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1º Ano – Ensino Médio

SOCIOLOGIA – 3º BIMESTRE
AULA 02

1. (ENEM/2009) – “A luta pela terra no Brasil é marcada por diversos aspectos que chamam a atenção.
Entre os aspectos positivos, destaca-se a perseverança dos movimentos do campesinato e, entre os
aspectos negativos, a violência que manchou de sangue essa história. Os movimentos pela reforma agrária
articularam-se por todo o território nacional, principalmente entre 1985 e 1996, e conseguiram de maneira
expressiva a inserção desse tema nas discussões pelo
acesso à terra.” O mapa seguinte apresenta a
distribuição dos conflitos agrários em todas as regiões
do Brasil nesse período e o número de mortes
ocorridas nessas lutas. Brasil — Vítimas fatais de
conflitos ocorridos no campo 1985-1996.
Fonte: Comissão Pastoral da Terra — CPT Mapa dos
conflitos no campo no Brasil (OLIVEIRA, A. U. A longa
marcha do campesinato brasileiro: movimentos
sociais, conflitos e reforma agrária. Revista Estudos
Avançados. Vol. 15, n. 43, São Paulo, set./dez. 2001).
Com base nas informações do mapa acerca dos
conflitos pela posse de terra no Brasil, a região
A) conhecida historicamente como das Missões
Jesuíticas é a de maior violência.
B) do Bico do Papagaio apresenta os números mais
expressivos.
C) conhecida como oeste baiano tem o maior número
de mortes.
D) do norte do Mato Grosso, área de expansão da
agricultura mecanizada, é a mais violenta do país.
E) da Zona da Mata mineira teve o maior registro de
mortes.

2. (ENEM/2013) -TEXTO I: “A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais
concentrada em nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos
pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a
função social, como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que têm origem na
grilagem de terras públicas.” (Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado)).
TEXTO II: “O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o
negócio, mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor
de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que gere
emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária”. (LESSA, C. Disponível
em: www.observadorpolitico.org.br. Acesso em: 25 ago 2011 (adaptado)). Nos fragmentos dos textos, os
posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque os autores associam a
reforma agrária, respectivamente, à:
A) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês.
B) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo.
C) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural.
D) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.
E) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio.

3. (UFPI) Sobre a estrutura fundiária e as relações de trabalho no campo brasileiro, assinale a alternativa
correta:
A) A estrutura fundiária apresenta acentuada concentração da propriedade, decorrente das formas de
apropriação das terras, desde o período colonial.
B) A partir de 1850, com a Lei de Terras, todos os trabalhadores rurais passaram a ter acesso à terra.
C) A modernização do campo proporcionou a extinção dos contratos de parceria em todas as regiões
brasileiras.
D) Nas áreas de fronteiras agrícolas, todos os trabalhadores rurais possuem títulos de propriedade da terra.
E) Os boias-frias são assalariados que trabalham nas propriedades de forma permanente e com vínculo
empregatício.
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1. (UNESPAR/PR 2017) “Afirmar que o racismo no Brasil é sutil, significa fechar os olhos para a crueldade
a que foi historicamente submetida a população negra. Verificam-se, então, dois mecanismos que se
conjugam, traduzindo algumas facetas do racismo brasileiro. Por um lado, temos a ‘quase invisibilidade’ da
questão racial. Embora os inúmeros dados demonstrativos da situação injusta e crítica vivenciada pelos
negros no Brasil estivessem em desníveis há décadas, somente nos últimos anos eles foram trazidos a
público, no bojo dos debates sobre a implementação de políticas afirmativas, em decorrência das iniciativas
do movimento negro. Por outro lado, coloca-se a crença no mito da democracia racial e na ideia de que o
Brasil teria superado a escravidão e o racismo por meio do processo de miscigenação que, por sua vez, nos
teria livrado de problemas existentes apenas em outras paragens, tais como Estados Unidos ou a África do
Sul”. (PACHECO; SILVA, 2007). Fonte: PACHECO, J. Q.; SILVA, M. N. Introdução in ______;______(orgs).
O negro na universidade: o direito à inclusão. Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2007, p. 1 – 6
Tomando por base o texto de Pacheco e Silva, é correto afirmar que:
A) O racismo no Brasil é sutil e imperceptível;
B) A miscigenação eliminou o racismo nas relações sociais;
C) Estados Unidos e África do Sul são exemplos de tolerância racial e eliminação de preconceitos;
D) Os dados estatísticos desmentem a ideia de que no Brasil não existe racismo;
E) Políticas de Ações Afirmativas são desnecessárias no contexto brasileiro.

