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António Do Nascimento - O Bullying Na Adolescência (Monografia)
António Do Nascimento - O Bullying Na Adolescência (Monografia)
Luanda – 2019
Termo de Aprovação
Esta Monografia foi avaliada e aprovada para obtenção do grau de Licenciado no curso de
Ciências Criminais.
Membros do júri
______________________________________
Prof. Dr.C. Carlos Rafael Figueredo Verdecia.
Orientador.
______________________________________
Prof ª MsC. Irene Garbey Monier.
Presidente do Júri.
______________________________________
Prof ª MsC. Albertina José António.
Arguente.
Luanda – 2019
DEDICATÓRIA
À Deus, por ser essencial em minha vida, por ter me dado saúde, bênçãos e iluminação
para compreender os fenómenos criminais.
Aos meus pais, Francisco Miguel António do Nascimento e Julieta Baptista Dala, pela
vida, amor, teto, comida e, por todos ensinamentos, exemplos e luz que direcionaram para a
minha vida.
I
AGRADECIMENTOS
Ao prezado Dr.C. Carlos Rafael Figueredo Verdecia, que com muita paciência e
dedicação ensinou-me métodos de investigação cientifica, agradeço por ser um excelente
professor e profissional corrigindo os meus erros e, principalmente pela sábia orientação na
feitura desta pesquisa, muito obrigado.
Aos amigos, Edivaldo Dissidi, Eliandro Dembos, João Sunda, Salomão Malenga,
Eudalena Lianeth, Joel da Silva, André Dissidi, Arieth Silva, Adalgisa Paz, Nasser da
Conceição, Correia Neto, Francisco Paulino e a todos colegas de turma do Curso de Ciências
Criminais que, directa ou indirectamente participaram na minha formação, contribuindo de
forma valiosa e qualitativa durante toda jornada, muito obrigado.
II
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
Problematização ...................................................................................................................... 2
Justificativa ............................................................................................................................. 2
Objectivos da pesquisa............................................................................................................ 3
III
2.2.2. Locais e horários onde ocorrem o bullying no colégio Ruana Icajuma .................. 28
CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 46
Recomendações .................................................................................................................... 46
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 47
APÊNDICES ............................................................................................................................ 50
IV
RESUMO
V
ABSTRACT
VI
LISTA DE FIGURAS
Figura 4: Relação entre o sexo das vítimas de bullying e a classe em que frequentam.
Figura 6: Tipos de bullying sofridos pelas vítimas de acordo ao sexo no colégio Ruana Icajuma.
Figura 8: Número de agressores que praticam bullying contra as vítimas no colégio Ruana
Icajuma.
Figura 10: Locais dentro do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying.
Figura 11: Locais fora do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying.
Figura 12: Horários em que as vítimas frequentam as aulas no colégio Ruana Icajuma.
Figura 13: Relação entre o sexo das vítimas de bullying e os horários em que frequentam as
aulas.
Figura 14: Horários em que as vítimas sofrem bullying no colégio Ruana Icajuma.
Figura 15: Relação entre o sexo das vítimas e os horários em que sofrem bullying no colégio
Ruana Icajuma.
Figura 16: Tem conhecimento sobre a existência de bullying no colégio Ruana Icajuma?
VII
LISTA DE TABELAS
Tabela 3: Nível de escolaridade das vítimas de bullying no colégio Ruana Icajuma ............... 23
Tabela 4: Relação entre o sexo das vítimas de bullying e a classe em que frequentam ........... 24
Tabela 6: Tipos de bullying sofridos pelas vítimas de acordo ao sexo no colégio Ruana Icajuma
.................................................................................................................................................. 26
Tabela 8: Número de agressores que praticam bullying contra as vítimas no colégio Ruana
Icajuma ..................................................................................................................................... 28
Tabela 10: Locais dentro do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying .......................... 30
Tabela 11: Locais fora do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying .............................. 31
Tabela 12: Horários em que as vítimas frequentam as aulas no colégio Ruana Icajuma ......... 32
Tabela 13: Relação entre o sexo das vítimas de bullying e os horários em que frequentam as
aulas .......................................................................................................................................... 33
Tabela 14: Horários em que as vítimas sofrem bullying no colégio Ruana Icajuma ............... 34
Tabela 15: Relação entre o sexo das vítimas e os horários em que sofrem bullying no colégio
Ruana Icajuma .......................................................................................................................... 35
Tabela 16: Tem conhecimento sobre a existência de bullying no colégio Ruana Icajuma? .... 36
VIII
LISTA DE APÊNDICES
Apêndice nº4: Faixa etária das vítimas de bullying no colégio Ruana Icajuma.
