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RESUMO:
O presente estudo considera a natação como uma possibilidade
de atividade física de grande importância para o desenvolvimento motor do bebê. Mesmo
sabendo que o bebê não aprenderá a nadar no seu primeiro ano de vida, a natação para bebê é
vista hoje como uma estimulação a mais a ser acrescentada no seu dia a dia, que melhora o
desenvolvimento motor desta faixa etária. O objetivo deste estudo foi identificar os
benefícios da natação para evolução no desenvolvimento motor do bebê de acordo com
sua idade. Para isso foi realizado uma revisão bibliográfica através de leitura de livros, artigos,
revistas impressas e publicações na internet, levando em consideração o desenvolvimento
motor e o programa de estimulação, qual a melhor idade para se iniciar a prática e seus
benefícios. Foi possível constatar com base na literatura uma influência positiva nos
programas de atividades aquáticas para bebês, sobre o desenvolvimento motor de bebês
quando entram em contatos com outros bebês da sua faixa etária e de maior vínculo
emocional com seus pais.
Palavras-chave: Desenvolvimento Motor. Natação. Bebê.
INTRODUÇÃO
O presente estudo está inserido na área das Ciências Humanas, em particular, na área
Biológica. O tema em questão faz parte de um estudo sobre a natação na primeira infância e a
importância da mesma no desenvolvimento motor.
A participação no programa de estágio em uma academia teve grande
relevância na escolha do tema natação na primeira infância, devido à participação
de maneira efetiva como estagiário com auxílio dos professores responsáveis nas aulas de
natação.E com isso surgiu o interesse de estudar o assunto dessa população que representa um
grande percentual da população brasileira, aproximadamente 20.000.000 (IBGE, 2010).
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1 ASPECTOS METODOLÓGICOS
2 A PRIMEIRA INFÂNCIA
O Brasil tem aproximadamente 20 milhões de crianças com idade entre zero e cinco
anos, correspondendo a 10,6% da população total. (BRASIL, 2010)
A primeira infância é a primeira das seis fases de desenvolvimento motor apresentadas
por Havighurts (1953, 1972 apud Gallahue 2013): primeira infância (0
a 5 anos), segunda infância (6 a 12 anos), adolescência (13 a 18 anos), adulto
jovem (19 a 29 anos), adulto médio (30 a 59 anos), terceira idade (60 anos em diante)
Segundo Nelson (2001), Desenvolvimento na Primeira Infância refere-se à forma como
uma criança cresce e aprende durante os primeiros anos da sua vida. É marcado por um padrão
de mudanças que ocorrem à medida que a criança desenvolve a capacidade de ter um
pensamento mais complexo e sofisticado e a capacidade de raciocínio, de comunicar mais
claramente, de se movimentar mais livremente e aprender a ser social e a controlar as suas
emoções. As crianças que vivem em ambientes saudáveis e seguros têm maior probabilidade
de alcançar o seu potencial de desenvolvimento, alcançando níveis ótimos de
desenvolvimento físico, cognitivo, linguístico e sócio emocional. A primeira infância é o
período de mais rápido desenvolvimento na vida humana.
3 DESENVOLVIMENTO MOTOR
Segundo Maforte (2007), a fase do desenvolvimento motor tem que ter finalidade a
compreensão das faixas etárias de cada fase do desenvolvimento, deve ser compreendido
como referência e não como uma regra fixa seguida à risca.
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Com o passar dos anos, observou-se que a natação foi tomando outros rumos, sendo
atualmente praticada por motivos que vão desde o lazer até a prática esportiva, uma vez que a
mesma é praticada tanto para aptidão física quanto para o lazer, por isso, é recomendada, visto
proporcionar inúmeros benefícios a seus praticantes, que vão desde: melhora da coordenação
motora, aumento do equilíbrio, condicionamento cardiorrespiratório, desenvolvimento da
lateralidade, aumento da flexibilidade e do nível de força (EVANS, 2009, ARROYO;
OLIVEIRA, 2007). Com isso, a prática dessas atividades vem despertando interesse em
pessoas de distintas faixas etárias, mais especificamente, na população de bebês (LIMA,
2003).
