Você está na página 1de 8

UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
Disciplina:
Ciênca do Solo
NIVEL II; 4º SEMESTRE

Relatório do campo( Análise dos perfis do solo)

Discentes: Docentes:

21. Fank Félix SANTOS Doutor Rafael Muchanga &

22. Fátima Ricardo António LEMELIUA Mestre Agi Cassimo


23. Félix Rui CHICUAVA
24. Francisco Lino SURAGE
25. Geremias Américo WAITE
26. Hélio Luís Alves MATETE
27. Hortêncio Ofrasio SAGUATE
28. Inoc Graciano JOAO
29. Isman Suleimane MUSSAGY
30. Janete Armando Saide VARAVATCHE

Mocuba, Outubro 2022


ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1

1.1. Contextualização.....................................................................................................1

II. METODOLOGIA.........................................................................................................2

2.1. Materiais utilizados.................................................................................................2

2.2. Preparo do Perfil do Solo........................................................................................2

2.3. Separação dos Horizontes e Camadas do Solo.......................................................2

2.4.2. Cor....................................................................................................................3

2.4.3. Textura do Solo................................................................................................3

2.4.4. Estrutura do Solo..............................................................................................3

2.4.5. Consistência Seca do Solo...............................................................................3

2.4.6. Consistência Húmida Do Solo.........................................................................3

III. RESULTADOS E DISCURSÕES..............................................................................4

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................6


I. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
De acordo com FONSECA, (2019), a Morfologia do Solo corresponde a área que estuda os
factores que causam a modificação do mesmo (factores físicos, químicos e biológicos)
gerando mutações. Quanto maior a actuação da pedogénese no solo, mais este se tornará um
corpo individual, com características próprias. Para se determinar o tipo de solo, busca-se
pesquisas teóricas e dois momentos empíricos: análise de campo, análise de laboratório.

Para recolha de um perfil de solo utiliza-se um talude ou abre-se uma cova no terreno, com as
dimensões pretendidas de forma a obter uma secção vertical que contenha todos os horizontes
do solo desde a superfície até à rocha mãe. São informações recolhidas deste, todas aquelas
que podem ser inferidas por tacto ou visão (pés embora pouco aconselhável: cheiro, sabor),
como a espessura, profundidade, transitabilidade, cor, textura, estrutura, porosidade,
consistência. Outras características são denominadas ambientais do perfil: pedragosidade,
rochosidade, relevo, erosão, drenagem e vegetação primária. Permitindo deste modo fazer
adequação ao maneio e uso do solo (FONSECA, 2019).

Dentro deste todo desenrolar exploratório, o relatório presente é fruto de uma análise de
campo de um perfil de solo, realizada num intuito de aula prática da disciplina em questão,
arredores do campus universitário da UniZambeze (Faculdade de Engenharia Agronómica e
Florestal), em Nacogolone, Distrito de Mocuba – Zambézia. É objectivo deste estudar a
morfologia do solo, especificamente a descrição de todas características morfológicas de cada
horizonte do perfil do solo.

1
II. METODOLOGIA
2.1. Materiais utilizados
 Enxada;
 Pá;
 Faca;
 Fita métrica;
 Manual auxiliar do campo;
 Garrafa com água;
 Chapéu;
 Papel e caneta;
 Celular Smartphone; e
 Tabela de cores (Munsell Chart Color).

2.2. Preparo do Perfil do Solo


Na preparação do perfil do solo, importa salvaguardar que encontrou-se previamente feita
uma trincheira com dimensões que compreendiam 1,50 m de comprimento, 1,50 m de largura
e 1,40 metros de profundidade.

Nesta, com recurso a pá e enxada, removeram-se todos os materiais possivelmente


contaminantes para o observador, como são os casos de restos vegetais, torrões maiores e
pedregulhos. Após a remoção, escolheu-se uma das faces da trincheira – com iluminação
directa ao sol – havendo também desinfecção na mesma em 40 cm de espessura
horizontalmente.

