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CURSO DE DIREITO
DEFINIÇÃO SOLIDARIEDADE,
BOA FÉ E
CONDIÇÃO SOCIAL DO CONTRATO
SÃO PAULO
2023
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Sumário
SOLIDARIEDADE....................................................................................................................................... 4
ESPECIES DA SOLIDARIEDADE.......................................................................................................... 4
Obrigação solidária........................................................................................................................... 4
Solidariedade Ativa............................................................................................................................ 4
Solidariedade Passiva....................................................................................................................... 4
Solidariedade Mista ou Recíproca................................................................................................... 4
BOA FÉ....................................................................................................................................................... 4
CONDIÇÃO SOCIAL DO CONTRATO....................................................................................................... 5
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SOLIDARIEDADE
As obrigações solidárias são aquelas compostas pela multiplicidade de sujeitos que a integram, seja no
polo ativo (solidariedade ativa), seja no polo passivo (solidariedade passiva), ou em ambos
(solidariedade mista), se caracterizando pela unidade objetiva da prestação.
Art.264 do CC /02- dois ou mais credores sendo que cada um tem direito à dívida toda (solidariedade
ativa) e/ou dois ou mais devedores, sendo que cada um obrigou-se pela dívida toda.
ESPECIES DA SOLIDARIEDADE
BOA FÉ
A previsão se encontra no Art.5º do novo CPC inspirado no Art.422 do CC onde neste artigo a Boa Fé
não era considerado como um princípio no âmbito das relações processuais existindo assim como um
dever imposto as partes e seus procuradores. Já no novo CPC quando previu o princípio da Boa Fé ele
transformou a Boa Fé em um dos princípios que devem eleger as relações processuais.
Não se opõe à má-fé nem tampouco guarda qualquer relação no fato da ciência que o sujeito possui da
realidade. Entretanto, apesar de se relacionar com o campo ético-social, a este não se restringe,
inserindo-se no jurídico, devendo o juiz tornar concreto o mandamento de respeito à recíproca confiança
existente entre as pessoas, sejam elas partes de um contrato, litigantes ou participantes de qualquer
relação jurídica.
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Caracteriza-se como um dever de agir, um modo de ser pautado pela honradez, ligada a elementos
externos, normas de conduta, padrões de honestidade socialmente estabelecidos e reconhecidos.
CC Art.422: Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua
execução, os princípios de probidade e boa-fé.
CPC Art.5º: Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a
boa-fé.
Ou seja, as partes devem sempre pautar as suas ações dentro deste princípio da boa Fé para evitar os
comportamentos contraditórios tentando desta forma proteger a ideia de confiança e previsibilidade.
Ex: A parte não pode por exemplo praticar um determinado ato processual e posteriormente praticar um
ato contrário na tentativa de se beneficiar. como exemplo podemos pegar um caso onde um fazendeiro
firma um contrato de venda de Leite para um Mercado, porém de maneira natural, sempre o dono do
mercado vai até a fazenda e retira o leite. Se durante um certo tempo nunca houve nenhuma imposição
não poderia o Mercado ajuizar uma ação dizendo que o Fazendeiro não estava entregando diretamente
o leite ao mercado pois isso contraria a boa Fé Objetiva.
A função social do contrato é um dos institutos que melhor refletem a ideia de socialidade no Código Civil
brasileiro de 2002.
O primeiro significado de função social, usado em sentido amplo, é o de “finalidade”, ou “papel”. Esse
significado de função social refere-se à ideia de Karl Renner sobre a função social, como imagem da
função econômica de determinado instituto. Nesse sentido, todos os institutos jurídicos têm função
social.
O significado de função social como finalidade social está caracterizado no art. 5o da Lei de Introdução
ao Código Civil, o qual estabelece que “na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se
dirige e às exigências do bem comum”.
A função social do contrato consiste em uma transposição do instituto da função social da propriedade
para o âmbito contratual. A função social do contrato recebeu destaque dentro do título que cuida dos
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contratos em geral. Está prevista no art. 421 do Código Civil: “Art. 421. A liberdade de contratar será
exercida em razão e nos limites da função social do contrato.”