VIVIDOS EXPEREINCES DE TROTE DE FRATERNIDADE

INICIADORES NA UNIVERSIDADE DE CEBU

JUSTINO C. BIEBER, ALEXANDRA O. DADDARIO,

RODRIGO R. DUTERTE, MHIA C. KHALIFA
BARACK N. OBAMA, VLADIMIR S. PUTIN
HENRY R. SY, DONALD J. TRUMP
MARCOS S. ZUCKERBERG

Abstrair

O Hazing, uma forma de ritos de iniciaçã o dentro das fraternidades, rouba a atençã o do
pú blico esporadicamente. Apesar da implementaçã o da Lei da Repú blica No.8049 ou da Lei
Anti-Trote – uma lei que proíbe qualquer forma de trote nas Filipinas, ainda é secretamente
praticado por fraternidades. A prá tica continuada dessa atividade levou os pesquisadores a
descobrir a fenomenologia por trá s do trote experimentada pelos iniciadores do trote em
Palawan. Este estudo empregou a abordagem analítica descritiva para dar uma perspectiva
holística dos participantes usando os três temas principais - (a) as características da
fraternidade, (b) o ambiente social dos participantes e (c) o psiquismo dos participantes. Os
pesquisadores analisaram a trilha de duas fases do envolvimento da fraternidade, que
começa com a fase neó fita e a fase de filiaçã o.

Keywords: Fraternidades Filipinas, Iniciadores de Trote de Fraternidade, Iniciaçã o de

Remo de Tradiçã o de Trote, Neó fitos

Introdução As fraternidades existem há muito

O trote é relatado como causa
comum de danos psicoló gicos e físicos,
especialmente nas Fraternidades. Para as
instituiçõ es de ensino, os riscos incluem
desgaste dos alunos, climas abusivos no
campus e publicidade negativa, para citar
alguns. Os estereó tipos muitas vezes
moldam a percepçã o de que os
comportamentos de trote sã o
frequentemente descartados como
simples palhaçadas e brincadeiras
inofensivas. Estas opiniõ es sã o míopes e
podem pô r em causa a saú de e a
segurança dos estudantes, bem como
prejudicar a qualidade global do ambiente
de aprendizagem nas escolas e
instituiçõ es pó s-secundá rias.
Profissionais e administradores que estã o
cientes dos perigos inerentes ao trote
frequentemente relatam sentir-se
desencorajados e perplexos com atitudes
e crenças arraigadas que apoiam uma
cultura em que o trote é normalizado
como parte da vida universitá ria.
tempo em todo o mundo desde a Grécia
antiga. O termo "frat" é derivado do latim
palavra "frater" que significa "irmã o". É
basicamente um termo utilizado para
definir um corpo de pessoas associadas
para um propó sito ou interesse comum
(Lapham, 2013). Apesar da longa
existência de fraternidades, o homem
médio ainda nã o consegue compreender
completamente o conceito, e muitas vezes
o generaliza como organizaçõ es que se
deleitam apenas com trotes. O trote tem
sido um fenô meno comum em muitas
fraternidades em todas as Filipinas e
ainda está presente mesmo apó s a
assinatura da R.A. 8049, ou Lei Anti-Trote.
Incidentes de morte relacionados a
Hazing foram relatados inú meras vezes, e
um dos incidentes muito recentes
envolveu o caso do estudante da
Universidade De La Salle St. Benilde,
Guillo Cesar Servando, em 2014, relatado
por Diola da PhilStar. Houve muitas

