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Universidade Rovuma
Nampula
2023
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Introdução
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O presente trabalho trata sobre Factores que influenciam e nao influenciam na participação da
aula de Educação física na Escola Secundária Marcelino dos Santos, Diversos estudos relatam
sobre o reconhecimento que a prática desportiva traz às crianças e aos adolescentes benefícios de
suma importância para o desenvolvimento de suas capacidades físicas e psíquicas. A escola tem
um papel fundamental não apenas de inserir e dar suporte a estas atividades; mas também de
estimular, de motivar os jovens a realizarem tais práticas.
Desde os anos sessenta, a motivação para a participação no ambiente esportivo tem sido um
dos tópicos mais analisados na área da psicologia do esporte infanto-juvenil, procurando
identificar os fatores que levam crianças e adolescentes a iniciar, continuar e desistir do
envolvimento em atividades físicas e esportivas. A participação inicial das crianças no
esporte competitivo envolve fatores diversos, que, em alguns pontos, diferem conforme os
gêneros. Contudo, muitas semelhanças são encontradas pelos autores (KNIJNIK;
GREGUOL; SANTOS, 2005).
Knijnik, Greguol e Santos (2005) consideram três fatores como os principais responsáveis
pelo início da prática esportiva por crianças: a) modelo e reforço de parentes e professores;
b) oportunidade de se envolver e demonstrar habilidades motoras competentes; c)
atributos que variam do sexo, raça, classe social, etc. Segundo Sene (2005), existem outros
fatores sendo estes paralelos aos citados que também aparecem como motivos para o
ingresso na prática desportiva voltados principalmente à interação com os demais colegas.
Amostra e local
Instrumento e materiais
Com base nas análises de fator e de consistência interna, os fatores de motivação para a
prática desportiva configuraram-se da seguinte forma:
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Para vencer
Porque eu gosto
Para competir
Para brincar
Para me divertir
Para exercitar-se
Apresentação das médias e desvios padrões de uma forma geral, ou seja, fatores mais
importantes aos menos importantes (forma decrescente de importância). Logo após a
freqüência encontrada em cada nível de importância nos motivos (nada importante, pouco
importante, indiferente, importante e muito importante). E, por fim, o gráfico das médias
encontradas de cada dimensão motivacional contida no inventário: Competência
desportiva, amizade/lazer e saúde.
Após essa apresentação foram realizados da mesma forma segundo o gênero da amostra
(masculino e feminino).
Resultados
Após a análise dos resultados obtidos através do estudo de campo realizado na Escola
Municipal Ensino Básico Manoel Rufino obteve-se o percentual dos níveis de importância
de cada fator motivacional dos alunos para prática desportiva.
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A Educação Física vem passando por diversas modificações em relação a sua inserção no
contexto escolar, desde a obrigatoriedade até a facultatividade. Apesar de ser um
componente curricular, a Educação Física é uma disciplina em que nem todos os alunos
cursam. Muitas vezes, amparados pela lei, alunos trabalhadores, que têm filhos, dentre
outros motivos, podem optar em não participar das aulas de Educação Física. Para
Medeiros, Bandeira e Guimarães (2005), é a partir dessas dispensas asseguradas pela lei,
que acontece a legitimação da não participação.
Costa (2004), nos lembra que essas dispensas são facultativas, o que significa que os alunos
nas condições anteriormente citadas e que queiram participar das aulas de Educação
Física, têm esse direito.
Dentre os fatores que concorrem para não participação dos alunos nas aulas de Educação
Física, Vaz e Fagundes (2005) destacam as questões de gênero. Para esses autores, há uma
distinção entre os conteúdos destinados aos meninos e os conteúdos destinados as meninas.
Dessa forma, quando nas aulas de Educação Física são trabalhados os conteúdos
tradicionalmente considerados masculinos, como o futebol, há um grande índice de não
participação feminina, e quando são trabalhados os conteúdos culturalmente considerados
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A questão da não participação não se dá somente por questões de gênero, mas também por
questões associadas às habilidades esportivas. Por serem consideradas mais fracas ou
menos habilidosas muitas meninas deixam de participar das aulas de Educação Física.