2. (UDESC/SC 2019/2) Observe os seguintes dados apresentados pelo artigo "Racismo: o que você tem a
ver com isso?", publicado em março de 2017 no portal Unisinos Notícias.
1) Segundo o Mapa do Encarceramento no Brasil, de 2012, as prisões contavam com 1,5 mais negros que
brancos.
2) Segundo o Mapa da Violência, de 2015, os dados referentes ao ano de 2013 indicam que foram
assassinados, proporcionalmente, 173,6% mais negros que brancos.
3) Segundo o mesmo Mapa da Violência, de 2015, em 10 anos (de 2003 a 2013) o número de homicídios
de mulheres negras aumentou 54%.

Sabendo-se que o racismo é elemento historicamente constitutivo da sociedade brasileira, assim a análise
dos dados:
A) Permite afirmar que não existe racismo no Brasil.
B) Permite constatar que a violência, no Brasil, atinge mais pessoas negras que brancas.
C) Indica que não há qualquer relação entre o racismo e a desigualdade social.
D) Permite afirmar uma diminuição nos atos violentos, tendo por vítimas mulheres negras, entre os anos
de 2003 e 2013.
E) Não se relaciona, de forma alguma, com questões raciais.

3. As comunidades quilombolas, que são predominantemente constituídas por população negra, se


autodefinem a partir das relações com a terra, do parentesco, do território, da ancestralidade, das tradições
e das práticas culturais próprias. Estima-se que em todo o país existam mais de três mil comunidades
quilombolas. O Decreto Federal nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, regulamenta o procedimento para
identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes
das comunidades dos quilombos. A demarcação de terras de comunidades quilombolas é fato recente nas
práticas governamentais brasileiras. Um dos principais objetivos dessa política pública é viabilizar a
promoção de:
A) aceleração da reforma agrária.
B) reparação de grupos excluídos.
C) absorção de trabalhadores urbanos.
D) reconhecimento da diversidade étnica.
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1. (ENEM 2020) A ironia expressa na tirinha representa uma crítica à seguinte relação entre sociedade e
natureza:

A) Crescimento econômico predatório.


B) Desenvolvimento de reservas extrativistas.
C) Perseguição étnica indígena.
D) Comprometimento de jazidas minerais.
E) Modificação de práticas colonizadoras.

2. (ENEM/2010) “Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um recente e marcante
gesto simbólico: a realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti) em plena Avenida Paulista (SP),
para denunciar o cerco de suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço do agronegócio.”
RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indígenas do Brasil: 2001- 2005. São Paulo: Instituto
Socioambiental, 2006 (adaptado). A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos
usos socioculturais da terra com os atuais problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões entre:
A) os grileiros articuladores do agronegócio e os povos indígenas pouco organizados no Cerrado.
B) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que as terras indígenas dali sejam alvo de invasões urbanas.
C) as leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas leis sobre o uso capitalista
do meio ambiente.
D) os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos representados pelas elites industriais paulistas.
E) a expansão territorial do agronegócio, em especial nas regiões Centro-Oeste e Norte, e as leis de proteção
indígena e ambiental.

3. A demarcação de terras indígenas no Brasil possui fases, obedecendo a uma ordem. Nem sempre a
sequência de passos é linear, mas há uma ordem preestabelecida. Correlacione as colunas colocando as
fases na ordem correta:
(I) Identificação (__) Realiza-se uma delimitação, repassada via Diário Oficial ao Ministério da
Justiça, órgão responsável pela declaração de limites.
(II) Reconhecimento (__) Realizam-se estudos pela Funai que identificam e delimitam as áreas, o que
envolve pesquisas geográficas, antropológicas, territoriais e ambientais.
(III) Delimitação (__) Faz-se um levantamento fundiário por meio do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra) a fim de avaliar as benfeitorias realizadas
pelos proprietários da área que agora pertence aos índios, visto que os donos das
terras perdem a posse, recebendo uma indenização caso tenham realizado
alguma benfeitoria.
(IV) Demarcação (__) A partir da autorização, as terras tornam-se declaradas após a realização de
novos estudos, fazendo com que a área seja de uso exclusivo dos índios. A
demarcação é autorizada, ficando a demarcação física a cargo da Funai.
(V) Titulação (__) As terras são homologadas pela Presidência da República.
Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta:
A) II, I, IV, III, V
B) I, II, IV, III, V
C) I, IV, II, III, V
D) II, IV, I, V, III
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1. (FMC) Analise o texto sobre o processo de favelização – “Nos anos 1960, quando a América Latina estava
debatendo como lidar com os assentamentos informais, as favelas, o urbanista britânico John Turner definiu
que “favela não é problema, é solução”. Naquela ocasião, no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, as
remoções forçadas eram a metodologia vigente. De lá pra cá, as favelas cresceram descontroladamente no
Rio. Fracassaram retumbantemente as iniciativas do governo local para lidar com a favelização. Nítida é a
aliança das milícias com a expansão imobiliária informal da Zona Oeste. Os bairros informais, dos
trabalhadores e suas famílias, são os lugares onde se perpetua a ausência da República, a ponto de já
termos um estado paralelo, armado, rico e violento. A democracia está se fraturando também. Tanto
devemos urbanizar favelas, como monitorar e controlar, encerrando o ciclo de geração de mais favelização.”
(FAJARDO, W. Favela, lugar dos esquecidos. O Globo, Rio, 13 out. 2018, p. 14. Adaptado). No texto, a
favelização é abordada criticamente como um processo:
A) Gerador de regimes democráticos.
B) Garantidor de valores republicanos.
C) Promotor de especulação imobiliária.
D) Indicador de segregação socioespacial.
E) Identificador de países latino-americanos.

2. (ENEM/2011) “Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas fazem parte
da paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).” (MARTINS, A. R. A favela como um espaço da
cidade. (Disponível em: http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 31 jul. 2010). A situação das
favelas no país reporta a graves problemas de desordenamento territorial. Nesse sentido, uma característica
comum a esses espaços tem sido:
A) O planejamento para a implantação de infraestruturas urbanas necessárias para atender as necessidades
básicas dos moradores.
B) A organização de associações de moradores interessadas na melhoria do espaço urbano e financiadas
pelo poder público.
C) A presença de ações referentes à educação ambiental com consequente preservação dos espaços
naturais circundantes.
D) A ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos com consequentes perdas
materiais e humanas.
E) O isolamento socioeconômico dos moradores ocupantes desses espaços com a resultante multiplicação
de políticas que tentam reverter esse quadro.

3. (UNESP) As áreas de riscos são geralmente ocupadas pela população mais pobre que constrói suas casas,
muitas vezes, sem investimentos em técnicas e tecnologias apropriadas. Nesse tipo de dinâmica de uso e
ocupação do solo urbano, ocorre o aparecimento das favelas, principalmente nas médias e grandes cidades.
Esse fato demonstra que:
A) A periferia das cidades é o local de preferência dos pobres, pois lá eles encontram a verdadeira
sociabilidade.
B) A concentração da população pobre nessas áreas justifica-se pela facilidade de acesso e pela
centralização de bens e serviços públicos.
C) Esse tipo de ocupação ocorre nas metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro em razão do esgotamento
das áreas urbanas adequadas às construções.
D) A pobreza urbana é a principal causa dos graves impactos ambientais em razão da forma predadora de
apropriação do espaço urbano.
E) As favelas construídas em áreas de riscos nas cidades evidenciam as contradições socioespaciais e a
exclusão social sofrida por parte da população.

4. (ENEM/2022) “Eu estava pagando o sapateiro e conversando com um preto que estava lendo um jornal.
Ele estava revoltado com um guarda civil que espancou um preto e amarrou numa árvore. O guarda civil é
branco. E há certos brancos que transforma o preto em bode expiatório. Quem sabe se guarda civil ignora
que já foi extinta a escravidão e ainda estamos em regime de chibata?” (JESUS, C. M. Quarto de despejo:
diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014). O texto que guarda a grafia original da autora, expõe uma
característica da sociedade brasileira, que é o(a):
A) Racismo estrutural.
B) Desemprego latente.
C) Concentração de renda.
D) Exclusão informacional.
E) Precariedade da educação.

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