pesquisas anteriores sobre trote, mas a
maioria é frequentemente baseada no
contexto cultural ocidental. A Evoluçã o do
Trote e do Trote como Manifestaçã o da
Psicologia Evoluída, de Aldo Cimino, é um
dos exemplos de pesquisas ocidentais.
Estes tornam-se menos confiá veis como
uma aplicaçã o à cultura filipina devido à s
diferenças culturais; Assim, pesquisas
nesse contexto seriam necessá rias para
fechar as referidas lacunas de
conhecimento. Além disso, a continuam a recrutar ingressantes do
fenomenologia dos iniciadores da
fraternidade nã o tem sido devidamente
explorada tanto quanto a dos neó fitos da
fraternidade, tornando-se uma fronteira
para novas pesquisas.
O trote na forma de remo tem sido
considerado uma atividade controversa
feita por fraternidades nas Filipinas e é
questionado pelo perigo que representa.
O apadrinhamento juvenil continua
apesar da implementaçã o do R.A. 8049 –
uma lei que criminaliza a atividade de
trote de qualquer organizaçã o. Um estudo
de pesquisa filipino sugere que o trote
pode servir como uma melhor "prá tica de
mecanismo" para determinar os
indivíduos mais dignos que podem ser
contados e aceitos como membros de sua
organizaçã o" (Gener, 2014). Trote é o
abuso de novos ou futuros membros
(Cimino, 2013).
Os pesquisadores analisaram o
desenvolvimento cronoló gico da pertença
à fraternidade, que começa desde ser um
candidato que passou por fuga, iniciaçã o
até ser um membro de fraternidade de
boa-fé que submete neó fitos a trotes. A
partir de temas pré-concebidos pela
pesquisadora, identificaram as causas e
influências ou os fatores desencadeantes
que induzem à agressã o aos neó fitos, uma
vez que os candidatos sobrevivem ao
programa de fuga e à iniciaçã o do remo.
Os três temas sã o: (1) característica da
organizaçã o (experiência), (2) ambiente
social e (3) processos internos (psique)
dos participantes à medida que seu status
de membro progride.
2
Geralmente, relatos baseados em
experiências de trote de neó fitos da
fraternidade durante a iniciaçã o,
independentemente da consciência da lei
que protege os indivíduos contra trotes, o
referido ritual nunca pode ser revogado,
pois se tornou uma tradiçã o da
fraternidade.
A faculdade e as universidades na
localidade de Cebu sã o resididas por
vá rias organizaçõ es de fraternidade que
ensino médio e calouros da faculdade que
poderiam se tornar parte de sua
irmandade. O estudo nã o fornecerá os
nomes dos grupos fraternos, uma vez que
o tema de pesquisa trata dos iniciadores
do trote. Na Universidade de Cebu, por
exemplo, é governado por vá rias
fraternidades que nã o divulgam suas
informaçõ es devido à sensibilidade do
tema e para proteger os sujeitos
humanos.
Assim, a consciência
epistemoló gica e ontoló gica em relaçã o à s
causas dos iniciadores da fraternidade em
substituiçã o ao remo e outros ritos de
iniciaçã o nã o apenas explicará as razõ es
de sua ocorrência, mas também outros
indicadores que nos ajudariam a ampliar
nossas perspectivas para tal.
Teoria da Identidade Social (SIT;
Tajfel, 1978; Tajfel (Turner, 1979) parte
da premissa de que os indivíduos definem
suas pró prias identidades em relaçã o aos
grupos sociais e que tais identificaçõ es
trabalham para proteger e reforçar a
autoidentidade. A criaçã o de identidades
grupais envolve tanto a categorizaçã o do
"in-group" em relaçã o a um "out-group"
quanto a tendência de ver o pró prio
grupo com um viés positivo em relaçã o ao
out-group. O resultado é uma
identificaçã o com uma identidade
coletiva, despersonalizada, baseada na
pertença ao grupo e imbuída de aspectos
positivos.
As macroteorias nã o representam
três teorias de princípios e bem

