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Músculos do Membro Inferior

Músculos Pélvicos
(rotadores da coxa);

Músculos da Coxa;

Músculos da Perna;

Músculos do Pé.
Músculos Pélvicos
Definição deste
Grupo Muscular:
Inserem-se todos
proximalmente na
cintura pélvica e
distalmente na
extremidade
proximal do fémur.
São todos rotadores
externos
(supinadores) da
coxa (podendo ter
ações adicionais).
Músculos Pélvicos
Nove músculos que se podem
dividir em dois grupos:

1. Glúteos ou Nadegueiros:
Três músculos (grande, médio e
pequeno) sobrepostos em camadas
sucessivas e ocupando a região
nadegueira (fossa ilíaca externa).

2. Pequenos músculos:
Piramidal (ou piriforme),
Obturadores (interno e externo),
Gémeos femorais ou crurais
(superior e inferior) ,
Quadrado femoral (ou crural).

São todos, em alguma medida


supinadores da coxa (única
exceção: glúteo médio, abdutor)..
Músculos Glúteos (ou Nadegueiros)
Grande Glúteo
(magno ou maior)

Glúteo Médio

Pequeno Glúteo
(ou menor)

Três músculos que ocupam a


região nadegueira e se inserem
na fossa ilíaca externa.
Distribuem-se, da superfície
para a profundidade, em três
camadas, diminuindo as suas
massas musculares da
superfície para a profundidade.
Grande Glúteo
(ou Glúteo Maior)
É músculo mais volumoso
e superficial da nádega,
dando-lhe a sua forma.

Apresenta extensas
inserções proximais
(cintura pélvica), região em
que a sua aponevrose se
continua pela fáscia ou
aponevrose lombossagrada
(e toracolombar), deste
modo entrando em sinergia
com os músculos grande
dorsal e os músculos das
goteiras vertebrais no
movimento de extensão
da coluna (necessário ao
ortostatismo).
Grande Glúteo
(ou Glúteo Maior)
Inserções
Proximais:
1. Terço posterior do
lábio externo da crista
ilíaca;
2. Área da face lateral
do ilíaco que vai da
linha glútea posterior
e até à crista ilíaca;
3. Ligamento
sacroilíaco posterior.
4. Crista do sacro e
cóccix;
5. Ligamento
sacrotuberositário
(ciático maior).
Glúteo Maior
Inserção Distal:
Linha externa da trifurcação
superior da linha áspera do
fémur: crista ou tuberosidade
glútea do fémur, a mais
marcada das três linhas da
trifurcação proximal da linha
áspera do fémur.
Glúteo Maior
Ações:
Extensão da coxa
em relação ao tronco
e extensão do tronco
em relação à coxa
(importante no ato de
elevação do corpo a
partir de uma cadeira;
colabora na
manutenção da
posição ortostática
que envolve extensão
da coluna).

Ação adicional:
rotação externa
(supinação) da coxa
(ação de pouca
amplitude).
Glúteo Maior põe a Espécie Humana no Guiness !
Somos o mamífero
com o músculo glúteo
de maior volume.
Razão: o
desenvolvimento do
glúteo é essencial no
ortostatismo – (i)
caminhamos sobre
dois membros
apenas; e (ii)
Comparação entre humano e gorila
necessitamos, para
isso, de puxar a
coluna para trás
(extensão) para se
manter ereta. Ambas
estas ações
requerem um glúteo
maior potente.
Glúteo Médio
Coberto quase por
completo pelo grande
glúteo (com exceção do
seu limite superior).

Inserções Proximais:
1. Dois terços anteriores
do lábio lateral da crista
ilíaca.
2. Área da fossa ilíaca
externa que fica entre as
linhas glútea anterior e
posterior.
Inserção Distal:
Face lateral do trocânter
(ou tuberosidade) maior
do fémur.
Glúteo Médio: Ação
É o abdutor da coxa.

A abdução da coxa é
essencial na marcha e está
dependente em exclusivo
do glúteo médio.

A sua ação de rotação interna da


coxa, que alguns livros citam para
o integrar nos rotadores, é
funcionalmente irrelevante.
Lesão do Glúteo Médio
Se perder a sua inervação ou sofrer
rutura do seu tendão distal, o
músculo deixa de atuar.

O diagnóstico de paralisia do glúteo


médio é fácil de ser obtido: se o
doente em pé fizer todo o seu apoio
no membro não lesado (“pé coxinho”)
a anca do lado contrário cai (é a
anca do membro que está suspenso
e que apresenta lesão funcional do
glúteo médio); o doente compensará
a queda da anca inclinando o tronco
para o lado contrário [teste de
Trendelenburg].

Deste modo, com lesão do glúteo


médio o andar não é possível sem
desequilíbrio grave, com queda para
o lado lesado.

