-se) uma atividade frustrante e indesejada. Essa frustração muitas vezes leva
os escolares a evitarem a leitura e desenvolverem uma atitude desfavorável global em relação a ela. Tal
atitude pode infelizmente durar toda a escolaridade, senão uma vida inteira (Cunningham & Stanovich,
1997). Com o programa HELPS-PB, mesmo os leitores com dificuldades devem sentir-se bem-sucedidos.
Por exemplo, HELPS-PB é projetado para que os escolares recebam atenção individual, de um adulto
paciente e cuidadoso que forneça elogios e feedback específico sobre a sua leitura. Além disso, os
escolares podem visualizar diariamente (por meio do Gráfico do Escolar) que a prática faz melhorar a
sua leitura. Além disso, HELPS-PB é projetado para que os escolares alcancem regularmente a sua Meta
de Leitura, o que também ajuda os escolares a se sentirem bem-sucedidos e aumenta as suas
experiências positivas com a leitura.
13. Embora desenhado como um programa de leitura estruturado para direcionar o desenvolvimento da
fluência de leitura dos escolares, os Textos HELPS-PB e procedimentos permitem (sob circunstâncias
únicas) flexibilidade de implementação. Em essência, isso permite aos instrutores a opção de abordar
mais especificamente as dificuldades dos escolares em áreas como vocabulário e compreensão.
Programa HELPS-PB | 7
14. O programa HELPS-PB e os Textos HELPS-PB são gratuitos para todos os educadores. Há razões
importantes e implicações relacionadas com o acesso livre dos profissionais ao HELPS-PB, incluindo a
forma como o livre acesso a este programa pode ajudar a resolver as necessidades de aprendizagem dos
escolares que precisam de maior apoio. Às vezes, as pessoas tendem a acreditar que o custo de um item
indica sempre a sua qualidade. Claro, esse raciocínio é verdadeiro em alguns casos, em que itens mais
caros são de melhor qualidade do que itens menos caros. No caso do programa HELPS-PB e a sua
eficácia em relação a outros programas de leitura, esse raciocínio não é verdadeiro. Os instrutores
devem ler o Capítulo 8 para compreender melhor o porquê de se oferecer gratuitamente o programa
HELPS-PB. O Capítulo 8 descreve também o Helps Education Fund, uma fundação sem fins lucrativos
que é usada para apoiar o acesso livre ao programa HELPS e HELPS-PB no mundo todo e promover o
sucesso educativo global para escolares, especialmente os provenientes de meios desfavorecidos
economicamente.
Programa HELPS-PB | 8
2
Os estudos desenvolvidos e publicados com o Programa HELPS-PB também foram realizados com
escolares com dificuldades de leitura ou leitores em risco. A pesquisa brasileira foi realizada com
escolares do Ensino Fundamental I, adaptando apenas a faixa do ano escolar, que passou a ser do 3º ao
5º ano, pois no Brasil os escolares têm até o 2º ano para serem alfabetizados, e em consequência muitos
escolares do 2º ano ainda não se encontram com o mínimo de leitura satisfatório para participar de
programas de fluência de leitura3.
3
A partir das novas diretrizes propostas pela Base Nacional Comum Curricular. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
Programa HELPS-PB | 9
(taxa e acurácia), simplesmente requer que o escolar leia por um minuto um texto adequado a sua
escolaridade. Ao final de um minuto, os erros são subtraídos do total de palavras lidas, para então se
calcular a pontuação de PCPM (Hasbrouck & Tindal, 2006). As normas estabelecidas por pesquisadores
americanos, por exemplo, foram coletadas com uma gama de escolares, desde aqueles identificados
como talentosos ou de outra forma excepcionalmente habilidosos até aqueles com diagnóstico de
deficiência em leitura, como a dislexia. A amostra da norma de referência em FLO nos Estados Unidos,
por exemplo, foi coletada em escolas e distritos de vinte e três estados durante quatro anos. Com base
na vasta experiência de interpretação de dados de FLO foi estabelecido que uma pontuação de 10
palavras acima ou abaixo do percentil 50 deveria ser interpretada como pontuação esperada, ou seja,
indica que os escolares estão fazendo adequado progresso em leitura.
Determinou-se assim que no Programa HELPS e HELPS-PB seriam estabelecidos intervalos de PCPM
(limites máximo e mínimo) para eleger escolares que não estariam fazendo adequado progresso em
leitura, baseado-se na norma de FLO publicada por Hasbrouck e Tindal (2006) e no manual do programa
HELPS.
As normas de referência do Programa HELPS nos Estados Unidos (Tabela 1) foi realizada durante anos de
pesquisa, e pode ser visualizada na tabela abaixo. Importante notar que as referências nos Estados
Unidos são em dois momentos distintos do ano letivo, sendo uma referência que foi coletada no
outono, e outra no inverno.
Tabela 1
Avaliação dos intervalos de referência de PCPM que sugerem que o escolar americano se beneficia ao
receber o Programa HELPS
Nota. No início do ano, é improvável que os alunos do primeiro ano com dificuldades de leitura se
beneficiem de uma intervenção baseada na fluência, pois provavelmente precisarão de assistência para
atingir áreas como decodificação, fonética e/ou consciência fonêmica.
Para adaptação dessa avaliação da FLO para o português do Brasil, foi utilizado um banco de dados de
leituras realizadas por escolares do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental de cidades do interior do
estado de São Paulo, registradas em áudio digital do texto “O guarda-chuva” (texto adequado para o
nível de escolaridade), do procedimento “Protocolo de Avaliação da Compreensão de Leitura" (Cunha &
Programa HELPS-PB | 10
Capellini, 2014). Esse estudo fez parte da pesquisa de doutoramento que realizou a tradução e a
adaptação do HELPS americano para o HELPS-PB (para maiores informações veja Martins, 2018).
Como a pesquisa atual do HELPS-PB se concentrou nos escolares do 3º ao 5º ano do Ensino
Fundamental, a Tabela 2 foi adaptada para auxiliar os instrutores e professores a identificar os escolares
brasileiros que poderiam beneficiar-se em receber o Programa HELPS-PB. Tendo o programa por
objetivo principal a fluência de leitura oral do escolar, a partir da leitura de 365 escolares, os intervalos
de referência foram calculados levando-se em consideração que os escolares que apresentam sua
pontuação PCPM entre os percentis 25 ao 50 não estão fazendo adequado progresso em fluência de
leitura, considerando como limite mínimo de referência o percentil 25, e limite máximo de referência o
percentil 50. (Observação: Enquanto ainda não obtemos os dados para escolares a partir do 6º ano, os
dados do HELPS americano poderá ser um norteador).
Por exemplo, um instrutor conclui uma avaliação da FLO de um escolar do terceiro ano que pontua
entre 56-76 PCPM. Esse escolar provavelmente se beneficiaria com o Programa HELPS-PB — supondo, é
claro, que o instrutor acredite que a leitura não fluente do escolar não esteja relacionada a algum outro
fator (por exemplo, comprometimento neurológico, déficit de fala, etc.). No exemplo acima, 56 PCPM
representa o “limite mínimo” da faixa de PCPM e 76 PCPM representa o “limite máximo”.
Portanto, os escolares que pontuarem entre as faixas de PCPM mostradas na Tabela 2 podem se
beneficiar do Programa HELPS-PB. Os instrutores devem utilizar a Tabela 2 corretamente obtendo a
Avaliação da Fluência de Leitura Oral (FLO) do texto “O guarda-chuva” do procedimento “Protocolo de
Avaliação da Compreensão de Leitura" (Cunha & Capellini, 2014) ou com um conjunto semelhante de
materiais para Avaliação da FLO, como o “ADFLU - Avaliação do Desempenho em Fluência de Leitura
Oral” (Martins & Capellini, 2018).
Os limites mínimos das faixas mostradas em cada célula da Tabela 1 e 2 são derivados de várias fontes
de dados de FLO, incluindo vários anos de pesquisa com o Programa HELPS e estudos de intervenção
relacionados. O limite mínimo dos intervalos de referência de PCPM refletem o nível mínimo de fluência
de leitura oral que o escolar deve apresentar para se beneficiar do Programa HELPS-PB. No entanto os
instrutores devem sempre tomar suas decisões finais sobre o escolar que deve receber o programa,
considerando outros fatores que podem impedir o desenvolvimento da leitura do escolar. Por exemplo,
déficits em quaisquer outras áreas podem contribuir para que o escolar apresente dificuldades na
leitura e assim necessite de intervenção (em adição a, ou ao invés do HELPS-PB): motivação, consciência
fonológica, fonêmica, vocabulário e/ou compreensão. Além disso, com pontuações acima ou abaixo dos
intervalos de referência, o escolar ainda poderia se beneficiariar com o HELPS-PB, e com pontuações
que estão dentro do intervalo de referência, por alguma razão, o escolar poderia não se beneficiar com
o HELPS-PB. Na dúvida, o instrutor pode implementar HELPS-PB e observar o nível do progresso com o
Programa. Há uma ampla quantidade de orientações e recomendações oferecidas ao longo deste
Manual que devem esclarecer para o instrutor se o HELPS-PB está beneficiando um determinado
escolar.
Tabela 2
Avaliação dos intervalos de referência de PCPM que sugerem que o escolar se beneficia ao receber o
Programa HELPS-PB
Nota: Os instrutores que desejarem utilizar o
Nível escolar Intervalos de Referência PCPM programa HELPS-PB com escolares em séries
3º Ano 56 -76 mais avançadas, como para os estudantes do
6º, 7º, 8º e 9º anos, poderão entrar em
4º Ano 74-94
contato no e-mail <maira.anelli@gmail.com>
5º Ano 87-107 para informações adicionais.
Fonte: Martins (2018)
Programa HELPS-PB | 11
Usando HELPS-PB com Leitores com Dificuldades entre o 6º e 9º ano do Ensino
Fundamental II
No momento da publicação deste Manual, a pesquisa brasileira mostrou efeitos positivos do Programa
HELPS-PB para leitores em dificuldade, do terceiro ao quinto ano. No entanto é bem possível que o
HELPS-PB possa ser usado com sucesso em escolares em anos posteriores porque pesquisas anteriores
com intervenções baseadas na fluência encontraram efeitos positivos com escolares do jardim da
infância até a faculdade (Ross, & Begeny, 2014; NRP, 2000). Pesquisas futuras são necessárias para
examinar se o Programa HELPS-PB também pode beneficiar os escolares nesses níveis, mas, até que essa
pesquisa esteja disponível, os instrutores podem usar o Programa HELPS-PB com escolares do 6º ao 9º
ano se acharem que essa é uma opção de intervenção adequada (ver Tabela 1). Em particular, a
implementação de HELPS-PB com escolares dos sextos e sétimos anos parece muito lógica,
considerando os tipos de déficits de leitura que muitos escolares desses anos têm.
Com relação à coletânea de Histórias HELPS-PB e sua adequação para escolares mais velhos, muitos dos
textos do HELPS-PB (particularmente os textos de 50-95) foram escritos com o intuito de serem
apropriados para a idade dos escolares até o ensino fundamental II (e possivelmente até o ensino
médio). Antes de usar o HELPS-PB com escolares do ensino fundamental II ou do ensino médio, os
instrutores devem, além de aprender o Protocolo de Implementação do HELPS-PB, lembrar-se de fazer o
seguinte:
Tarefas Importantes Antes de Usar HELPS-PB com Escolares do Ensino Fundamental II ou do Ensino
Médio
1. Avalie cada texto da coletânea de Histórias HELPS-PB e considere a exclusão de qualquer texto que
seja claramente inadequado para a idade.
2. Considere se o sistema de recompensas do Quadro de Estrelas é adequado à idade. Se os instrutores
não usarem o Quadro de Estrelas específico, eles serão encorajados a usar um procedimento baseado
em recompensas que integre os mesmos princípios motivacionais encontrados no sistema do Quadro de
Estrelas.
3. Determine uma Meta de Leitura apropriada para o escolar. Usando as informações da Avaliação da
Localização no HELPS-PB (descrita nas páginas 51-52), uma sugestão é estabelecer uma meta que esteja
entre 20 e 30 PCPM acima da pontuação média que determina o ponto de partida do escolar no
programa HELPS-PB.
4. Modifique o Gráfico do Escolar e a Ficha de Progresso para refletir o nível do ano real do escolar e
determinar a Meta de Leitura.
5. Explique aos escolares em detalhes por que eles estão praticando a leitura de textos repetidamente.
Há de haver muito conteúdo dentro deste Manual (por exemplo, veja o Capítulo 1) para ajudar a
explicar aos escolares mais velhos por que as estratégias de prática do HELPS-PB são importantes para o
desenvolvimento da leitura.
6. Considere adicionar outros componentes de intervenção aos procedimentos do HELPS-PB. Sugestões
para isso são descritas nas páginas 63-65.
Embora vários modelos de RTI tenham sido propostos, uma conceituação comum de RTI é o modelo de
três níveis (ou camadas), com intensidade crescente de intervenção e avaliação em cada nível (Burns &
Gibbons, 2008; Glover & DiPerna, 2007). Na Camada 1, todos os escolares recebem um currículo de
leitura central baseado em evidências na sala de aula da educação básica. Além disso, todos os escolares
são avaliados pelo menos três vezes por ano com avaliações de referência de FLO. Os escolares
identificados por meio de avaliações de referência como tendo níveis abaixo do esperado (ou seja,
escolares da Camada 2) recebem intervenção direcionada em sua sala de aula da educação básica (por
exemplo, intervenção em pequenos grupos ou breve intervenção individual alguns dias por semana). Em
uma situação relativamente boa, não mais do que aproximadamente 15% dos escolares seriam
identificados para os serviços da Camada 2. Na Camada 2, o progresso acadêmico dos escolares deve ser
monitorado pelo menos mensalmente.
Os escolares que não apresentam progresso acadêmico suficiente por meio da intervenção da Camada 2
(idealmente, não mais do que 5% da população total dos escolares) recebem intervenções mais
intensivas e especializadas, que podem eventualmente incluir serviços de educação especial. O
progresso acadêmico para esses escolares da Camada 3 deve ser monitorado pelo menos
semanalmente. Na área de leitura, avaliações de leitura e fluência de leitura são as medidas mais
comumente utilizadas para avaliações de referência e monitoramento do progresso, especialmente para
Programa HELPS-PB | 13
escolares do segundo ano e acima. No Brasil recentemente começaram a surgir estudos abordando o
método RTI (Brito, Seabra & Macedo, 2018; Almeida, Piza, Cardoso & Miranda, 2016; Machado &
Almeida, 2014; Machado & Almeida, 2012; Silva, Luz & Mousinho, 2012), no entanto, verifica-se que
nenhum estudo direcionou o uso do RTI com a fluência de leitura.
Como HELPS-PB pode ser Usado com o RTI (ou Outros Modelos de Tomada de Decisão
Baseada em Dados)
Embora um escolar com dificuldades de leitura nem sempre exija um programa para melhorar a fluência
de leitura (ou se beneficie mais com ele), pesquisa americana sugere que grandes porcentagens de
escolares se beneficiarão de tais instruções direcionadas (por exemplo, Daane, Campbell, Grigg,
Goodman, & Oranje, 2005). Mais uma vez, esse dado serviu como objetivo principal para o
desenvolvimento do Programa HELPS. Outro propósito para o desenvolvimento do HELPS foi criar um
programa que pudesse ser usado eficientemente dentro de uma escola que promovesse instrução
baseada em pesquisa e tomada de decisão baseada em dados (por exemplo, uma escola que use um
modelo de RTI). Embora seja necessária pesquisa para avaliar especificamente a eficácia de HELPS-PB no
modelo de RTI funcional dentro de escolas, as informações a seguir descrevem como o HELPS-PB pode
ser usado dentro do sistema de três camadas descrito acima. Os professores devem observar que o
HELPS-PB pode ser integrado em cada camada porque as escolas têm níveis variados de recursos.
Conforme observado nas descrições a seguir, as escolas com níveis altos de recursos podem incluir o
HELPS-PB como parte de suas instruções de Camada 1. Escolas com níveis muito baixos de recursos (e
altas necessidades de escolares) podem ter recursos apenas para implementar o HELPS-PB na Camada 3.
Em média, a maioria das escolas provavelmente se beneficiaria do uso do HELPS-PB como parte de sua
instrução complementar da Camada 2.
Os instrutores devem observar que alguns modelos de RTI resumem amplamente as intervenções da
Camada 2 como intervenções em grupos pequenos de 3 a 5 escolares. No entanto a estrutura geral de
Programa HELPS-PB | 14
uma intervenção de Camada 2 é aquela que não requer a intensidade de intervenção e a necessidade de
recursos que são necessários na intervenção da Camada 3. Dessa forma, como o HELPS-PB exige apenas
10-12 minutos de instrução aproximadamente em dias alternados, isso é normalmente viável como
parte das opções de intervenção da Camada 2 de uma escola.
Programa HELPS-PB | 15
Tabela 3
Um Modelo de Três Camadas de RTI e como o HELPS-PB pode Ser Usado Dentro deste Modelo
Percentagem Como o HELPS-PB pode
Estratégia Geral de Estratégia Geral de Ideal de ser usado no Modelo de
Ensino da Leitura Avaliação da Leitura Escolares RTI
Apoiados1
Camada 1 Os escolares Os escolares são Se os recursos forem
recebem um avaliados pelo suficientes, o HELPS-PB
currículo de leitura menos três vezes por 85% pode ser implementado
básico baseado em ano com avaliações como um complemento
evidências na sala de referência de FLO ao currículo de leitura
de aula da (por exemplo: básico dos escolares do 2º
educação básica ADFLU) ao 5º ano
Camada 2 Os escolares Se os recursos forem pelo
recebem uma menos medianos, o
intervenção O progresso HELPS-PB pode ser
direcionada em sua acadêmico dos 10% implementado como uma
sala de aula da escolares deve ser intervenção direcionada
educação básica monitorado pelo em dias alternados
(por exemplo, uma menos mensalmente durante 10-12 minutos
breve intervenção por dia aproximadamente
individual, alguns
dias por semana)
Camada 3 Os escolares Se os recursos forem
recebem poucos ou insuficientes, o
intervenções mais O progresso 5% HELPS-PB pode ser
intensivas e acadêmico dos implementado como uma
especializadas, que escolares deve ser intervenção direcionada,
podem monitorado possivelmente em
eventualmente semanalmente combinação com outras
incluir serviços de intervenções direcionadas
educação especial
1
Com base na porcentagem atual de escolares nessa coluna e na quantidade de recursos de uma determinada
escola, o HELPS-PB pode ser usado em qualquer uma das três camadas do modelo.
Programa HELPS-PB | 16
resulta em uma quantidade de textos maior no monitoramento do progresso. A última vantagem pode
ajudar a abordar as preocupações de muitos pesquisadores sobre a variabilidade nos dados de
monitoramento do progresso da FLO (Ardoin, 2006; Ardoin e Christ, 2008; Christ & Silberglitt, 2007;
Poncy, Skinner, & Axtell, 2005). Atualmente, a pesquisa inicial apoia o uso do HELPS-PB como um meio
válido para obter dados de monitoramento do progresso da FLO (além de ser eficaz na melhoria das
habilidades de leitura dos escolares). Entretanto pesquisas adicionais são necessárias para entender
melhor como os procedimentos de instrução do HELPS-PB podem ser usados simultaneamente para fins
de avaliação.