Apêndice nº5: Nível de escolaridade das vítimas de bullying no colégio Ruana Icajuma.
Apêndice nº6: Relação entre o sexo das vítimas de bullying e a classe em que frequentam.
Apêndice nº8: Tipos de bullying sofridos pelas vítimas de acordo ao sexo no colégio Ruana
Icajuma.
Apêndice nº12: Locais dentro do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying.
Apêndice nº13: Locais fora do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying.
Apêndice nº14: Horários em que as vítimas frequentam as aulas no colégio Ruana Icajuma.
Apêndice nº15: Relação entre os sexos das vítimas e os horários em que frequentam as aulas.
Apêndice nº16: Horários em que as vítimas sofrem bullying no colégio Ruana Icajuma.
Apêndice nº17: Relação entre o sexo das vítimas e os horários em que sofrem bullying no
colégio Ruana Icajuma.
Apêndice nº18: Tem conhecimento sobre a existência de bullying no colégio Ruana Icajuma?
IX
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
X
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
INTRODUÇÃO
A violência nas relações pessoais acaba mais do que nunca tomando proporções
incontroláveis. Comumente, verificam-se actos e cenas de violência presencial, a violência é
tamanha que não mais se limita a um único campo, atingindo também o âmbito escolar. As
escolas deixaram de ser um ambiente seguro, regulado pela disciplina e aprendizado, e se
transformaram em espaços onde impera a violência, o sofrimento e o medo.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Problematização
O bullying não se trata apenas de um fenómeno que atinge indivíduos de classe social
baixa, mas indivíduos de todas as classes, tanto no ensino público como no ensino privado.
Também, vem se ganhado o interesse em se identificar o aumento do número de estudantes
envolvidos em situações de violência verbal, física e psicológica nas escolas.
Deixar de parte este fenómeno pode contribuir para o seu crescimento com
consequências graves, a nível pessoal e social. Logo, existe a importante necessidade de se
reflectir sobre esta problemática, de forma a compreender a ocorrência desse fenómeno nas
escolas, para que a posterior se crie uma socialização harmoniosa entre os estudantes.
Pelas reflexões acima citadas o pesquisador decidiu caminhar pela seguinte pergunta
de partida: Que traços caracterizam o bullying nos adolescentes do Iº ciclo do ensino
secundário no colégio Ruana Icajuma?
Que tipos de bullying são mais praticados pelos agressores no colégio Ruana Icajuma?
Quais os locais e horários mais propícios para o bullying acontecer no colégio Ruana
Icajuma?
Qual é o perfil dos adolescentes do colégio Ruana Icajuma que são vítimas de bullying?
Justificativa
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Objectivos da pesquisa
Metodologia da pesquisa
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Método de abordagem:
• Dialético: aplicado como método reitor da pesquisa para estudar o bullying desde a sua
natureza interna como sistema complexo desenvolvido a partir de relações humanas,
bem como, para estudar o bullying mediante a contraposição dos conceitos abordados
na literatura.
Métodos de procedimento:
• Entrevista: do tipo estruturada, como técnica, aplicada aos professores e vigilantes para
obter o critério geral sobre as mesmas questões relacionadas ao fenómeno, isto por
intermédio da comparação dos critérios individuais.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Estrutura da pesquisa
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
O termo “bullying” é de origem inglesa, não apresenta uma tradução literal para o
português por ser um termo abrangente que engloba várias condutas desviantes, desta feita
adoptou-se a terminologia em inglês. É um termo utilizado para especificar ou descrever actos
de violência física ou psicológica, de forma repetitiva e intencional. Porém, existe o termo
“Bully”, terminologia que qualifica o indivíduo praticante desses actos desviantes, já este, pode
ser traduzido como “valentão, tirano ou rufia”. Estes valentões da escola elegem como alvos
colegas que apresentam dificuldades de defesa, colocam apelidos constrangedores, isolam,
humilham, batem, perseguem, difamam, rejeitam e chantageiam (Calhau, 2012).