Veja videos no Youtube sobre


“Trendelenburg test” !
Pequeno Glúteo
(ou Glúteo Menor)
Coberto pelo glúteo
médio.
Inserções Proximais:
1. Terço anterior do lábio
externo da crista ilíaca.
2. Área extensa da fossa
ilíaca externa situada
entre as linhas glúteas
anterior e inferior.
Inserção Distal:
Bordo superior e anterior
do trocânter (ou
tuberosidade) maior do
fémur.
Ações: Sobretudo
supinador da coxa, pode
ajudar glúteo médio na
abdução.
RMN de corte axial (horizontal): Glúteos

1. M. Ilíaco; 2. M. Reto; 3. Osso Ilíaco; 4 - M. Glúteo Médio; 5. Pequeno


Glúteo; 6. Grande Glúteo.
Piramidal Pélvico
(ou Piriforme)
Músculo que atravessa o
grande buraco ciático, tendo
os nervos ciáticos e os
vasos glúteos inferiores
abaixo do músculo, e os
vasos glúteos superiores
acima do músculo.
Inserção Proximal (Medial):
Face anterior do sacro (de S2
a S4).
Inserção Distal (lateral):
Bordo superior do trocânter
maior (porção média).

Ação: rotação externa ou


supinação da coxa.
Piramidal Pélvico (ou Piriforme)
Grande Buraco Ciático:
os vasos glúteos superiores
atravessam este buraco acima
do piramidal; os vasos glúteos
inferiores passam abaixo do
piramidal, tal como o nervo
ciático.
O início do reto (final do tubo
digestivo) fica adiante e entre
os dois músculos piramidais.
Inflamação do Piramidal Pélvico
A inflamação do piramidal,
devida a uso excessivo do
músculo, poderá dar
sintomatologia semelhante
à ciatalgia (dor mais
frequentemente causada
por hérnia discal lombar)
porque a inflamação do
piramidal aumenta o seu
volume e leva à
compressão do nervo
ciático (síndrome do
piriforme) que passa
abaixo do piramidal quando
ambos atravessam o
buraco ciático maior.
Ocorre, por exemplo, nos
golfistas profissionais.
RMN de corte axial: Piramidal.

1 Tensor da fascia lata; 2 vasos Ilíacos; 3 Intestino delgado; 4 Sartório


ou costureiro; 5 Piramidal ou piriforme; 6 Reto; 7 Pequeno glúteo.
Sabendo que 1 é o
nervo ciático, onde
está o músculo
piramidal pélvico?
Obturador Interno
Músculo que cobre por
dentro o buraco
obturado (este músculo
está separado do
obturador externo pela
membrana obturatória
de tecido conjuntivo
fibroso).

O seu componente
muscular encontra-se
dentro da cavidade
pélvica convergindo
depois o seu tendão
para atravessar o
pequeno buraco
ciático e depois se
inserir trocânter maior
do fémur.
Obturador Interno
Inserção Proximal:
Fibras radiárias inserindo-se no
ilíaco e cobrindo o bordo
interior ou superior do buraco
obturado.
Inserção Distal:
As fibras convergem para
passarem atrás da pequena
chanfradura ciática,
atravessando depois o buraco
ciático menor e mudando de
direção para se inserirem,
acompanhadas pelas fibras
dos dois músculos gémeos, na
face medial do grande
trocânter do fémur (acima da
fosseta digital).
Ação: supinador da coxa.
RMN de corte axial: Glúteos e Obturador Interno

1 Glúteo médio; 2 Reto femoral; 3 vasos femorais; 4 Bexiga; 5 Psoas-ilíaco; 6


Sartório; 7 Tensor da fascia lata; 8 Cabeça do fémur; 9 Obturador interno; 10
Grande glúteo.
Obturador Externo
Músculo que cobre por fora
o buraco obturado
dirigindo o seu tendão para
a cavidade digital do
trocânter maior do fémur,
onde se insere.

Ação: supinador da coxa.


RMN de corte coronal: Obturadores.

1 Articulação sacro-
ilíaca.
2 Trocânter maior
(grande
tuberosidade).
3 Pequeno
trocanter.
4 Obturador
externo.
5 Obturador
interno.
6 Glúteo.
Quadrado Femoral
Pequeno músculo que
liga a tuberosidade
isquiática à crista
intertrocantérica
posterior, onde
determina, em sua
honra, uma elevação
óssea denominada
como tubérculo do
quadrado.

Ação: supinador da
coxa.
RMN de corte axial: Quadrado Femoral

1 Tensor da fascia lata; 2 Reto femoral; 3 Sartório; 4 Sínfise púbica; 5 vasos


femorais; 6 Psoas-ilíaco; 7 Quadrado femoral; 8 Obturador interno; 9 Grande
glúteo.
Disseção de Músculos Pélvicos
Gémeos Femorais
Dois músculos
simétricos (superior e
inferior) que se
inserem nos limites
(superior e inferior) da
pequena chanfradura
ciática e acompanham
o obturador interno,
no seu percurso
extrapélvico, para se
inserirem os três
conjuntamente com
este músculo na face
medial do trocânter
maior do fémur, acima
da fosseta digital.

Ação: supinador da
coxa.
Músculos da Coxa
As suas inserções
proximais fazem-se
nas três porções do
osso ilíaco,
permitindo assim
distinguir três
grupos:

Músculos Ilíacos ou
Anterolaterais.

Músculos
Isquiáticos ou
Posteriores.