Finalmente, o HELPS-PB tem implicações práticas importantes para o RTI porque, como parte do esforço
de tomar decisões baseadas em dados após os escolares receberem intervenções baseadas em
evidências, um modelo de RTI acaba fracassando se as intervenções baseadas em evidências não estão
sendo implementadas da maneira pretendida (ou seja, se elas forem implementadas com sua
integridade deficiente). Essa situação representa um obstáculo crítico na eficácia do RTI, pois os
principais agentes de decisões educacionais (por exemplo: professores, diretores, psicólogos escolares,
coordenadores) são frequentemente incapazes de monitorar até que ponto todos os procedimentos de
intervenção são implementados com fidelidade. Na ausência de observar a integridade da
implementação de um instrutor toda vez que a intervenção é realizada (o que geralmente é impossível),
o Programa HELPS-PB foi projetado para oferecer aos profissionais da educação vários meios pelos quais
eles podem ter mais certeza de que o programa foi implementado corretamente. Em primeiro lugar, se
os instrutores seguirem os procedimentos de treinamento descritos ao longo deste Manual, a pesquisa
HELPS-PB sugere que eles podem aplicar o programa com 100% de integridade (fidelidade) de
implementação em aproximadamente 95-100% do tempo. Além disso, os instrutores são
especificamente treinados a monitorar e registrar após cada sessão, de maneira sistemática, fácil e
rápida toda a informação que se fizer necessária a respeito dos passos da implementação. Como
resultado dos instrutores registrarem as informações e passos seguidos durante a implementação, isso
permite uma forma de evidência de que os procedimentos ocorreram conforme o pretendido. Por fim, é
dada a recomendação para que os instrutores observem periodicamente outros instrutores já
experientes enquanto implementam o HELPS-PB. Tudo isso vai enriquecer e aperfeiçoar o trabalho do
instrutor.
Programa HELPS-PB | 17
3
____________________________________________________
Implementação do Programa HELPS-PB (Parte 1)
Materiais e Treinamento
____________________________________________________
O capítulo seguinte inclui as informações preliminares e exercícios básicos de treinamento que
instrutores necessitarão para implementar efetivamente o Programa HELPS-PB. Em primeiro lugar, os
instrutores irão ler sobre os materiais necessários para a implementação do HELPS-PB. Porque as
Histórias do Programa são um conjunto abrangente e integral de materiais necessários para a
implementação do Programa HELPS-PB, os instrutores irão aprender características importantes sobre
as Histórias HELPS-PB. Em seguida, os instrutores irão seguir os passos de treinamento que acabarão por
guiá-los por meio das partes restantes deste Manual, e, assim, prepará-los para implementar com
sucesso o Programa HELPS-PB.
Lendo este capítulo e completando os vários exercícios práticos, os instrutores precisam regularmente
se referir aos materiais de implementação do HELPS-PB (por exemplo: as Histórias para os instrutores, o
Protocolo de Implementação HELPS-PB, o Fluxograma, o Guia para o Instrutor, etc.). Além disso, como
parte das etapas de treinamento descritas neste capítulo, os instrutores aprenderão quando eles devem
ler os capítulos seguintes neste manual. Como tal, para garantir a formação adequada no programa
HELPS-PB, os instrutores devem ler esse capítulo inteiramente e cuidadosamente.
Programa HELPS-PB | 18
8. Gráfico do Escolar1. O respectivo Gráfico do Escolar para o terceiro, quarto e quinto anos escolares,
pode ser visualizado nos Apêndices F-H (pp. 91-93).
9. Sacola de Bônus. O instrutor utilizará a sacola como parte do procedimento de recompensa, como
descrito nas pgs. 45-47.
10. Fluxograma de Implementação. O instrutor deve referir-se ao fluxograma a cada sessão para
facilitar a implementação do HELPS-PB (ver Apêndice I, p. 94). A cada sessão, os instrutores também
precisam rever o fluxograma para registrar se eles implementaram todos os procedimentos HELPS-PB
numerados no fluxograma.
11. Guia para o Instrutor. A cada sessão, os instrutores também precisam rever as orientações em
forma de roteiro para melhor facilitar a implementação do HELPS-PB (ver Apêndice J, p. 95). Porque o
Fluxograma e o Guia de Orientações são necessários a cada sessão, esses materiais são fornecidos em
um plástico protetor de páginas, para os instrutores colocarem na frente da sua coletânea de Histórias
para o instrutor. O Fluxograma e o Guia organizados no plástico devem ser sempre colocados sobre a
mesa na frente do instrutor durante cada sessão.
12. Caixa de Prêmios. Refere-se à caixa (ou bolsa) de prêmios, onde um escolar escolhe uma
recompensa depois de ganhar estrelas suficientes em seu Quadro de Estrelas. A Caixa de Prêmios
também é descrita nas pgs. 45-47.
1
Para fins de organização, cada escolar que recebe o Programa HELPS-PB deve ter sua própria pasta. Dentro da
pasta, os instrutores devem colocar o Gráfico do Escolar, a Ficha de Progresso, o Quadro de estrelas, e talvez as
páginas adicionais relevantes para o desempenho do escolar com HELPS-PB. Recomenda-se usar uma pasta
catálogo ou sanfonada. Os instrutores podem implementar HELPS-PB com vários escolares, portanto cada escolar
que recebe HELPS-PB deve ter sua própria pasta de armazenamento, o que deve ajudar os instrutores com a
organização e preparação.
1. São apropriados para a idade e interessantes para uma grande maioria de escolares do Ensino
Fundamental, incluindo pelo menos 50 textos que parecem mais apropriados à idade de escolares mais
velhos (ver pg. 11 para informações relacionadas).
2. Contêm uma gama de variedade em relação aos assuntos/temas.
3. Incluem níveis de legibilidade/dificuldade textual que são apropriados para os escolares que
provavelmente receberão o programa HELPS-PB (após estudo realizado por Martins, 2018).
4. Incluem textos expositivos e narrativos.
5. Incluem histórias completas (para textos narrativos) ou conjunto significativo de informações (com
textos expositivos) com não mais de 142-224 palavras por texto. Essa gama de número de palavras foi
definida para que os escolares possam ler uma história ou trecho significativo no curto período
necessário para a implementação do HELPS-PB.
Programa HELPS-PB | 19
6. Contêm histórias com narrativas na primeira e na terceira pessoa.
7. Contêm histórias com verbos no passado, presente e futuro.
8. Contêm tópicos com diversidade cultural.
9. Contêm uma "moral" em algumas histórias. Essa "moral" poderá, então, ser discutida com o escolar
após uma sessão HELPS-PB, ou como os instrutores considerarem apropriado.
10. Contêm uma proporção equilibrada de nomes e personagens masculinos e femininos.
11. Não contêm imagens, considerando que as imagens contêm sugestões para a leitura de palavras.
Para propósitos do desenvolvimento de fluência de leitura do escolar, as imagens enfraquecem a
oportunidade para esse tipo de desenvolvimento da leitura.
Cada uma das considerações acima é importante por uma variedade de razões, pois todas se relacionam
com o desenvolvimento dos textos instrucionais que ajudarão os instrutores a melhorar o
desenvolvimento da fluência de leitura dos escolares.
Os profissionais que não puderem participar de um Curso HELPS-PB poderão aprender com sucesso o
Protocolo de Implementação lendo cuidadosamente este Manual, assistindo aos Vídeos de Treinamento
do Programa HELPS-PB e completando todos os exercícios de treinamento associados ao Manual e aos
vídeos. Os profissionais NÃO serão susceptíveis de implementar o Programa HELPS-PB da forma mais
eficaz possível se eles não lerem todas as seções deste Manual e se não completarem todos os
exercícios de Treinamento do Manual e Vídeo. Para os instrutores implementarem eficazmente o
programa HELPS-PB, eles devem aplicar corretamente todos os procedimentos do Protocolo de
Implementação do Programa HELPS-PB (Apêndice A, pp. 82-83) e as Dicas e Lembretes do Programa
HELPS-PB (Apêndice K, pp. 96-97).
Listados abaixo estão os passos que um profissional deve concluir efetivamente para implementar o
Programa HELPS-PB.
4. Familiarize-se com o “Manual do Instrutor” para que você conheça os materiais inclusos no
HELPS-PB e leia o Capítulo 1 para entender o propósito e os objetivos do programa.
Tempo estimado para completar este passo: 10-20 minutos.
5. Complete os exercícios para pontuar as Leituras Cronometradas (veja em “Regras para pontuar
as Leituras Cronometradas” nas páginas 25-37 do “Manual do instrutor”) e depois verifique o
Apêndice L “Síntese das Regras para Pontuar as Leituras Cronometradas” para se familiarizar.
Tempo estimado para completar este passo: 10-20 minutos
7. Em seguida, assista ao vídeo intitulado “Como usar HELPS-PB quando o escolar atinge a sua
Meta de Leitura”. Ao ver o vídeo, acompanhe os procedimentos com seu “Fluxograma de
Implementação” (Apêndice I) e o “Guia para o Instrutor” (Apêndice J) de HELPS-PB para
familiarizar-se com o processo e a sequência dos passos.
Tempo estimado para completar este passo: 15-20 minutos.
8. Assista ao vídeo intitulado “Como usar HELPS-PB quando o escolar não atinge sua Meta de
Leitura”. Ao ver o vídeo, acompanhe os procedimentos com seu “Fluxograma de
Implementação” e o “Guia para o Instrutor” de HELPS-PB para familiarizar-se com o processo e a
sequência dos passos.
Tempo para completar este passo: 15-20 minutos
10. Leia o Apêndice K no final deste “Manual do Instrutor” muito cuidadosamente para entender as
“Dicas e Lembretes para a Implementação” que se devem utilizar ao implementar o programa.
Também assista ao vídeo “Como usar as dicas e lembretes” de HELPS-PB”.
Tempo estimado para completar este passo: 15-30 minutos
Programa HELPS-PB | 22
Instrutor” e as “Dicas e Lembretes” para saber quais passos você está implementando
corretamente ou incorretamente.
Tempo estimado para completar este passo: 60-90 minutos
12. Continue seguindo as instruções do Passo 11 até que você consiga implementar o programa
com 100% de exatidão de 2 a 3 vezes consecutivamente.
Tempo estimado para completar este passo: 30-40 minutos.
13. Agora você está pronto para começar a usar HELPS-PB com seus escolares! Para saber onde
cada escolar deve começar na coletânea de Histórias HELPS-PB, leia as páginas 51-52 e complete
os passos para determinar a localização de cada escolar com quem você usará o programa na
coletânea de Histórias. Também se certifique de que cada escolar tenha uma pasta com o
“Gráfico do Escolar”, a “Ficha do Progresso” e o “Quadro de Estrelas”.
14. Não se esqueça de que ao final de cada sessão você sempre deve repassar o “Fluxograma de
Implementação” para determinar se você passou por todos os passos corretamente. Depois
deve anotar essa informação na “Ficha do Progresso”.
Programa HELPS-PB | 23
4
____________________________________________________
Por exemplo, é importante que os escolares leiam cada história da Coletânea de Textos HELPS-PB pelo
menos 4 vezes, e que eles recebam feedback do instrutor sobre sua leitura. Os instrutores também vão
notar que o procedimento da LR do HELPS-PB é aliado a outras estratégias instrucionais (descritas em
detalhes mais adiante). Essa sequência de estratégias também é proposital. Por exemplo, intercalando
os Procedimentos de Modelação e Correção de Erros na Frase em todo o Protocolo de Implementação
HELPS-PB, os escolares devem se beneficiar ao máximo de cada um dos procedimentos de instrução
separadamente, incluindo o procedimento de LR.
As regras para implementar e pontuar as leituras cronometradas são, na maioria dos casos, idênticas às
regras de administração de medidas de Avaliação da FLO (medidas de Avaliação como do Procedimento
de Avaliação do Desempenho em Fluência de Leitura — ADFLU, de Martins e Capellini, 2018) com as
quais muitos educadores podem estar familiarizados.
Instrutores que usaram regularmente algum sistema de avaliação da FLO devem ser capazes de
aprender as regras de implementação da Leitura Cronometrada do Programa HELPS-PB (e, portanto, o
procedimento de LR) muito rapidamente. Isso ocorre porque as regras de implementação da Leitura
Cronometrada são altamente semelhantes - se não idênticas - aos procedimentos típicos de
administração da Avaliação da FLO. No entanto, mesmo os instrutores que estão altamente
familiarizados com a Avaliação da FLO ainda devem rever as seguintes regras de implementação, pois
elas podem diferir um pouco dos procedimentos de avaliação usados comumente.
Dada a grande similaridade entre o procedimento de Leitura Cronometrada do Programa HELPS-PB
(pretendido para fins de intervenção) e o procedimento ADFLU, por exemplo (destinado para fins de
avaliação), os instrutores devem ter claro que o Programa HELPS-PB é usado para fins de instrução. No
entanto, como descrito em outras seções do Manual, um componente exclusivo do HELPS-PB é que ele
integra um importante componente de avaliação dentro do programa de intervenção. Assim, usando
um procedimento interventivo de Leitura Cronometrada que seja consistente com o procedimento de
avaliação da FLO, as habilidades de leitura de um escolar podem ser fortalecidas e ao mesmo tempo
avaliadas.
Programa HELPS-PB | 25
Regras para Pontuar as Leituras Cronometradas
Visão Geral
Enquanto o escolar lê a história em voz alta, o instrutor deve marcar todas as PIPM em sua cópia para
instrutores. Como se constata em cada história da coletânea de Histórias HELPS-PB para instrutores, o
instrutor deve usar diferentes marcas para indicar as PIPM durante as três ou quatro leituras
cronometradas que o escolar completa durante cada sessão. Abaixo segue como se deve marcar as
PIPM durante as três/quatro diferentes leituras cronometradas:
Leitura 1: marque as PIPM com uma linha diagonal em cada palavra errada;
Leitura 2: marque as PIPM com sublinhado em cada palavra errada;
Leitura 3: marque as PIPM com um círculo ao redor de cada palavra errada.
Exatamente em um minuto, o instrutor deve colocar um colchete depois da última palavra lida (ex.: ] ).
O colchete representa o total de palavras lidas por minuto (TPM). Depois o instrutor subtrai todas as
PIPM de TPM para obter o número de PCPM. Por exemplo, se o escolar lê 88 TPM e 3 PIPM, a
pontuação de PCPM dessa leitura será 85 (88 - 3 = 85).
Os itens a seguir (divididos em Parte A-F) detalham como pontuar e calcular a informação que pertence
à leitura cronometrada (ex., TPM, PCPM, PIPM). A maioria das seções inclui exercícios práticos para
ajudar os instrutores a aprender as regras de pontuação. Todos os exercícios devem ser concluídos
antes que os instrutores façam os exercícios de treinamento encontrados nos vídeos de Treinamento do
HELPS-PB. As respostas aos exercícios práticos das Partes A-F estão na página 37.
*Nota: PCPM = palavras lidas corretamente por minuto. PIPM = palavras lidas incorretamente por
minuto. TPM = total de palavras lidas por minuto.
Exemplo 3:
“O Peru é um país andino”. PCPM = 6
Lido como:
“O Peru é um pais andino”. PCPM = ____ PIPM = ____
*Nota: A leitura correta de palavras deve respeitar os acentos ortográficos presentes (por exemplo:
sabia/sabiá, nos/nós, irá/ira, forro/forró, maio/maiô, fotógrafo/fotografo, tráfego/trafego).
Exemplo 2
“Glória se mudava para outro país muito longe”. PCPM = 8
Lido como:
“Glória se mudava para um país muito longe”. PCPM = ____ PIPM = ____
A-3. Palavras omitidas marcam-se como erros. (Nota: linhas ou várias palavras consecutivas omitidas
em uma linha estão detalhadas na Parte C).
Exemplo 1
“Mamãe disse que fiz muito bem”. PCPM = 6
Lido como:
“Mamãe disse fiz muito bem”. PCPM = ____ PIPM = ____
Exemplo 2
“Só quero dormir e só quero acordar para comer”. PCPM = 9
Lido como:
“Só quero dormir e acordar para comer”. PCPM = ____ PIPM = ____
A-4. Palavras lidas fora de ordem. Quando o escolar inverte (isto é, altera a ordem) as palavras em uma
história, marca-se como um só erro desde que tenha lido corretamente as palavras invertidas.
Exemplo 1
“Este verão papai nos levará de férias ao lago”. PCPM = 9
Lido como:
“Este verão papai nos levará ao lago de férias”. PCPM = ____ PIPM = ____
Exemplo 2
“Papai e mamãe acenderam uma fogueira e
começaram a cozinhar”. PCPM = 10
Lido como:
“Mamãe e papai acenderam uma fogueira e PCPM = ____ PIPM = ____
começaram a cozinhar”.
Programa HELPS-PB | 27
A-5. Adição ou omissão de desinências (ex. -inha, -ia, -s) marca-se como erro.
Exemplo 1
“Seu professor lhe deu muita tarefa” PCPM = 6
Lido como:
“Seu professor lhe deu muita tarefas”. PCPM = ____ PIPM = ____
Exemplo 2
“Vou à casa da minha avó cinco vezes ao ano”. PCPM = 10
Lido como:
“Vou à casa da minha avozinha cinco vezes ao ano”. PCPM = ____ PIPM = ____
Conselho. Em algumas ocasiões, o dialeto influencia a leitura do escolar. Se o dialeto parece que
influencia a introdução ou omissão de desinências, os instrutores devem continuar pontuando como
PIPM. Mas o instrutor deve dar feedback específico ao escolar sobre esse problema imediatamente
depois da Leitura Cronometrada. Para ter certeza que o escolar possa pronunciar as palavras com as
desinências corretas, o instrutor deve dizer ao escolar as palavras que ele leu com as desinências
erradas e deve fazer com que o escolar repita essas palavras. Se o escolar não pode repetir
corretamente as palavras, é possível que tenha uma dificuldade com a fala e não com a leitura.
A-6. Hesitações. Se o escolar demonstra dificuldade com uma palavra por mais de três segundos
(mesmo que tente emitir a palavra), o instrutor deve dizer a palavra imediatamente depois de três
segundos e marcar a palavra como PIPM. Nos seguintes exemplos, “...(3 seg.)” significa que o escolar
tentou ler por três segundos e depois o instrutor lhe disse a palavra.
Exemplo 1
“Ontem nossa família foi à praia para acampar”. PCPM = 8
Lido como:
“Ontem nossa família foi à praia para …(3 seg.)”. PCPM = ____ PIPM = ____
Exemplo 2
“Ontem nossa família foi à praia para acampar”. PCPM = 8
Lido como:
“Ontem nossa família foi à praia para com-com-camm…(3 seg.)”.
PCPM = ____ PIPM = ____
Exemplo 3
“Mamãe e Leonardo organizaram a comida e fizeram sanduíches”.
PCPM = 9
Lido como:
“Mamãe e Leonardo ooo-ge…(3seg.) a comida e fizeram …(3 seg.)”.
PCPM = ____ PIPM = ____
Conselho. É muito comum que o instrutor espere por muito tempo para dizer a palavra ao escolar (Ex.: 4
ou mais segundos), ou diga muito rápido a palavra ao escolar (exemplo: em 1 ou 2 segundos). Oferecer a
palavra exatamente depois de 3 segundos pode ser difícil, mas esperar muito tempo ou dizer a palavra
muito rápido pode comprometer a pontuação. Quando o escolar tem dificuldade com uma palavra, é
Programa HELPS-PB | 28
melhor que o instrutor não olhe o cronômetro porque fica mais difícil para pontuar a Leitura
Cronometrada. É melhor usar a estratégia de 3 segundos como a descrita a seguir.
Estratégia para a regra de 3 segundos. Para aprender a contar três segundos com bastante precisão,
primeiro o instrutor deve olhar um cronômetro por um minuto inteiro, contando a si mesmo com o
cronômetro em intervalos de 3 segundos (ex.: o instrutor pode contar a si mesmo dizendo, “mil e um,
mil e dois, mil e três”, e repetir enquanto continua a ver o cronômetro). Depois o instrutor deve
começar o cronômetro desde o zero e sem olhar, contar a si mesmo em intervalos de 3 segundos.
Quando contar 3 segundos (mentalmente) deve pausar o cronômetro e verificar se deram 3 segundos
realmente. Quando o instrutor conseguir contar 3 segundos com precisão, 5 a 10 vezes seguidas, é
provável que possa contar mentalmente os 3 segundos. Ao implementar uma Leitura Cronometrada em
uma sessão de HELPS-PB, o instrutor deve começar imediatamente a contar (em sua mente) os 3
segundos quando o escolar começar a se desafiar com uma palavra. Ao chegar aos 3 segundos, o
instrutor deve dizer imediatamente a palavra ao escolar.