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Dan Olweus (1993), percursor em âmbito global desta área de estudo, conceitua o
bullying da seguinte maneira: “uma pessoa está a ser vítima de bullying, quando ele ou ela se
encontra exposto, repetidamente ao longo do tempo, à acções negativas da parte de uma ou
mais pessoas”.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
A OMS define o adolescente como o indivíduo que se encontra entre os dez e 19 anos
de idade (Vista, 2015). Os termos adolescência e juventude são algumas vezes usados como
sinônimos e, outras vezes, como duas etapas distintas. Para Steinberg (1993) a adolescência se
estende aproximadamente dos 15 aos 20 anos de vida, enquanto a ONU define juventude como
a fase entre os 15 e 24 anos de idade, sendo que, deixa aberta a possibilidade de diferentes
nações definirem o termo de outra maneira.
A sociedade humana desde o início dos tempos tem convivido com as variadas formas
de violência. A maioria dos acontecimentos registrados pela história contam episódios do uso
da violência praticados pelos grupos sociais, como lutas pela sobrevivência, pela expansão
territorial ou apenas por vaidade e sede de poder dos reis ou governantes (Ramos & Rodrigues,
2013).
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
que os anos passavam, a violência ganhou força no ambiente escolar, atingindo níveis
assustadores a nível mundial (Beane, 2000).
Pode-se assim enunciar que os estudos do bullying tiveram início na década de 1970, na
Suécia e na Dinamarca. Na mesma década, a Noruega desenvolveu grande pesquisa sobre o
tema, expandindo os estudos para inúmeros países europeus. Mesmo sendo um fenómeno
antigo e já tendo sido objecto de preocupação e investigação por ter prejudicado a vida dos
estudantes, nada se sabe concretamente sobre o bullying antes da década de 1970. Foi somente
com pesquisas realizadas em 1972 e 1973 na Escandinávia, que as famílias perceberam a
seriedade dos problemas que decorrem da violência escolar (Chalita, 2008).
O primeiro pesquisador que percebeu o fenómeno bullying foi o professor Dan Olweus
(1993). Seus estudos realizados na Universidade de Bergan, Noruega em 1978 a 1993, tiveram
um grande e impacto e logo se repercutiu pela Noruega. Olweus efectuou um estudo onde
reuniu 84 mil estudantes, cerca de 400 professores e aproximadamente 1000 pais. Olweus
verificou que, um em cada sete estudantes se encontrava envolvido em casos de bullying como
agressor ou vítima. Deste trabalho, Dan Olweus (1993) publicou a obra “Bullying at school:
what we know and what we can do”, em 1993 (Bullying nas escolas: o que conhecemos e o que
poderemos fazer).
O professor Dan Olweus (1993), foi o responsável por elaborar os primeiros critérios
para identificar o fenómeno bullying de maneira concreta, diferenciando-o de outras
interpretações ou relações, como incidentes e brincadeiras (Fante, 2005). Dentro dos estudos
que ele efectuou, elaborou um questionário para ser respondido pelas crianças, num total de 25
perguntas com respostas de diversas escolhas, onde se verificava os tipos de agressão, a
frequência e os lugares em que ocorriam, e as percepções individuais quanto ao número de
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Actualmente, observam-se casos de agressões escolar que muitas das vezes passam
despercebidos, entretanto, é necessário que se faça uma análise a estes tipos de violência para
que se possa compreender quando se está diante do fenómeno bullying. Os critérios de
diferenciação criados para tentar evidenciar esta problemática, partem da obra de Olweus, o
qual estabelece os seguintes critérios: a) intencionalidade, b) o comportamento ou a prática é
repetida no tempo, c) desiquilíbrio nas relações de poder (Olweus, 1993).
O bullying pode suceder de várias formas, e todas geram marcas profundas nas vítimas.