Músculos Púbicos
ou Mediais.
Músculos Ilíacos ou Anterolaterais da Coxa
Quadriceps Femoral
Tensor da Fascia Lata
Sartório (ou Costureiro)
Quadriceps Femoral
É o mais volumoso e
potente músculo do corpo
humano.
Constituído por quatro
ventres (ou cabeças):
Reto Anterior (ou porção
longa do quadriceps).
Vasto Lateral.
Vasto Medial.
Vasto Intermédio
(profundo).
Os quatro ventres reúnem-se
distalmente num único e
fortíssimo tendão patelar ou
rotuliano (contém a rótula)
que se insere na
tuberosidade da tíbia. O
tendão rotuliano também pode ser
designado como ligamento rotuliano.
Quadriceps Femoral
O reto femoral é a única
porção do quadriceps que se
insere no osso ilíaco.
É o principal responsável
pelo movimento de flexão da
coxa sobre o tronco e
participa na extensão da
perna (em conjunto com os
outros três componentes do
quadriceps).

Apresenta dois tendões:


Direto: insere-se na espinha
ilíaca antero-inferior.
Refletido: insere-se ao longo
do bordo superior do
acetábulo.
Quadriceps Femoral
Os vastos inserem-se
todos proximalmente no
fémur (ao contrário do
reto anterior).
Vasto externo ou lateral:
na face lateral do corpo do
fémur, desde logo abaixo
do trocânter maior e até
ao bordo externo da linha
áspera.
Vasto interno ou medial:
no face medial do corpo
do fémur, desde logo
abaixo do colo e até ao
bordo interno da linha
áspera.
Vasto intermédio (ou
crural): nas faces anterior
(e um pouco na lateral) do
fémur, estando todo
coberto pelo reto anterior.
Vasto Externo: está hipertrofiado nos futebolistas
(todo o quadríceps está, mas o vasto lateral em particular)
Quadriceps Femoral

Ações:

A contração do reto
anterior e dos vastos leva
ao movimento de flexão da
coxa sobre o tronco (reto
anterior) e de extensão da
perna (todos os quatro
componentes do
quadríceps).
Que componentes do quadríceps
femoral estão bem visíveis ?
Tensor da Fascia Lata
Pequeno músculo que está
contido dentro do limite
superior de uma região em que
a aponevrose superficial é
espessa (fascia lata = grande
aponevrose) a qual se estende
para baixo até ao joelho,
fazendo a contenção (como se
fosse uma meia elástica
anatómica) dos músculos
anterolaterais da coxa (em
particular do vasto lateral). A
fáscia lata continua-se acima
pela fáscia do grande glúteo.
A porção mais lateral da fáscia
lata que desce até ao joelho é
conhecida como trato
iliotibial, unindo a crista ilíaca
à face lateral da extremidade
proximal da tíbia.
Tensor da Fascia Lata
Inserções:
Proximais – espinha
ilíaca antero-superior,
lábio externo da crista
ilíaca (metade
anterior) e fáscia ou
aponevrose glútea.
Distal –
Tuberosidade lateral
da tíbia (através do
trato iliotibial).
Tensor da Fascia Lata e Articulação do Joelho (para ler)
A gonartrose (=artrose do joelho) atinge mais o sexo feminino que o masculino. Isto deve-se às
diferenças anatómicas entre os dois sexos: maior diâmetro transversal da bacia feminina
(vantagem obstétrica) que implica um maior ângulo em valgo do joelho.
A estrutura mecânica do ortostatismo e da marcha humana assenta na posição vertical das tíbias.
Na marcha, quando apenas um pé apoia no solo e o outro avança (fase de apoio), o peso do
corpo ficaria medialmente ao eixo da tíbia apoiada, se não existissem importantes mecanismos de
recentragem da carga. Um desses mecanismos é dinâmico e é obtido pela ação do músculo
tensor da fáscia lata; o outro é estático ou anatómico e deriva da inclinação para dentro das
diáfises femurais que assim colocam os joelhos e tíbias o mais próximo possível do eixo das
cargas geradas pelo peso do corpo (as tíbias são verticais).
Durante a marcha, o stress na cartilagem articular é muito maior do que o considerado unicamente
pelo peso do corpo. A deformidade varizante (de varo) pode facilmente sobrecarregar o
compartimento medial, levando à rutura da cartilagem.
A. Durante o apoio, o peso do corpo concentra-se mais no compartimento interno.
B. O tensor da fáscia lata recentra as cargas, no eixo do joelho em apoio.
A gonartrose começa exatamente nas áreas de menor contato entre as duas superfícies
articulares , que são os locais onde a nutrição da cartilagem hialina é menor pois depende do
embebimento/esvaziamento (efeito de esponja). A tendência degenerativa que conduz à artrose
do compartimento externo da tróclea fémuro-rotuliana será tanto maior quanto maior for o ângulo
em varo do joelho, porque menor a nutrição das suas cartilagens.
A gonartrose é caracterizada pela presença de: dor, espasmos musculares, rigidez, limitação do
movimento, desgaste e fraqueza muscular, tumefação articular, deformidades, crepitação e perda
de função. Durante a inflamação ocorre calor, rubor, tumefação e dor.
A dor de um doente com artrose tem um ritmo, ou seja, tem um modo de ser ao longo do dia. É
uma dor mecânica, pelo facto de se agravarem ao longo do dia (devido a esforços) melhorando
quando o doente repousa. A rigidez surge, sobretudo, ao iniciar os movimentos sendo esta de
curta duração. A limitação do movimento pode surgir precocemente, ao contrário das deformações
que, em regra, são tardias.
Os músculos quadricípete e isquiotibiais, sofrem hipotrofia podendo esta estar relacionada com o
desuso, devido ao quadro álgico, que provoca a limitação do movimento e da função.
Tensor da Fascia Lata e Joelho