estabelecidas, mas sim uma forma de
ordenar um conjunto diversificado de
afirmaçõ es e especulaçõ es sobre as
origens e a persistência do trote (ver
revisã o em Cimino, 2011). Na realidade,
há pouca evidência científica direta para
qualquer teoria do trote. E embora
chamar as ideias de "teorias macro"
sugira estabilidade, a maioria das
alegaçõ es feitas sobre trote nã o sã o
formuladas de uma maneira que seja
facilmente testá vel.
A tese bá sica de Erich Fromm é
que as pessoas modernas foram
arrancadas de sua uniã o pré-histó rica
com a natureza e também umas com as
outras, mas têm o poder do raciocínio, da
previsã o e da imaginaçã o. Essa
combinaçã o de falta de instintos animais
e presença de pensamento racional faz
dos humanos as aberraçõ es do universo.
O autoconhecimento contribui para
sentimentos de solidã o, isolamento e falta
de moradia. Para escapar desses
sentimentos, as pessoas se esforçam para
se reunir com a natureza e com seus
semelhantes.
Os objetivos do presente estudo
investigam as experiências dos
iniciadores do trote no meio social e seu
psiquismo que passaram pelo trote como
neó fitos e como iniciadores.
Sã o as qualidades percebidas de
uma fraternidade responsá vel por moldar
suas dinâ micas e tradiçõ es grupais que
influenciam diretamente os
comportamentos de seus membros e
determinam a formaçã o de seu ambiente
grupal e formas de trote. Agressã o para
moldar membros melhores As iniciaçõ es
podem incluir atividades percebidas
como divertidas e gratificantes, física e
emocionalmente exigentes,
constrangedoras, socialmente desviantes,
degradantes, dolorosas e, à s vezes,
perigosas ou brutais. As atividades
destinadas aos recém-chegados
normalmente seguem protocolos
altamente prescritos e definidos pelas
3
tradiçõ es do grupo (Keating et al., 2005).
Nas Filipinas, grupos secretos como o
KKK impuseram regras e diretrizes
rígidas para aceitar novos membros. A
organizaçã o adaptou detalhes de seus
ritos de iniciaçã o da fraternidade
americana Loja Maçô nica. Isso pode ser
refletido em muitas fraternidades no país
que também é de natureza secreta para
impor políticas rígidas, como uma série
de testes de lealdade na aceitaçã o de
novos membros. As prá ticas de trote
estã o inegavelmente ligadas à
organizaçã o fraterna. Isso, com a
abordagem evolucioná ria, permite a
seleçã o de membros com altos níveis de
valoraçã o intrínseca (Cimino, 2011).
Os membros em potencial sã o
punidos severamente se nã o realizarem o
trabalho designado que faz parte de sua
induçã o. A puniçã o se manifesta por meio
de trotes, que se tornam um conjunto
temporá rio de incentivos poderosos e
negativos para fazer qualquer coisa que
os membros do grupo existentes
considerem minimamente censurá vel.
(Cimino, 2013).
O trote é caracterizado como uma
anomalia à luz da Macroteoria de Aldo
Cimino (2013). Ele criou a Teoria da
Acumulaçã o Automá tica para explicar o
fenô meno do trote. Ele sugeriu o conceito
de "recém-chegado" que provoca um
conjunto de respostas adaptativas nos
membros em relaçã o aos novos membros
da coalizã o; entre elas, respostas
antiexploraçã o para evitar que seu grupo
seja explorado pelos ditos "recém-
chegados". Dois exemplos sã o dados: os
recém-chegados podem se juntar a uma
coalizã o e (1) nã o contribuir com nada,
acumulando benefícios automá ticos até
serem excluídos com sucesso, ou (2)
aumentar os comportamentos de free
riding no momento da entrada do grupo,
mas reduzir ou cessar essa estratégia à
medida que seu mandato aumenta.
Uma induçã o de alto custo
presumivelmente desencorajará aqueles
que desejam apenas associaçã o de curto

