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06/02/2023 09:28 Império Bizantino: origem, características, resumo - Brasil Escola

Império Bizantino
Império Bizantino, oriundo do Império Romano do Oriente, teve duração de quase 11 séculos
e foi derrotado, em 1453, pela invasão dos povos turco-otomanos.

O Império Bizantino surgiu por meio da divisão do Império Romano feita pelo imperador Teodósio, em 395,
correspondendo à parte oriental. Sua capital era Constantinopla, antiga Bizâncio, que, por conta da sua posição geográfica,
possibilitou o desenvolvimento do comércio.

O auge do Império Bizantino aconteceu no reinado de Justiniano, que expandiu o seu território, além de ter compilado as
leis romanas, criando o Código de Direito Civil. Devido ao Cisma do Oriente, ocorrido em 1054, a religião do império era
Católica Ortodoxa. O Império Bizantino sucumbiu em 1453, quando os turco-otomanos invadiram seu território.

Leia mais: Império Otomano — foi a mais poderosa organização política islâmica da história, de 1299 a 1923

Resumo sobre Império Bizantino


O Império Bizantino surgiu logo após a divisão do Império Romano em ocidente e oriente, tornando-se a parte
oriental.

Sua capital, Constantinopla, desenvolveu-se por conta das atividades comerciais da região.

O reinado de Justiniano foi o auge do império, quando houve a expansão do seu território e foi criado o Código de
Direito Civil.

Sua religião era a Católica Ortodoxa, fruto do Cisma do Oriente, ocorrido em 1054.

Chegou ao fim em 1452, com os turco-otomanos invadindo e tomando Constantinopla.

Videoaula sobre Império Bizantino

Origem do Império Bizantino


Em 395 d.C., o Império Romano estava em declínio e o imperador Teodósio propôs uma solução para a crise: dividir o
imenso território de Roma em duas partes. Assim, o império foi dividido em ocidente e oriente. Constantinopla, do lado
oriental, ganhou importância com essa divisão e se desenvolveu economicamente pelo comércio. Enquanto o Império
Romano do Ocidente caia junto à Roma, que era saqueada pelos bárbaros, a parte oriental do império permanecia tendo
sua capital sendo chamada de Roma do Oriente.

Antes de ser Constantinopla, a cidade se chamava Bizâncio, e foi fundada pelos gregos em 667 a.C. O Império Romano se
expandiu de tal forma que alcançou as terras do Oriente, e as antigas colônias e cidades gregas foram dominadas por
Roma. Dessa forma, Bizâncio foi conquistada e anexada ao império. Em 330 d.C., o imperador Constantino decidiu
rebatizar a cidade como Constantinopla. Enquanto Roma era tomada pelos bárbaros, fazendo eclodir a parte ocidental
do seu imenso império, Constantinopla permanecia praticamente intacta.

Reinado de Justiniano
O Império Bizantino atingiu seu apogeu durante o reinado de Justiniano. De 527 até 565, Justiniano governou o império
oriental e tratou de expandir o território bizantino, chegando mesmo a reconquistar o que havia sido perdido pelos
romanos ocidentais com a invasão bárbara. As tropas bizantinas reconquistaram Roma, o norte da África e a península
Ibérica, que haviam sido conquistados pelos germânicos.

Além da expansão territorial, Justiniano teve o cuidado de preservar as leis romanas. Ele criou o Código de Direito Civil,
um compilado das leis elaboradas nos áureos tempos de Roma. Outra área que mereceu a atenção do imperador bizantino
foi a cultura. Justiniano investiu na construção de grandes edifícios, como o palácio imperial e a Igreja de Santa Sofia.

Justiniano enfrentou a Revolta de Nika, em 532. As causas das revoltas foram a fome, a falta de moradias e os altos
impostos pagos pela população. O estopim desse conflito foi o resultado de uma corrida de cavalos que aconteceu no
hipódromo de Constantinopla. Houve uma dúvida quanto ao cavalo vencedor na corrida. Não se sabia se o vencedor era

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Niké, para o qual a população torcia, ou o cavalo da equipe do imperador. Isso fez com que a revolta que se sentia com as
condições sociais se materializasse no questionamento do resultado da corrida. As tropas de Justiniano, no entanto,
conseguiram controlar a agitação.

Em 565, Justiniano morreu, e com ele acabava o período áureo do Império Bizantino. Seus sucessores não conseguiram
manter as conquistas do imperador, e logo os bizantinos perderam os territórios conquistados.

Características do Império Bizantino


Governo no Império Bizantino

O governo bizantino se concentrava nas mãos do imperador. Ele detinha o poder absoluto. O Senado perdeu sua força
política e se tornou apenas um conselho honorário. A burocracia do império se estabeleceu por meio da concessão de
títulos aos nobres. Como o poder emanava do imperador, os trabalhadores da administração imperial também tinham seus
poderes e os cargos públicos eram cobiçados.

Economia no Império Bizantino

As moedas foram utilizadas nas relações comerciais em Constantinopla, capital do Império Bizantino.

