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Debate sobre Homofobia

De lá pra cá, 51% das pessoas LGBTQIA+ relataram ter sofrido algum tipo de violência
motivada pela sua orientação sexual ou identidade de gênero.

De acordo com o GGB, um homossexual é morto a cada 28 horas no país por conta da homofobia
(assassinatos e suicídios) e cerca de 70% dos casos dos assassinatos de pessoas LGBT ficam
impunes.
O Brasil teve 650 assassinatos homofóbicos ou transfóbicos em 2012 e 2013 e concentra
metade do total de homicídios de transexuais do mundo.

Crianças e adolescentes estudantes sofrem com discriminação e preconceito tanto por


parte de estudantes, quanto de professores e diretores das escolas. Estudo realizado em
501 escolas detectou que 80% dos alunos gostariam de manter algum tipo de
distanciamento de portadores de necessidades especiais, homossexuais, pobres e negros.
17,4% relataram ter conhecimento de alunos vítimas de bullying devido à sua
homossexualidade.

Em 2010, Jair Bolsonaro se envolveu em polêmicas ao declarar ser a favor de dar surras
em crianças e adolescentes que tenham tendências homossexuais, se colocando como
defensor da "família tradicional` segundo ele: "O filho começa a ficar assim meio gayzinho,
leva um 'couro', ele muda o comportamento dele." A fala de Bolsonaro repercutiu
negativamente entre defensores dos direitos humanos e associações de defesa dos
direitos LGBT. Fernando Chiarelli defendendo Jair Bolsonaro naquele momento, já se
manifestou contra o casamento homossexual, classificando-o como "ridículo" e
"horroroso".
E logo em seguida em maio de 2011, Bolsonaro afirmou que o "próximo passo vai ser a
adoção de crianças (por casais homossexuais) e a legalização da pedofilia", forçando uma
associação entre pedofilia e homossexualidade.

Um levantamento sobre os casos verificados em 2008, apontando que no último ano foram
assassinadas 190 pessoas no Brasil, sendo 64% gays, 32% travestis e 4% lésbicas, um
aumento de 55% sobre os números de 2007, mantendo o país como o que mais registra
crimes de natureza homofóbica. A pesquisa também indicou que a maioria das vítimas
tinha idade entre 20 e 40 anos e que 80% dos homossexuais foram mortos dentro de casa.

Em 2010, jovens homossexuais foram violentamente agredidos na Avenida Paulista. Em


novembro do mesmo ano, o jovem Douglas Igor Marques foi baleado, sem motivo
aparente, por um sargento do exército brasileiro após sair da Parada do Orgulho Gay
do Rio de Janeiro.

Um estudo publicado no ano de 2010 pela Universidade de Brasília, indicou que o ensino
religioso no Brasil promove a intolerância religiosa e o preconceito, incluindo a homofobia.

A homofobia é danosa mesmo quando não explicitamente manifestada, uma vez que as
pessoas podem instruir seu preconceito sem exteriorizar os motivos como acontece com
o racismo.

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