B-2. Palavras autocorrigidas. Uma palavra inicialmente mal pronunciada e logo corrigida pelo próprio
escolar dentro de 3 segundos não conta como PIPM.
Exemplo 1
“Eu vou misturar com água”. PCPM = 5
Lido como:
“Eu vou mi-mis-... (2 segundos) ...misturar com água”. PCPM = ____ PIPM = ____
B-3. Palavras repetidas. Uma palavra lida várias vezes não conta como PIPM.
Exemplo 1
“Também havia um pastel na mesa”. PCPM = 6
Lido como:
“Também havia um ... havia um pastel na mesa”. PCPM = ____ PIPM = ____
B-4. Palavras pronunciadas diferentemente por causa do dialeto. A pronúncia de uma palavra aceita
por normas de linguagem locais não contam como PIPM.
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Exemplo 1
“Disseram que os [biskˈoytʊs] estavam deliciosos”. PCPM = 6
Lido como:
“Disseram que os [biʃkˈoytʊʃ] estavam deliciosos”. PCPM = ____ PIPM = ____
B-5. Palavras inseridas. Se o escolar “ler” uma palavra que não está no texto, não conta como PIPM.
Exemplo 1
“Estarei logo em casa”. PCPM = 4
Lido como:
“Estarei logo mais em casa”. PCPM = ____ PIPM = ____
B-6. Nomes próprios estrangeiros. Nomes próprios não precisam respeitar a pronúncia correta da
língua do seu país de origem. Visto que as histórias contêm temas sobre diversidade cultural, nomes
próprios estrangeiros foram utilizados e aparecem nesses textos.
Exemplo 1
“Ela se chama Tahira e é do Paquistão”. PCPM = 8
Lido como:
“Ela se chama Taquira e é do Paquistão”. PCPM = ____ PIPM = ____
C-1. Linhas ou várias palavras omitidas não contam como erros, mas deve-se subtrair do total de
palavras lidas por minuto (TPM) porque linhas ou várias palavras consecutivas omitidas dentro de uma
linha não devem contar como PCPM. Use a regra acima se o escolar pula 4 ou mais palavras dentro de
uma linha. Se o escolar pula 1, 2 ou 3 palavras consecutivas, conte cada palavra omitida como PIPM.
Exemplo 1
“Ela gosta de brincar na lama, subir em PCPM = 12
árvores e construir coisas”.
Lido como:
“Ela gosta e construir coisas”. PCPM = ____ PIPM = ____
Exemplo 2
“Em alguns países, os pais têm que pagar muito
dinheiro para que seus filhos possam ir à escola. PCPM = 30
Em outros, as crianças e adolescentes podem ir à
escola de graça.”
Lido como:
“Em alguns países, os pais têm que pagar muito
dinheiro e adolescentes podem ir à escola de graça”. PCPM = ____ PIPM = ____
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Exemplo 3
“Prepare-se para a sobremesa porque também
fiz uma torta de maçã, disse avozinha”. PCPM = 13
Lido como:
“Prepare-se porque também fiz uma torta PCPM = ____ PIPM = ____
de maçã, disse avozinha”.
Conselho. Quando um escolar pula uma linha ou várias palavras consecutivas, a recomendação normal é
que o instrutor não interrompa a leitura do escolar. Se um escolar pular uma linha inteira durante a
leitura, os instrutores devem redirecionar o escolar para ler a linha ignorada somente se for capaz de
fazê-lo imediatamente (dentro de 1 segundo). Levar mais de um segundo penaliza o escolar porque ele
tem menos tempo para ler o texto durante a Leitura Cronometrada. Imediatamente redirecionar um
escolar para ler uma linha omitida é difícil, porque geralmente leva pelo menos 3-4 segundos. Além
disso, os instrutores não devem tentar parar o cronômetro quando um escolar pular uma linha.
Normalmente, isso cria muita interrupção na Leitura Cronometrada e, em última análise, resulta em
uma avaliação imprecisa das PCPM e das PIPM do escolar durante a leitura. É melhor marcar as palavras
omitidas ou linhas omitidas (circulando) e depois continuar pontuando PCPM e PIPM enquanto o escolar
lê em voz alta. Se o escolar segue pulando linhas, o instrutor deve informar ao escolar. Também o
instrutor pode sugerir ao escolar que use o dedo enquanto lê para evitar que omita as palavras ou
linhas.
C-2. Numerais representados por algarismos. Contam como palavras e se devem ler corretamente dado
o contexto da história.
Exemplo 1
“Os dinossauros maiores mediam quase 17 PCPM = 9
metros de altura”.
Se deve ler como:
“Os dinossauros maiores mediam quase dezessete PCPM = 9
metros de altura”.
Não se deve ler como:
“Os dinossauros maiores mediam quase um-sete PCPM = ____ PIPM = ____
metros de altura”.
Exemplo 2
31 de julho de 1965 PCPM = 5
Se deve ser como:
*“trinta e um de julho de mil novecentos e sessenta e cinco”. PCPM = 5
Não se deve ler como:
*“trinta e um de julho de um-nove-seis-cinco”. PCPM = ____ PIPM = ____
*Nota: Mesmo que estas linhas pareçam ter 10 ou 11 palavras, devem-se contar como 5 palavras
porque cada numeral se conta como uma palavra. (Ex.: 31 = trinta e um; são como 3 palavras, mas
contam-se como uma palavra).
C-3. Palavras com hífen que podem existir independentemente. Cada morfema separado por um hífen
conta como uma palavra individual se as duas partes existem independentemente ao remover o hífen.
Programa HELPS-PB | 31
Exemplo 1
recém-nascido PCPM = ____
Exemplo 2
vaga-lume PCPM = ____
C-4. Palavras com hífen que não podem existir independentemente. Se um ou mais morfemas são
separados por um hífen, mas o morfema não pode ficar sozinho como uma palavra individual, a palavra
hifenizada deve ser contada como uma palavra.
Exemplo 1
aquecê-lo PCPM = ____
Exemplo 2
Grã-Bretanha PCPM = ____
C-5. Abreviações contam como palavras e se devem ler corretamente conforme o contexto da história.
Exemplo 1
“Minha professora favorita é a Sra. Marisa”. PCPM = 7
Se deve ler como:
“Minha professora favorita é a senhora Marisa”. PCPM = 7
Não se deve ler como:
“Minha professora favorita é a sara Marisa”. PCPM = ____ PIPM = ____
C-6. Palavras estrangeiras e empréstimos que constam no dicionário da língua portuguesa e foram
incorporados à cultura devem ser lidos corretamente.
Exemplo 1
“Vai a uma pizzaria nova” PCPM = 5
Se deve ler como:
“Vai a uma [pitsaˈɾia] nova” PCPM = 5 PIPM = 0
Não se deve ler como:
“Vai a uma [pisaˈɾia] nova” PCPM = PIPM =
Exemplo 2
“Vou pedir meu milk-shake favorito”. PCPM = 6
Se deve ler como:
“Vou pedir meu [ˈmɪlk ʃeɪk] favorito”. PCPM = 6 PIPM = 0
Não se deve ler como:
“Vou pedir meu [ˈmɪl ʃak] favorito”. PCPM = PIPM =
Observação: Outras palavras estrangeiras foram mantidas no idioma original mesmo não sendo
incorporadas ao português do Brasil, mas por serem palavras que descrevem objetos e comportamentos
estrangeiros, tema das histórias sobre diversidade cultural. São palavras como: plátano, banano,
cambur, guineo, avocato, oonch neech. Para sinalizar a distinção de palavras ou expressões estrangeiras
que não constam nos dicionários da língua portuguesa, elas foram grafadas em itálico, destacando-se
assim como estranhas à língua brasileira. Se os escolares não realizarem a leitura correta dessas
palavras, não se deve considerar erro.
Programa HELPS-PB | 32
• Nota: Pode-se consultar a Síntese das Regras para Pontuar as Leituras Cronometradas no
Apêndice L.
Exemplo 1
Helen Keller
Helen Keller (1880-1968) nasceu em um povoado pequeno em Alabama, nos Estados Unidos. 14
Quando Helen tinha um ano e meio, ficou doente. Quando sarou, ela não podia escutar] nem 30
ver. Sua infância foi muito difícil, tanto para ela quanto para sua família. 43
Exemplo 2
Acordar em um lugar distante
Hoje Renato acordou ao som suave dos garfos e colheres batendo na pia da cozinha. Ele 16
descansava confortavelmente em sua cama enquanto escutava sons diferentes que o lembraram 28
de que estava fora de casa. Percebeu o som relaxante e apenas perceptível de água enchendo 44
um balde. À distância, ouvia o zumbido de motos pequenas:] primeiro silenciosamente, depois 57
mais forte e logo outra vez suave. 64
Programa HELPS-PB | 33
Instruções para completar os exercícios práticos da Parte E.
1. O instrutor pede ao Leitor Modelo para ler as instruções na página seguinte.
2. O instrutor seleciona o Texto 3 das Histórias para Instrutores, “Três tipos de chocolate”, para fins de
pontuação da Leitura Cronometrada.
3. O instrutor usa os procedimentos de implementação e as instruções do Guia encontradas na p. 24
para começar a Leitura Cronometrada.
4. O Leitor Modelo lê o trecho do exemplo em voz alta e intencionalmente lê os erros mostrados no
texto (o instrutor registra os erros na História para instrutores durante este período).
5. O Leitor Modelo para quando indicado no trecho do exemplo e indica o ponto de parada especificado
para que o instrutor possa colocar um colchete conforme instruções.
6. O instrutor calcula TPM, PIPM e PCPM para a prática da leitura.
7. O Leitor Modelo informa ao instrutor cada erro de leitura que foi cometido durante a Leitura
Cronometrada, enquanto verificam a precisão da pontuação para cada erro de leitura.
8. O instrutor analisa a precisão geral da pontuação e revisa as regras de pontuação da Leitura
Cronometrada conforme necessário.
9. O instrutor seleciona o Texto 90 das Histórias para Instrutores, “A história da eletricidade”, para fins
de pontuação do segundo exercício prático de Leitura Cronometrada. O instrutor então completa os
passos 3-8 acima.
Adultos lendo o trecho irão propositalmente ler os erros listados nos Textos. É tarefa do instrutor
identificar os erros como eles mesmos fariam ao implementar uma Leitura Cronometrada com um
escolar. Os erros cometidos na leitura representarão todos os tipos de regras de pontuação explicadas
nesta seção.
Os trechos de textos abaixo têm conteúdo que difere um pouco da versão das Histórias para Instrutores.
Essa diferença de conteúdo é para que o leitor modelo propositalmente cometa os “erros de leitura”. O
instrutor pedirá que leia os trechos em voz alta, não sabendo quando haverá erros na leitura. Na cópia
do Texto dele não há erros inseridos. Assim, é tarefa do instrutor identificar os erros e pontuá-los com
precisão, como parte dos procedimentos de pontuação da Leitura Cronometrada.
Cada parte da história que difere da história do instrutor é anotada com um número pequeno ou X logo
acima do erro (essas notas serão chamadas de sobrescritos). O leitor modelo não deverá ler os
sobrescritos; eles são inseridos apenas para ajudá-lo a analisar a precisão da pontuação do instrutor
depois que ele tiver pontuado sua leitura. Além disso, não deve fazer uma pausa ou sinalizar ao instrutor
que está prestes a cometer um erro de leitura. É necessário ler os trechos dos textos como crianças do
Ensino Fundamental. Não ler nem com “velocidade”, nem tão devagar, o que produziria assim pausas
entre as palavras. Deve-se levar de 1 a 2 minutos para ler cada história.
Leia atentamente as seguintes regras para que você leia os trechos das histórias exatamente como
pretendido:
Programa HELPS-PB | 34
1. As palavras em negrito não devem ser lidas em voz alta. Em vez disso, palavras em negrito instruirão a
fazer algo. Você verá o seguinte:
a) [pulou] - Se o texto diz: "o açúcar é [pulou] para o corpo", você deve ler, "o açúcar é para
o corpo".
b) [hesitação] - Se o texto diz, "O outro tipo é cor de [hesitação] creme" você deve ler, "O
outro tipo é cor de que-qué-cre..." Quando você hesita, o instrutor deve dizer-lhe a palavra
correta após exatamente 3 segundos e, em seguida, marcar isso como um erro em seu
texto. Se o instrutor não fornecer a palavra para você após 4-5 segundos, continue lendo.
c) [autocorreção] - Se o texto diz, "Alguns cientistas dizem que o cacau [autocorreção] é
bom para o coração”, você deve ler algo como, "Alguns cientistas dizem que o cauco (pausa
de 1 segundo) cacau é bom para o coração”.
d) [PARE!] - Quando você vir isso, pare de ler em voz alta e diga ao instrutor para marcar o
colchete na última palavra que você leu em voz alta no primeiro minuto.
2. Palavras que são escritas como "quatato" (contato) devem ser lidas da forma como estão escritas.
Essas palavras são propositadamente incluídas na história para representar palavras mal pronunciadas.
3. Depois de parar a leitura em voz alta do Texto 1, diga ao instrutor para calcular o TPM, o PIPM e o
PCPM. O instrutor deve informar esses números e você deve indicar se ele foi preciso na avaliação de
cada um.
4. Em seguida, o instrutor deve indicar o primeiro erro que ele marcou. O primeiro erro no trecho será
anotado com o sobrescrito “1”. Continue fazendo com que o instrutor indique todos os erros marcados,
cada um dos quais deve corresponder aos sobrescritos numerados. Sobrescritos com a letra “X” não
devem ser marcados como erros. O sobrescrito “X” simplesmente denota uma “falha” de leitura, mas
que não deve ser classificada como um erro. Ao longo deste processo, o instrutor não deve olhar para o
Texto 1 ou o Texto 2. Depois de concluir todas as etapas acima para os Textos 1 e 2, o instrutor pode
examinar os trechos.
5. Antes de ler cada trecho em voz alta para o instrutor, leia silenciosamente para si mesmo para saber
quando e onde os erros de leitura ocorrerão.
A história da eletricidade
1
Em [hesitação] 1752 Benjamin Franklin faz voar uma pipa durante uma tempestade com o
objetivo de demonstrar que as nuvens estão carregadas de eletricidade. Segundo a lenda, amarrou uma
chegue2 metálica em uma linha [hesitação]3 atada a uma pipa para que o relâmpago fizesse quatato4
com a chave. Conseguiu demonstrar que a chave se carregava de eletricidade e, portanto, os raios eram
grandesx descargas elétricas. Esse tipo de experiência é muito perigoso, mas por sorte nada aconteceu
ao S R5 Franklin.
Em 1879, outro homem encontra uma maneira de usar a eletricidade para fazer uma lâmpada
incandescente. Seu nome era Thomas Edison. Por muitos meses, o Sr. Edison tentava aperfeiçoar o foco
até que, por fim, fez um que funcionou muito bemx. Depois Edison criou a indústria elétrica. Até 1889,
várias cidades nos Estados Unidos já tinham pequenas estações elétricas, embora muitas casas
seguissem sem luz.
Depois de uns 40 anos, em 1930, havia eletricidade na maioria das cidades, mas custava muito
dinheiro e poucas pessoas fora delas6 tinham. Roosevelt, o presidente americano, pensava que todo
cidadão quex deveria ter eletricidade e, por isso, estabelece programa7 para proporcionar [PARE!]
eletricidade a toda a população pobre.
1
Hesitação com “1752” (avaliador deve fornecer a palavra em 3 segundos e marcar como 1 PIPM)
2
Palavra mal pronunciada (pontuar como 1 PIPM)
3
Hesitação com “atada” (avaliador deve fornecer a palavra em 3 segundos e marcar como 1 PIPM)
4
Palavra mal pronunciada (pontuar como 1 PIPM)
X
Palavra inserida, “grandes” (não pontuar como PIPM)
5
Abreviatura não foi lida como “senhor” (pontuar como 1 PIPM)
X
Linha omitida (não pontuar como PIPM, mas reduzir 4 palavras do TPM)
6
Palavra omitida, “a” (pontuar como 1 PIPM)
X
Palavras inseridas, “que” (não pontuar como PIPM)
7
Omissão no final da palavra -s (pontuar como 1 PIPM)
Programa HELPS-PB | 36
problemas de um evento um tanto desafiador, e (b) "advertir" os instrutores sobre erros de
implementação que são comuns quando instrutores inicialmente aprendem o Procedimento de Leitura
Cronometrada.
Embora haja relativamente menos pesquisas que comprovem a eficácia da CE em comparação com LR
ou Modelação, um número crescente de estudos sugere que a CE pode ser um componente útil no
ensino da leitura que tem como alvo a fluência e a precisão. Por exemplo, CE demostrou ser superior a
outros procedimentos de correção de erros que proporcionam menos oportunidades para a prática
(O'Shea et al., 1984) e, em alguns casos, os efeitos da CE podem ser semelhantes aos da LR (Begeny et
al., 2006). O mais importante, no entanto, é que a investigação tem demonstrado que o uso de um
Programa HELPS-PB | 40
procedimento de correções de erros, particularmente CE na frase, é um procedimento que se integra a
estratégias que visam ao desenvolvimento da fluência dos escolares em leitura, como a LR e
procedimentos de Modelação (Begeny, Yeager, & Martínez, 2012; Daly, Martens, Dool, & Hintze, 1998;
Therrien, 2004). Por essas razões, o programa HELPS-PB incorpora o processo de CE na frase como uma
estratégia principal para ajudar os escolares a corrigir os erros que eles cometem quando leem os textos
do programa HELPS-PB.
1. Diga ao escolar: “Agora vamos praticar algumas das palavras que você não leu corretamente”.
2. Aponte a primeira palavra lida incorretamente, leia a palavra, e depois diga-lhe: “Leia depois de
mim, <ler de 2 a 8 palavras da frase que contenha a palavra errada>”. Após a frase lida, diga: “Outra
vez, por favor”, até que o escolar tenha lido a frase três vezes. Tenha certeza de que o escolar
acompanha as palavras enquanto lê. É válido ressaltar que os instrutores devem ficar atentos aos
escolares que podem memorizar a frase e somente repetir ao invés de realizar a leitura, pois dessa
forma não cumpririam o objetivo do exercício da leitura.
3. Repita o processo indicado para todos os erros na história (até 5 erros ou até que o tempo permita).
a. Se o escolar comete um erro ou poucos erros, pratique de uma a três frases que o escolar leu
com menos fluência. Use o processo indicado, mas diga: “Agora vamos praticar algumas
palavras que você leu corretamente, mas que são um pouco difíceis e devemos praticar
mais”.
4. Elogie o escolar depois de duas ou três frases treinadas.
Dicas e Lembretes para implementação do Procedimento de Correção de Erros na Frase podem ser
encontrados no Apêndice K, pp. 96-97.
Programa HELPS-PB | 41
“(Nome do escolar), hoje você irá ler comigo. Durante a sua leitura, quero que leia o melhor possível.
Isso quer dizer que quero que leia o mais rápido possível sem errar e tente ler com boa expressão
(como eu faço quando eu leio para você). Também quero que você memorize o que acontece na
história e tente lembrar as palavras difíceis que nós praticamos”.
Conforme observado em “Guia Resumido para o Instrutor” do programa HELPS-PB (Apêndice M), os
instrutores podem eventualmente modificar um pouco a instrução acima.
1. Remova o texto do escolar de forma a garantir que ele não possa revisar a história durante a
Verificação do Reconto.
2. Diga ao escolar: “Agora quero que me diga tudo que lembra sobre a história que acabou de ler.
Tente me contar o que aconteceu na ordem correta”.
3. Inicie o cronômetro e pare a atividade do reconto em um intervalo de tempo entre 30 e 45
segundos. Use pistas ou faça perguntas se for necessário.
4. Caso o escolar apresente dificuldades para lembrar partes da história durante o reconto, mesmo
com as pistas dadas, anote na Ficha do Progresso dele e use essa informação quando for determinar
se ele atingiu sua Meta de Leitura.
