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SOCIAL (1893)
Emile Durkheim
DA DIVISÃO DO TRABALHO SOCIAL (1893)
•Tema: relação entre indivíduos e coletividade
Os detalhes relativos ao que é preciso fazer, e ao que é preciso crer, são impostos pela
consciência coletiva.
• Na solidariedade por semelhança os indivíduos pouco divergem entre si. Membros de uma
mesma coletividade, têm os mesmos sentimentos, os mesmos valores, reconhecem os mesmos
objetos como sagrados. A sociedade tem coerência porque os indivíduos ainda não se
diferenciaram.
• Para que o aumento do número dos indivíduos se torne uma causa da diferenciação, é preciso
acrescentar a densidade material e moral.
• A densidade material é o número dos indivíduos em relação a uma superfície dada do solo.
• A densidade moral é a intensidade das comunicações e trocas entre esses indivíduos. Quanto
mais intenso o relacionamento entre os indivíduos, maior a densidade.
Só numa sociedade em que a consciência coletiva perdeu uma parte da sua rigidez o
indivíduo pode ter uma certa autonomia de julgamento e de ação. Nessa sociedade
individualista, o problema mais importante é manter o mínimo de consciência coletiva, à
falta da qual a solidariedade orgânica provocaria a desintegração social.
Teoria da norma moral
• O direito é uma forma estável e precisa e serve como fator externo que
representa a solidariedade social.
• Restitutivas: objetiva repor as coisas em ordem quando uma falta foi cometida, ou organizar a
cooperação entre os indivíduos.
• Nas sociedades “primitivas” é a assembleia do povo que faz a justiça sem intermediários.
• “Quando reclamamos a repressão ao crime, não somos a nós que queremos pessoalmente vingar, mas a
algo de sagrado que sentimos, mais ou menos confusamente fora e acima de nós”.
MARTINS, José de Souza. Linchamentos: a justiça
popular no Brasil. São Paulo: Contexto, 2015
• Martins enfatiza a dimensão pedagógica, portanto pública e coletiva,
do linchamento como vendeta reparadora de um processo de anomia
resultante de grave transgressão moral.
• Esta anomia, síntese de situações de extrema tensão pela indignação,
humilhação e ressentimento que ocasiona o ato transgressor, exige
uma reparação em forma de rito sacrificial, catártico, que reconduz à
ordem moral e cósmica o espaço interacional.
MARTINS, José de Souza. Linchamentos: a justiça
popular no Brasil. São Paulo: Contexto, 2015
• “A sociedade relacional brasileira, de fundo escravocrata,
conservadora, alicerçada no mando pessoal e no poder dos
potentados da terra, tinha na justiça privada e no justiçamento
popular seus modelos de preservação da ordem social e de suas
linhas e hierarquias morais visíveis e invisíveis.
• A “modernidade brasileira”, enquanto projeto de ordenação
individualista do social segundo os princípios da igualdade formal, da
impessoalidade e do desempenho individual, se estabelece na síntese
e confusão destes modelos relacional e individualista de sociedade,
prevalecendo o aspecto relacional das interações mesmo nas
metrópoles brasileiras”.