Há certos tipos de bullying que nem sempre são evidentes, e um dos factores preponderantes
que se deve ter em observância é como diferenciá-lo de outras tipologias de violência e de
brincadeiras ou incidentes próprios da idade. Outro factor que também se deve ter em conta, é
entender que a agressão não é só corporal, mas também verbal ou psicológica, embora o
agressor não toque a vítima, mas a machuca de uma outra forma (Beane, 2011).
Fante & Pedra (2006), referenciam que em função da massificação da internet e dos seus
diferenciados meios de comunicação, surgiu uma nova modalidade de violência que transpassa
o ambiente escolar e atinge o meio social da vítima fora da escola. Este fenómeno é
caracterizado como “cyberbullying ou bullying virtual”, visto que os adolescestes estão cada
vez mais a desenvolver métodos criativos de usar as TIC para violentar outras pessoas.
Manifesta-se por meio de agressões físicas, ou seja, a violência é directa quanto atinge
de imediato o corpo da vítima, ou quando é praticada por meio de actos de humilhação. Aqui
verifica-se o contacto físico directo entre a vítima e o agressor, como por exemplo, empurrar,
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
bater, beliscar, roubar ou estragar objetos dos colegas, extorsão de dinheiro, forçar a vítima a
comportamentos servis (Beane, 2011).
Manifesta-se por meio de agressões verbais directas, onde não existe um contacto físico
entre a vítima e o agressor, como por exemplo, gozar, insultar, provocação repetida, apelidar
nomes pejorativos, fazer comentários racistas ou que digam respeito a qualquer diferença na
vítima (Martins, 2005).
Este sucede através da exclusão social da vítima do grupo de pares, envolvendo atitudes
de indiferença, isolamento e perseguição. É praticado através de difamação, boatos,
intimidação, ameaças, discriminar, calunias, manipular a vida do colega, e ameaçar com
frequência a perda de amizade ou exclusão do grupo social. Esta forma de violência é mais
difícil de ser notada, pois é invisível, e produz efeitos mais graves e duradouros na vida da
vítima, ele é comumente praticado por adolescentes do sexo feminino. É comum que a vítima
se mantenha silenciada, pois na maior parte dos casos as agressões são verbais e não deixam
marcas visíveis (Martins, 2005).
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
O bullying pode ser praticado em qualquer faixa etária e em qualquer nível acadêmico,
geralmente nele existe sempre um indivíduo que suscita a violência, denominado agressor
(Bully) ou agressores (Bullies) se for mais de um praticante. Existe também alguém alvo dessa
prática violenta, denominado vítima ou vítimas (Bullied) quando for mais de um indivíduo alvo.
Verifica-se ainda outras figuras que directa ou indirectamente podem ou não participar, elas
chamam-se testemunhas ou observadores. Estes últimos, são aqueles que podem estar presentes
ou ter conhecimento sobre a existência dessas práticas, tomando ou não partido, em relação ao
fenómeno. Estes participantes nomeadamente a vítima e o agressor, apresentam diversas
características que facilitam a efectivação do fenómeno (Olweus, 1993).
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Importa também apontar que existe a figura do “agressor passivo”, aquele ou aqueles
que eventualmente participam na prática dos actos violentos, mas não tomam a iniciativa da
mesma, estando muitas vezes submetidos ao domínio dos agressores típicos acima citados.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Muitas vezes são membros do grupo dos agressores, mas em certos episódios não compactuam
com práticas tomadas pelos demais membros do grupo (Fante & Prudente, 2015).
As acções dos rapazes são mais alargadas, mais fáceis de se conotar e eles passam tempo
em grupos maiores, apresentam níveis mais altos de agressão, competitividade e costumam
humilhar as vítimas em frente ao seu grupo de amigos, no sentido de fazer sentir o seu poder
sobre as vítimas, e têm o predomínio para a agressão física. Ao contrário, as raparigas
manifestam as agressões de diferentes formas, elas interagem com um número menor de colegas
e cometem práticas de forma mais velada. Elas usam com mais frequência o estado emocional
da agressividade, como ataques verbais, fofocas, boatos, acabando por excluir a vítima do grupo
de pares, utilizando assim a agressão indirecta, enquanto os meninos utilizam a directa (Fante,
2005).
Há ainda autores que defendem que a diferença do tipo de violência praticada entre os
rapazes e as raparigas, se deve a uma sensibilidade cerebral, onde, cada um recorre a áreas e
circuitos diferentes para resolver os mesmos conflitos (Brizendine, 2007).