Assim, os níveis de metas foram desenvolvidos para que: (a) os escolares atingissem regularmente suas
metas de leitura quando iniciados na Coleção de textos do Programa HELPS-PB de acordo com a
Avaliação da Localização no Programa HELPS-PB (descrita na pg. 51) e (b) alcançando regularmente a
meta, os escolares possam construir níveis de fluência de leitura iguais ou superiores ao nível de ensino.
Mais especificamente, em cada ano escolar, todos os níveis de Metas sugeridos incluem critérios de
PCPM que variam entre o percentil 50 e 75 dos escores de referência pesquisados em um estudo para o
presente programa (Martins, 2018). Todos os níveis de Metas recomendados estão um pouco acima dos
intervalos de “Baixo Risco” relatados para cada ano escolar nas normas de Referência de meta do
DIBELS e nos Indicadores de Risco (Good & Kaminski, 2002). De acordo com Hasbrouck e Tindal (2006),
os escolares que leem em níveis de “mais de 10 PCPM acima do percentil 50 [provavelmente] estão
Programa HELPS-PB | 43
fazendo progresso adequado na leitura (a menos que haja outros indicadores que causem
preocupação)” (p. 642). Assim, as Metas do Programa HELPS-PB exigem que os escolares pratiquem
cada trecho do texto até que leiam em um nível de PCPM compatível com os escolares que fazem
progresso adequado na leitura.
Tabela 4
Metas de Leitura recomendadas de acordo com o nível de escolarização
PCPM da História A PIPM da História A Reconto da História A
Terceiro Ano 86 ou mais 3 ou menos Reconta a história adequadamente*
Quarto Ano 104 ou mais 3 ou menos Reconta a história adequadamente*
Quinto Ano 117 ou mais 3 ou menos Reconta a história adequadamente*
* Considera-se “adequadamente”, quando, por exemplo, o escolar reconta partes da história por no
mínimo 30 segundos ou de outra maneira menciona corretamente nomes de personagens e eventos
Programa HELPS-PB | 44
importantes na história. Sugere-se que o escolar reconte a história na ordem correta dos eventos
principais, mas isso não é necessário para passar no critério da "Verificação do Reconto”.
Determinar a meta de um escolar com a Tabela 4 será apropriado para a grande maioria dos escolares.
No entanto, em algumas ocasiões, os instrutores podem precisar modificar a meta de um escolar. Para
determinar quando e como modificar a meta de leitura, recomendações específicas são fornecidas na
seção “O que fazer quando um escolar não atinge a meta de leitura” (pgs. 53 a 61).
Programa HELPS-PB | 46
1978). Isso é verdade para uma ampla gama de habilidades: leitura, ingestão de alimentos saudáveis,
prática de exercícios físicos e milhares de outras.
Embora a importância e os benefícios do uso de programas de recompensa sejam bem endossados pela
maioria dos educadores, alguns deles podem ter conhecido alguns resultados negativos associados com
o uso de programas de recompensa com as crianças (por exemplo, comportamento competitivo entre
os escolares, parecendo mais interessados em recompensas do que na aprendizagem). Somente em
situações muito específicas pode o uso de recompensas realmente diminuir a motivação do escolar
(Alberto & Troutman, 2009; Cameron et al., 2001), e não há nenhuma evidência conhecida sugerindo
que os programas de recompensa bem construídos prejudiquem os escolares que precisam melhorar
suas habilidades de leitura ou que as recompensas irão diminuir o valor intrínseco da leitura no presente
ou no futuro. Infelizmente, a controvérsia ocasional de utilizar recompensas é frequentemente
alimentada por indivíduos (por exemplo, Kohn, 1999) que desconhecem que um programa de
recompensa eficaz geralmente integra dezenas de princípios inspiradores de aprendizagem. Às vezes, os
instrutores podem desenvolver programas de recompensa de grande sucesso, sem terem aprendido
especificamente os muitos princípios necessários para desenvolver um programa de recompensa eficaz;
mas em muitos programas de recompensa faltam esses componentes significativos — e tais programas
geralmente não conseguem êxitos.
No geral, os programas de recompensa mal concebidos e procedimentos de implementação ineficientes
provavelmente serão ineficazes em aumentar o comportamento desejado e podem, em alguns casos,
diminuir o valor intrínseco da tarefa. No entanto programas de recompensa bem construídos são
geralmente muito eficazes e não produzem implicações negativas para a motivação intrínseca (Albert &
Troutman, 2009; Cameron et al., 2001). Quando usado como descrito a seguir, o Procedimento de
Recompensa HELPS-PB deve maximizar esforços do escolar, sem causar consequências negativas para os
escolares ou para os instrutores.
Programa HELPS-PB | 47
3. Elogios devem ser feitos ao longo de cada sessão HELPS-PB, inclusive enquanto os instrutores
entregam as estrelas no Quadro de Estrelas do escolar. Portanto é importante que os instrutores
utilizem elogios positivos, específicos, honestos, e variados, de modo que continuem a ter grande
significado para o escolar. Obviamente, existem centenas de maneiras como um instrutor pode criar
suas sentenças de elogio, mas de vez em quando alguns podem cair no hábito de usar os mesmos tipos
de frases. Para ajudar os instrutores que podem ter diferentes graus de dificuldade em suas declarações,
o Apêndice N lista alguns exemplos de sentenças de elogio.
4. Se o Procedimento de Recompensa HELPS-PB não parece aumentar a motivação dos escolares,
considere o seguinte:
a. Verifique se o escolar tem opções de prêmios que são atraentes. Peça ao escolar para
confirmar seu interesse nas possíveis recompensas. Às vezes os educadores até mesmo usam
"listas de desejos" ou "listas de verificação de preferências" para determinar o que um escolar
gostaria de ganhar.
b. Ao longo de vários meses, os escolares podem tornar-se desinteressados nas opções possíveis
de recompensa se elas nunca mudam. Os instrutores devem garantir que o escolar esteja
sempre interessado em ganhar as possíveis recompensas.
c. É importante o instrutor permitir que cada escolar selecione uma recompensa
imediatamente após ganhar uma estrela na última coluna do Quadro de Estrelas. Isso significa
que o instrutor deve manter a Recompensa/Caixa de Prêmios (ou bolsa) perto do local da
implementação.
Sob circunstâncias raras, quando as sugestões acima não resultarem em um programa de recompensa
eficaz, os instrutores podem consultar recursos de Como usar um Sistema de Pontuação (Ayllon, 1999).
Dicas e Lembretes para implementação do Procedimento Motivacional (Recompensa) podem ser
encontrados no Apêndice K.
Gráfico do Escolar
As regras padronizadas para anotar o desempenho do escolar no gráfico são apresentadas. No final
desta seção, exemplos de PCPM e PIPM são fornecidos, e o Apêndice O (pg. 102) ilustra como esses
dados são representados corretamente no gráfico.
1. O instrutor deve representar graficamente o primeiro e último tempo de leitura do escolar de cada
texto praticado em uma sessão. Anotará a pontuação de PCPM (com um ponto) e a pontuação de PIPM
(com um X).
2. Quando um escolar atinge sua meta (como mostrado no Protocolo de Implementação HELPS-PB), o
instrutor deve representar graficamente: (1) a leitura da História A, (2) a primeira leitura da História B, e
(3) a terceira leitura da História B. Quando um escolar não atinge sua meta, o instrutor deve representar
graficamente: (1) a primeira leitura da História A e (2) a terceira leitura da História A.
3. Conforme descrito no Protocolo de Implementação HELPS-PB, quando um escolar atinge sua meta, a
pontuação deve ser representada graficamente antes que o escolar leia em voz alta a História B (Passo
4a). Em seguida, a História B é representada graficamente no fim da sessão (Passo 10-A). Quando um
escolar não atinge sua meta, toda marcação ocorre no final da sessão (Passo 9b).
4. Cada pontuação PCPM que reflete a primeira leitura do escolar deve ser circulada no gráfico. O
número da Leitura Cronometrada (escrita logo abaixo do eixo horizontal do gráfico) associado com a
primeira leitura do texto também deve ser circulado.
Programa HELPS-PB | 48
5. O instrutor deve conectar os pontos de PCPM (e os Xs de PIPM) apenas para as pontuações do mesmo
texto.
6. Para o primeira Leitura Cronometrada do escolar da sessão do dia, o instrutor deve escrever a data
imediatamente abaixo do respectivo número da Leitura Cronometrada, escrita ao longo do eixo
horizontal.
7. Os instrutores devem notar que a escala de palavras por minuto (ao longo do eixo vertical) não segue
um padrão, com intervalos gráficos iguais. Os gráficos do Programa HELPS-PB foram especialmente
desenvolvidos.
8. O layout da página do Gráfico do Escolar permite aos instrutores representarem graficamente 10-15
sessões com um escolar. Provavelmente o escolar irá receber mais que 15 sessões de HELPS-PB, assim
os instrutores devem simplesmente continuar anotando em um novo Gráfico. Para economizar papel, os
instrutores podem querer anotar nos dois lados de cada Gráfico do Escolar antes de iniciar uma nova
folha. Os Gráficos totalmente preenchidos devem ser mantidos na pasta do escolar.
9. As regras e informações adicionais sobre como anotar o desempenho do escolar devem ser lidas nas
pgs. 44-45.
Tabela 5
Amostra de dados para exercícios de treino (Parte A)
Leitura 1 Leitura 2 Leitura 3 Passos
Sessão Dia-Data Texto
PCPM PIPM PCPM PIPM PCPM PIPM Esquecidos
1 Qua.-16/9 1 *54 5 62 4 79 4 0
2 Sex.-18/9 1 75 3 80 1 83 0 0
3 Seg.-21/9 1 86 1 NA NA NA NA Veja Abaixo #
3 Seg.-21/9 2 65 5 76 3 80 3 0
4 Qua.-23/9 2 85 4 90 2 92 0 1
5 Sex.-25/9 2 87 2 NA NA NA NA Veja Abaixo #
5 Sex.-25/9 3 70 6 71 4 72 3 0
6 Seg.-28/9 3 75 2 80 3 88 2 0
7 Qua.-30/9 3 84 2 88 2 91 0 0
8 Sex.-2/10 3 90 1 NA NA NA NA Veja Abaixo #
8 Sex.-2/10 4 73 4 77 4 85 2 0
Programa HELPS-PB | 49
Quadro de estrelas
O Quadro de Estrelas é composto de 165 quadrados (15 quadrados por fileira, com 11 linhas). Esse
número de quadrados permite que o Programa HELPS-PB seja implementado em um ano letivo inteiro,
usando-se apenas um quadro de estrelas. As informações a seguir descrevem: (a) as regras básicas para
o uso do Quadro de Estrelas e (b) os procedimentos para desenvolver e utilizar a Bolsa Bônus e a Caixa
de Prêmios. As regras adicionais e informações relacionadas com o Quadro de Estrelas devem ser lidas
nas pgs. 46-47.
Regras Básicas
1. Conforme descrito no Protocolo de Implementação HELPS-PB, o escolar tem a oportunidade de
ganhar até duas estrelas no Quadro pelo desempenho na leitura. Estrelas são registradas no Quadro
do Escolar no final da sessão, pouco antes de o instrutor registrar informações na Ficha do Progresso
(ou seja, Passo 11a se o escolar atingiu sua meta; Passo 10b se o escolar não atingiu a sua meta).
2. Quando o escolar ganha uma estrela no último quadrado de cada linha (um total de 15 estrelas), ele
escolhe um prêmio da Caixa de Prêmios (descrito abaixo).
3. Quando o escolar ganha uma estrela em um quadradinho sombreado, ele seleciona uma ficha da
Sacola de Bônus (descrito abaixo). O número de estrelas escritas na ficha selecionada deve ser, em
seguida, adicionado ao Quadro de Estrelas.
Pontos de Esclarecimento
1. Se um escolar tem 14 estrelas em uma linha no início da sessão e em seguida ganha duas estrelas
durante essa mesma sessão, o escolar deve selecionar um prêmio da Caixa de Prêmios e ganha uma
estrela no primeiro quadradinho da linha seguinte. Assim, o escolar não precisa “parar no” 15° quadrado
a fim de ganhar um prêmio. Ele precisa simplesmente ganhar uma estrela nesse último quadrado da
linha.
2. Da mesma forma, o escolar deverá selecionar uma ficha da Sacola de Bônus toda vez que uma estrela
é ganha em um quadradinho sombreado. Mais uma vez, o escolar não precisa "parar" em um
quadradinho sombreado para pegar uma ficha da Sacola de Bônus.
Programa HELPS-PB | 50
loteria. Quando um escolar escolhe uma ficha, o mais provável é que ela vá ganhar uma ou duas estrelas
de bônus, mas existe uma pequena chance de o escolar poder ganhar até cinco estrelas de bônus ou até
mesmo uma seleção imediata da Caixa de Prêmio. Assim como a Caixa de Prêmios, a Sacola de Bônus é
essencial para o Procedimento de Recompensa HELPS-PB pois se integra aos numerosos componentes
motivacionais para garantir um eficaz sistema de recompensa.
Ficha do Progresso
Há vários propósitos para a Ficha do Progresso, tais como: (a) ajudar vários instrutores a planejar as
sessões HELPS-PB e facilmente se comunicarem ao implementar HELPS-PB com o mesmo escolar; (b)
facilitar a discussão sobre o progresso do escolar com outros instrutores, administradores escolares
e/ou pais; (c) acompanhar a integridade da implementação; e (d) acompanhar todas as notas
importantes sobre o desempenho do escolar com o programa HELPS-PB. A anotação de informação na
Ficha do Progresso deve ser feita no final da sessão, e pode ser feita sem a presença do escolar. Dados
de PCPM e PIPM são tomados a partir das anotações nas Histórias para Instrutores na sessão do dia, e
os dados restantes são escritos de acordo com o que ocorreu durante a sessão (por exemplo, o escolar
atingiu ou não a meta do Reconto).
As colunas da Ficha do Progresso devem tornar mais fácil para os instrutores compreenderem quais
informações são gravadas em cada coluna. Apêndice P (p. 103) mostra como a informação na Tabela 5
está devidamente registrada com um modelo da Ficha do Progresso. Os instrutores devem rever agora,
assim como rever as dicas e instruções adicionadas abaixo:
1. Lembre-se de registrar o dia e a data, o que ajuda para fins de organização.
2. Todas as informações para uma sessão estão escritas em apenas uma linha. Observe que apenas uma
sessão por escolar deve ocorrer em um determinado dia.
3. Só escreva notas sobre coisas que provavelmente influenciaram o desempenho do escolar durante a
sessão (por exemplo: o escolar estava doente, acompanhar as linhas com o dedo ajudou o escolar).
4. Para facilitar a aplicação entre múltiplos instrutores que implementam HELPS-PB com o mesmo
escolar, anote corretamente o número da "1ª história lida" na linha que segue a sessão implementada.
Isso é mostrado no exemplo da pg. 103 (ver Sessão 9). Note que a Sessão 9 ainda não ocorreu, mas a
instrutora (Simone) escreveu um "4" na coluna correta para Sessão 9 porque isso vai ajudar a outra
instrutora (Maíra) saber em que história começar quando a Sessão 9 ocorrer.
Programa HELPS-PB | 51
Para ajudar os instrutores a determinarem para escolares o ponto de partida adequado na coletânea de
Histórias HELPS-PB, a Avaliação da Localização no Programa HELPS-PB foi desenvolvida (ver apêndices Q
e R, pp. 104-106). Esse desenvolvimento foi realizado a partir de um estudo minucioso de todos os
textos da coletânea de Histórias HELPS-PB e destina-se a oferecer aos instrutores um procedimento
sistemático para identificar um ponto de partida adequado para os escolares. Os instrutores devem,
portanto, utilizar os materiais e procedimentos específicos encontrados nas pgs. 104-106. No Apêndice
S (p. 107) pode-se visualizar a Folha de Registro da Avaliação da Localização e Tabelas para Decisões.
Com base na pesquisa que realizou a sequencialização dos textos a partir da medida de avaliação da
fluência de leitura oral com os escolares brasileiros, a Avaliação da Localização HELPS-PB é um
procedimento que determina um ponto de partida adequado na coletânea de histórias para escolares,
visto que as médias de PCPM a cada nível de avaliação diminuíram progressivamente para escolares do
3º ano do Ensino Fundamental (Martins, 2018). Essa diminuição sistemática na pontuação sugere que a
Avaliação da Localização usa textos de dificuldade crescente. Portanto, quando os textos se tornam
muito difíceis para os escolares, a Avaliação da Localização ajuda os instrutores a identificar essa
ocorrência e recomenda um ponto de partida adequado.
Considerando que a Avaliação da Localização não é 100% perfeita para identificar o ponto de partida
ideal para escolares, são fornecidas informações nas pgs 53-61 que devem ajudar os instrutores que
podem precisar retroceder um escolar na coletânea de Histórias HELPS-PB. Da mesma forma, pgs. 61-62
oferecem recomendações para possivelmente adiantar um escolar na coletânea de Histórias HELPS-PB.
Para adquirir uma prática adicional usando o Gráfico do Escolar e a Ficha do Progresso (e para entender
melhor a Avaliação da Localização na coletânea de Histórias HELPS-PB), considere o exemplo abaixo de
um caso. Em seguida, usando as informações fornecidas, registre as informações relevantes na cópia do
Gráfico do Escolar e na Ficha do Progresso do quarto ano. Depois de completar todo o exercício, o
Gráfico corretamente grafado (p. 108) e a Ficha do Progresso (p. 109) podem ser visualizados nos
Apêndices T e U, para que você possa verificar o seu trabalho.
Lucas é um escolar do quarto ano que apresenta déficits na área de fluência em leitura. Para
ajudar Lucas usando o Programa HELPS-PB, o instrutor inicia a Avaliação da Localização no
Programa HELPS-PB administrando os Textos do Nível 1 (2 e 7). As pontuações de Lucas são as
seguintes: Texto 2: PCPM = 89, PIPM = 1; Texto 7: PCPM = 87, PIPM = 2. Assim, as pontuações
médias de Lucas nos Textos do Nível 1 são: PCPM = 88, PIPM = 1,5. Dadas essas pontuações
médias, Lucas excede as pontuações alvo, referentes ao nível do seu ano (4º ano) mostradas na
Tabela de Critério para Ponto de Partida da Avaliação de Localização (ou seja, sua PCPM média
era superior a 74-84 PCPM e sua média de PIPM era 3 ou menos). O instrutor de Lucas
administra os textos do Nível 2 (23 e 25) e obtém as seguintes pontuações médias desses dois
textos: PCPM = 75, PIPM = 1. Desta vez, as pontuações médias de Lucas estão dentro da meta
listada na Tabela de Critério para Ponto de Partida, portanto seu instrutor começa com o Texto
25 na coletânea de Histórias HELPS-PB.
A partir dos dados obtidos por meio da Avaliação de Localização HELPS-PB, Lucas inicia o
Programa HELPS-PB (ou seja, a SESSÃO 1 DE HELPS-PB) com o Texto 25 da coletânea. Lucas não
atinge sua meta para o Texto 25 durante a Sessão 1 e, portanto, continua com o Texto 25
Programa HELPS-PB | 52
durante a Sessão 2. Lucas atinge sua meta de leitura para o Texto 25 no início da Sessão 2 e
durante a mesma sessão obtém sua primeira sessão de treinamento com o Texto 26. Lucas não
atinge sua Meta de Leitura no Texto 26 durante a próxima sessão. Durante a Sessão 4, Lucas
atinge sua Meta de Leitura para o Texto 26 e inicia a prática com o Texto 27. No início da Sessão
5, o instrutor observa que Lucas está incomodado antes da sessão e não atinge sua Meta
durante essa sessão. Usando as informações acima e a Tabela 6 abaixo, registre todas as
informações para Lucas em um Gráfico do Escolar do 4º ano e na Ficha do Progresso.
