Automação Industrial I Prob.

07

Problema n.º 7:

Pretende-se projectar para uma nova unidade industrial metalomecânica, uma rede de
ar comprimido destinada a aplicações diversas. Torna -se pois necessário escolher o
compressor de capacidade e potência adequadas á referida instalação.
São alimentados juntamente, um conjunto de equipamentos através de um compressor
com uma regulação marcha – paragem, para a qual se decidiu: X = 70% e Y = 8.
A pressão efectiva de utilização deverá estar compreendida entre 6 e 7 bar sendo
admitida uma perda de carga máxima de 0,5 bar na “rede de distribuição”.
A temperatura ambiente é de 20 ºC (293 K), sendo a do reservatório de 30 ºC (303 K).
Está previsto um arrefecimento final para o ar á saída do compressor. A pressão
atmosférica é igual a 1,013 bar.
Os equipamentos instalados serão os seguintes:

5 furadoras Um = 0,75 m3 / min. (consumo médio)

3 máquinas de aparafusar
3 máquinas de aparafusar de impacto
6 bicos pulverizadores de limpeza
f = 60 % (factor de utilização)
Um = 0,42 m3 / min. (consumo médio)
f = 65 % (factor de utilização)
Um = 0,80 m3 / min. (consumo médio)
f = 55 % (factor de utilização)
Um = 0,5 m3 / min. (consumo médio)
f = 70 % (factor de utilização)

Sabendo que o factor de sincronismo é igual a 70 % e que a percentagem para

fugas é igual a 10 % , então:

a) Determine as pressões de regulação do compressor (Pmáx. e Pmin.).

R.:
Regulação marcha -paragem implica pelo que é T0 = Tamb. = 20[º C ] = 293[K ]
referido na teoria: ∆Pregulação = 0,3[bar ] T1 = Treserv. = 30[º C ] = 303[K ]
 X = 70%  P0 = Patm. = 1,013[bar ]
 
Y = 8  s = 70%
6[bar ] ≤ Pefectiva ≤ 7[bar ]
% Fugas = 10%
∆Prede = 0,5[bar ]

Henrique Neto N.º 15549 1/5

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  perda no reservatór io 
  perda na rede   
( pmin . )relativa = ( pmin . )admissivel +  de distribuiç ão  +  para uma regulação 
    marcha - paragem  ó
  
( pmin . ) = ( pmin . )relativa + patmosférica 
 absoluta 

( p min . ) relativa = (6) + (0,5) + (0,3)  ( p min . ) relativa = 6,8[bar ] 

ó  ó 
( p min . ) absoluta = ( p min . ) relativa + 1,013 ( p min . ) absoluta = 7,813[bar ]

  perda na rede  
( pmáx. )relativa = ( pmáx. )admissivel +   
  de distribuiç ão   ó
( p ) 
 máx. absoluta = ( pmáx. )relativa + patmosférica 

( p máx. ) relativa = (7 ) + (0,5)  ( p máx. ) relativa = 7,5[bar ] 

ó  ó 
( p máx. ) absoluta = ( p máx. )relativa + 1,013 ( p máx. ) absoluta = 8,513[bar ]

b) Calcule o consumo médio de ar da instalação.

R.:
Para o cálculo do que é pedido nesta alínea teremos que recorrer á seguinte equação:

U m = (∑U × n × f )× s , onde: U à consumo unitário (m3 / min.);

n à número de equipamentos;
f à factor de utilização (%);
s à factor de sincronismo (%).

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Assim sendo, podemos construir a seguinte tabela de valores:

Categoria do Quantidade Consumo Unitário Factor de

3 Uxnxf
Equipamento -n - U (m / min.) Utilização - f (%)
Furadoras 5 0,75 0,60 2,250
Aparafusadoras 3 0,42 0,65 0,819
Aparaf. Impacto 3 0,80 0,55 1,320
Bicos Pulverizadores 6 0,50 0,70 2,100

Σ= 6,489

Pelo que teremos:

U m = (∑U × n × f )× s ó U m = (6,489 ) × [ ]
70
ó U m = 4,542 m 3 / min .
100

c) Calcule o caudal ou débito do compressor.

R.:
Sabendo do enunciado que o compressor deverá estar em funcionamento durante 70
% do tempo (X = 70 % ), o que implica que os restantes 30 % deverá estar parado e se
não considerarmos as fugas, teremos o seguinte:

qV = U m ×
1
X
ó qV = 4,542 ×
1
70
ó qV = 6,489 m 3 / min . [ ]
100

Mas, como existem fugas no valor de 10 %, então teremos um caudal final de:

 % fugas 
qV ( final) = qV × 1 +

 ó qV ( final) = 6,489 ×  1 +
10 
[
 ó qV ( final) = 7,138 m / min .
3
]
 100   100 

Ora, para se efectuar a selecção do compressor através de um catálogo de

compressores, teremos que entrar com os seguintes valores já calculados:

( p máx. ) relativa = 7,5[bar ] ; [ ]

qV ( final) ≥ 7,138 m3 / min . ; X = 70% e Y = 8

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d) Determine o volume do reservatório de pressão nas condições de:

d.1) compressor com uma regulação marcha – paragem.

R.:
Da teoria podemos ver que:

60 × (1 − X ) p0 T
V = Um × × × 1ó
Y ( p máx. )absoluta − ( p min . )absoluta T0

 70 
60 × 1 − 
ó V = 4,542 × 
8
100 
×
1,013
×
303
8,513 − 7,813 293
ó V = 15,294 m3 [ ]

d.2) compressor com uma regulação tudo – nada (Y = 40).

R.:
Para este tipo de regulação tudo – nada a pressão (pmin.)absoluta é diferente
comparativamente com a regulação marcha – paragem, devido á perda de pressão
no reservatório ser menor para o caso da regulação tudo – nada, isto significa que
agora temos uma perda de 0,1 bar em vez de 0,3 bar. Assim sendo teremos que:

( p min . ) absoluta = (6) + (0,5) + (0,1) + 1,013 ( p min . ) absoluta = 7,613[bar ]

  ó 
( p máx. ) absoluta = (7 ) + (0,5) + 1,013  ( p máx. ) absoluta = 8,513[bar ]

Logo, o volume será:

60 × (1 − X ) p0 T
V = Um × × × 1ó
Y ( p máx. )absoluta − ( p min . )absoluta T0

 70 
60 × 1 − 
ó V = 4,542 ×  100  ×
40
1,013
×
303
8,513 − 7,613 293
ó V = 2,379 m3 [ ]

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d.3) sem arrefecimento final do ar, origina uma temperatura no reservatório de 70 ºC

(343 K). Calcule o volume do reservatório para ambas as regulações.

R.:

à Regulação “marcha – paragem”:

60 × (1 − X ) p0 T
V = Um × × × 1ó
Y ( p máx. )absoluta − ( p min . )absoluta T0

 70 
60 × 1 − 
ó V = 4,542 × 
8
100 
×
1,013
×
343
8,513 − 7,813 293
ó V = 17,313 m 3 [ ]

à Regulação “tudo – nada”:

60 × (1 − X ) p0 T
V = Um × × × 1ó
Y ( p máx. )absoluta − ( p min . )absoluta T0

 70 
60 × 1 − 
ó V = 4,542 × 
40
100 
×
1,013
×
343
8,513 − 7,613 293
ó V = 2,693 m 3 [ ]

Sem arrefecimento não há grande aumento do volume, no entanto trabalhar com

temperaturas elevadas tem inconvenientes:

à maior e mais corrosão das ferramentas e do reservatório;

à a probabilidade do ar conter água no estado gasoso é maior;

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