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1.2.2 Velocidade........................................................................................................... 7
x Xsen t (21)
x 2 Xsen t (23)
As curvas referentes às Eq. (21), (22) e (23) são apresentadas na Fig. 31.
Observando-se a Fig. 31 é possível notar que há diferenças entre o valor das amplitudes
máximas e as fases das três curvas. Com relação à fase, a curva do deslocamento está defasada
90º em relação à curva velocidade e 180º em relação à aceleração. Já o módulo da máxima
amplitude da curva em deslocamento está relacionado ao módulo da máxima amplitude da curva
em velocidade por um fator e ao módulo da máxima amplitude da curva em aceleração por um
fator 2. Desta forma, pode-se concluir que vibrações de baixa frequência (abaixo de 10 Hz) são
melhor caracterizadas quando se realiza medições em deslocamento. Em contrapartida, vibrações
em frequências altas (acima de 100 Hz) podem ser melhor observadas quando se realiza a
medição em aceleração, pois esta é amplificada por um fator de 2. Já a medição em velocidade
é uma escolha adequada tanto para baixas quanto para altas frequências, pois possui um fator de
ponderação de . Na Fig. 32 apresenta-se a relação entre medições realizadas em deslocamento,
velocidade e aceleração de acordo com a faixa de frequência.
1.2.1 Deslocamento
Esta medição fornece o valor da velocidade com a qual um ponto se move em relação a
sua posição de equilíbrio, sendo que a unidade de medição mais usual é em mm/s.
A medição em velocidade é uma escolha muito sensata para uma faixa de freqüência
entre 10 Hz e 1000 Hz. Além disso, a velocidade é considerada o melhor parâmetro para avaliar
a severidade de vibração em máquinas, haja vista que a maior parte dos defeitos mecânicos tais
como desbalanceamento, desalinhamento, folgas, problemas elétricos e problemas em sistemas
de transmissão por correias, se manifestam nesta mesma faixa de freqüência.
1.2.3 Aceleração
Esta medição fornece o valor da aceleração do ponto de medição em relação ao seu ponto
de equilíbrio, sendo que as unidades de medidas mais empregadas são o m/s2 e o g (9.81 m/s2).
Conforme apresentado anteriormente, a medição em aceleração é bastante recomendada
para diagnosticar defeitos que se manifestam em alta freqüência, principalmente acima de 1000
Hz, pois o seu gráfico é amplificado nesta região, facilitando a análise.
As medições em aceleração são muito importantes principalmente na detecção e no
diagnóstico de defeitos em rolamentos, engrenamentos e impactos.
Além disso, deve-se mencionar que há técnicas muito utilizadas no diagnóstico de
problemas mecânicos que se baseiam na medição de aceleração, tais como o Envelope de
Aceleração. Estas técnicas serão abordadas com detalhe no Treinamento em Análise de
Vibrações: Módulo III.
1.2.4 Acelerômetros
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Observando-se a Fig. 35 e a Fig. 36, pode-se notar que o método de instalação que maximiza
a freqüência útil é com a base rosqueada, ao passo que o uso de pontas de provas é o método que
mais reduz a faixa de freqüência util. Quando se utiliza analisadores portáteis na manutenção
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Conforme pode ser observado na Fig. 38, de forma simplificada pode-se dizer que, cada
componente do equipamento está associado a um pico de freqüência. Portanto, se um pico
apresenta um aumento significativo, é possível afirmar que há grandes chances de que haja um
defeito relacionado ao componente mecânico que o origina. Entretanto, a análise de vibração
deve ir além, pois diversos problemas geram alterações no padrão dos espectros,
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2.1 Desbalanceamento
O desbalanceamento é, sem dúvida, uma das causas mais comuns de vibração excessiva em
equipamentos rotativos. É consequência de uma distribuição de massa não uniforme em torno do
eixo de rotação, o que pode ser devido a diversos fatores, tais como:
Porosidade no material
Densidade não uniforme
Tolerâncias de manufatura
Desgaste em pás de rotores que manipulam ar com partículas abrasivas;
Acúmulo de sujeira, ou até mesmo gelo, em rotores ou partes rotativas;
Presença de materiais intrusos em cavidades, como barro ou água;
Excentricidade devido a folgas em componentes mecânicos;
Atividades de manutenção, tais como substituição de rolamentos;
Desprendimento de partes rotativas devido à quebra.
Existem três tipos principais de desbalanceamento: estático, o acoplado e o dinâmico, que
serão apresentados a seguir.
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2.2 Desalinhamento
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Este tipo de desalinhamento ocorre quando as linhas de centro dos eixos do acionamento e do
acionado formam um ângulo entre si, conforme apresentado na Fig. 42.
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Este tópico está inserido nesta seção devido a similaridades dos sintomas apresentados por
desalinhamento e eixo empenado.
Quando se encontra uma máquina com eixo empenado, geralmente as vibrações são elevadas
tanto na radial quanto na axial, sendo que na maioria das vezes, a vibração na axial é maior.
Outro sintoma muito similar ao desalinhamento é a presença de componentes em 1xRPM e
2xRPM no espectro, conforme apresentado na Fig. 46. Em caso de eixo empenado, se a
componente em 1xRPM for dominante o empenamento localiza-se perto do centro do eixo. Se a
componente em 2xRPM for mais destacada, o empenamento está localizado perto das
extremidades do eixo.
O desalinhamento é um defeito que não aparece apenas em acoplamentos, mas pode surgir
também devido a erros de montagem. Um caso bastante comum consiste na montagem incorreta
do rolamento, deixando-o desalinhado em relação ao seu eixo, ou seja, enjambrado. Esta situação
é ilustrada na Fig. 48.
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As folgas mecânicas são caracterizadas pelo movimento relativo entre componentes rotativos
ou estruturais. Em geral, podem ser classificadas em três tipos básicos: A, B ou C.
As folgas tipo A podem ser causadas por problemas estruturais na base, defeitos na fundação,
folgas nos pés da máquina ou distorções na sua carcaça (pé manco), conforme pode ser visto na
Fig. 49.
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Fig. 51 – Efeito das folgas tipo B em uma máquina girando em sentido horário
O espectro característico das folgas tipo B é apresentado na Fig. 52.
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A freqüência de rotação da correia pode ser calculada observando a Fig. 55, e com base na
Eq. (24):
= (24)
Onde:
: diâmetro primitivo da polia 1;
: rotação da polia 1;
: comprimento da correia
O comprimento da correia, , pode ser calculado pela Eq. (25):
( )
= 2 + 1.57( + )+ (25)
Onde:
: diâmetro primitivo da polia 2;
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A ressonância da correia pode ser excitada tanto pela rotação da polia motora quanto da polia
movida. Nestes casos, os níveis de vibração do sistema podem atingir patamares alarmantes.
Na Fig. 60 é possível observar um espectro característico de ressonância da correia.
( )= (1 + ) (26)
( )= (1 − ) (27)
( )= (1 − ) (28)
2 ( )= 1− (29)
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2.5.2.1 Estágio 1
Fig. 62 – Estagio I: as pistas dos rolamentos não apresentam nenhum defeito visível
2.5.2.2 Estágio 2
Começam a aparecer pequenos defeitos que geram impactos quando um elemento rolante
passa por eles, excitando as freqüências naturais dos rolamentos que estão na faixa entre 500 Hz
e 2000 Hz (30 a 120 kcpm). Assim, pode-se notar também o aparecimento de bandas laterais
cercando as freqüências naturais dos rolamentos. É importante mencionar que as freqüências
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Fig. 63 – Estagio II: aparecimento de pequenos defeitos nas pistas dos rolamentos
2.5.2.3 Estágio 3
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2.5.2.4 Estágio 4
Esta é a fase final, pois os pits se multiplicam tornando as pistas ásperas, o que aumenta a
taxa de desgaste entre as pistas e os elementos rolantes. O rolamento está em uma condição
severamente desgastada agora. Até a amplitude da componente de 1 x rotação irá aumentar.
Conforme aumenta, pode também causar o aparecimento de muitas harmônicas da rotação.
Pode-se visualizar claramente grandes folgas nos rolamentos que permitem o deslocamento do
rotor em relação ao eixo.
Freqüências discretas de defeitos no rolamento e componentes de freqüências naturais, na
verdade, começam a se fundir e a formar um ruído aleatório de alta freqüência na base do
espectro. Inicialmente, a amplitude média do ruído de banda larga pode aumentar, entretanto esta
diminuirá conforme a sua banda de freqüência fica mais larga. Próximo ao colapso final, tanto a
amplitude média do ruído quanto a largura da sua banda de freqüência irão aumentar.
Na Fig. 65 apresenta-se os sintomas deste estágio.
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