Tabela 6
Amostra de dados para exercícios de treino (Parte B)
Sessão Dia-Data Texto Tempo de Leitura 1 Tempo de Leitura 2 Tempo de Leitura 3 Passos
# PCPM PIPM PCPM PIPM PCPM PIPM Esquecidos
1 Qua.-16/9 25 90 2 95 3 99 3 0
2 Sex.-18/9 25 105 0 NA NA NA NA Veja abaixo #
2 Sex.-18/9 26 85 4 86 2 88 2 1
3 Seg.-21/9 26 89 3 95 4 106 1 0
4 Qua.-23/9 26 111 0 NA NA NA NA 0
4 Qua.-23/9 27 79 3 81 2 85 0 0
5 Sex.-25/9 27 *99 4 101 3 102 1 0
Legenda: NA: Não Aplicável. PCPM: palavras lidas corretamente por minuto; PIPM: palavras lidas
incorretamente por minuto.
* Não atingiu a meta do reconto.
Programa HELPS-PB | 53
5
____________________________________________________
Implementando o Programa HELPS-PB (Parte 3)
Quando e Como Modificar os Procedimentos Centrais
Programa HELPS-PB | 54
Ilustração de Caso
Dadas as informações obtidas da Avaliação da Localização HELPS-PB, William inicia o Programa HELPS-
PB (isto é, Sessão 1) com o Texto 1. William atinge sua Meta para o Texto 1 durante a Sessão 3 e,
portanto, começa a praticar o Texto 2 durante a mesma sessão. William atinge sua Meta da Leitura para
o Texto 2 no início da Sessão 5 e durante a mesma sessão ele obtém sua primeira sessão de treinos com
o Texto 3. Durante as Sessões 6 e 7, William falha em atingir sua Meta de Leitura para o Texto 3 e,
portanto, pratica o Texto 3 durante cada uma dessas sessões. Nesse ponto, William já praticou o Texto 3
num total de 3 sessões consecutivas (Sessões 5, 6 e 7). Durante a Sessão 8, William lê o texto mais uma
vez e ainda não consegue atingir sua Meta. Nesse ponto, os instrutores são encorajados a usar uma ou
mais das seguintes recomendações e, finalmente, permitir que William comece a praticar o Texto 4
durante a Sessão 8.
Situação A
O escolar atinge as metas de PIPM e Verificação do Reconto, mas lê de 1 a 10 PCPM abaixo do critério
de PCPM no início da 4ª sessão com o mesmo texto (por exemplo: se a meta de PCPM é 86 PCPM, o
escolar lê entre 76-85 PCPM no início da 4ª sessão com o mesmo texto). Das situações A, B e C, a
situação A é a mais comum.
Recomendações
1. Adiante o escolar para o texto seguinte. Com o sistema de recompensas Quadro de Estrelas, o
escolar não ganha uma estrela, por não cumprir sua Meta de Leitura sob essa circunstância,
apesar de avançar para um novo texto. No entanto o instrutor é fortemente encorajado a
premiar uma estrela pelo esforço, no final da sessão, desde que o escolar tenha demonstrado
sinais de esforço. Assim, para esta sessão, o escolar ganharia no máximo uma estrela.
Igualmente importante, o instrutor deve incorporar uma quantidade substancial de elogios e
feedback positivo durante a sessão, tanto para esforço como para melhorias de leitura. O
objetivo geral de usar elogios e feedback positivo é garantir que o escolar não fique desanimado
por não atingir sua Meta de Leitura.
2. Possivelmente em combinação com a recomendação acima, diga especificamente ao escolar
que ele está chegando muito perto de atingir sua Meta de Leitura, mas que ele precisa ler um
pouco mais rápido para fazê-lo. Além disso, muitas vezes é útil que os instrutores mostrem ao
escolar o ponto exato na história que ele precisa ler (dentro do tempo de um minuto) para
atingir a meta. Por exemplo, se a Meta de Leitura do escolar for 86 PCPM, o instrutor pode
apontar para a 86ª palavra no texto e dizer: “Esta é a 86ª palavra da história. Se você puder ler
rapidamente, com precisão e com boa expressão até ou além deste ponto, você conseguirá
atingir sua Meta de Leitura hoje”. O instrutor NÃO deve enfatizar apenas a leitura com
velocidade, pois isso provavelmente aumentará os erros dos escolares e diminuirá a expressão
apropriada.
Situação B
Se a Situação A ocorrer 3 ou mais vezes em 5 textos consecutivos, o instrutor deve usar uma ou mais das
seguintes recomendações. Ao usar qualquer uma das recomendações abaixo, isso deve ser anotado na
coluna "Observações sobre o escolar" da Ficha do Progresso do escolar.
Programa HELPS-PB | 55
Recomendações
1. Altere a Meta de Leitura para 10 PCPM a menos que a Meta de Leitura determinada
originalmente e use essa Meta de Leitura alterada para os textos subsequentes. Por exemplo, se
o escolar for do quarto ano e a Meta de Leitura tiver sido originalmente definida como 104
PCPM, a Meta de leitura reduzida será de 94 PCPM. Se a Meta de Leitura de um escolar for
reduzida, o instrutor deve explicar essa situação a ele dizendo algo como: “Decidi alterar sua
Meta de Leitura para <inserir número apropriado> PCPM. Vejo que, no momento, a Meta de
Leitura real é difícil, por isso vamos mudar a Meta um pouco e, então, trabalhar para voltar a
Meta de Leitura real”. Quando o escolar demonstra em três sessões consecutivas que pode
atingir a Meta real, reajuste a Meta de Leitura de volta ao nível original.
2. Se for improvável que a recomendação acima faça o escolar atingir regularmente sua Meta de
Leitura, considere encaminhá-lo para aproximadamente 10 textos antes do ponto de partida
determinado originalmente. É possível que o ponto de partida determinado pela Avaliação da
Localização HELPS-PB tenha sido muito alto para a capacidade desse escolar. Por exemplo, se
começou no Texto 25, mas não conseguiu atingir a Meta de Leitura dentro de três sessões para
os Textos 27, 28 e 30, o instrutor deve retornar o escolar para o Texto 15 na coletânea (nota: os
escolares que começam no Texto 5 simplesmente voltam para o Texto 1). Supondo que essa
estratégia permita que o escolar atinja sua Meta de Leitura com mais regularidade, o escolar
deve continuar avançando pela coletânea HELPS-PB, mas ignorará quaisquer textos já praticados
em uma sessão anterior. Usando o exemplo acima, uma vez que o escolar atinja sua Meta nos
Texto 15-24, ele deve praticar o Texto 31 porque já teria praticado os Textos 25-30. Se começou
no Texto 1 na coletânea HELPS-PB (e, portanto, é impossível mover o escolar mais para trás na
coletânea), as recomendações a seguir podem ser úteis.
3. Peça ao escolar que use o dedo para acompanhar e o mantenha percorrendo a história
enquanto lê em voz alta. Às vezes, um escolar lê mais devagar por causa de problemas de
rastreamento visual que podem ser facilmente corrigidos fazendo com que use o dedo para
rastrear com precisão as palavras da história. Se um escolar é um leitor preciso e usa o dedo
para rastrear as palavras, isso pode realmente atrasá-lo, porque pode fazê-lo ler palavra por
palavra e com pouca prosódia. Portanto o instrutor deve observá-lo o suficiente para saber se
ele se beneficiará do rastreamento de palavras com o auxílio do seu dedo.
4. Considere se o escolar não consegue atingir a Meta de Leitura devido a déficits na nomeação
rápida. Para um número muito pequeno de escolares, a capacidade de produzir palavras
oralmente em taxas consistentes com os níveis de Meta sugeridos pode ser mais devido a
déficits no processamento cognitivo do que a déficits de fluência de leitura. Uma forma
recomendada de avaliar as habilidades de nomeação rápida dos escolares é utilizar testes de
Nomeação Automática Rápida, como o PRONAR-LE Programa de Remediação com a Nomeação
Automática Rápida e Leitura (Santos & Capellini, 2018). Reduzir a Meta de Leitura para escolares
com déficits de nomeação rápida ainda deve permitir que eles obtenham prática estruturada
com a Fluência de Leitura Oral como parte do Programa HELPS-PB.
5. Considere se o comportamento e/ou a motivação do escolar estão dificultando seu
desempenho na leitura. Se o instrutor tiver fortes razões para acreditar que a motivação de um
escolar é o principal motivo para ele não atingir sua Meta de Leitura, pode tentar fortalecer o
componente baseado em recompensa de HELPS-PB. Por exemplo, o instrutor pode avaliar
especificamente as preferências de recompensas do escolar e depois usar essas recompensas
preferidas como parte do sistema do Quadro de Estrelas. Além disso (ou alternativamente), o
instrutor pode fornecer uma estrela bônus toda vez que o escolar atingir sua Meta, de modo
que ele ganhe recompensas mais rapidamente. Quaisquer estratégias de intervenção baseadas
no comportamento destinadas a melhorar a motivação seriam apropriadas. No entanto, depois
Programa HELPS-PB | 56
de usar o HELPS-PB com centenas de escolares do Ensino Fundamental, era extremamente raro
que o sistema Quadro de Estrelas fosse ineficiente ou não fosse apreciado pelos escolares.
Assim, a alteração do sistema de recompensa deve ser feita somente quando a partir de uma
análise cuidadosa da situação julgar-se necessário.
6. Considere se um programa de fluência de leitura é apropriado para o escolar. Se um escolar
começar com o Texto 1 da coletânea de Histórias HELPS-PB e falhar consistentemente em
atingir suas Metas de Leitura (especialmente depois que a Meta de Leitura foi reduzida em 10-
15 PCPM), é possível que o escolar precise de assistência adicional e prática com habilidades de
leitura de nível inferior (por exemplo, consciência fonológica e decodificação). Em outras
palavras, se as sugestões acima não fizerem um escolar atingir a Meta de Leitura, o Programa
HELPS-PB poderá ser inadequado até que as habilidades de leitura precursoras melhorem.
Situação C
O escolar atinge as Metas de PIPM e Verificação do Reconto, mas lê 11 ou mais PCPM abaixo da meta
de PCPM no início da 4ª sessão com o mesmo texto (por exemplo, se o critério PCPM for 104 PCPM, o
escolar lê menos de 94 PCPM no início da 4ª sessão com o mesmo texto).
Recomendações. Nessa situação, é provável que o nível da Meta recomendado seja muito alto para o
escolar e/ou ele tenha iniciado a coletânea de Histórias HELPS-PB em um texto que é muito difícil. Para
resolver isso, o instrutor deve: (a) voltar o escolar para trás na coletânea HELPS-PB (se aplicável) ou (b)
ajustar imediatamente a Meta do escolar. Cada uma dessas recomendações é descrita em detalhes
abaixo. Ao usar qualquer uma das recomendações, isso deve ser anotado na coluna "Observações sobre
o escolar" da Ficha do Progresso do escolar.
1. Volte o escolar para trás na coletânea HELPS-PB (se aplicável). Se o escolar começou no Texto 1
na coletânea HELPS-PB, essa recomendação não é possível e o instrutor deve ajustar
imediatamente a Meta do escolar (detalhes descritos no item #2 abaixo). Se o escolar começou
no Texto 5 na coletânea HELPS-PB, o instrutor deve retornar o escolar para o Texto 1. Se o
escolar começou no Texto 25 ou superior, o escolar deve recuar aproximadamente 10 textos
antes do ponto de partida determinado originalmente. É possível que o ponto de partida
determinado pela Avaliação da Localização de HELPS-PB tenha sido muito alto para a capacidade
desse escolar. Por exemplo, se o escolar começou no Texto 25, mas não conseguiu atingir sua
Meta de Leitura dentro de 3 sessões para esse Texto, ele deve voltar para o Texto 15 na
coletânea. Supondo que essa estratégia permita que o escolar atinja sua Meta de Leitura com
mais regularidade, ele deve continuar avançando por meio da coletânea HELPS-PB, mas
ignoraria quaisquer textos já praticados em uma sessão anterior. Usando o exemplo acima, uma
vez que o escolar encontre sua meta nos Textos 15-24, ele deve praticar o texto 26 porque já
teria praticado o Texto 25.
2. Ajuste imediatamente a Meta do Escolar. Se não for possível para o instrutor retroceder o
escolar na coletânea de Histórias HELPS-PB (ou seja, o escolar iniciou a coletânea no Texto 1), a
Meta do Escolar deve ser ajustada. Especificamente, o instrutor deve ajustar a Meta de Leitura
para 15-25 PCPM acima da primeira leitura do Texto que o escolar está praticando atualmente.
Por exemplo, se for um aluno do terceiro ano, sua meta de PCPM deverá ser 86 PCPM. Se sua
primeira leitura do Texto 1 foi 59 PCPM (e ele continuou a ler abaixo de 86 PCPM após 3 sessões
de prática), a Meta de Leitura ajustada deverá ser 75 PCPM (neste caso, 16 PCPM acima da
primeira leitura do texto). Se a Meta de Leitura de um escolar for reduzida, o instrutor deve
explicar essa situação a ele dizendo algo como: "Decidi alterar sua Meta de Leitura para <inserir
número apropriado> PCPM. Vejo que, no momento, a Meta de Leitura real é difícil, por isso
Programa HELPS-PB | 57
alteraremos a meta um pouco e depois voltaremos a sua Meta de Leitura real". Quando o
escolar demonstrar em três sessões consecutivas que ele pode atingir a Meta de leitura real, o
instrutor deve reajustar a Meta de Leitura de volta ao nível original. Note também que a
determinação da nova Meta de Leitura deve levar em consideração a primeira leitura durante
cada nova sessão com o mesmo texto. Usando o exemplo acima, se o escolar ler 59, 71, 79 e 80
PCPM em cada uma das leituras iniciais nas quatro sessões com o Texto 1, uma meta ajustada
de 75 PCPM seria apropriada, pois esses dados sugerem que o escolar é capaz de atingir essa
Meta depois de apenas algumas sessões práticas.
Outras considerações e recomendações. Além das recomendações acima, o instrutor pode desejar
considerar as sugestões 3 a 6 descritas na Situação B. Essas considerações são particularmente
relevantes se as recomendações acima não fizerem o escolar atingir regularmente sua Meta de Leitura.
Ao usar qualquer uma das recomendações abaixo, isso deve ser anotado na coluna "Observações sobre
o escolar" da Ficha do Progresso do escolar.
Recomendações
1. Em um primeiro momento em que um escolar atinge as Metas de PCPM e do Reconto, mas não
atinge a Meta de PIPM, forneça-lhe feedback explícito de que ele não atingiu sua Meta porque
leu muitas palavras incorretamente. Ao dar esse feedback, o instrutor deve especificar o
número exato de erros cometidos e lembrar ao escolar que ele pode ler no máximo 3 palavras
incorretamente como parte da Meta de Leitura. Durante esse primeiro caso de falha em atingir
a Meta apenas por causa do critério de PIPM, o escolar deve continuar praticando o mesmo
texto durante essa sessão. Nessa mesma sessão, depois que o escolar ler o texto em voz alta
pela segunda e terceira vez, o instrutor deve informar quantos erros foram cometidos e oferecer
elogios quando o número estiver abaixo de 4 erros. No início da sessão seguinte (imediatamente
antes da leitura inicial), o escolar deve ser lembrado de que pode cometer apenas 3 ou menos
erros como uma parte da Meta de Leitura. É provável que o escolar atinja a Meta de PIPM neste
momento. No entanto, se ele não atingir novamente a meta de PIPM durante essa leitura,
deverá passar para o próximo texto desde que as Metas de PCPM e Reconto sejam atingidas.
Como na sessão anterior, o escolar não ganharia uma estrela, por não atingir sua meta.
Conforme necessário, essas recomendações podem continuar a serem seguidas e podem ser
usadas em combinação com as sugestões abaixo.
2. Certifique-se de que o escolar use o dedo para acompanhar e mantenha-se na história enquanto
lê em voz alta. Às vezes, ocorrem erros por causa de problemas de rastreamento visual que
podem ser facilmente corrigidos fazendo com que o escolar use o dedo para rastrear com
precisão as palavras da história.
Programa HELPS-PB | 58
3. Se parece que um escolar está cometendo erros porque está lendo muito rápido e sem
consideração aos erros ou a uma expressão adequada (por exemplo, sem parar nos finais das
frases (pontos finais) ou nas vírgulas), lembre-o de ler com boa expressão e que “desacelerar”
provavelmente ajudará a se concentrar melhor em cada palavra da história e o ajudará a ler com
mais precisão. Sob nenhuma circunstância (se as Metas de Leitura forem atingidas ou não), o
escolar deve estar lendo apenas por velocidade.
4. Se não conseguir atingir apenas os critérios da Meta de PIPM for um problema persistente para
o escolar, concentre-se nesse problema usando estrelas no Quadro de Estrelas para
recompensar especificamente a precisão da leitura. Conforme descrito na Recomendação 1, um
escolar nunca deve praticar a mesma história por mais de duas sessões devido somente às
falhas do critério de PIPM.
5. Se nenhuma das estratégias acima resolver o problema e o escolar não conseguir atingir a Meta
de PIPM ao mesmo tempo em que atinge as Metas de PCPM e da Verificação do Reconto, é
provável que seja necessária uma avaliação mais completa (possivelmente formal) do problema.
Neste caso, o instrutor deve consultar outros profissionais educacionais.
Situação E
O escolar atinge as Metas de PCPM e PIPM, mas não atinge a Meta da Verificação do Reconto. Em
primeiro lugar, deve-se reiterar que o objetivo geral da Verificação do Reconto é indicar aos escolares
que eles devem lembrar o que leram, e não simplesmente ler com fluência. Assim, o critério de
Verificação do Reconto não pretende ser totalmente sistemático ou conter regras de pontuação
padronizadas e explícitas. Em vez disso, os instrutores são simplesmente solicitados a avaliar se os
escolares podem recontar o conteúdo geral ou específico da história previamente lida, por
aproximadamente 30 a 45 segundos (veja as páginas 41-42 para regras e comentários adicionais).
No entanto, durante as raras ocasiões em que um escolar atinge todos os critérios das Metas, exceto o
critério da Verificação do Reconto, os instrutores podem usar as seguintes recomendações. Ao usar
qualquer uma das sugestões abaixo, isso deve ser anotado na coluna "Observações sobre o Escolar" da
Ficha do Progresso do escolar.
Recomendações
1. Em um primeiro momento em que um escolar atinge as Metas de PCPM e PIPM, mas não atinge
a Meta da Verificação do Reconto, forneça instruções verbais “amplas” (ou seja, dicas) para
ajudar o escolar a relembrar aspectos adicionais da história. Por exemplo, em vez de um
instrutor dizer: “Ana era uma personagem da história e gostava de jogar jogos como outras
garotas gostam de jogar, você pode me dizer quais jogos ela gostava de jogar?”, melhor se o
instrutor utilizasse um comando mais "amplo", dizendo: "Você pode me dizer o nome do
personagem principal da história e algo que o personagem gostava de fazer?" Alternativamente,
o instrutor pode simplesmente dizer: "Diga-me uma ou duas coisas sobre o que você acabou de
ler”. Mesmo que um escolar precise de dicas para atender ao critério de Verificação do Reconto,
deve atingir sua Meta de Leitura, com ambas as metas de PCPM e PIPM. Se uma solicitação
frequente for necessária, o instrutor deve ler as recomendações abaixo.
2. Se o escolar precisar de dicas e instruções regulares e intensivas (por exemplo, três ou mais
vezes em cinco sessões consecutivas) para atender ao critério de Verificação do Reconto, faça o
seguinte: (a) mantenha o escolar nesse texto por no máximo 1 sessão adicional ou (b) permita
que o escolar se desloque para o próximo texto, mas não recompense com uma estrela no
Programa HELPS-PB | 59
Quadro de Estrelas, por não ter atingido sua Meta (as recomendações 2, 3 e 4 da Situação E
devem ser usadas em combinação).
3. Se o escolar precisar de dicas regulares e intensivas para atender ao critério de Verificação do
Reconto, forneça elogios e comentários específicos durante todas as ocorrências em que o
escolar conseguir a meta (recomendações 2, 3 e 4 devem ser usadas em combinação).