prazo (e, portanto, benefícios de curto
prazo). Isso seria explicado mais adiante
por meio da Teoria do Comprometimento
Macro. De acordo com a teoria, outra
funçã o do trote é mostrar dominâ ncia,
pois os iniciadores exigem a submissã o
dos candidatos enquanto estã o sujeitos ao
trote, possivelmente deixando impressõ es
duradouras nos recém-chegados (Cimino,
2011).
Se o trote fosse uma exibiçã o de
domínio direta, era de se esperar que eles
dissessem algo parecido com "quando eu
te embaçar, você nunca deve esquecê-lo".
Para ser claro, os membros "alfa" muitas
vezes tentam ser assustadores e
intimidadores para os membros em
potencial, enquanto tentam exercitar o
trote de maneiras que o delineiam da vida
cotidiana. Enquanto os homens alfa sã o
reunidos para formar um grupo, as
relaçõ es hazer-hazee em outros grupos
parecem conter conhecimento mú tuo
implícito de que suas interaçõ es nã o
refletem a ordem social normal Ou seja,
entende-se que os hazers podem ordenar
hazees ao redor, fazer exigências ridículas
e infligir altos custos, mas em um certo
ponto, eles devem parar de fazê-lo.
A ideia de que os hazers estã o
procurando estabelecer ou reafirmar uma
posiçã o dominante em relaçã o aos hazees
é muito comum. Considere alguns
exemplos: os membros do grupo ofendem
os recém-chegados para "fazê-los
entender o quã o superiores [eles se
sentem]", o trote atlético "permite que os
veteranos tenham sua posiçã o
dominante", "o trote em iniciaçõ es
adolescentes do sexo masculino é usado
para reprimir", "revolta aberta e
violenta", veteranos de um grupo de
discussã o de trote é para "manter seu
poder", trotes atléticos "celebrando seu
poder sobre novatos" (Cimino, 2011).
É a atmosfera dentro da
organizaçã o em que ocorrem as
dinâ micas de grupo, a interaçã o iniciador-
candidato e outros fenô menos.
4
O trote ocorre porque é definido
pelos alunos como parte necessá ria e
desejá vel do ingresso em uma
organizaçã o. A ideia de "sentimento de
pertencimento" e "sentir-se aceito" entre
os pares pode triunfar sobre quaisquer
medos que os novos pares possam
enfrentar inicialmente. Enquanto alguns
podem ver o processo de iniciaçã o como
prejudicial e negativo, outros podem estar
deixando de lado esse medo para
realmente elevar sua autoestima e
confiança entre seus pares (Mercuro et
al., 2014).
As implicaçõ es dos efeitos dos
maus-tratos para os vínculos humanos
com grupos sã o importantes. Indivíduos
que sofrem coaçã o mental e física podem
tornar-se dependentes e até mesmo
apegados à queles que infligem o
tratamento, especialmente quando um
claro diferencial de poder está presente e
opçõ es sociais alternativas nã o estã o
disponíveis (Keating et al., 2005).
Outro fator pelo qual os jovens
sã o motivados a ingressar na fraternidade
é devido à necessidade de pertencimento
que toda pessoa busca, pois traz
segurança e sensaçã o de ser. De acordo
com a teoria da Psicaná lise Humanística
da Personalidade de Erich Fromm, os
seres humanos sã o seres racionais que
agem para satisfazer suas necessidades
humanas ú nicas para desenvolver sua
personalidade. Estes sã o para a busca de
parentesco, enraizamento,
transcendência e senso de identidade que
faz seu quadro de orientaçã o enquanto
tentam criar conexõ es com o mundo pela
assimilaçã o das coisas e pela socializaçã o
com os outros e relacioná -lo com seus
eus. Com a liberdade que lhes foi
conferida, optaram por atuar em
orientaçã o produtiva ou nã o produtiva na
soluçã o de dilemas humanos (Jess Feist,
2009). Uma pessoa que deseja integrar
sua personalidade para preencher o
aspecto que falta de sua existência se
junta a um grupo escolhido para se
identificar com pessoas que admiraria. Ao