A. Durante o apoio, o peso do corpo


concentra-se mais no compartimento
interno.
B. O tensor da fáscia lata recentra as
cargas, no eixo do joelho em apoio.
RMN de corte coronal: Tensor da Fascia Lata

1 Crista Ilíaca.
2 M. Ilíaco.
3 Glúteo Médio.
4 M. Tensor da
Fascia Lata.
5 Pectíneo.
6 Bexiga.
7 Sínfise Púbica.
8 Pequeno Glúteo.
Tensor da Fascia Lata
Ações:

A sua função principal é


dar tensão à “cinta
elástica” de contenção
dos músculos da coxa,
evitando ruturas
musculares.

Ajuda também na abdução


e pronação da coxa.

Importante no equilíbrio
do corpo quando se está
em pé e apoiado sobre
um único pé.
Síndrome do Trato Iliotibial
Dor crónica lateral
acima do joelho.

Maratonistas,
ciclistas e
desportistas que
corram distâncias
longas.

Frequentemente a
lesão está
associada a bursite
trocantérica e a
bursite na região
da inserção distal
do trato iliotibial.
Músculos da coxa reforçados por meia elástica para diminuir
ruturas musculares (um tensor da fascia lata adicional !)
Sartório (ou Costureiro)
Músculo em forma de
cinturão que atravessa
toda a face anterior da
coxa em diagonal de
fora para dentro e de
cima para baixo.

Inserções:
Proximal – espinha ilíaca
antero-superior.
Distal - face interna da
extremidade superior da
tíbia (componente +
anterior da “pata de
ganso” [= três linhas de
inserções convergentes
de três músculos distintos
que se inserem nesta área
da tíbia]).
Sartório (ou Costureiro)
Ações:
Ajuda na flexão da perna
e da coxa.
Supinador da coxa.

“Pata de Ganso”:
Conjunto de três linhas de
inserção muscular situadas
na face medial da
tuberosidade interna da
extremidade superior da tíbia.
As linhas são deixadas pela
inserção, de diante para trás,
dos músculos seguintes:
Sartório,
Grácil ou Reto Interno,
Semitendinoso.
É uma região rica em bolsas
sinoviais.
Pata de Ganso (pes anserinus)
Assinale os vários músculos do grupo anterolateral da coxa
RMN – corte axial: Sartório e Tensor da Fascia Lata

1 Cabeça do fémur direito; 2 Vasos femorais; 3 Bexiga; 4 Psoas-ilíaco;


5 Sartório ou costureiro; 6 Tensor da fascia lata; 7 Reto; 8, Grande
glúteo. [As imagens de RMN não serão utilizadas nas avaliações]
Músculos Posteriores da Coxa (ou Isquiáricos)
Biceps Femoral
Semitendinoso
Semimembranoso
(profundo; debaixo do
semitendinoso)

Os três músculos inserem-


se em cima através de um
forte tendão conjunto que
se fixa na tuberosidade
isquiática do osso ilíaco.
Músculos Isquiáticos ou Posteriores da Coxa
Biceps Femoral
Semitendinoso
Semimembranoso

Todos se inserem proximalmente por


tendão conjunto na tuberosidade
isquiática do osso ilíaco.

Separam-se distalmente (para fora e


para dentro):
- biceps femoral insere-se no perónio;
- semitendinoso e
semimembranoso inserem-se na
tíbia e por isso são denominados
como músculos isquiotibiais.
Músculos Posteriores da Coxa: Ações
Todos estes três músculos têm como
ações principais e comuns as seguintes:
Extensão da coxa (sobre o tronco),
utilizando a articulação da anca
(inserção isquiática conjunta).
Flexão do perna (sobre a coxa),
utilizando a articulação do joelho
(inserções nos ossos da perna).

Ações acessórias:
Biceps femoral – rotação lateral
(supinação) do joelho (o músculo
insere-se lateralmente no perónio).
Semimembranoso e semitendinoso -
rotação medial (pronação) do joelho
(estes músculos inserem-se
medialmente em baixo, ou seja na
tuberosidade medial da tíbia).
Biceps Femoral
Músculo poderoso
que ocupa a metade
lateral da face
posterior da coxa.

Importante (com o
gastrocnémio ou
gémeos sural) na
flexão do joelho e
(com o grande glúteo)
na extensão da coxa.

Apresenta duas
cabeças,
proximalmente.
Biceps Femoral
Inserções Proximais:
Cabeça longa: insere-se
na tuberosidade
isquiática.
Cabeça curta: insere-se
na metade inferior da
linha áspera do fémur.

Inserção distal: cabeça


do perónio.

Ações:
Flexão da perna e
extensão da coxa (como
todos os isquiáticos da
coxa). Rotação externa
do joelho (e da perna) de
pouca amplitude.
Biceps Femoral
Semimembranoso
Nasce pelo tendão
conjunto dos músculos
posteriores (ou
isquiáticos) da coxa
(este tendão insere-se
na tuberosidade
isquiática).

Tem maior massa


muscular, é mais largo, e
é mais profundo do que
o semitendinoso (na
coxa, está em boa parte
coberto por este
músculo).