4. Se o escolar precisar de intensivas dicas regulares, enfatize (imediatamente antes da Avaliação
da Meta) que ele precisa lembrar o que acontece na história, além de ler com velocidade,
precisão e boa expressão (recomendações 2, 3 e 4 devem ser usadas em combinação).
5. Problemas persistentes com um escolar que falhe apenas no critério da Verificação do Reconto
podem requerer programas e estratégias instrucionais mais específicos para ajudá-lo. Embora
isso seja raro, a situação também pode exigir uma avaliação mais formal e específica das
habilidades de compreensão e memória do escolar.
Os resumos das recomendações são categorizados abaixo pelas letras A-E, que correspondem às seções
do texto acima (ou seja, Situações A, B, C, etc.). Cada letra especifica a situação em que o escolar não
atinge as Metas de Leitura. A segunda coluna da Tabela 7 resume as recomendações associadas a cada
situação e, portanto, são numeradas em correspondência com a letra apropriada (por exemplo, as
recomendações B1, B2, B3, etc., todas correspondem à Situação B). Por fim, a Tabela 7 inclui uma área
para anotações dos instrutores. Quando um instrutor precisa usar uma das recomendações acima,
sugere-se que releia a extensa discussão de recomendações e, ao fazê-lo, faça anotações sobre as
recomendações que ajudarão na implementação adequada.
Tabela 7
Resumo das Recomendações para Quando o Escolar não Atingir a Meta de Leitura
Situações em que o
Observações do
escolar não atinge a Sugestões Recomendadas para o Instrutor
Instrutor
Meta de leitura
A. O escolar atende A1. Passe o escolar para o próximo texto, mas ele não
aos critérios de PIPM ganha estrela no Quadro de Estrela, por não atingir a
e de Verificação do Meta. Incorpore uma quantidade substancial de elogios
Reconto, mas lê 1 a e feedback positivo durante toda a 4ª sessão (por
10 PCPM abaixo do esforço e melhorias na leitura), e dê uma estrela ao
critério de PCPM no escolar por esses esforços.
início da 4ª sessão, A2. Antes da Avaliação da Meta da sessão 3 e/ou 4 para
com o mesmo texto. aquele texto, diga ao escolar que ele está próximo de
alcançar a Meta, em seguida mostre-lhe o ponto exato
no texto que reflete a Meta de PCPM.
B. Situação A (acima) B1. Reduza a Meta do critério de PCPM do escolar em
ocorre 3 ou mais 10 palavras. Após 3 sessões consecutivas de sucesso
vezes, durante 5 com a Meta reduzida, voltar ao critério de PCPM real.
Programa HELPS-PB | 60
textos consecutivos. B2. Se possível, volte 10 textos para o escolar, de onde
ele começou na coletânea HELPS-PB (utilize isso
somente se B1 não for efetivo).
B3. Peça para o escolar usar o dedo para acompanhar a
leitura para evitar problemas de acompanhamento
visual (pode ser usada com todas as outras
recomendações).
B4. Observe se o escolar tem déficits com nomeação
rápida. (Isso é improvável, mas poderia ajudar a explicar
por que o escolar não alcança a Meta).
B5. Considere se o comportamento e/ou a motivação do
escolar dificultam o seu desempenho de leitura.
Fortaleça o sistema de recompensa para aumentar a
motivação (utilize apenas quando for absolutamente
certo que o comportamento está dificultando o
desempenho).
B6. Considere se um programa de fluência em leitura é
apropriado para o escolar (se nenhuma das outras
recomendações resolver o problema, o escolar pode
precisar de assistência adicional e prática com as
habilidades de leitura de nível inferior).
C. Escolar atende aos C1. Se possível, volte o escolar 10 textos, para onde ele
critérios de PIPM e de começou na coletânea HELPS-PB.
Verificação do C2. Se C1 não é possível, ajuste a Meta de PCPM do
Reconto, mas lê 11 ou escolar para 15-25 PCPM a mais do que a primeira
mais PCPM abaixo da leitura do texto que o escolar está atualmente
Meta de PCPM no praticando (por exemplo, se a Meta de PCPM atual é de
início da 4ª sessão, 86, e o escolar ler 59 PCPM na primeira leitura desse
com o mesmo texto. texto, reduza a Meta para 75 PCPM). Quando o escolar
demonstra em 3 ou mais sessões consecutivas que ele
pode atingir a meta real, reajuste a Meta ao nível
original.
C3. Veja B3.
C4. Veja B4.
C5. Veja B5.
C6. Veja B6.
D. O escolar atende D1. Forneça feedback explícito ao escolar de que ele não
aos critérios de PCPM atingiu sua Meta pois leu com muitos erros. Diga-lhe o
e de Verificação do número exato de erros e avise que ele só pode cometer
Reconto, mas não 3 erros ou menos.
atinge a Meta de D2. Veja B3.
PIPM (nota: um D3. Certifique-se de que o escolar não está lendo
escolar nunca deve somente pela velocidade. Lembre-lhe que leia com boa
praticar o mesmo expressão e que a desaceleração pode diminuir o
texto por mais de 2 número de erros (pode ser usada com todas as outras
sessões se falhou recomendações).
apenas no critério de D4. Utilize o Quadro de Estrelas para premiar com
Programa HELPS-PB | 61
PIPM). precisão (pode ser usada com todas as outras
recomendações).
D5. Se nenhuma das recomendações acima resolver o
problema, é provável que seja necessária uma avaliação
mais completa. O instrutor deve consultar outros
profissionais da área educacional.
E. O escolar atende E1. Forneça"várias" dicas verbais para ajudar o escolar a
aos critérios de PCPM lembrar outros aspectos da história. Se o escolar atende
e PIPM, mas não ao critério com a ajuda das dicas, o instrutor pode
atende ao critério de decidir se o escolar atingiu adequadamente a Meta. Se
Verificação do dicas frequentes são necessárias, siga as recomendações
Reconto (nota: um abaixo.
escolar nunca deve E2. Mantenha o escolar com aquele texto até a sessão
praticar o mesmo adicional, ou mova o escolar para um novo texto, sem
texto por mais de 2 ele ganhar uma estrela, por não "atingir a Meta" (deve-
sessões por falhar se usar com E3 e E4).
somente no critério E3. Forneça elogios e feedback específico durante todos
de Verificação do os casos em que o escolar atende ao critério de
Reconto). Verificação do Reconto (deve-se usar com E2 e E4).
E4. Avise ao escolar antes da Avaliação da Meta que ele
precisa se lembrar do que acontece na história (deve-se
usar com E2 e E3).
E5. Se as recomendações acima não resolverem o
problema, o escolar precisará de uma avaliação mais
formal e específica, como uma avaliação da capacidade
de memória.
Durante o período em que um escolar recebe o Programa HELPS-PB, ele deve melhorar suas habilidades
de leitura de maneira que atinja às metas esperadas pelo instrutor. As seguintes seções, portanto,
oferecem recomendações para instrutores que acreditam que: (a) o escolar deve avançar na coletânea
de Histórias HELPS-PB em um ritmo mais rápido, ou (b) o escolar não deve mais receber o Programa
HELPS-PB.
Ao contrário da maioria das outras recomendações e procedimentos descritos ao longo deste Manual,
as recomendações a seguir não são especificamente derivadas de dados obtidos por meio de pesquisa.
A maioria das pesquisas anteriores com o Programa HELPS foi projetada (principalmente para fins
relacionados à pesquisa) para que os alunos recebessem o Programa HELPS até uma data específica (por
exemplo até o final do ano letivo, quando o instrutor não poderia mais implementar o HELPS-PB). Assim,
pesquisas adicionais são necessárias para avaliar a validade das seguintes recomendações. Até este
momento, as sugestões a seguir oferecem aos instrutores algumas regras de decisão lógicas derivadas
da pesquisa sobre a instrução geral de leitura e o desenvolvimento da fluência de leitura.
Programa HELPS-PB | 62
Avançar um Escolar na Coletânea de Histórias HELPS-PB em um Ritmo Mais Rápido
Se um instrutor acredita que os textos da coletânea do HELPS-PB são muito fáceis para um escolar, pode
querer avançar o escolar para textos posteriores na coletânea. Os textos podem ser considerados fáceis
demais para o escolar se a primeira leitura de quatro diferentes textos consecutivos resultar em
pontuações de PCPM e PIPM que ultrapassem os critérios de Meta de Leitura do escolar. Nota: a
primeira leitura de um novo texto ocorre na Etapa 5a do Protocolo de Implementação HELPS-PB,
portanto isso não representa a Avaliação da Meta de Leitura (ou seja, Etapa 2).
Para ilustrar a situação acima, suponha que um escolar do terceiro ano esteja lendo o Texto 36. Como
ele é um escolar do terceiro ano, seus critérios de Meta de Leitura (para PCPM e PIPM) seriam 86 ou
mais PCPM e 3 ou menos PIPM. Suponha que o escolar tenha obtido as seguintes pontuações nos
próximos cinco textos ao ler o texto na Etapa 5a: Texto 36 (79 PCPM, 2 PIPM); Texto 37 (92 PCPM, 0
PIPM); Texto 38 (90 PCPM, 0 PIPM); Texto 39 (95 PCPM, 1 PIPM); Texto 40 (86 PCPM, 1 PIPM). Nesse
caso, a coletânea de HELPS-PB é muito fácil para o escolar porque ele leu quatro textos consecutivos (na
primeira exposição ao texto, durante a Etapa 5a) com pontuações de PCPM e do PIPM que atingiram ou
excederam os critérios da Meta do escolar. Como os textos parecem muito fáceis para esse escolar, o
instrutor deve avançar em 12 textos na coletânea. Assim, após o Texto 40 no exemplo acima, o instrutor
usaria o Texto 52. O avanço de um escolar em 12 textos deveria ser usado como diretriz nesta
circunstância.
Com a primeira leitura do Texto 52, o escolar deve ser capaz de ler pelo menos 51-56 PCPM e, em última
análise, deve atingir sua Meta de Leitura dentro de 1-2 sessões. Similarmente, essa situação deve
continuar a ocorrer com os textos posteriores ao Texto 52. Se não ocorrer, o instrutor deve mover o
escolar de volta na coletânea para histórias que foram puladas (por exemplo, Texto 46). Por outro lado,
se os Textos 52-55 ainda forem muito fáceis para o escolar, o instrutor deve usar novamente as
recomendações de avanço de texto detalhadas acima.
No geral, o instrutor está procurando por um conjunto de textos que não são nem muito fáceis nem
muito difíceis para o escolar. O uso das diretrizes acima é consistente com outras recomendações feitas
em todo o Manual (por exemplo, diretrizes para a Avaliação da Localização no HELPS-PB) e deve ajudar
o instrutor a determinar textos que sejam apropriados para a habilidade. O uso das diretrizes acima
também é consistente com o Protocolo de Implementação do HELPS-PB. Se os textos se tornarem muito
fáceis para um escolar, a seleção do texto (em vez da frequência da sessão) deve ser modificada. Em
outras palavras, para os escolares se beneficiarem do Programa HELPS-PB, a pesquisa HELPS sugere que
os escolares recebam consistentemente o Programa de 2 a 3 vezes por semana. Não é recomendável
modificar a frequência da sessão de um escolar para 1-2 vezes por semana.
Apesar dessa “regra de parada” recomendada, os instrutores podem continuar usando o HELPS-PB com
um escolar até o próximo período de avaliação de referência. Por exemplo, se um escolar começar a
receber HELPS-PB em março porque ele foi identificado como um leitor fraco na avaliação de referência
FLO, o instrutor deve continuar implementando o HELPS-PB até o próximo período de avaliação, mesmo
acreditando que ele não é mais um “leitor em dificuldades”. O uso continuado de HELPS-PB durante um
próximo semestre deve servir apenas para fortalecer as habilidades de leitura do escolar e garantir que
atinja um nível de leitura médio ou acima da média na próxima avaliação. Além disso, usando o exemplo
acima de um escolar que lê em um nível de leitura adequado durante a avaliação do semestre, os
instrutores são incentivados a monitorar o nível de leitura dele depois que o programa HELPS-PB for
interrompido. Por exemplo, esse escolar pode ler um texto de monitoramento do progresso do ADFLU
(Martins & Capellini, 2018), pelo menos uma vez a cada 2-4 semanas para garantir que as pontuações da
FLO continuem acima da média. Se as pontuações consecutivas forem inferiores aos intervalos
mostrados na Tabela 2, o instrutor poderá determinar se o escolar deve continuar recebendo assistência
suplementar de leitura (por exemplo, uso continuado de HELPS-PB ou outro programa que possa
direcionar melhor as dificuldades de leitura específicas do escolar).
O uso de avaliações de referência de FLO deve ajudar os instrutores a identificar quando um escolar
deve e não deve receber programas de leitura complementares, como o HELPS-PB. Para um escolar que
recebe HELPS-PB por vários meses, mas parece não apresentar níveis adequados de melhoria durante os
períodos de avaliação de referência, o instrutor pode determinar que é necessária outra forma de
suporte de leitura - além de, ou em vez do HELPS-PB. Esse tipo de tomada de decisão é consistente com
um modelo de instrução baseado em dados, que inclui modelos como o RTI (consulte informações
adicionais nas páginas 12-16). Uma descrição mais detalhada de como proceder com os escolares que
não melhoram depois de receber intervenções baseadas em evidências está além do escopo deste
Manual. No entanto os instrutores podem encontrar orientações úteis em livros como “Modelo de
resposta à intervenção: RTI: como identificar e intervir com crianças de risco para os transtornos de
aprendizagem” (Andrade, Andrade, & Capellini, 2014).
Programa HELPS-PB | 64
HELPS-PB foi desenvolvido com a flexibilidade do instrutor em mente, sabendo que em algumas
ocasiões um instrutor pode determinar que um escolar se beneficiaria de receber HELPS-PB em
combinação com outras estratégias instrucionais que abordam áreas do desenvolvimento da leitura,
como vocabulário ou compreensão de leitura. Em geral, somente em circunstâncias especiais um
instrutor deve modificar o Programa HELPS-PB de maneiras não especificamente recomendadas neste
Manual. No entanto as informações a seguir destinam-se a ajudar os instrutores durante essas
instâncias exclusivas, quando a modificação dos procedimentos do HELPS-PB pode beneficiar o
desenvolvimento da leitura do escolar.
Conforme descrito, a instrução de leitura eficaz nos primeiros anos escolares deve ter como alvo 1)
consciência fonológica, 2) fonética, 3) fluência, 4) compreensão e 5) vocabulário (Armbuster et al., 2001;
NRP, 2000). Normalmente, antes de os alunos se beneficiarem de um programa instrucional baseado na
fluência, como o HELPS-PB, a instrução deve direcionar e fortalecer a consciência fonológica e a fonética
dos escolares. Para os alunos que não experimentam dificuldades de leitura, as habilidades fonéticas e a
consciência fonológica geralmente se desenvolvem durante a pré-escola e no início do processo de
alfabetização (Chall, 1996). Quando os escolares estão prontos para desenvolver a fluência da leitura
com textos apropriados à idade (que deveria começar a ocorrer no final do segundo ano, ou seja, nos
primeiros anos do ensino fundamental), é provável que a instrução baseada na fluência funcione
concomitantemente com a aquisição do vocabulário (Biemiller, 2003; Shanahan, 2006; Torgesen &
Hudson, 2006) e compreensão (Fuchs et al., 2001; LaBerge e Sameuls, 1974; Perfetti, 1977). Em outras
palavras, à medida que a fluência se desenvolve, isso deve ajudar os escolares a melhorar seu
vocabulário e compreensão, e conforme as habilidades de vocabulário e compreensão se desenvolvem,
os escolares devem ser capazes de ler mais fluentemente.
Portanto, antes que um instrutor acredite que um programa de fluência como o HELPS-PB também deve
relacionar vocabulário e compreensão, pode primeiro implementar somente o Programa HELPS-PB,
talvez com atividades separadas direcionadas ao vocabulário e/ou compreensão. O instrutor deve então
avaliar se esta abordagem melhorou suficientemente o vocabulário e/ou a compreensão do escolar. Em
circunstâncias nas quais um instrutor tem certeza de que um escolar se beneficiaria de uma intervenção
integrada que aborda fluência, vocabulário e/ou compreensão, pode então decidir implementar o
Programa HELPS-PB juntamente com outras estratégias baseadas em pesquisa que visam mais
especificamente ao vocabulário e/ou compreensão de leitura. Felizmente, a coletânea de Histórias do
HELPS-PB deve facilitar a capacidade dos instrutores de “adicionar” componentes ao Programa HELPS-
PB; mas, novamente, não se sabe como isso pode afetar os efeitos benéficos de HELPS-PB que foram
demonstrados em pesquisas anteriores.
Está além do escopo deste Manual descrever estratégias específicas de vocabulário e compreensão que
possam ser usadas em conjunto com o Programa HELPS-PB, mas os instrutores podem encontrar ideias
e estratégias instrutivas úteis nas seguintes referências (Armbuster et al., 2001; Baumann & Kame'enui,
2004; Beck, McKeown, & Kucan, 2002; Cunha & Capellini, 2017; Daly et al., 2005; Minskoff, 2005; Pinnell
& Scharrer, 2003; Shapiro, 2004). Para fornecer mais orientações nesta área, as duas seções a seguir
listam: (a) recomendações gerais para usar o Programa HELPS-PB e a coletânea de Histórias HELPS-PB
em conjunto com instruções que almejam o vocabulário e/ou compreensão, e (b) conclusões sobre o
uso do Programa HELPS-PB com outras estratégias instrucionais.
Programa HELPS-PB | 65
Recomendações Gerais
1. Implemente procedimentos suplementares de vocabulário e/ou compreensão após a
implementação de todas as etapas do Protocolo de Implementação de HELPS-PB. Essa
sequência de procedimentos deve aumentar a probabilidade de que o escolar ainda se beneficie
do Programa HELPS-PB da maneira pretendida, mesmo que um instrutor decida suplementar o
HELPS-PB com instruções de vocabulário ou compreensão.
2. Para estratégias de intervenção de vocabulário, pré-selecione palavras desconhecidas do texto
atual da coletânea HELPS-PB do escolar. Depois que o escolar praticar esse texto como parte do
Protocolo de Implementação do HELPS-PB, use essas palavras pré-selecionadas para a
intervenção do vocabulário.
3. Para estratégias de intervenção de compreensão, desenvolva perguntas com base no texto atual
da coletânea do HELPS-PB do escolar e peça-lhe que responda a essas perguntas. Os textos do
HELPS-PB devem permitir que os instrutores desenvolvam uma variedade de tipos de perguntas
(por exemplo: inferênciais, factuais).
4. Para fortalecer potencialmente tanto a compreensão como o vocabulário, permita que o escolar
procure independentemente por informações (por exemplo, por meio da Internet) que se
relacionem com o seu texto atual da coletânea do HELPS-PB. Por exemplo, a coletânea de
Histórias HELPS-PB oferece inúmeros textos expositivos e narrativos sobre países, pessoas,
esportes e outras áreas. Facilmente os escolares devem encontrar informações adicionais
relacionadas.
Considerações Finais
1. Modificações (e acréscimos) ao Protocolo de Implementação do HELPS-PB devem ser evitadas,
pois a pesquisa ainda não avaliou os efeitos da modificação do Protocolo. Os efeitos da adição
de componentes instrucionais podem ser positivos, mas também podem reduzir os efeitos
positivos associados ao Programa HELPS-PB.
2. Em uma circunstância em que um instrutor deseje combinar procedimentos instrucionais com o
Programa HELPS-PB, deve sempre usar estratégias interventivas baseadas em evidências (ou
validadas por pesquisa) de eficácia com populações estudantis semelhantes ao(s) escolar(es) do
instrutor.
3. Em circunstâncias em que um instrutor combina estratégias interventivas com o Programa
HELPS-PB, devem ser feitas tentativas para avaliar os efeitos específicos da estratégia
combinada com cada escolar.
