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Não há como ignorar que, sem um efetivo con-trole dos fluxos financeiros, não
há a menor condição de a escola se sustentar ao longo do tempo, seja em relação a
uma dimensão administrativa ou pedagógica. Não podemos esquecer que todo
orçamento diz respeito a uma programação financeira, e essas programações nada
mais são do que projetos nos quais se planejam as despesas em função dos valores
disponíveis na instituição.
Do ponto de vista jurídico (e, sem dúvida, administrativo), não cabe ao gestor
(e, sem dúvida, ao planejador) da escola pública agir como se esta fosse um bem
privado, mas sim um bem que é administrado em função da coletividade. Isto
representa uma diferença crucial em relação às escolas privadas, pois as decisões
não podem estar de forma alguma orientadas em função do lucro ou em função de
conveniências pessoais do seu gestor, o que com certeza significa um tipo de
planejamento educacional muito distinto do desenvolvido nessas escolas. Como isto
impacta o financiamento das escolas públicas? A primeira das consequências diz
respeito ao fato de que o gestor (tanto o secretário de Educação como o diretor
escolar) não pode dispor das finanças que chegam a essa escola de acordo com suas
conveniências pessoais. Isto significa que a aplicação dessas finanças depende
prioritariamente (e quase exclusivamente) do fluxo de recursos que advêm de seu
sistema de ensino. Existem recursos que são repassados à escola para que sejam
livremente ordenados os gastos a partir deles, tais como os recursos do Programa
Dinheiro Direto na Escola (PDDE).