No terço superior está


coberto pelo grande
glúteo.
Semimembranoso
Inserção proximal na
tuberosidade isquiática.
Inserções Distais:
Todas na metade medial da
extremidade superior da tíbia,
através de três feixes:
Anterior – por baixo do ligamento
colateral medial até quase à
tuberosidade tibial.
Descendente (ou direto) – face
medial da tuberosidade interna da
tíbia.
Recorrente – para cima e para
fora em direção ao côndilo externo
formando o ligamento poplíteo
oblíquo (o qual pode ser
considerado como a porção final
desta inserção).
Este músculo faz em baixo o limite
superomedial do espaço poplíteo.
Semimembranoso
Ações: Flexão da
perna e extensão da
coxa (como todos os
posteriores da coxa).
Pronação do joelho (e
da perna) de pouca
amplitude (em
conjunto com o
semitendinoso).
Semitendinoso

É muscular na
metade superior e
tendinoso na inferior.
Segue em paralelo
ao bíceps, mas do
lado medial da face
posterior da coxa.

Inserções:

Proximal –
tuberosidade
isquiática.

Distal – face interna


da tíbia (faz parte da
“pata de ganso”).
Semimembranoso e Semitendinoso:
Os Músculos Isquiotibiais

Ações Iguais:
Flexão da perna e extensão
da coxa.
Rotação medial do joelho e
perna (ação de pouca
amplitude).

Parte dos tendões distais


dos músculos isquiotibiais
são usados para realizar
auto-enxertos com vista a
reforçar os ligamentos
cruzados do joelho no
tratamento cirúrgico de
rutura destes msmos
ligamentos.
Anatomia de Superfície dos Músculos Isquiotibiais
Parte dos tendões distais dos Isquiotibiais é usada na reconstrução
do ligamento cruzado anterior do joelho

O ortopedista utiliza parte de um destes


tendões para realizar autoenxerto que
reconstrói e robustece o ligamento cruzado
anterior lesado. Também pode usar parte do
tendão rotuliano ou do reto interno ou grácil.
Músculos Púbicos ou Mediais da Coxa
Adutor Longo;
Adutor Curto;
Adutor Magno;
Grácil ou Reto
Interno;
Pectíneo.

A adução da coxa está


na dependência
sobretudo dos adutores
magno e longo que
apresentam volume bem
superior ao dos outros
músculos deste grupo
muscular.
Adutores
Músculos que ligam o
fémur ao púbis e ao
ramo do ísquio.

De diante para trás


apresenta a seguinte
sequência:
Adutor Longo,
Adutor Curto,
Adutor Magno.

O mais posterior é o
mais volumoso.
Adutor Longo
É o mais anterior dos
adutores.

Inserções:

Proximal: face
anterior do púbis.

Distal: Interstício da
linha áspera (porção
média deste
interstício).
Adutor Longo
Adutor Curto
É o mais pequeno, e
topograficamente
intermédio, dos três
músculos adutores.

Inserções:

Proximal: face
anterior do púbis.

Distal: Interstício da
linha áspera (porção
superior) e linha
interna da trifurcação
superior da linha
áspera.
Adutor Magno
É o mais volumoso, longo
e posterior dos três
adutores.

Inserções:
Proximal: extensa linha
que vai do ramo
isquiopúbico até ao limite
anterior da tuberosidade
isquiática.

Distal: Ao longo de todo o


interstício da linha áspera
e também no “tubérculo
do adutor” (ou epicôndilo
medial) que se localiza
logo acima do côndilo
interno do fémur.
Adutor Magno
A sua inserção
aponevrótica na linha
áspera desdobra-se
(com a do adutor longo)
para desenhar um
canal tendinoso por
onde passam artéria,
veia e nervo femorais (é
o canal dos adutores ou
de Hunter).

Esta inserção tendinosa


do adutor magno na
linha áspera apresenta
também orifícios para
a passagem das
artérias perfurantes que
nascem da artéria
femoral profunda.
Grácil ou Reto Interno
É o músculo que
desenha a linha do
limite medial dos
músculos da coxa.

Inserções:
Proximal: junto à
sínfise púbica.
Distal: faz parte
da “pata de ganso”
da tíbia.

Ações:
Adução da coxa e
flexão da perna.
Onde está o Grácil ou Reto Interno ?
Pectíneo
Pequeno músculo que
vai do púbis até à
extremidade superior
do fémur.
Inserções
Proximal: linha que
percorre a crista
pectínea até ao
tubérculo púbico.
Distal: linha que une a
linha áspera até ao
pequeno trocânter do
fémur (linha mais
medial da trifurcação).
Ações:
Adução, flexão e
supinação da coxa
(contribuição muito limitada
pelo diminuto volume deste
músculo).
Rutura Muscular dos Adutores
É uma lesão frequente
em desportistas
profissionais.

Visível em imagens de
RMN pela presença de
líquido inflamatório
(edema) nas zonas de
rutura que surge como
área branca (liquido) na
imagem.
Que outros músculos da coxa estão atingidos por lesão nestas RMNs?
Que
músculos
reconhece?
Que músculos reconhece?
Que músculos reconhece?
Que músculos
reconhece?
Músculos da Perna
Organizam-se em três
grupos musculares,
sendo o posterior o
mais volumoso.

Anteriores (quatro
músculos).