Constantinopla se tornou não apenas a capital do Império Bizantino mas o principal centro comercial do Oriente. A sua
posição geográfica privilegiada estabelecia uma grande rede comercial, havendo negociações com várias partes do mundo,
como o norte da África, a Europa e a Ásia. Enquanto Roma se esvaziava após as constantes invasões bárbaras e a Europa
Ocidental se ruralizava e se dividia em milhares de feudos, o Oriente tinha em Constantinopla sua principal referência.

O Estado Bizantino controlava as atividades comerciais por meio de importações e exportações bem como pelo sistema
monetário. Em épocas de crise, o imperador intervinha na economia para que o abastecimento de alimentos chegasse até a
capital.

Religião no Império Bizantino

O imperador bizantino teve papel ativo nas atividades eclesiásticas. Ele era o pontífice máximo e considerado o mensageiro
de Jesus Cristo e responsável pela propagação da mensagem cristã. Surgia assim o cesaropapismo, ou seja, o imperador
era chefe político e da Igreja. A crise de Roma fez com que Constantinopla se transformasse no centro da cristandade. A
doutrina cristã estava atrelada às ordens do imperador, que publicava decretos regulando sobre a crença dos seus súditos.

A questão da veneração das imagens foi uma das grandes polêmicas religiosas do Império Bizantino. A Igreja Oriental não
admitia a veneração às imagens de santos, e os ícones deveriam ser bidimensionais. Por conta dessa disputa, várias

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imagens foram destruídas.

O Cisma do Oriente foi a primeira divisão na cristandade. As disputas entre o papa e o imperador bem como as diferenças
de dogmas cristãos pregados por ocidentais e orientais fizeram com que romanos e bizantinos se separassem em 1054.
Além da Igreja Católica Romana, surgia no Oriente a Igreja Católica Ortodoxa.

Os mosaicos bizantinos relacionavam diretamente o imperador a Jesus Cristo, demonstrando a ligação do


poder terreno com o celeste. [1]

Arte no Império Bizantino

A arte bizantina teve influência do cristianismo em suas produções. Com o poder do imperador atingindo o âmbito
religioso, ele também se tornou uma figura marcante e presente nas obras artísticas feitas no império. Nas pinturas, o
imperador era retratado ao lado da figura de Jesus Cristo, uma alusão a ele ser o mensageiro entre os homens e o céu.

Uma das principais características dessa arte é a frontalidade — figuras eram representadas em posição frontal e rígida.

Sociedade no Império Bizantino

A sociedade bizantina era patriarcal e não abria espaço para a participação das mulheres, que eram a metade da
população. As classes sociais eram os pobres, os camponeses, os soldados e os comerciantes. Os integrantes da
Igreja Ortodoxa tinham participação efetiva na administração do império. Os funcionários públicos gozavam de prestígio na
sociedade em razão do cargo que ocupavam na estrutura burocrática do império.

Leia mais: Queda de Constantinopla — marco de transição da Idade Média para a Idade Moderna

Declínio do Império Bizantino


O Império Bizantino começou a apresentar sinais de enfraquecimento durante a Baixa Idade Média. As cruzadas e o
renascimento comercial desestruturaram as bases do império. Os turco-otomanos, no século XV, expandiram seu território
até a Ásia Menor e reduziram o domínio bizantino à Constantinopla. Em 1453, a capital do império foi conquistada pelos
invasores.

Exercícios sobre Império Bizantino


1) A respeito do reinado de Justiniano, no Império Bizantino, assinale a alternativa que traz um elemento dele:

a) promoveu o renascimento do Império Romano do Ocidente após expulsão dos povos bárbaros.

b) reuniu as leis romanas no Código do Direto Civil.

c) foi marcado pela ascensão do islamismo e sua expansão pelo Oriente.

d) os germânicos conseguiram invadir o Império Bizantino e derrotaram Justiniano.

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Resolução: Letra b. Justiniano promoveu a reunião das leis romanas em um único livro para facilitar o seu alcance e o seu
cumprimento.

2) A arte bizantina promoveu a religiosidade cristã e também a figura do imperador. Leia as alternativas e assinale a correta:

a) o imperador era considerado um deus e dividia a crença dos bizantinos.

b) a figura do imperador ao lado de Cristo significava que ele era a figura que conduzia os homens até o céu.

c) o artista destacava os poderes mágicos e curandeiros do imperador bizantino.

d) a arte era uma forma de a Igreja Católica Ortodoxa se aproximar do imperador.

Resolução: Letra b. Ao contrário do Ocidente, no qual a arte valorizava apenas aspectos religiosos, no Império Bizantino, a
religiosidade cristã dividia espaço com a presença do imperador.

Crédito editorial

[1] AlpKaya / Shutterstock.com

Por Carlos César Higa


Professor de História

Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/historiag/imperio-bizantino.htm

https://brasilescola.uol.com.br/imprimir/9108 4/4

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