Contudo, esse problema não afeta apenas as meninas, os meninos considerados fracos
tecnicamente também são rejeitados, gerando a inibição para que os mesmos participem
das aulas. A partir de um modelo tecnicista de Educação Física, que valoriza somente a
performance e o rendimento, os menos habilidosos e aptos às práticas esportivas,
gradativamente, se autoexcluem das aulas.
Este estudo tem como foco os alunos das séries finais do Ensino Fundamental (5 à 8 série).
Nesse período, ocorrem diversas transformações nos corpos e mentes dos adolescentes, que
muitas vezes podem gerar a inibição para a prática de atividades físicas. A vergonha de
exposição do corpo, associada à vergonha de “pagar mico” perante o grupo, são fatores que
influenciam e inibem a prática de atividades físicas e esportivas (RAPHAEL, 2005). Esse é
um fator que pode ajudar a explicar diversos tipos de comportamento, como o desinteresse
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pela prática de modalidades esportiva para uns, e para outros possíveis atrasos no
desenvolvimento motor.
Segundo Raphael (2005), dentre os fatores que podem ajudar na construção de aulas que
sejam estimulantes e prazerosas para os alunos, estão uma boa infra-estrutura física,
qualidade profissional e procedimentos didático-metodológicos adequados. Nesse contexto,
o professor é um dos principais responsáveis para motivação dos alunos. E necessário que
ele crie meios para que seus alunos se sintam interessados pela sua aula, favorecendo um
ambiente agradável e estimulante para poder atender as diferenças de interesse que
existem entre os alunos.
É possível perceber que o valor que é atribuído à Educação Física por parte dos alunos vai
muito além de elementos formais, como nota, prova ou até mesmo a reprovação. Os
motivos que geram o interesse e a adesão às aulas de Educação Física estão relacionados ao
prazer e a autorrealização que as atividades físicas e esportivas são capazes de
proporcionar.
Quadro 1: Motivos da não participação dos alunos nas aulas de Educação Física Questão
geradora: Porque você não está participando da aula de Educação Física?
handebol...”.
“... porque hoje ta tendo
dança e eu não gosto de
dançar eu não quis
participar”.
Falta de 05 “Bom eu não gosto de
Educação Física...”.
afinidade 11
“Não gosto muito da aula de
com a Educação Física”.
disciplina
A falta de 08 “Porque eu estou de calça, e
não pode fazer aulas de
roupa 09 Educação
fraca...”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A não participação nas aulas de Educação Física possui motivações gerais e motivações
específicas. Em relação às motivações gerais, a desvalorização dos aspectos corporais no
contexto escolar, que privilegia somente o desenvolvimento intelectual do aluno, torna a
Educação Física uma disciplina secundaria, com a função apenas de compensar, por meio
de atividades físicas e desportivas, o desgaste advindo das disciplinas consideradas
importantes. Essa visão é reforçada pela comunidade escolar (professores, pais, alunos,
direção) que admite, sem muitos questionamentos, os alunos que não participam das aulas.
Bibliografia
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INTERNODATO Giovanna Carla; MIARKA Bianca; OLIVEIRA Arli Ramos de; GORGATTI
Márcia Greguol. Fatores motivacionais de atletas para a prática esportiva. Motriz, Rio Claro,
v.14 n.1 p.63-66, jan./mar. 2008.
GAYA, A. & CARDOSO, M. Os fatores motivacionais para a prática desportiva e suas relações
com o sexo, idade e níveis de desempenho esportivo. Revista Perfil, Editora UFRGS, Ano 2,
Nº1, Porto Alegre, 1998.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
COSTA, G. C. A cultura da isenção das aulas de educação física escolar no Brasil: “novas”
tendências de “velhas” ideias. ln: ENCONTRO FLUMINESE DE EDUCAÇAO FÍSICA
ESCOLAR, 8., 2004, Niterói. Cultura e educação física escolar. Niterói: Departamento de
Educação Física e Desportos, Universidade Federal Fluminense, 2004. 439p.
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Índice
Introdução......................................................................................................................................................3
ORGANIGRAMA.........................................................................................................................................4
Tipos de Organigramas..................................................................................................................................4
Importância da Organigrama.........................................................................................................................7
DIAGRAMA..................................................................................................................................................8
ESQUEMA....................................................................................................................................................8
Conclusão.......................................................................................................................................................9
Bibliografia..................................................................................................................................................10
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