Através de estudos, constatou-se que a natação para bebês teve seu marco
na Austrália em 1939, onde teve o primeiro artigo sobre os benefícios da natação
para bebês. No Brasil, alguns estudos começaram a surgir na década de 60, porém cheios de
mitos e preconceitos, onde somente nos anos 80 surgiram as primeiras publicações científicas
(BONACELLI, 2004). Somado a isso, verificou-se a proliferação de academias e centros
especializados de natação para bebês, para que os mesmos pudessem aproveitar os mais
variados benefícios das atividades aquáticas e aprender as primeiras lições de auto salvamento
(LIMA, 2003). Saba (2001, p.35) diz que “nunca antes na história foram vistos em número tão
grande, mesmo em termos proporcionais, locais especialmente destinados à prática de
atividade física”.
Exercícios executados na água proporcionam um relaxamento, fortalecimento
da musculatura além de contribuir para o desenvolvimento e conhecimento da criança,
o tornando mais independente e ativo ao explorar o meio (SALES, 2006). Por isso, a
atividade aquática deve estar associada de forma paralela ao seu crescimento e estar presente
de forma continuada (GARCIA et al, 1999).
atividades físicas mais abrangentes e tradicionais do ser humano, sendo vinculada para fins:
competitivos, terapêuticos, segurança, recreativo, condicionamento ou simplesmente de
relaxamento. (LIMA, 2003).
Com o surgimento de várias academias e centros especializados no ensino
da natação, começou a surgir classes específicas da natação para bebês (LIMA, 2003).
Quando nos referimos à natação para bebês, devemos levar em consideração a seguinte
pergunta: “qual a idade correta de se iniciar a natação? ”. Não existe um consenso entre
autores em qual seria a melhor idade para iniciar o bebê a natação, assim como ao seu término.
Fouace (1980) citado por Barbosa (2001) refere-se que as aulas de natação para bebês devem
ter seu início aos três meses, pois é quando a criança consegue sustentar sua cabeça e terminar
aos 36 meses, já Sarmento (1992) estabelece o início para a atividade a partir dos seis meses,
pois nessa idade a criança já estará com suas vacinas devidamente tomadas e seu término aos
36 meses. Sendo assim, apesar de não existir um consenso na literatura, parece que o início
ocorrerá entre os 3 a 6 meses e o seu termino por volta dos 24 a 36 meses de idade.
(SAAVEDRA; ESCALANTE; RODRÍGUEZ, 2003).
Essa faixa etária se justifica primeiramente em virtude de que antes de começar a
frequentar as atividades aquáticas, o bebê deve aumentar de peso, em
vista da probabilidade de apresentar um estado de hipotermia, uma vez que seu sistema
termorregulador não está bem desenvolvido, segundo por que o sistema imunológico do
recém-nascido é bastante deficitário, sendo necessário algum tempo para que o mesmo se
desenvolva, antes de frequentar um meio propenso a contratação de inúmeros problemas de
saúde, como o de foro virológico, bacteriológicos ou micóticos (SAAVEDRA; ESCALANTE;
RODRÍGUEZ, 2003).
Fontanelli e Fontanelli (1985) afirmam que qualquer bebê, salvo algum distúrbio,
possui um atrativo natural pela água e, que o sentimento de medo ou insegurança apresentados
na água, não raro, são reações que possivelmente a criança adquiriu fora da água, já que a
mesma até um ano de vida desconhece o significado do perigo. Com isso, leva-se em
consideração que os primeiros estudos sobre a natação, visavam o nível maturacional do
aluno, uma vez que muitos professores utilizavam exercícios não condizentes com a faixa
etária do seu aluno, o que acarretava em frustrações e desistências, visto não conseguirem
executar determinados exercícios (LIMA, 1999). Logo, percebe-se que a aprendizagem da
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natação ocorrerá quando for permitida ao bebê uma inter-relação de fatores internos (estado
maturacional e vivências anteriores) com fatores externos (meio ambiente e estratégias do
professor), para que assim, o bebê sinta prazer de estar na água e descubra as boas sensações
que ela lhes proporciona (aprendizagem da natação do nascimento aos 6 anos) (LIMA, 2003).