Laterais (dois
músculos).

Posteriores (oito
músculos distribuídos
em duas camadas,
superficial e
profunda).
Músculos Anteriores da Perna
São quatro músculos:
Tibial Anterior;
Extensor Comum dos Dedos:
Extensor Longo do Halux;
Peronial Anterior.

Ocupam o espaço apertado que fica


entre a crista da tíbia (bordo
anterior) e o perónio.

As suas massas musculares


encontram-se superiormente e longos
tendões inferiormente.

Os tendões distais destes músculos


passam por detrás do retináculo
anterior da articulação tibiotársica.
Tibial Anterior
Inserções:
Proximal: no tubérculo de
Gerdy (ou tubérculo do tibial
anterior), localizado na
tuberosidade lateral da
extremidade superior da
tíbia, e também na face
lateral da tíbia e no
ligamento interósseo da
perna.
Distal: Cuneiforme medial e
base do 1º metatársico.
Ações:
Flexor do pé (= flexão dorsal
do pé).
Também contribui para a
adução e rotação interna do
pé.
Extensor Comum dos Dedos
A sua porção mais superficial é
lateral ao tibial anterior, estando
medialmente coberto por este
músculo.
Inserções:
Proximal: tuberosidade lateral
da tíbia e perónio; ligamento
interósseo.
Distal: divide-se em quatro
tendões que se inserem nas
falanges médias e distais dos
quatro últimos dedos.
Ações:
Extensão dos quatro últimos
dedos do pé, ajudando na
flexão do pé (também contribui
para alguma rotação externa do
pé).
Extensor Longo
do Halux
Profundo ao tibial anterior
e ao extensor comum dos
dedos.

Inserções:
Proximal: Perónio e
ligamento interósseo.
Distal: falange distal do
halux.

Ações:
Extensão do halux, flexão
e rotação interna do pé.
Peronial Anterior
(ou Terceiro Peronial)
Músculo fino e
inconstante (pode estar
representado apenas por um
5º tendão distal que
pertence ao músculo
extensor comum dos dedos,
não sendo nesse caso um
músculo independente).

Inserções:
Proximal: Terço
inferior do perónio.
Distal: Base do 5º
metatársico.

Ações:
Flexão do pé.
Músculos Laterais da Perna
Compreende dois
músculos em
camadas sucessivas,
sendo o superficial o
mais comprido dos
dois:
Peronial Longo
e
Peronial Curto.

Os seus tendões
passam ambos por
detrás do maléolo
externo.
São eversores e
extensores do pé (=
flexores plantares do
pé).
Peronial
Longo

Músculo superficial.
Inserções:
Proximal: cabeça
do perónio.
Distal: atravessa em
diagonal a planta do
pé para se inserir da
base do 1º
metatársico.

Ações:
Eversão e extensão
(= flexão plantar) do
pé.
Peronial Curto
Músculo coberto pelo
peronial longo e seguindo a
mesma direção.

Inserções:

Proximal: terço médio do


perónio.
Distal: Extremidade
posterior do 5º metatársico.

Ações:
Eversão, extensão (= flexão
plantar do pé) e abdução do

Dor nos Músculos Anterolaterais da Perna

A inflamação destes
músculos, ou dos seus
tendões, manifesta-se
por dor muscular que se
agudiza quando se
desce escada ou rua
íngreme.
Músculos Posteriores da Perna
Camada Superficial:
Gastrocnémio ou Gémeos
Sural (ou da Perna);
Solear (Sóleo ou Solhar);
Plantar Delgado
[todos estes três músculos se
reúnem distalmente no tendão
de Aquiles para fazer inserção
conjunta no calcâneo];

Camada Profunda:
Tibial Posterior;
Flexor Comum dos Dedos;
Flexor Próprio do Halux;
Poplíteo.
Músculos Posteriores da Perna:
Camada Superficial

Gastrocnémio ou
Gémeos Sural (= da
Perna);

Solear (Sóleo ou Solhar);

Plantar Delgado
(irrelevante)

[fundem-se distalmente
formando n«o tendão de
Aquiles que se insere no
calcâneo].
Gastrocnémio ou Gémeos Sural
É o músculo mais
volumoso e
superficial da face
posterior da perna.

Desenha a “barriga
da perna”.

É constituído em
cima por duas
cabeças (é um
bíceps), medial e
lateral, quase
simétricas (a
medial é
ligeiramente mais
baixa do que a
lateral).
Gastrocnémio ou Gémeos Sural
Inserções:
Proximal: os dois tendões
das duas cabeças
inserem-se na área acima
da face posterior dos dois
côndilos do fémur. Estas
inserções proximais
desenham os bordos
inferiores (lateral e medial)
do cavado poplíteo.
Distal: é o componente
principal do tendão de
Aquiles que se insere na
metade inferior da face
posterior do calcâneo.
Ações:
Flexão da perna e
extensão (= flexão plantar)
do pé.
Gastrocnémio ou Gémeos Sural
Assimetria entre os dois
ventres ou cabeças:

O ventre lateral do gastrocnémio é


habitualmente mais curto do que o
ventre medial, terminado em baixo
acima do nível do ventre medial do
músculo.

Há variações anatómicas desta


assimetria que vão, desde a
inexistência de diferença de
comprimento entre os dois ventres
ou cabeças, até acentuada
diferença de altura do limite inferior
dos dois ventres do músculo.