4. Instrutores que combinam componentes instrucionais com os procedimentos do HELPS-PB são
altamente encorajados a oferecer comentários e feedback sobre essas modificações por meio
do site do Programa HELPS-PB. Esses comentários serão adicionados à base de conhecimento
sobre a eficácia do HELPS-PB quando combinados com outras estratégias interventivas.
Programa HELPS-PB | 66
6
Este capítulo lista especificamente pesquisas anteriores que foram realizadas com o Programa HELPS.
Antes de listar artigos publicados em periódicos, a definição de um programa validado pela pesquisa é
fornecida, assim como uma justificativa geral para este capítulo.
Especificamente, um programa instrucional tem evidência de ser validado por pesquisa quando os dados
do estudo mostram que um programa específico melhora significativamente os resultados educacionais
para crianças em idade escolar com e/ou sem dificuldades de aprendizagem. As pesquisas que apoiam o
programa devem: (a) ser replicadas, (b) utilizar projetos de pesquisa rigorosos e cientificamente
fundamentados (isto é, ensaios controlados randomizados, modelos de descontinuidade de regressão,
quase-experimentos e/ou desenhos de sujeitos individuais), (c) medir resultados educacionais com
avaliações validadas que sejam educacionalmente significativas, e (d) fornecer evidência de eficácia em
formas educacionalmente significativas (isto é, não apenas estatisticamente significativas). Como
definição de uma estratégia instrucional com apoio de pesquisa convincente, a definição acima deve ser
conceitualizada ao longo de um continuum. Por exemplo, um programa instrucional que possui
evidências particularmente fortes de ser validado por pesquisa foi replicado com mais frequência,
avaliado em contextos mais amplos baseados na escola (por exemplo, com escolares em diferentes
níveis), avaliado com amostras maiores de escolares, com projetos experimentais, e/ou resumido como
efetivo através de análises bem conduzidas.
Essa distinção entre programas baseados em evidências e validados por pesquisa deve ser importante
para os instrutores e educadores em geral. Quando um programa instrucional é baseado em evidências,
isso sugere aos instrutores que ele deve ser eficaz com pelo menos alguns escolares e sob pelo menos
algumas condições. No entanto, conforme descrito anteriormente no Manual, a expressão baseada em
evidências pode ser usada de forma muito ampla e, às vezes, de forma inadequada por empresas que
visam obviamente comercializar e vender seus produtos educacionais. Portanto os instrutores devem
certamente não só entender as evidências da pesquisa nas quais um programa se baseia, mas também
devem entender se (e em que medida) o programa em si é validado pela pesquisa. Quando os
instrutores têm acesso a pesquisas específicas sobre um programa instrucional, eles entendem melhor
para quem esse programa é eficaz, quão eficaz deve ser, sob quais circunstâncias ele será eficaz e muito
mais. No geral, sem alguma forma de validação de pesquisa associada a um programa, não se sabe se o
programa é efetivamente eficaz e sob quais condições ele deve ser efetivo. Preocupações semelhantes
em relação a essa questão foram levantadas nas pp. 63-64.
Com esse raciocínio, a lista a seguir dos estudos deve ajudar os instrutores a justificar até que ponto o
Programa HELPS é validado pela pesquisa. É importante destacar que a pesquisa com o Programa HELPS
do português brasileiro está em contínuo desenvolvimento com estudos adicionais que estão em
andamento e brevemente serão concluídos e publicados em revistas científicas.
Bibliografia de Pesquisas Revisadas por Pares (até a data) nos Programas HELPS
Com o conteúdo mencionado acima em mente, as subseções a seguir oferecem uma bibliografia de
pesquisas que avaliaram os programas HELPS nos idiomas inglês e espanhol. Em outras palavras, os
capítulos anteriores deste manual indicaram como os Programas HELPS são baseados em evidências,
mas as seguintes subseções listam estudos que foram especificamente projetados para avaliar o HELPS,
permitindo assim um melhor entendimento sobre os programas HELPS e materiais validados para
pesquisa. A maior parte desta pesquisa se concentrou em avaliar se os programas melhoram o
desempenho dos escolares (por exemplo, melhorias na fluência da leitura, compreensão da leitura e se
os escolares gostam de receber o programa), mas alguns estudos examinaram outros aspectos do
programa (por exemplo, aplicação do HELPS ou questões relacionadas à fidelidade de implementação).
Para educadores e/ou pesquisadores que desejam examinar a pesquisa com os Programas HELPS, as
referências a seguir devem oferecer um bom ponto de partida. Os estudos são organizados em ordem
cronológica, do mais antigo ao mais recente, e refletem (a) artigos publicados em periódicos acadêmicos
revisados por pares; e (b) todos os artigos identificados de uma pesquisa usando bancos de dados
comuns (por exemplo, PsycINFO, ERIC, Google Scholar). É importante reiterar que, como este capítulo
foi escrito no início de 2018, e a pesquisa continua avaliando os Programas HELPS, a bibliografia captura
pesquisas conhecidas, revisadas por pares, publicadas até o início de 2018.
Programa HELPS-PB | 68
Pesquisa com os Programa HELPS – implementação individual
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Por fim, a lista de pesquisas finaliza-se com o estudo realizado com o Programa HELPS-PB com escolares
do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental no estudo de doutoramento que teve por objetivo a tradução,
adaptação e aplicação do programa (Martins, 2018):
Programa HELPS-PB | 69
7
____________________________________________________
Usando o HELPS-PB com pequenos grupos ou em casa
____________________________________________________
O Programa HELPS-PB (para intervenção individual), descrito ao longo deste Manual, é o primeiro que
foi desenvolvido em português brasileiro entre uma série de Programas HELPS que visam melhorar a
fluência de leitura dos escolares. Este capítulo descreve brevemente: (a) como o HELPS-PB pode ser
usado potencialmente em casa pelos pais ou responsáveis do escolar e (b) uma versão futura do HELPS-
PB que permitirá aos instrutores usar o programa com pequenos grupos de 2-5 crianças.
Para os instrutores interessados em treinar os pais a utilizar o Programa HELPS-PB para aplicação
individual em casa, é recomendável que não tentem implementar HELPS-PB simultaneamente (por
exemplo, segunda-feira e quarta-feira em casa, sexta-feira na escola). Normalmente, a implementação
Programa HELPS-PB | 70
de um Programa como esse em vários lugares (por exemplo, casa e escola) exigiria muito da
coordenação para transferir materiais do escolar (por exemplo, Gráfico do Escolar, Quadro de Estrelas, e
Ficha do Progresso) entre os diferentes instrutores. Além disso, provavelmente experimentariam
desafios com monitoramento da integridade da implementação dos pais e o compartilhamento de
informações sobre os efeitos da implementação.
No entanto os pais que estão devidamente treinados para implementar o Programa HELPS-PB para
aplicação individual poderiam usá-lo com sucesso. A seguinte lista oferece sugestões de como pais e
instrutores poderiam trabalhar juntos, obtendo sucesso na implementação do Programa HELPS-PB –
aplicação individual.
Para maiores informações sobre as diferentes aplicações do Programa HELPS-PB e sobre cursos de
treinamento do HELPS-PB o e-mail maira.anelli@gmail.com estará disponível.
Programa HELPS-PB | 71
8
Neste capítulo, os instrutores aprenderão por que o Programa HELPS é gratuito e como se compara a
outros programas de leitura comercializados. Os instrutores também aprenderão sobre o Helps
Education Fund, uma fundação sem fins lucrativos (dos Estados Unidos) criada para apoiar o livre acesso
ao HELPS e promover o sucesso educacional geral para os escolares, particularmente aqueles
economicamente desfavorecidos.
Razões Científicas
O HELPS-PB é gratuito, mas isso não significa que ele seja ineficaz ou menos eficaz do que programas
educacionais que custam muito. Na verdade, em comparação com centenas de programas educacionais
caros que as escolas e profissionais costumam usar, já existem muitas evidências de pesquisas apoiando
o Programa HELPS-PB. Como tal, uma razão pela qual o HELPS-PB é gratuito é para que outros
pesquisadores educacionais possam facilmente obter esse programa e avaliar sua eficácia em contextos
escolares ainda não avaliados.
Razões Socioculturais
Igualmente importante como as razões descritas acima, o HELPS-PB é gratuito para professores e
educadores em geral por motivos sociais, culturais e, às vezes até mesmo políticos. Embora a lista a
seguir não seja exaustiva, ela fornece três razões adicionais pelas quais o Programa HELPS-PB é gratuito
para todos.
1. Todas as crianças — independentemente de raça, cor, religião, credo, sexo, nacionalidade, idade,
histórico econômico ou presença de deficiência — merecem uma educação livre e eficaz. Portanto o
custo não deve impedir o acesso dos professores e profissionais a programas interventivos eficazes.
2. Os educadores e profissionais da área da educação têm um dos trabalhos mais importantes e
desafiadores em qualquer sociedade. No entanto, em muitos países, os salários dos professores, por
exemplo, costumam ser muito baixos para compensar a tarefa de educar os estudantes do país. Ainda
mais desanimador, os professores geralmente compram materiais didáticos sem apoio financeiro de sua
escola ou município. Mais uma razão pela qual o custo não deve impedir o acesso dos professores a
materiais ou programas educacionais eficazes.
3. Os dados de desempenho acadêmico nacional nas últimas décadas mostram continuamente que os
escolares de origens economicamente vantajosas superam significativamente os escolares de origens
economicamente desfavorecidas. Essa disparidade prejudica uma economia altamente funcional, o
governo e a sociedade. Existem inúmeros fatores que influenciam essa disparidade, mas esses
resultados não são inevitáveis e muitas vezes são perpetuados por desigualdades no nível dos sistemas.
Programa HELPS-PB | 72
Educadores não podem mudar coisas como pobreza e vida doméstica para seus alunos, mas eles podem
se concentrar em como melhor garantir que um estudante progrida academicamente. Se um professor
puder ajudar um escolar a se tornar um leitor mais qualificado com o uso do Programa HELPS-PB, todos
os professores, profissionais da interface educação-saúde e alunos merecem acesso ao Programa. Por
essas e outras razões, o Programa HELPS-PB é gratuito para todos os professores e profissionais da área
da educação.
Continuar a oferecer um programa educacional eficaz e gratuito não é, em si mesmo, de graça. Isto é
especialmente verdadeiro quando os esforços de disseminação incluem o próprio desenvolvimento do
programa em outras línguas, pesquisas para verificar a eficácia do programa, hospedagem de oficinas,
consulta acadêmica nos níveis de escola e/ou município, e apoio às escolas com todos os materiais do
HELPS-PB necessários (por exemplo, pastas, cronômetros, fotocópias de materiais, etc.). Assim, para
apoiar o contínuo acesso gratuito e a disseminação do HELPS (programas e serviços relacionados), o Dr.
John Begeny, desenvolvedor do Programa HELPS, também criou o Helps Education Fund uma
organização educacional sem fins lucrativos que procura melhorar a educação para todos os alunos. Tais
esforços incluem o fornecimento de materiais educativos gratuitos e serviços de consultoria para
professores que trabalham em escolas economicamente desfavorecidas nos Estados Unidos. Outra ação
realizada a partir do Helps Education Fund para o Brasil foi o suporte dado para a realização do trabalho
de tradução e adaptação do material, incluído também curso presencial de John Begeny para as autoras
deste trabalho de tradução: Maíra Martins e Simone Capellini.
Programa HELPS-PB | 73
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Programa HELPS-PB | 81
Programa HELPS-PB: Protocolo de Implementação
Os passos abaixo que estão marcados com asteriscos deverão ser implementados em combinação com o “Guia
para Instrutores”.
1. * O instrutor estabelece boa relação com o escolar e repassa os objetivos do programa (15 segundos)
O objetivo do programa é que o escolar leia o melhor que puder. Isto significa que o escolar
deve tentar ler rapidamente, com precisão e com boa expressão. O escolar também deve tentar
recordar o que acontece na história e as palavras difíceis que ele praticou.
2. * O escolar lê a história apropriada (História A), como indicado na Ficha do Progresso (1 minuto).
NOTA: Os escolares que atingem a meta de PCPM devem parar de ler exatamente em 1 minuto.
Escolares que não cumprem a meta de PCPM devem continuar a ler por mais 30 segundos para
praticar, mas o instrutor ainda deve por um colchete em frente a última palavra que o escolar
leu ao final de um minuto.
3. * O instrutor pergunta ao escolar o que é que ele se lembra da história que acabou de ler (Reconto).
Também lhe pede que conte em sequência o que ocorreu na história (30 a 45 segundos).
SE O ESCOLAR CUMPRE A META DE LEITURA (Na página seguinte veja as instruções se o escolar não cumpre a meta)
O escolar atinge sua meta quando: (a) cumpre a meta de PCPM; (b) cumpre a meta de PIPM; e (c) reconta partes
da história adequadamente. Veja tabela sobre os Critérios das Metas de acordo com o ano escolar).
4a. Quando o escolar atinge o objetivo, o instrutor deve: (15 segundos)
Elogiar por ter cumprido a meta e imediatamente documentar os resultados da História A.
Dizer ao escolar que ao final da sessão, ganhará pelo menos uma estrela por cumprir a Meta.
Iniciar a história seguinte na Coletânea de Textos do HELPS-PB.
12a. O instrutor documenta toda a informação na “Ficha do Progresso” e indica a seguinte história que o
escolar deve ler na próxima sessão (30 segundos)
13a. O instrutor repassa os passos de execução no “Fluxograma de Implementação” e documenta passos
esquecidos na “Ficha do progresso” (15 segundos)
Tempo total de execução se o escolar cumpre a meta de leitura: 7.5 a 9 minutos
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Apêndice A: 82
SE O ESCOLAR NÃO CUMPRE A META DE LEITURA
4b. * O instrutor lê a História A demonstrando leitura com fluência enquanto o escolar acompanha (1-1.5
minutos)
5b. *O escolar lê a História A uma segunda vez por exatamente um minuto (1 minuto)
6b. *O instrutor realiza o exercício de corrigir as palavras lidas incorretamente nas frases (15-45 segundos)
7b. *O escolar lê a História A uma terceira vez por exatamente um minuto (1 minuto)
8b. *O instrutor realiza o exercício de corrigir as palavras lidas incorretamente nas frases (15-45 segundos)
9b. O instrutor documenta PCPM e PIPM da primeira e terceira leitura de História A (15 segundos)
Enquanto isso, o instrutor elogia (mensagem específica e com ENTUSIASMO) a leitura do escolar
e a melhora na leitura, se corresponde.
10b. O instrutor registra estrelas no “Quadro de estrelas” (15-30 segundos)
Instrutor registra uma segunda estrela se o escolar demonstrou esforço durante a leitura da
História A e leu mais PCPM na última leitura que na primeira leitura da História A.
11b. O instrutor documenta toda a informação na “Ficha do progresso” e indica a próxima história que o
escolar deve ler na próxima sessão (30 segundos)
12b. O instrutor repassa os passos de execução no “Fluxograma de implementação” e documenta os passos
esquecidos na “Ficha do progresso” (15 segundos)
Tempo total de execução se o escolar não cumpre a meta de leitura: 7 a 9 minutos
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Apêndice A: 83
Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso
3º Ano
Nome do Escolar: ______________________________________ História
A A B B
Sessão Nome do Dia 1ª 86 PCPM Escolar PCPM/ PCPM/ PCPM/ PCPM/ Última Observações sobre o
Esquecidos
na 1ª passou no PIPM PIPM PIPM PIPM
# Passos
# Instrutor e história história escolar e/ou Passos
leitura da critério do Tempo Tempo Tempo Tempo
Data lida História Reconto de de de de lida Esquecidos
A? (S ou N)* Leitura Leitura Leitura Leitura (se aplicável)
(S ou N)* #1 #3 #1 #3
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
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22
23
24
25
26
* Quando o escolar não atinge a sua Meta de Leitura, reveja o Manual do Instrutor (páginas 53-61) para determinar se modificações nos procedimentos são necessárias.
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Apêndice
Apêndice B: 85B: 84
Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso
3º Ano
Nome do Escolar:_______________________________________ História
A A B B
Sessão Nome do Dia 1ª 86 PCPM Escolar PCPM/ PCPM/ PCPM/ PCPM/ Última Observações sobre o
Esquecidos
na 1ª passou no PIPM PIPM PIPM PIPM
# Passos
# Instrutor e história história escolar e/ou Passos
leitura da critério do Tempo Tempo Tempo Tempo
Data lida História Reconto de de de de lida Esquecidos
A? (S ou N)* Leitura Leitura Leitura Leitura (se aplicável)
(S ou N)* #1 #3 #1 #3
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
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47
48
49
50
51
52
* Quando o escolar não atinge a sua Meta de Leitura, reveja o Manual do Instrutor (páginas 53-61) para determinar se modificações nos procedimentos são necessárias.
Apêndice B: 85
Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso
4º Ano
Nome do Escolar:______________________________________ História
A A B B
Sessão Nome do Dia 1ª 104 Escolar PCPM/ PCPM/ PCPM/ PCPM/ Última Observações sobre o
PCPM na passou no PIPM PIPM PIPM PIPM
Esquecidos
# Instrutor e história história escolar e/ou Passos
# Passos
1ª leitura critério do Tempo Tempo Tempo Tempo
Data lida da Reconto de de de de lida Esquecidos
História (S ou N)* Leitura Leitura Leitura Leitura (se aplicável)
A? #1 #3 #1 #3
(S ou N)*
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
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19
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* Quando o escolar não atinge a sua Meta de Leitura, reveja o Manual do Instrutor (páginas 53-61) para determinar se modificações nos procedimentos são necessárias.
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Apêndice C: 86
Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso
4º Ano
Nome do Escolar: ______________________________________ História
A A B B
Sessão Nome do Dia 1ª 104 Escolar PCPM/ PCPM/ PCPM/ PCPM/ Última Observações sobre o
PCPM passou no PIPM PIPM PIPM PIPM
Esquecidos
# Instrutor e história história escolar e/ou Passos
# Passos
na 1ª critério do Tempo Tempo Tempo Tempo
Data lida leitura da Reconto de de de de lida Esquecidos
História (S ou N)* Leitura Leitura Leitura Leitura (se aplicável)
A? #1 #3 #1 #3
(S ou N)*
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
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38
39
40
41
42
43
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45
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47
48
49
50
51
52
* Quando o escolar não atinge a sua Meta de Leitura, reveja o Manual do Instrutor (páginas 53-61) para determinar se modificações nos procedimentos são necessárias.
Apêndice C: 87
Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso
5º Ano
Nome do Escolar: ______________________________________ História
A A B B
Sessão Nome do Dia 1ª 117 PCPM Escolar PCPM/ PCPM/ PCPM/ PCPM/ Última Observações sobre o
Esquecidos
na 1ª passou no PIPM PIPM PIPM PIPM
# Passos
# Instrutor e história história escolar e/ou Passos
leitura da critério do Tempo Tempo Tempo Tempo
Data lida História Reconto de de de de lida Esquecidos
A? (S ou N)* Leitura Leitura Leitura Leitura (se aplicável)
(S ou N)* #1 #3 #1 #3
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
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14
15
16
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18
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20
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* Quando o escolar não atinge a sua Meta de Leitura, reveja o Manual do Instrutor (páginas 53-61) para determinar se modificações nos procedimentos são necessárias.
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Apêndice D: 88
Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso
5º Ano
Nome do Escolar: ______________________________________ História
A A B B
Sessão Nome do Dia 1ª 117 PCPM Escolar PCPM/ PCPM/ PCPM/ PCPM/ Última Observações sobre o
Esquecidos
na 1ª passou no PIPM PIPM PIPM PIPM
# Passos
# Instrutor e história história escolar e/ou Passos
leitura da critério do Tempo Tempo Tempo Tempo
Data lida História Reconto de de de de lida Esquecidos
A? (S ou N)* Leitura Leitura Leitura Leitura (se aplicável)
(S ou N)* #1 #3 #1 #3
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
* Quando o escolar não atinge a sua Meta de Leitura, reveja o Manual do Instrutor (páginas 53-61) para determinar se modificações nos procedimentos são necessárias.