Segundo Breges (1980), o bebê não aprende a nadar quando em contato com
um meio propício a aprendizagem, e sim fazer uso de suas habilidades inatas
(flutuabilidade, reserva de oxigênio, inconsciência do perigo e etc.), para assim, ficar livre do
perigo na água eventualmente. Percebe-se que quanto mais cedo à criança for encaminhada a
prática da natação, terá elevada sua aptidão psicomotora, pois esse tipo de atividade funciona
como um pré estimulo motor, já que a criança primeiramente consegue deslocar-se dentro da
água, porque fica muito leve, conseguindo assim, executar movimentos que não conseguiria
fora da água.
Para que a flutuação do bebê ocorra é necessário que se mantenha o seu
corpo em posição horizontal, com os membros superiores submersos e bem relaxados,
porém alguns bebês sentem-se desconfortáveis nessa posição, onde a partir dos oito meses essa
rejeição é maior (LIMA, 2003). De acordo com Damasceno (1994), a flutuação e a
respiração estão intimamente ligadas aos tônus musculares e, que por tanto, à efetividade e,
em consequência, controlará melhor o seu equilíbrio levando a flutuação (LIMA, 2003).
Desse modo, ao submetermos o bebê ao um longo tempo de experiências
desenvolvidas na água, ajustaremos suas referências, de maneira que seu quadro motor
se desenvolva no meio aquático e melhore suas respostas aos estímulos existentes. A natação
enquanto atividade física sistematizada favorece a tomada de consciência do bebê em relação a
si, ao meio, ao grupo e a sociedade, o que contribui para o desenvolvimento de todas as suas
aptidões, pois o desenvolvimento na água ocorre de acordo com sua maturação, com o
aprimoramento de seus reflexos e de sua coordenação (SAAVEDRA; ESCALANTE;
RODRÍGUEZ, 2003).
Diz-se que o bebê está adaptado ao meio aquático, quando possui o domínio
do corpo na água, com base nos princípios de equilíbrio, respiração, imersão,
propulsão e salto (SAAVEDRA; ESCALANTE; RODRÍGUEZ, 2003).
De acordo com Gallahue e Ozmun (2003), as atividades aquáticas para bebês
favorecem a formação de modificações nervosas com a estimulação motora e sensorial dos
exercícios desenvolvidos na água, onde com os estímulos do
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Segundo Ferreira (2003) são inúmeros os benefícios proporcionados pela natação, pois
essa atividade melhora a coordenação motora, proporcionando noções de espaço e tempo,
prepara a criança psicológica e neurologicamente para o auto salvamento, aumenta o
condicionamento cardiorrespiratório, estimula o apetite, além de tranquilizar o sono.
Em virtude da perda da gravidade, a água proporciona ao bebê uma gama de
variedades de novos movimentos, onde a criança ao entrar em contato com essa
motricidade pode, por exemplo, vir a caminhar mais cedo, o que por sua vez levará a um
melhor desenvolvimento neuromotor, uma vez que lhe foi proporcionado um maior número
de sensações importantes (LIMA, 2003).
A natação oferece um excelente meio para um melhor desenvolvimento da criança.
Sem dúvida, a natação infantil é o primeiro e mais eficaz instrumento de aplicação da
Educação Física no ser humano (Azevedo, Morais, Rodrigues, Barbacena & Grisi, 2008).
Quando a criança aprende a ler, o professor não lhe dá um livro e pede que leia. Há
uma série de processos que conduzirão a criança ao objetivo final: ler. Na natação a situação é
semelhante, antes de iniciar a aprendizagem das técnicas de
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Foi visto que Pereira (2009) e Breges (1980) citam que na barriga da mãe o bebê, por
estar no meio liquido já inicia seus movimentos natatórios. Porém quando o bebê está dentro
da barriga de sua mãe, os movimentos realizados pelo bebê lá dentro não passam de
movimentos involuntários, o espaço que ele tem dentro da barriga até a hora de seu
nascimento é muito pequeno para que ele execute movimentos bruscos. Uma mulher grávida
pode afirmar que os movimentos de seu bebê são bastante bruscos, porém se for ver o espaço
que o bebê tem dentro da placenta é bem reduzido, deixando espaço somente para movimentos
desordenados involuntários.