2.3. Separação dos Horizontes e Camadas do Solo


A separação de horizontes e/ou perfis, realizou-se com base em perfurações paulatinas
realizadas ao logo do perfil verticalmente a fim de conotar diferenças texturais entre
horizontes, e pela apreciação de colorações variadas ao longo do perfil.

2.4. Descrição dos Parâmetros do Perfil do Solo

2.4.1. Profundidade e Espessura do Solo

Determinados com base em uma fita métrica graduada em centímetros, onde fora messada nos
extremos do topo do perfil ao fundo máximo, no sentido vertical. A profundidade é dada em
intervalos, e a espessura é diferença entre estes.

2
2.4.2. Cor
Os caracteres de coloração foram determinados com base em fotografias móveis da carta de
coloração de Munsell (Munsell Color Chart). Retirando uma partícula do solo e comparando
com as cores da caderneta em posição a luz solar.

2.4.3. Textura do Solo


Pela retirada de um torrão do solo (tamanho de ovo), pulverizada com água ate um ponto de
homogeneidade, e posteriormente, pelo tacto foi-se amaciando e apertando entre os dedos
com o objectivo de sentir a composição granulométrica e proporcional de areias argilas ou
silte.

2.4.4. Estrutura do Solo


Apos retirar um agregado no perfil, sem tendênciar a sua forma, comparou-se com os modelos
padrões que se apresentam no manual de descrição do solo e retiraram-se as respectivas
conclusões. Observaram-se o grau da estrutura, o tipo e a classe de pertença.

2.4.5. Consistência Seca do Solo


Colectaram-se torrões do solo, e entre o polegar e o indicador da mão, foi-se comprimindo a
fim de avaliar o grau de dureza ou tenacidade.

2.4.6. Consistência Húmida Do Solo


2.4.6.1. Plasticidade
Para avaliar a plasticidade, apos colectar um torrão do solo, pulveriza-lo com água, amassa-lo,
rolou-se entre o indicador e o polegar um torrão do solo, e observou-se a possibilidade de ser
feito fio ou cilindro fino de solo, permitindo comparar com modelos no manual de descrição
de solos.

2.4.6.2. Pegajosidade
A massa do solo quando molhada e homogeneizada, foi comprimida entre o indicador e o
polegar, possibilitando a observação de aderência entre os dedos.

2.5. Características Complementares

Observaram-se as características do ambiente externo do perfil como forma de avaliar


inferências acerca da rochosidade, pedragosidade, relevo, erosão e drenagem do ambiente.

3
III. RESULTADOS E DISCURSÕES

3.1. Estudo morfológico de perfil do solo

Horizontes Profundida Espessura Cor Textura Estrutura Consistência


Seca Húmida Molhada

Plasticidade pegajosidade
A 0-60 cm 46 cm 5YR 2,2/1 Fracamente Blocos Muito Firme Ligeiramente Ligeiramente pegajoso
argiloso angulares duro plástica
grandes

B 60-75 cm 39 cm 5YR 5/ Fortemente Blocos Muito Extremamente Plástica Ligeiramente pegajoso


argiloso Angulares duro Firme
muito grandes

C 75-135 cm 55 cm - - - - - - -

4
3.2. Características Complementares

Características Descrição
Pedregosidade Não pedregoso
Rochosidade Não rochoso
Relevo Suave ondulado
Erosão De sulco, ocasional
Drenagem Bem drenados

5
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em conta as características verificadas no solo, pode-se concluir acerca deste que sua
textura e estrutura permitem condutibilidade hidráulica moderada (franco argiloso –
fortemente argiloso), consequente em atribuir uma capacidade de campo boa, ou seja, sua
drenagem é imperfeita.

A falta de pedragosidade e rochosidade, são aspectos favoráveis a aplicabilidade de


equipamentos convencionais, como são o caso do tractor e seus implementos de arrasto. Esta
conclusão pode ser feira também ao avaliarmos o comportamento erosivo da área, que são
verificadas ocasionalmente, consequentemente criando uma paisagem ondulada, pouco
dificultosa a maquinas como o tractor.

Você também pode gostar