Por convenção cultural: a mais


elegante das pernas femininas é
aquela em que quase não há
diferença de altura inferior entre os
dois ventres musculares do
gastrocnémio.
Solear (Sóleo ou Solhar)
Músculo fino, como uma
palmilha ou sola, que se
dispõe logo abaixo do
gastrocnémio (só uma
pequena faixa lateral do
solear não está coberta
pelo gémeos).

Inserções:
Proximal: cabeça do
perónio e linha oblíqua da
face posterior da tíbia.
Distal: faz parte do tendão
de Aquiles que se insere
na metade inferior da face
posterior do calcâneo.

Ações:
Extensão (flexão plantar)
do pé.
Plantar Delgado
Músculo fino e diminuto,
funcionalmente irrelevante.

Inserções:

Proximal: côndilo externo do


fémur.

Distal: tendão de Aquiles


que se insere na metade
inferior da face posterior do
calcâneo.

Ação:
Extensão do pé.
Triceps (ou quadriceps) Sural
Triceps: conceito que tira partido dos dois
gémeos e do solear se reunirem em baixo no
tendão de Aquiles (tríceps + plantar delgado =
quadríceps).
Na metade inferior da perna, o solear deixa de
estar totalmente coberto pelo gastrocnémio,
posicionando-se de cada lado do tendão de
Aquiles (na porção mais alta deste tendão).
Músculos Posteriores da Perna
Camada Profunda
Tibial Posterior;
Flexor Comum dos Dedos;
Flexor Próprio do Halux;
Poplíteo (acima da linha oblíqua da face
posterior da tíbia)

Todos os três primeiros músculos apresentam


tendões que passam atrás do maléolo
interno, sendo (ao nível do maléolo) o tendão
do tibial posterior o mais anterior, seguido
pelo do flexor comum dos dedos e pelo do
flexor longo do halux.
Todos estes três músculos participam na
extensão da articulação tibiotársica, ou
seja, na extensão pé em relação à perna (=
flexão plantar do pé).
O poplíteo cobre por detrás a articulação do
joelho e tem função pouco importante.
Tibial Posterior
Ocupa a posição
central do plano
muscular profundo da
perna.

Inserções:

Proximal: face
posterior da tíbia,
abaixo da linha
obliqua.
Distal: tubérculo do
escafoide.

Ação:
Extensor, adutor e
inversor do pé.
Flexor Comum dos Dedos
Ocupa a posição
medial do plano
muscular profundo da
perna.
Inserções:
Proximal: face posterior
da tíbia, abaixo da linha
oblíqua.
Distal: divide-se na
planta do pé em quatro
tendões para as
falanges distais dos
quatro últimos dedos do
pé.
Ação:
Flexão dos dedos e
extensão do pé em
relação à perna.
Flexor Próprio (ou Longo) do Halux
Ocupa a posição
lateral do plano
muscular profundo
da perna.

Inserções:

Proximal: face
posterior do
perónio.

Distal: falange
distal do halux.

Ação:
Flexão do halux e
extensão o pé
sobre a perna.
Síndrome do Túnel Társico
Túnel társico: região medial da
articulação tibiotársica que é
limitada pela porção medial do
retináculo anterior, sendo
atravessada pelos tendões dos
músculos tibial posterior, flexor
comum dos dedos e flexor
próprio do halux (e pelo nervo,
artéria e veia tibiais posteriores).

A inflamação das bainhas


sinoviais dos tendões destes
músculos (sobretudo do tibial
posterior) pode levar a
compressão do nervo tibial
posterior com dor acentuada e
perda de sensibilidade
(parestesia) do pé: síndrome do
túnel társico (faz lembrar o
síndrome do canal cárpico).
Síndrome do Túnel Társico (RMN)
Poplíteo
Fina camada muscular que cobre
a parede posterior do joelho e
cuja contração tem algum papel
(mas pouco relevante) na flexão
do joelho.

Inserções:
Proximal – côndilo externo do
fémur (o seu tendão passa por
dentro da inserção do ligamento
colateral lateral).
Distal – face posterior da tíbia,
acima da sua linha oblíqua.

Topografia:
Separado da cápsula articular por
bolsa sinovial. O ligamento
poplíteo arqueado do joelho é
superficial a este músculo. Os
vasos poplíteos são superficiais a
este músculo.

Ação: contribuição mínima


para a flexão do joelho.
Que músculos identifica?
Que músculos reconhece?
Que músculos reconhece?
Músculos do Pé
O pé apresenta um músculo
rudimentar na face dorsal
(pedioso ou dorsal do pé;
sem significado funcional) e
três grupos na região
plantar, de arquitetura
semelhante aos musculares
palmares da mão:
Plantares Mediais (três
músculos).
Plantares Laterais (três
músculos)
Plantares Médios ou
Intermédios (dois músculos
específicos do pé e três
conjuntos de músculos
lumbricais, interósseos
plantares e dorsais).
Músculo Dorsal do Pé ou Pedioso
Músculo fino e funcionalmente
irrelevante que cobre a face
dorsal do pé.

Inserções:

Proximal: face superior do


calcâneo.
Distal: falanges proximais dos
quatro primeiros dedos do pé.