ingressar em uma fraternidade, eles têm a
chance de desenvolver o senso de estar
conectado com os outros e sã o motivados
a transcender na organizaçã o e podem
aceitar a consequência de se juntar à
referida fraternidade, incluindo o trote
que ele experimentará para ser um
membro de fraternidade de boa-fé.
No processo de ocorrência do "in-
group out-group", as pessoas com viés se
consideram como ingroup rotuladas
como "nó s" e as pessoas outgroup
rotuladas como "them" (McLeod, 2015).
Os candidatos devem passar por todos os
pré-requisitos de ser um "grupo externo"
para ser um "ingroup" de fraternidade e
como aquele que interage com outros
membros da fraternidade e também ter a
chance de iniciar trotes entre neó fitos. Em
algum momento de sua pertença, eventos
fenomênicos se desenvolvem, como a
desindividuaçã o como uma das
características da dinâ mica de grupo, é
um estado psicoló gico caracterizado por
auto-avaliaçã o rebaixada e diminuiçã o
das preocupaçõ es com a avaliaçã o dos
outros. Foi proposto por Zimbardo como
resultado de seu Stanford Prison
Experiment. De acordo com sua teoria, o
referido estado psicoló gico é despertado
quando um indivíduo se junta a multidõ es
e grandes grupos. Esse fenô meno social
diminui a consciência da pró pria
individualidade de cada um deles ao
tentar se identificar com a maioria do
grupo que é formado por pessoas que sã o
percebidas como sem rosto e anô nimas
(Jarvis &Russell, 2009). Estando expostas
a esse tipo de ambiente, as fraternidades
que consistem majoritariamente de
membros com alta valorizaçã o à s prá ticas
de trote podem elevar outros
comportamentos, como a agressã o inata
de indivíduos que sã o novos membros da
fraternidade e gradualmente podem se
acostumar com ela. Mais especificamente
falando, os novos membros da
fraternidade aprendem a se conformar
com o grupo e podem desejar ser o
iniciador da nova organizaçã o que troça
5
seus novos candidatos, escolhem ser um
espectador ou fazem o que a maioria dos
membros da fraternidade faz.
Para aqueles que optam por fazer
a iniciaçã o do trote, é o ambiente que
estabelece um poderoso impulso para as
açõ es dos iniciadores do trote,
influenciando sua personalidade e
moldando seus padrõ es
comportamentais, que os levam a se
tornarem iniciadores. A teoria da
aprendizagem social de Albert Bandura
sugere que uma pessoa aprende
observando os outros, incluindo a
agressividade, dentro de um ambiente,
ainda na infâ ncia. Ele também sugere que
uma criança pode aprender apenas
observando modelos com os quais se
identifica. Através do aprendizado vicá rio
das consequências do comportamento
agressivo para aqueles que o utilizam,
eles avaliam um comportamento se tais
comportamentos valem ou nã o a pena se
adaptar. Comportamentos reforçados sã o
mais prová veis de serem repetidos por
uma criança no futuro com situaçõ es
semelhantes; as crianças que sã o
recompensadas por realizar um
comportamento violento passarã o,
portanto, a valorizá -lo consideravelmente
à medida que crescem (Jarvis e Russell,
2009). O ambiente também determina um
estado de avaliaçã o para o curso de açã o
ou prá ticas de uma pessoa dentro do
grupo. O efeito Bystander descreve a
difusã o da responsabilidade que contribui
para a prá tica continuada desta dura
iniciaçã o. Se a iniciaçã o do trote
permanecer aceitá vel dentro do grupo, os
membros da fraternidade tendem a tirar
as mã os e deixar a prá tica do trote
continuar.
É o aspecto psicoló gico, cognitivo,
emocional e de personalidade de um
indivíduo que contribui para os
comportamentos do sujeito ao longo do
processo de pertencimento.
De acordo com a teoria da
Identidade Social de Henri Tajfel, o grupo
ao qual uma pessoa pertence, traz

orgulho e autoestima para a pessoa. Como
uma pessoa segue uma sequência de
formaçã o da identidade social que
começa na categorizaçã o social, seguida
pela identificaçã o social e, finalmente, na
comparaçã o social, ao longo do processo,
a discriminaçã o ocorre como um
resultado comum (McLeod, 2015). Sob
esse aspecto, de qualquer forma, o trote
pode ocorrer a partir do curso da
discriminaçã o. Um homem que aceita
submeter-se à formaçã o é suscetível de
ser submetido como "eles", pois ainda
está no processo de ser um membro
genuíno da fraternidade. Neste estado,
qualquer forma de trote pode surgir além
de trote físico e trote pode nã o ser na
forma de iniciaçã o, mas depende do
desejo do membro da fraternidade de
fazê-lo, o que é mais prová vel de
acontecer durante a interaçã o de uma
figura membro da fraternidade como
"ingroup" e figura candidata como
"outgroup" enfrentar.
Dentro da comunidade, machos e
fêmeas sã o percebidos de forma distinta.
Os machos sã o comumente entendidos
como agressivos e fisicamente mais
fortes, entã o ser percebido viril é tomado
como um elogio. De acordo com Bem
(1981), citado em uma seçã o de livro de
(Eagly, 2009), uma pessoa ajusta seu
comportamento para se adequar à s
normas de gênero e é forçada a cumprir
as expectativas sobre sua categoria de
gênero vinculadas à sua cultura. Esse
fator desencadeante fisioló gico pode
influenciar um membro de fraternidade
de boa-fé a se envolver em trotes físicos
para expressar sua agressividade. Isso
pode ser responsá vel pelo tratamento
severo dos iniciadores da fraternidade
aos neó fitos que todo candidato pode
experimentar ao ver o ato como prova de
sua masculinidade. Formas de
autojustificaçã o.
A atraçã o do trote provavelmente
se estende além dos ditames da tradiçã o,
forjando laços por meio de experiências
compartilhadas e secretas. Acredita-se
6
que os rituais fortaleçam o grupo,
provando a devoçã o dos recém-chegados,
mas também ajudando a criar um senso
de lealdade (Mercuro, et al., 2014). É a
razã o pela qual muitas vítimas continuam
a apoiar um abusador depois que o
relacionamento termina. É também a
razã o pela qual eles continuam a ver "o
lado bom" de um indivíduo abusivo e
parecem simpá ticos a alguém que abusou
mental e à s vezes fisicamente, o que pode
ocorrer com um candidato recém-iniciado
que se torna membro.
O maior nú mero de membros da
fraternidade pertencentes a um grupo
majoritá rio e suas açõ es podem afetar a
percepçã o de um novo membro –
percepçã o sobre si mesmo e sobre o que a
organizaçã o faz. De acordo com a teoria
da Dissonâ ncia Cognitiva do psicó logo
social Leon Festinger, citada por (Lim,
2014), os seres humanos como seres
racionais sã o sensíveis a inconsistências
entre açõ es e crenças. O reconhecimento
dessa inconsistência causará dissonâ ncia
e motivará o indivíduo a resolver a
dissonâ ncia. A dissonâ ncia será resolvida
de três maneiras bá sicas; é (1) mudar a
crença ou (2) açã o ou (3) percepçã o de
uma açã o.
Embora de acordo com a teoria da
Justificaçã o do Esforço de Aronson e Mills
citada por (Lim, 2014), argumentou-se
que a dissonâ ncia cognitiva levava à
autojustificaçã o para gostar do grupo ao
qual os novos membros eram submetidos
por causa do compromisso que eles têm
na fraternidade. Alguns criticaram isso,
no entanto, porque nã o é possível
realmente medir a quantidade de
dissonâ ncia experimentada pelos
participantes. Nã o há como "provar" que
o indivíduo mantém duas cogniçõ es
contraditó rias ao mesmo tempo, e que,
para diminuir a dissonâ ncia, os
participantes têm que justificar a situaçã o
para resolver esse conflito.
Uma pessoa pode aprender um
comportamento pelo reforço presente no
ambiente; pode ser positiva ou negativa