Apêndice D: 89
Programa HELPS-PB: Quadro de Estrelas
© 2018 por John C. Begeny. Para fotocopiar legalmente este formulário, consulte as regras de permissão na página de direitos autorais do Manual HELPS-PB.
Apêndice E: 90
NOME: _______________________________ Programa HELPS-PB: Gráfico do Escolar - 3º ano
Notas: Circule o Nº da Leitura e a 1ª PCPM cada vez que o escolar iniciar uma nova história . Escreva a data abaixo da 1ª PCPM do dia.
(Marque PCPM com ponto; Marque PIPM com X) Somente conecte pontos e Xs para leituras da mesma história.
180
160
140
130
120
Palavras Por Minuto
110
100
90 Meta PCPM
80
70
60
50
40
30
20
10
2 Meta PIPM
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
© 2018 por John C. Begeny. Leituras Cronometradas
NOME: _______________________________ Programa HELPS-PB: Gráfico do Escolar - 4º ano
Notas: Circule o Nº da Leitura e a 1ª PCPM cada vez que o escolar iniciar uma nova história . Escreva a data abaixo da 1ª PCPM do dia.
(Marque PCPM com ponto; Marque PIPM com X) Somente conecte pontos e Xs para leituras da mesma história.
200
180
170
160
150
Palavras Por Minuto
140
130
120
110
Meta PCPM
100
90
80
60
40
20
10
2 Meta PIPM
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
© 2018 por John C. Begeny. Leituras Cronometradas
NOME: _______________________________ Programa HELPS-PB: Gráfico do Escolar - 5º ano
Notas: Circule o Nº da Leitura e a 1ª PCPM cada vez que o escolar iniciar uma nova história . Escreva a data abaixo da 1ª PCPM do dia.
(Marque PCPM com ponto; Marque PIPM com X) Somente conecte pontos e Xs para leituras da mesma história.
200
180
170
160
Palavras Por Minuto
150
140
130
110
100
90
80
60
40
20
10
2 Meta PIPM
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Leituras Cronometradas
© 2018 por John C. Begeny.
Programa HELPS-PB
Fluxograma de Implementação
© 2018 por John C. Begeny. Para fotocopiar legalmente este formulário, consulte as regras de permissão na página de direitos autorais do Manual HELPS-PB.
Apêndice J: 95
Programa HELPS-PB: Dicas e Lembretes para a Implementação
As dicas e lembretes listados abaixo foram desenvolvidos ao longo de quatro anos de observação sistemática de
instrutores ao implementar o Programa HELPS-PB em seu idioma original; eles representam, portanto, uma lista
completa de regras e lembretes que devem ajudar os instrutores na implementação do Programa HELPS-PB de
forma eficaz. As dicas e lembretes não só representam as "melhores práticas" para a implementação do Programa
HELPS-PB, mas também incluem lembretes importantes sobre os passos que as vezes são esquecidos quando os
instrutores estão aprendendo a implementar o programa com seus escolares. Enquanto aprendem a implementar os
passos principais do programa (descritos no Protocolo de Implementação e no Guia para Instrutores), os instrutores
devem repassar as Dicas e lembretes e implementá-las com os passos principais do programa. Dependendo da
intensidade do treinamento com o Programa HELPS-PB, um Instrutor pode precisar implementar o HELPS-PB por
pelo menos 10-20 sessões antes de poder aprender a implementar de forma consistente todos os procedimentos
básicos de HELPS-PB e todas as dicas e lembretes. No entanto, deve ser enfatizado que as dicas e lembretes não
são opcionais. Para ter sucesso com o Programa HELPS-PB é necessário implementar todos os passos
principais e incluídos na lista de dicas e lembretes, listados abaixo.
Procedimento de Modelação
Leia em voz alta com um ritmo um pouco mais rápido de leitura do que do escolar.
Leia com boa expressão. Lembre-se que você está modelando o tipo de entonação que você quer que o
escolar desenvolva ao ler em voz alta.
Leia em um volume em que o escolar possa ouvir.
Pare de 5 a 7 vezes para que o escolar leia a palavra seguinte da frase. Este exercício assegura não só que o
escolar está lendo junto com você e prestando atenção, como também ajuda a ter certeza de que você não
está lendo muito rápido.
© 2018 por John C. Begeny. Para fotocopiar legalmente este formulário, consulte as regras de permissão na página de direitos autorais do Manual HELPS-PB.
Apêndice K: 97
Programa HELPS-PB: Síntese das Regras para Pontuar as Leituras Cronometradas
Enquanto um escolar lê um texto em voz alta, espera-se que o instrutor marque no texto do instrutor
todas as PIPM. A explicação seguinte indica como os instrutores devem marcar a PIPM durante as três
diferentes Leituras Cronometradas: Leitura 1 (marque PIPM com uma barra diagonal); Leitura 2 (marque
PIPM com um sublinhado); Leitura 3: (marque PIPM com um círculo ao redor da palavra). Em
exatamente um minuto, o instrutor deve colocar um colchete (ou seja: ] ) logo após a última palavra a
ser lida. Em seguida, o instrutor subtrai todas as PIPM do TPM para obter a pontuação das PCPM. Por
exemplo, se o escolar pontuou: TPM = 88 e PIPM = 3, as PCPM do escolar para essa leitura seria 85 (ou
seja, 88 - 3 = 85).
(Parte A) Devem ser pontuadas como erros:
1. Palavras Mal Pronunciadas
2. Palavras Substituídas
3. Palavras Omitidas
4. Palavras Lidas fora de Ordem. Quando um escolar inverte (ou seja, troca a ordem) das palavras de
um texto, isso é contado como um erro, desde que as palavras invertidas sejam lidas corretamente.
5. Adição ou Omissão de Desinências (ex. -inha, -ia, -s)
6. Hesitações. Se um escolar esforçar-se e hesita em uma palavra por mais de 3 segundos (mesmo que
tente ler a palavra), o instrutor deve fornecer a palavra após 3 segundos e marcar a palavra como
um erro.
Apêndice L: 98
Programa HELPS-PB: Guia Resumido
OBSERVAÇÃO: Use apenas as instruções abreviadas depois que um escolar tiver recebido pelo menos
cinco sessões que incluam o Guia completo das instruções. Isso deve garantir que o escolar tenha ouvido
as instruções completas por um número suficiente de vezes e entenda cada atividade. Se houver motivos
para acreditar que o escolar não entende as instruções depois de 5 sessões completas, continue usando o
Guia completo das instruções até que o Guia Resumido seja apropriado.
Além disso, as instruções resumidas só devem ser usadas depois que o instrutor implementar
consistentemente todos os procedimentos com 100% de precisão. Essas instruções resumidas destinam-
se apenas a abreviar as instruções verbais reais dadas ao escolar. A implementação de cada atividade
deve permanecer a mesma, conforme descrito nos outros roteiros e protocolos.
Instruções para dizer antes de uma Leitura Cronometrada (parte do Procedimento de Leitura
Repetida):
1. Lembre ao escolar que ele estará lendo a história em voz alta para você novamente. Você também
pode lembrá-lo de fazer sua melhor leitura. Certifique-se de que o escolar não inicie até que você diga:
"Comece".
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Apêndice M: 99
Programa HELPS-PB: Exemplos de Declarações de Elogios
Elogios devem ser integrados ao longo de cada sessão de HELPS-PB, incluindo o momento em que os
instrutores premiam estrelas no Quadro de Estrelas do escolar. Por isso, é importante que os instrutores
utilizem elogios específicos, honestos e variados para que essas demonstrações de elogios continuem a
ser significativas para o escolar. Obviamente, existem centenas de maneiras que o instrutor pode
expressar suas declarações de elogios, mas em certas ocasiões alguns instrutores podem se habituar a
usar os mesmos tipos de frases. Para ajudar aqueles que podem ter dificuldade em variar suas
declarações, esta página lista alguns exemplos de elogios. Note que os instrutores devem sempre elogiar
comportamentos específicos (ver coluna dois), mas muitas vezes declarações de elogios gerais
precedem elogios de comportamentos específicos. Como tal, as declarações de elogios gerais/básicos
também devem variar.
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Apêndice N: 100
• Eu poderia dizer-lhe que você vem
praticando as palavras difíceis em casa!
• Sua capacidade de superar os seus
erros sempre me impressiona!
• Estou tão feliz que você não tenha
feitos erros dessa vez!
• Estou emocionado que você atingiu seu
objetivo!
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Apêndice N: 101
Exemplo de Ficha do Progresso com Informações do Escolar
Ficha do Progresso do Programa HELPS-PB
3º Ano
Nome do Escolar: ___William______________ História
A A B B
Sessão Nome do Dia e 1ª 86 PCPM Escolar PCPM/ PCPM/ PCPM/ PCPM/ Última Observações sobre o
na 1ª passou PIPM PIPM PIPM PIPM
Esquecidos
# Instrutor Data história história escolar e/ou Passos
# Passos
leitura da no Tempo Tempo Tempo Tempo
lida História A? critério de de de de lida Esquecidos
(S ou N)* do Leitura Leitura Leitura Leitura (se aplicável)
Reconto #1 #3 #1 #3
(S ou N)*
1 Maíra Q-16/9 1 N N 54/5 79/4 1 0
2 Maíra S-18/9 1 N S 75/3 83/0 1 0
3 Simone S-21/9 1 S S 86/1 65/5 80/3 2 0
4 Maíra Q-23/9 2 N S 85/4 92/0 2 1 Esquecido o passo 8B
5 Maíra S-25/9 2 S S 87/2 70/6 72/3 3 0
6 Maíra S-28/9 3 N S 75/2 88/2 3 0 Escolar pareceu
distraído às vezes
7 Simone Q-30/9 3 N S 84/2 91/0 3 0
8 Simone S-2/10 3 N S 90/1 73/4 85/2 4 0 Escolar foi movido para o
Texto 4 porque ficou no
Texto 3 por três sessões
9 4
10
11
12
13
* Quando o escolar não atinge a sua Meta de Leitura, reveja o Manual do Instrutor (páginas 53-61) para determinar se modificações nos procedimentos são necessárias.
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Apêndice P: 103
Programa HELPS-PB: Instruções para Avaliação da Localização (Apêndice Q: 104)
Nota: PCPM = palavras lidas corretamente por minuto. PIPM = palavras lidas incorretamente por minuto.
Instruções Gerais
▪ Aplicar a leitura dos textos avaliativos (2 por nível) até que um ponto de partida apropriado seja determinado. O ponto de partida é determinado quando
a média das pontuações de PCPM e PIPM do escolar (obtidas a partir de dois textos aplicados em um determinado nível) está dentro das seguintes
pontuações:
Tabela de Critério para Ponto de Partida
Ano Escolar Alvo PCPM Alvo PIPM
Terceiro 56-66 PCPM 5 ou menos
Quarto 74-84 PCPM 3 ou menos
Quinto 87-97 PCPM 3 ou menos
Procedimentos
▪ Inicie aplicando os textos do Nível 1 (4 e 8) e determine se a média das pontuações de PCPM e PIPM estão abaixo, dentro ou acima das pontuações
listadas na Tabela de Critério acima. (Observação: uma pontuação PIPM de um escolar é considerada abaixo da meta se essa pontuação excede o
limite de erro apresentado).
▪ Se as pontuações do escolar estão abaixo do critério, inicie o Programa HELPS-PB com o Texto 1. Se a pontuação está acima do critério, aplique os
textos do Nível 2 (23 e 27) e novamente determine se a média das pontuações de PCPM e PIPM estão abaixo, dentro ou acima das pontuações na
Tabela de Critério. Note que o termo Nível é simplesmente usado para descrição de procedimentos. O Nível não reflete o nível de escolaridade ou
habilidade do escolar.
▪ Continue o processo até que a pontuação do escolar esteja dentro da pontuação da Tabela de Critério. Uma vez que a pontuação esteja dentro do alvo
do critério, descontinue a avaliação de implementação e inicie no ponto de partida especificado. Use a Tabela abaixo para realizar decisões específicas
sobre onde iniciar com o escolar o Programa HELPS-PB e como utilizar a avaliação de implementação.
Tabela de Decisão para Avaliação de Localização na Coletânea de Textos HELPS-PB
Aplicação de textos para os níveis: A pontuação do escolar está A pontuação do escolar está A pontuação do escolar excede
abaixo do critério alvo dentro do critério alvo o critério alvo
Nível 1 (textos 2 e 7) O escolar inicia na História 1 O escolar inicia na História 5 Aplicar textos do Nível 2
Nível 2 (textos 23 e 25) O escolar inicia na História 5 O escolar inicia na História 25 Aplicar textos do Nível 3
Nível 3 (textos 48 e 55) O escolar inicia na História 25 O escolar inicia na História 50 Aplicar textos do Nível 4
Nível 4 (textos 61 e 70) O escolar inicia na História 50 O escolar inicia na História 66 Aplicar textos do Nível 5
Nível 5 (textos 79 e 82) O escolar inicia na História 66 O escolar inicia na História 75 O escolar inicia na História 75*
* Se um escolar excede os critérios alvo dos textos do Nível 5, o instrutor pode escolher reavaliar se o escolar se beneficiaria do Programa HELPS-PB. Em
alguns casos, o escolar pode ainda beneficiar-se do programa, mas em outros casos pode beneficiar-se de um programa de leitura que visa
especificamente uma habilidade diferente de fluência de leitura.
Exemplo de Caso Ilustrando os Procedimentos de Avaliação da Localização
Jéssica é uma aluna do terceiro ano que apresenta dificuldades com a fluência de leitura. Ou seja, ao ler material apropriado para seu nível, ela geralmente
decodifica as palavras com precisão, mas faz com lentidão e não tem boa expressão ao ler. Para ajudar Jéssica usando o programa HELPS-PB, o instrutor
inicia a avaliação de localização aplicando as histórias do Nível 1 (Textos 2 e 7). As pontuações de Jéssica são as seguintes: Texto 2: PCPM = 85, PIPM =
2; Texto 7: PCPM = 78, PIPM = 4. Assim, as pontuações médias de Jéssica nas histórias do Nível 1 são: PCPM = 81,5 e PIPM = 3. Dadas as médias
dessas pontuações, Jéssica excede as pontuações alvo do seu ano (3º Ano) na Tabela de Critério (isto é, ela lê mais de 56-66 PCPM e lê com 5 ou menos
erros). Com isso, o instrutor de Jéssica aplica as histórias do Nível 2 (Textos 23 e 25) e obtém as seguintes médias das pontuações entre essas duas
histórias: PCPM = 78, PIPM = 2,5. Mais uma vez, as pontuações de Jéssica ultrapassam as pontuações desejadas para o ano escolar, de modo que o
instrutor aplica as histórias da avaliação do Nível 3 (Textos 48 e 55). Desta vez, as médias das pontuações de Jéssica entre essas duas histórias são as
seguintes: PCPM = 64,5, PIPM = 4. Como a pontuação de PCPM de Jéssica está agora dentro do alvo listado na Tabela de Critério, o instrutor inicia o
programa HELPS-PB com Jéssica na história 50. Se, por exemplo, a média da pontuação de Jéssica no Nível 3 em PCPM estivesse abaixo do alvo das
pontuações listadas na Tabela de Critério (por exemplo, PCPM = 54), o instrutor de Jéssica iniciava com ela na história 25.
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Apêndice Q: 105
Programa HELPS-PB: Instruções para Avaliação da Localização – Folha de Registro e Tabelas para Decisões
Nome do Escolar: ________________________________________ Ano do Escolar: _______________
Com base nas pontuações acima e as tabelas abaixo, este escolar começará o programa HELPS-PB na história número: ____________
Nível 2 (textos 23 e 25) O escolar inicia na História 5 O escolar inicia na História 25 Aplicar textos do Nível 3
Nível 3 (textos 48 e 55) O escolar inicia na História 25 O escolar inicia na História 50 Aplicar textos do Nível 4
Nível 4 (textos 61 e 70) O escolar inicia na História 50 O escolar inicia na História 66 Aplicar textos do Nível 5
Nível 5 (textos 79 e 82) O escolar inicia na História 66 O escolar inicia na História 75 O escolar inicia na História 75*
* Se um escolar excede os critérios alvo dos textos do Nível 5, o instrutor pode escolher reavaliar se o escolar se beneficiaria do Programa HELPS-PB. Em
alguns casos, o escolar pode ainda beneficiar-se do programa, mas em outros casos pode beneficiar-se de um programa de leitura que visa
especificamente uma habilidade diferente de fluência de leitura.
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Apêndice R: 106
Programa HELPS-PB: Avaliação da Localização – Folha de Registro e Tabelas para Decisões
Nome do Escolar: ________________________________________ Ano do Escolar: _______________
Pontuações para Avaliar a Localização
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
PCPM PIPM PCPM PIPM PCPM PIPM PCPM PIPM PCPM PIPM
Avaliação
História 1
Avaliação
História 2
Média da
Pontuação do
Nível
Com base nas pontuações acima e as tabelas abaixo, este escolar começará o programa HELPS-PB na história número: ____________
Nível 1 (textos 2 e 7) O escolar inicia na História 1 O escolar inicia na História 5 Aplicar textos do Nível 2
Nível 2 (textos 23 e 25) O escolar inicia na História 5 O escolar inicia na História 25 Aplicar textos do Nível 3
Nível 3 (textos 48 e 55) O escolar inicia na História 25 O escolar inicia na História 50 Aplicar textos do Nível 4
Nível 4 (textos 61 e 70) O escolar inicia na História 50 O escolar inicia na História 66 Aplicar textos do Nível 5
Nível 5 (textos 79 e 82) O escolar inicia na História 66 O escolar inicia na História 75 O escolar inicia na História 75*
* Se um escolar excede os critérios alvo dos textos do Nível 5, o instrutor pode escolher reavaliar se o escolar se beneficiaria do Programa HELPS-PB.
Em alguns casos, o escolar pode ainda beneficiar-se do programa, mas em outros casos pode beneficiar-se de um programa de leitura que visa
especificamente uma habilidade diferente de fluência de leitura.
Apêndice S: 107 © 2018 por John C. Begeny. Para fotocopiar legalmente este formulário, consulte as regras de permissão na página de direitos autorais do Manual HELPS-PB.
Gabarito para Exemplo Prático: Ficha do Progresso
Programa HELPS-PB: Ficha do Progresso
4º Ano
Nome do Escolar: ____Lucas___________________
História
A A B B
Sessão Nome do Dia e 1ª 104 Escolar PCPM/ PCPM/ PCPM/ PCPM/ Última Observações sobre o
PCPM na passou no PIPM PIPM PIPM PIPM
Esquecidos
# Instrutor Data história história escolar e/ou Passos
# Passos
1ª leitura critério do Tempo Tempo Tempo Tempo
lida da Reconto de de de de lida Esquecidos
História (S ou N)* Leitura Leitura Leitura Leitura (se aplicável)
A? #1 #3 #1 #3
(S ou N)*
1 Beth Q-16/9 25 N S 90/2 99/3 25 0
2 Helô S-18/9 25 S S 105/0 85/4 88/2 26 1 Esquecido o passo 6A
3 Helô S-21/9 26 N S 89/3 106/1 26 0
4 Beth Q-23/9 26 S S 111/0 79/3 85/0 27 0
5 Beth S-25/9 27 N N 99/4 102/1 27 0 Escolar estava muito
chateado antes da
leitura
6 27
7
8
9
10
*Quando o escolar não atinge a sua Meta de Leitura, reveja o Manual do Instrutor (páginas 53-61) para determinar se modificações nos procedimentos são necessárias.
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Apêndice U: 109
1 ESTRELA 1 ESTRELA 1 ESTRELA 1 ESTRELA 4 ESTRELAS 4 ESTRELAS
BÔNUS BÔNUS BÔNUS BÔNUS BÔNUS BÔNUS
Instrutor:
Nome
Alguns benefícios do Programa HELPS
•O
Programa HELPS está disponível atualmente
em inglês, espanhol e português.
100%
Todo valor adquirido a partir da venda do
Programa HELPS é usado para apoiar uma
organização sem fins lucrativos que trabalha para
melhorar o desempenho acadêmico do escolar
www.helpsprogram.org