O tema desenvolvimento motor aliado com a natação diz respeito a uma série de
movimentos sincronizados. Não que o bebê conseguirá realizar muitos movimentos
sincronizados, mas ele estará sendo estimulado para esta prática de movimentos. O
desenvolvimento motor tem muito a ver também com questões
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culturais. Nos primeiros anos de vida a família é o agente socializador do bebê, sendo sua
principal fonte de estimulação, se a família propicia ao bebê diferentes fontes de estimulações,
ele estará se desenvolvendo mais dos que não recebem estas fontes de estimulação. Existem
diversos tipos de culturas diferentes, e em cada cultura existe um tipo de estimulação motora
empregada aos seus bebês
Pereira (2009) assegura que diferenças no desenvolvimento motor são
observadas entre os bebês de diferentes culturas. A motricidade entra em discussão
também aliada ao tema do desenvolvimento motor justamente por ser o estudo do homem e
seu corpo em movimento. A natação estará ajudando o bebê no descobrimento do seu corpo
como um todo, num meio onde ele consegue se deslocar quase que completamente estando
em um momento e um local de liberdade e autonomia, enxergando um mundo que a rodeia.
A motricidade ajudará o bebê no meio liquido, envolvendo todos os elementos desde seu
equilíbrio corporal até sua noção no liquido para sua coordenação de movimentos.
O desenvolvimento motor faz parte do dia a dia do bebê, conforme ele vai crescendo e
criando maturidade para as próximas fases, e movimentos como engatinhar, manipular e andar.
Estes movimentos são habilidades a serem alcançadas pelos bebês que revelam suas fases e
períodos que estão passando. Como Matos (2009) afirma, para o bebê esta série de
movimentos lhe causa grande satisfação das suas necessidades de se movimentar e é tão
importante e vital quanto a satisfação de suas necessidades primárias e fundamentais.
Estas séries de movimentos na natação são estímulos a serem acrescentados na vida
do bebê. Isto não quer dizer que um bebê que não pratica natação terá seu desenvolvimento
comprometido. Ele só não estará adicionando o ganho que a natação traz para seus
participantes. No estudo realizado por Pereira (2009) sobre as Atividades aquáticas para bebê
se a influência no desenvolvimento motor mostrou que, por exemplo, bebês praticantes de
natação conseguiram executar a posição sentada primeiramente do que os bebês que não
praticam natação. Mas isso não quer dizer que os bebês não praticantes não realizariam esta
fase. Esta posição seria realizada no momento certo da fase de que se tem um parâmetro de
que os bebês realizam esta posição. Logo na fase seguinte que os bebês não praticantes,
estariam realizando esta posição novamente os bebês se igualariam.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
ABSTRACT:
Study Gift consider a swimming How One possibility Activity great importance of Physics for
the baby motor development. Even though the baby not learn to swim in the first year of his life, for
swimming and drinking View Today As A Stimulation PLUS a Being not added Your day to day, que
improves engine development this age group. The aim of this study was to identify the benefits of
swimming paragraph Evolution no development engine According baby with your Age. To this was
accomplished through A literature review Books Reading, Articles, Publications and Journals on the
Internet, taking into account the engine Development and Stimulation Program, What the Best Age to
Start a Practical and ITS Benefits. It was possible base note with the literature Positive Influence
over Water Activities
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programs for babies, About Babies When Enter Engine Development in contact with other babies
of his age group and Greater emotional bond with their parents.
Keywords: Motor Development; Swimming; Baby.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRESGES, L. Natação para meu neném. Rio de Janeiro. ed. Ao livro técnico s/a. 1980.
GIL, ANTONIO CARLOS. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
OSWALDO FUMIO NAKAMURA. Ruth Helena S. Silveira/ Natação para bebês– São
Paulo: Ícone, 1998.
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