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Gil Vicente revela, no Auto da Barca do Inferno, um tom crítico perante a sociedade do
seu tempo. De modo a fazer passar a sua mensagem, este autor usa, de forma
magistral, o humor.
O humor existe desde que existe humanidade e, desde sempre, o ser humano
utilizou o humor para se poder pronunciar, de forma mais graciosa, sobre as situações
ou pessoas com que se depara no quotidiano. De modo a poder comunicar a sua
opinião mais eficazmente, o autor introduz um lado cómico no seu discurso,
despertando o riso. O humor ajuda a transmitir uma ideia, não só pela razão mas
também pela emoção.
Atualmente, há muitos cartoonistas, comediantes e comentadores que dão a sua
opinião associando-a a um lado cómico, o que faz com que a ideia fique mais marcada
na mente dos leitores, ouvintes ou espectadores. Claro que, para isso, é importante
que o humor seja inteligente e criativo.
Assim, o humor é utilizado, frequentemente, para transmitir uma ideia ou corrigir
alguém de uma forma mais hábil. Neste sentido, para além do sarcasmo, mais direto e
agressivo, pode ser utilizada a ironia, que resulta numa crítica mais subtil.
Associa-se a Gil Vicente a máxima latina “Ridendo castigat mores.”. De facto, o
dramaturgo critica os vícios e comportamentos dos seus contemporâneos em textos
que seriam representados no Paço, algo que só foi bem aceite e aplaudido, porque a
crítica mordaz, feita através da utilização inteligente do humor, acaba por suavizar o
tom crítico presente nas suas obras.
Exemplo de resposta: