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SEMINÁRIOS – SANTO AGOSTINHO E SÃO TOMÁS DE AQUINO

AULA:

SLIDE

MINI-APOSTILA

MENINOS REPRESENTANDO OS SANTOS

SANTO AGOSTINHO
Aurelius Augustinus Hipponensis (AURELIO AGOSTINHO DE HIPONA) mais conhecido como
Santo Agostinho nasceu em Tagaste de Numídia, província romana ao norte da África em 13 de
novembro de 354.

Agostinho foi um inquiridor incansável, porém é tido por um filósofo pouco sistemático. Toda a
sua vida pode se dizer que dedicou a uma luta intelectual e moral com o problema do mal,
tema que orientou sua filosofia, talvez enraizado na dicotomia de pólos antagônicos de seu lar

Agostinho acreditava que todos os seres eram bons, porque eles tendiam a voltar para seu
Criador. Deus era o Ser Supremo ao qual todos os outros seres, estavam subordinados. Os
seres humanos, no entanto, possuíam o livre arbítrio, e só poderão tender para Deus por
escolha, por um ato da própria vontade. A recusa do homem em voltar-se para Deus é,
segundo seu pensamento, o mal. Assim, apesar de toda a criação ser boa, o mal vem ao
mundo através da rejeição do homem ao bem, ao verdadeiro e ao belo, isto é, a Deus.

Os escritos de Santo Agostinho estabeleceram as bases teológicas do cristianismo no Ocidente.


Em sua filosofia procura sintetizar as idéias de Platão com o cristianismo. Em sua pedagogia ele
é fiel aos ensinamentos da Bíblia, mas introduz a tolerância e a liberalidade que o clima
intelectual e político de sua época exigia para que fosse ouvido.

Escrevendo na era patrística (Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete
séculos, elaborada pelos Padres ou Pais da Igreja, os primeiros teóricos), ele é amplamente
considerado como sendo o mais importante dos Padres da Igreja no ocidente. Suas obras-
primas são "A Cidade de Deus" e "Confissões", ambas ainda muito estudadas atualmente.

MÉTODO PEDAGOGICO

Agostinho tinha farta experiência de ensino. Havia sido professo em Milão e Roma por vários
anos e dedicado anos a especular sobre a origem do conhecimento e como atingir o
verdadeiro saber. O método de Agostinho não é o socrático, que usa o diálogo como alguém
que não sabe nada, e que procura descobrir a verdade caminhando junto com o aluno nesse
sentido. Ao contrário, ele acreditava mais em transmitir o conhecimento para os alunos como
aquele que sabe a verdade para os que não sabem nada. Assim, ele estabeleceu uma
metodologia cristã, que influenciou estudiosos e educadores ao longo da história do Ocidente.
Ser professor nesse contexto era um ato de amor. Este amor era necessário, pois sabia das
dificuldades de estudo, e a resistência ativa dos jovens para a aprendizagem. Ele também
considerou o idioma um obstáculo para a aprendizagem, uma vez que a mente se move mais
rápido do que as palavras que o professor pronuncia, e as palavras, por sua vez, não
expressam adequadamente o que o professor pretende.

De um modo geral o ensino deve ser feito no que Agostinho chamou o "método moderado".
Esse estilo de ensino exige que o professor não sobrecarregue o aluno com muito material,
mas aborde um tema de cada vez, para revelar ao aluno o que está escondido nele, para
resolver dificuldades, e antecipar outras questões que possam surgir. Considera importante
até mesmo o modo de falar do professor, que deve ter em ritmo equilibrado, usando frases
bem elaboradas em equilíbrio com frases simples, com o propósito de encantar os alunos e
atraí-los para a beleza do material.

Filosofia de Ensino

Agostinho é considerado uma figura muito influente na história da educação e uma de suas
primeiras obras, De Magistro ("Do Professor"), contém muitos de seus pensamentos sobre o
tema. Durante sua vida, suas ideias foram mudando conforme foi encontrando novas direções
ou formas melhores de expressa-las. Finalmente, já nos seus anos finais, escreveu as
"Retratações" (ou "Reconsiderações"), revisitando suas obras mais antigas e melhorando
alguns textos. A partir dela, fica claro que Agostinho acreditava que a educação era uma busca
incansável por compreensão, significado e verdade que sempre deixa aberto o espaço para a
dúvida, o desenvolvimento e a mudança.

Agostinho também introduziu a tese das três diferentes categorias de estudantes às quais os
professores deveriam adaptar seus estilos de ensino: a dos que foram bem-educados por
professores de renome; a dos que não foram educados; e a dos que tiveram uma educação
pobre, mas acreditam terem sido bem-educados. Com os primeiros, o professor deve tomar
cuidado para não repetir o que já aprenderam e deve desafiar cada estudante com matérias
que ainda não domina completamente. Com o estudante que não recebeu educação, o
professor deve ser paciente e estar disposto a repetir os temas até que ele os compreenda e
deve ser simpático também. Porém, o mais difícil é aquele que recebeu uma educação inferior
e acredita ser alguém que ainda não é. Para estes, Agostinho reforçou a importância de
mostrar a diferença entre "ter as palavras e ter a compreensão" e de ajudá-los a
permanecerem humildes em seus processos de aprendizado.

Agostinho introduziu a ideia de professores respondendo positivamente às questões que


possam receber de seus estudantes, mesmo quando forem interrompidos. Agostinho também
criou o estilo "contido" de ensino, que assegurava a compreensão completa de um conceito
pelos estudantes através de táticas simples: não bombardeá-los com matéria em excesso; foco
em um tópico por vez; ajudar na compreensão do tema ao invés de avançar a matéria
rapidamente; antecipação de questionamentos; e, finalmente, ajudar na resolução de
dificuldades e na busca pela solução dos problemas.[carece de fontes]

Outro exemplo de uma grande contribuição de Agostinho para a educação foi seu estudo
sobre os estilos de ensino. Segundo ele, existem dois estilos básicos: o "estilo misto", que
utiliza linguagem complexa, por vezes "exibida", para ajudar os estudantes a enxergarem a
arte e a beleza que está por trás do tema estudado, e o "estilo grandioso", que não é tão
elegante quanto o misto, mas é apaixonado e sincero, e tem como objetivo inflamar uma
paixão similar à do professor no coração dos estudantes.
SÃO TOMÁS DE AQUINO
Tomás de Aquino, em italiano Tommaso d'Aquino nasceu na cidade de Roccasecca (Itália) em
1225, foi um importante teólogo, filósofo e padre dominicano do século XIII. É considerado um
dos principais representantes da escolástica (linha filosófica medieval de base cristã).

Tomás de Aquino buscou utilizar a filosofia greco-latina clássica (principalmente de Aristóteles)


para compreender a revelação religiosa do cristianismo.

METODO DE ENSINO

São Tomás considerava que cada homem possui um intelecto particular, sendo que daí
decorre a dignidade humana.

É pela educação que o homem pode alcançar a sabedoria, que, nessa medida, está
intimamente ligada à responsabilidade e liberdade. Os imperativos dos mandamentos (farás X,
não farás Y) são enunciados sobre a natureza humana, uma vez que a felicidade e a realização
do homem implicam que se pretenda X numa atitude de incompatibilidade com Y (Lauand,
1998, p. 286).

No sentido de mostrar que a obtenção do conhecimento é uma tarefa que não se alcança de
uma só vez, emprega o gerúndio – acquirendo –, "adquirindo”, como que a indicar que a
formação intelectual é mais um contínuo processo do que pacífica posse decorrente de uma
ação que se perfaz de uma vez.

Esta ideia está presente nos seus conselhos para estudar: “a exortação ao silêncio, à vida de
oração, à humildade, à pureza de consciência, à santidade” (Lauand, 1998, p. 302). É nesse
sentido que se compreende o alcance semântico da palavra studium, que envolve uma maior
abrangência do que a palavra estudo. “Studium significa amor, afeição, devotamento, a atitude
de quem se aplica a algo porque ama e, não por acaso”, o que hoje designamos por “dedicação
aos estudos”

Efetivamente, São Tomás propõe uma dedicação integral aos estudos, uma consagração à vida
intelectual, um estilo de vida cristã que propicie uma relação com Deus, com os outros e
consigo próprio. No De modo studendi é muito claro: “alguém dedicado ao estudo deve, antes
de mais, cuidar das atitudes da alma”.

Para São Tomás existem dois modos de adquirir a ciência: por si próprio, o modo natural, e por
intermédio do mestre. Apesar de o homem poder adquirir conhecimentos por si próprio, a
ação do mestre é sempre fecunda e insubstituível na busca da ciência.

Assim, para além do exercício da inteligência realizado pelo aluno, a acção do mestre
condiciona a instrução de tal modo que, na sua ausência, pode faltar (falhar) a aprendizagem,
até porque, em muitos casos, o mestre tem de proceder à remoção de tudo o que pode ser
obstáculo ou entrave ao reto exercício das faculdades do discípulo.

Para São Tomas de Aquino a verdade e o conhecimento também são alcançados através de um
mestre interior, porém não há intervenção de uma luz divina para que se dê o conhecimento,
ele já existe como potencialidade no interior do ser e cabe a este descobri-la através do
aprendizado do estudo da educação religiosa da pedagogia.

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