(Mcleod, 2015). O novo membro que
pertence à fraternidade recebe um
reforço para que aprenda um novo
comportamento, condicionando-o como
associar cognitivamente a atividade de
trote a uma recompensa ou puniçã o. Além
disso, a noçã o de vingança apoiada na
perspectiva psicodinâ mica para um
mecanismo de defesa de deslocamento de
ansiedades pode ser um fator
desencadeante que os motiva a fazer
atividade de trote.
No geral, esses grandes temas nos
ajudariam a entender os fatores que
explicam as razõ es dos iniciadores do
trote de fraternidade em fazer remo para
ritos de iniciaçã o. As características
pessoais e psicossociais podem ser pré-
determinadas através de uma maior
contextualizaçã o dos vá rios conceitos que
daí resultam.
Os objetivos do presente estudo
investigam as experiências dos
iniciadores do trote no meio social e seu
psiquismo que passaram pelo trote como
neó fitos e como iniciadores.
Materiais e Métodos
Os pesquisadores empregaram
um desenho de pesquisa fenomenoló gica
que enfocou a perspectiva de membros da
fraternidade universitá ria que realizavam
iniciaçã o de trote para
candidatos/candidatos aspirantes a suficiente para fornecer as informaçõ es
membros da fraternidade. O termo
'fenomenologia' refere-se a um conjunto
de doutrinas filosó ficas compartilhadas:
(a) pressupostos sobre como é o mundo
(metafísico) e como ele pode ser
conhecido (epistemoló gico) e, mais
importante, (b) estratégias para o
gerenciamento descritivo das entidades
mentais relacionadas a tal mundo. Todos
eles se esforçam para capturar essências
experienciais que sã o apenas formas
superiores de conhecimento (cobiçados
tijolos de construçã o "epistemoló gicos")
com os quais o fenomenó logo espera
reconstruir a realidade em bases mais
7
firmes. Ao contrá rio do que se costuma
acreditar nos círculos clínicos, os
fenomenó logos nunca se interessaram
pela obtençã o de descriçõ es mansas e
(muito menos) neutras em termos
teó ricos (Berrios, 1989).
O estudo foi realizado na
Universidade de Cebu – Campus Principal
localizado na Rua Sanciangko, Cidade de
Cebu. A instituiçã o foi fundada em 1964
por Atty. Augusto W. Go. Oferece
programas de pré-escola, ensino
fundamental, ensino fundamental,
graduaçã o e pó s-graduaçã o. Sua visã o é
"emocratizar aeducaçã o de qualidade; ser
o visioná rio e líder da indú stria, e dar
esperança e transformar vidas", pois sua
missã o é oferecer educaçã o acessível e de
qualidade que responda à s demandas das
comunidades locais e internacionais.
Promove os valores fundamentais
"ICARE", que significa Inovaçã o,
Camaradagem, Alinhamento, Respeito e
Excelência.
Os participantes foram compostos
por dez (10) iniciadores de fraternidade
universitá ria do sexo masculino, oriundos
de vá rios grupos da Universidade de Cebu
– Campus Principal, que se qualificam
com o critério cuja experiência em
realizar os ritos de iniciaçã o do remo
mesmo que uma vez seria adequada o
necessá rias para este estudo. Os
participantes foram selecionados por
meio de amostragem intencional. Essa
técnica de amostragem, também chamada
de amostragem por julgamento, é a
escolha deliberada de um participante
devido à s qualidades que ele possui. É
uma técnica nã o aleató ria que nã o precisa
de teorias subjacentes ou de um nú mero
definido de participantes. Simplificando, o
pesquisador decide o que precisa ser
conhecido e se propõ e a encontrar
pessoas que possam e estejam dispostas a
fornecer a informaçã o em virtude do
conhecimento ou da experiência

(Bernard, 2002). É tipicamente usado em
pesquisas qualitativas para identificar e
selecionar os casos ricos em informaçõ es
para a utilizaçã o mais adequada dos
recursos disponíveis (Patton, 2002).
Este estudo utilizou questioná rios
de entrevista estruturada que foi
composto por um conjunto específico de
perguntas para eliciar as respostas dos
participantes (Avilla, 2016). O conteú do
das entrevistas foi composto por 3 (três)
partes: perfil dos participantes;
experiências de iniciadores de trotes no
meio social; e a psique dos iniciadores
que passaram pelo trote. As partes
principais contêm uma (1) questã o na
qual as perguntas de sondagem foram
facilitadas para permitir que os
entrevistados explicassem as respostas.
Aplicativo gravador de á udio de
smartphones foi usado para garantir na
obtençã o de respostas autênticas. A
observaçã o de pistas nã o verbais durante
a entrevista e as anotaçõ es também foram
reforçadas, a fim de promover a
triangulaçã o dos dados com o objetivo de
garantir a validade e a confiabilidade das
respostas.
Na coleta dos dados qualitativos,
foi assegurada uma carta de transmissã o
assinada pelo orientador da pesquisa e
pelo diretor do ensino médio antes da
realizaçã o da entrevista. Um horá rio de
disponibilidade programado foi definido e
um ambiente livre de distraçõ es foi
preparado para garantir que os
participantes pudessem se concentrar na
entrevista propriamente dita. À medida
que a entrevista prossegue, estabeleceu-
se a triangulaçã o dos dados entre as
entrevistas pessoais, a observaçã o real e a
aná lise documental.
Apó s a consolidaçã o das
entrevistas respondidas, utilizou-se o
método de aná lise de conteú do, conforme
descrito por Kleiman (2004) citado por
Tracy (2012) em que as redaçõ es,
transcriçõ es e anotaçõ es coletadas foram
8
lidas e examinadas. Os dados foram
revisados de forma abrangente e seçõ es
identificadas como tendo foco semelhante
foram integradas para fazer resumos
compactos e eficientes de seu conteú do.
Os dados computados foram
categorizados por meio de uma tabela de
codificaçã o. O processo consistiu em
examinar, categorizar, tabular e
recombinar as informaçõ es acumuladas
antes de progredir para uma exposiçã o
mais profunda. Os achados, incluindo
descriçõ es de significados essenciais,
foram elaborados e relacionados aos
dados coletados para justificar as
interpretaçõ es apresentadas.
Resultados
Este capítulo apresenta os
resultados e a discussã o dos achados a
partir dos dados qualitativos analisados,
utilizando o método de aná lise de
conteú do. Fornece uma visã o geral do
perfil dos participantes, das experiências
dos iniciadores do trote no ambiente
social e da psique dos iniciadores.
A partir das experiências dos
iniciadores do trote no ambiente social,
eles comumente encontram formaçã o de
apego dentro da fraternidade (100%),
buscam integraçã o da personalidade
(80%) e circunstâ ncias que enfrentam
atualmente (70%).
Em termos da psique dos
iniciadores que passaram por trotes como
neó fitos e iniciadores, ambos resultaram
na formaçã o de identidade (100%).
A partir das categorias formuladas
derivadas das subcategorias a partir das
falas dos participantes, destacam-se os
grandes temas que revolvem as
experiências dos iniciadores do trote no
ambiente social, a formaçã o do apego
(100%), a busca de integraçã o pessoal
(80%) e as circunstâ ncias que acontecem
na fraternidade (70%) sã o os encontros