Ação:
Ajuda (pouco) os extensores
longos dos dedos do pé. Quase
sem relevância funcional.
Aponevrose ou Fáscia Plantar
Na planta do pé, a
aponevrose superficial
é a mais espessa de
todo o corpo humano.
Essa região
espessada denomina-
se como aponevrose
plantar.
A aponevrose plantar
faz inserções ósseas
tuberosidade
calcaneana posterior
e na metade distal
dos 1º e 5º
metatársicos.
A aponevrose plantar é
importante para a
manutenção das
arcadas plantares
longitudinais do pé. Se
for laxa causa o pé
chato.
Aponevrose Plantar
Próximo da raiz dos dedos, apresenta 5
linguetas que se fundem com o ligamento
transverso superficial do metatarso
(cobre as articulações
metatarsofalângicas).
Aponevrose ou Fáscia Plantar e Fasceíte Plantar
A lesão inflamatória
da fáscia plantar
ocorre quase sempre
próximo da sua
inserção calcaneana.
Pode ser causada por
osteófito que se
tenha formado na
face inferior do
calcâneo (o que
requer cirurgia).
Músculos Plantares do Pé
Estão cobertos
pela aponevrose
plantar.

As inserções formadas
pela aponevrose plantar
contribuem para manter
as arcadas longitudinais
do pé (medial e lateral)
devido às inserções na
tuberosidade plantar
posterior do calcâneo e,
através de digitações,
nas extremidades distais,
nas articulações
metatarsofalângicas
Músculos Plantares do Pé

Plantares Mediais: três


músculos.

Plantares Laterais:
três músculos.

Plantares Médios ou
Intermédios: dois
músculos específicos
do pé e três conjuntos
de músculos profundos:
lumbricais, interósseos
plantares e dorsais.
Músculos Plantares Mediais
Abdutor do Halux,
Adutor do Halux,
Flexor Curto do Halux.
Pequenos músculos que seguem a
mesma lógica anatómica dos
músculos tenares (ou mediais) da
mão.
Abdutor do Halux
Palpável no bordo medial do pé.

É o mais longo dos músculos deste grupo inserindo-


se proximalmente no tubérculo medial da tuberosidade
plantar do calcâneo e distalmente na face medial da
base da falange proximal do halux.

Afasta o halux dos outros dedos.


Adutor do Halux
Apresenta duas cabeças:
- Transversa insere-se na cápsula das
articulações metatarsofalângicas do 2º
ao 5º dedos;
- Oblíqua insere-se nas bases do 2º ao
4º dedos do metacarpo.

As duas cabeças fazem inserção distal


conjunta na face lateral da falange
proximal do halux.

Correspondem à junção evolutiva de um


adutor com um oponente (este ainda
existente em primatas não humanos).

Aproxima o halux dos outros dedos


Adutor do Halux Sem capacidade de oponência
Com capacidade de oponência nos humanos. Não podemos saltar
nos primatas não humanos. de ramo em ramo, presos pelos pés.
Prendem-se pelos dedos do pé.
Flexor Curto do Halux
Inserções
Proximal: face
inferior do cuboide.
Distal: face lateral e
face medial da
falange proximal do
halux.

Os seus tendões
distais apresentam
pequenos ossos
sesamoides que são
sede frequente de
inflamação
(sesamoidites).
Irradiação da dor dos músculos mediais do pé
Músculos Laterais do Pé
Abdutor do 5º Dedo,
Flexor Curto do 5º Dedo.
Pequenos músculos que seguem
a mesma lógica anatómica dos
músculos hipotenares (laterais)
da mão, embora sem oponente.
Abdutor do 5º Dedo
Palpável no
bordo lateral do
pé.
Inserções
Proximal:
tubérculo lateral
da tuberosidade
do calcâneo.
Distal: face
lateral da base
da falange
proximal do 5º
dedo.
Afasta o 5º dedo
dos outros
dedos.
Flexor Curto do 5º Dedo
Da base do 5º
metatársico (e
do tendão do
longo peroneal)
até à face lateral
falange
proximal do 5º
dedo.
Músculos Plantares Intermédios do Pé
Específicos do Pé:
Flexor Digital Plantar Curto;
Acessório do Flexor Longo (ou
Quadrado Muscular Plantar).
São os principais responsáveis
pela manutenção das curvaturas
das arcadas plantares do pé.
(são mais superficiais: logo
abaixo da fáscia plantar)

Músculos com Homologia


com a Mão:
Lumbricais;
Interósseos Plantares;
Interósseos Dorsais.
(são mais profundos)
Flexor Digital Plantar Curto
Inserções:

Proximal: Tuberosidade
interna da face plantar
do calcâneo.

Distal: falange média


dos quatro últimos
dedos.

Ação:
Flexão dos quatro
últimos dedos.
Importante na
manutenção das
arcadas plantares do
pé.
Acessório do Flexor Longo
(ou Quadrado Muscular Plantar)
Inserções:

Proximal: nas
tuberosidades interna
e externa da face
plantar do calcâneo.

Distal: nos tendões do


flexor comum dos
dedos.

Ação:
Potencia a ação do
flexor comum dos
dedos. Manutenção
das arcadas plantares.
Fáscia Plantar e Camadas Musculares da Planta do Pé
Disseções de músculos do pé
Que músculos do pé reconhece
nestas imagens?

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