mais comuns ao fazer parte dos
iniciadores do trote.
Kaning among pagpaddle sa mga
mangapilay maoy pamaagi namu nga
ipakita ang kakusog sa ilang kagusto og
disiplina sa kada tagsa... micrômetro...
Pinaagi ani, mukusog triste entre
pagkahiusa bahin sa
pagkamagkaigsoonon (Participante 3,
Linha 67).
Tungod sa akong frat
nakahimangno ko og kahimtang nga naay
mga tawu nga musuporta nimu og dili ka
pasagdan sa tanang kalisud sa kinabuhi
(Participante 5, Linha 95)
Naay mga panahon nga ang uban
sa amu kay dili magkahiusa tungod nga
naay uban dili mucooper sa entre mga
kabrad unya maoy makaamong sa uban
kay nagkatagkatag ang grupo
(Participante 2, Linha 76).
Ganahan namo ipakita sa mga
bag-ong mangapil sa entre frat nga kamiy
mga dugay na nga miyembro ang dapat
respetarun hangtod mudugay sila, mao ra
gihapun lang
panlantaw namu (Participante 2, Linha
61).
Discussão
Quanto ao apoio nos grandes
temas, foi explicado por Mercuro e
colaboradores (2014) que os membros da
fraternidade sentem um sentimento de
apego de fazer parte da irmandade. De
fato, quanto mais tempo eles se tornarem
parte da fraternidade, mais forte será o
apego que terã o. (2005) explicaram ainda
que esses comportamentos ocorrem na
entrada de membros neó fitos da
fraternidade. Em termos de busca de
integraçã o da personalidade, o membro
sente um sentimento de pertencimento
que o ajuda a aumentar a autoestima ao
9
fazer parte do grupo (Jess Feist, 2009).
Por fim, questõ es que acontecem na
fraternidade, como falhas de comunicaçã o
interna e divisõ es de alguns membros que
pertencem à mesma fraternidade, sã o
comuns e sã o categorizadas como
membros do grupo externo que, à s vezes,
nã o cumprem regras e políticas que
resultam em desentendimentos e
conflitos. McLeod (2015) explicou que
essas circunstâ ncias foram abordadas por
meio de acordos internos fazendo com
que os membros do grupo externo se
tornassem ingroup para estabelecer
solidariedade com a irmandade.
Com base na psique dos
iniciadores que passaram pela
experiência de remar durante os ritos de
iniciaçã o, a pró pria razã o de fazer o ato é
por causa da formaçã o da identidade
(100%).
De acordo com a teoria da
identidade social de Tajifel, afirmada por
McLeod (2015), fazer parte do grupo ao
qual uma pessoa pertence aumenta o
orgulho e a autoestima de um indivíduo.
Isso segue a comparaçã o social, ao longo
do processo, a discriminaçã o ocorre como
um resultado comum. Além disso,
também explicou o envolvimento do
gênero na comunidade em que os homens
sã o percebidos como comumente
agressivos e fisicamente mais fortes. Bem
(1981) acrescentou que uma pessoa
ajusta seu comportamento para se
adequar à s normas de gênero e é
influenciada a cumprir as expectativas
sobre a representaçã o de gênero
vinculadas em sua cultura.
e sua interconexã o com conceitos
teó ricos, parece que a teoria da
identidade social de Tajifel, a Macroteoria
de Cimino e a Teoria da Personalidade da
Psicaná lise Humanista de Fromm
explicam as experiências dos iniciadores
do trote em vez das prá ticas de trote em
uma forma de remo.

Em poucas palavras, os resultados
revelaram que as experiências vividas
pelos iniciadores do trote na
Universidade de Cebu – Campus Principal
mostraram significâ ncia sobre como os
participantes retratam sua atitude em
relaçã o ao trote. Suas experiências no
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normas de gênero categorizadas como
indivíduos culturalmente influenciados.
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