O facto do bullying efectivar-se em actos reiterados no tempo, contribui ainda mais para
o agravamento do sofrimento da vítima. No contexto escolar as vítimas exibem sintomas de
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
afastamento e evitamento, muitas delas acabam cometendo suicídio, induzidas por seus algozes
ou na maior parte dos casos para fugirem do sofrimento que lhes é imposto. A sua baixa auto-
estima, fraco rendimento escolar e o aspecto físico diferenciado dos pares, os faz pensar que
são merecedores dos maus-tratos sofridos, fruto disso, rejeitam a escola e o convívio social
(Olweus, 1993).
Neste tipo de violência pode-se evidenciar quatro tipos de vítimas, que são descritas nos
estudos de Orpinas e Horne (2006) e, também os subsidiar com os escritos de outros autores:
Hayden (2002) aponta fortes sinais identificadores destas vítimas que conduzem a
violência, como, vestirem-se de forma diferente em relação à maioria, apresentarem sotaque e
pertencerem a grupos minoritários, podem possuir um físico diferente, bem como credo ou etnia
diversa e baixo aproveitamento escolar.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Fante e Pedra (2006), contribuem neste pensamento explanando que, estas pessoas
aprenderam o comportamento do bullying e, por algum motivo passaram a reproduzir o
comportamento e a atacar outras pessoas, ou seja, reproduzem os maus-tratos sofridos. Calhau
(2012), menciona que estas vítimas-agressoras, em casos extremos, “são aquelas que se munem
de armas e explosivos e vão até a escola em busca de justiça”, matam e ferem o maior número
de pessoas possíveis e depois se suicidam.
De modo geral, estas vítimas reagem com actos violentos a qualquer provocação, são
impopulares e os mais rejeitados. Alguns apresentam distúrbios de conduta, ou outros, de foro
psiquiátrico, segundo DSM-IV e, possivelmente foram vítimas de maus tratos familiares.
d) Vítima relacional: As vítimas neste tipo de bullying na maior parte dos casos são as
raparigas, ao serem excluídas dos grupos de pares e sujeitas a brincadeiras humilhantes. As
vítimas podem responder as agressões de diferenciadas maneiras, ou então sofrerem em
silêncio, perdendo a autoestima e a confiança em si, podendo ainda se transformar em
agressoras em detrimento da revolta pelo sofrimento.
A maior problemática que se verifica nos casos de bullying, é o silêncio, pois as vítimas
dessa prática geralmente não denunciam os maus-tratos, sendo que, não querem expor-se e não
querem ser consideradas “queixinhas”, por alguns professores e funcionários da escola, que
mostram pouco interesse sobre essas práticas. (Beane, 2011).
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Salmivalli (2005), aponta quatro papéis de actuação das testemunhas, que podem ser
desempenhados pelos estudantes, enquanto observadores do bullying:
• A testemunha que defende, que mostra apoio e solidariedade à vítima, e intervém para
pôr fim a agressão.
Outros autores desta temática como Orpinas e Horne (2006) identificam as testemunhas
em dois grupos: a) Testemunhas que fazem parte do problema; b) Testemunhas que fazem parte
da solução.
As testemunhas que fazem parte do problema, são aquelas que incentivam os agressores
a continuar a agredir e a humilhar, reforçando ainda, os actos violentos por parte do agressor.
Eles apoiam passivamente os agressores líderes, são as que se riem e agitam a prática violenta,
criando uma audiência para o agressor. Deste modo apresentam características similares às do
agressor, mas menos atenuadas.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
de culpabilidade por parte de algumas testemunhas, por não serem capazes de parar as
agressões, pois, também temem o facto de possivelmente serem as próximas vítimas de
agressão, pelo que então, preferem não interferir no acto violento (Orpinas & Horne, 2006).
Então, a participação ou não das testemunhas no acto do bullying, tem a ver com a
influência dos elementos dos grupos da instituição escolar com quem convive. Maior parte dos
estudantes da escola desempenham o papel de testemunha, mas de forma indirecta, pois, o olhar
que têm sobre esta prática, acaba por reforçar ou não as acções desencadeada pelos agressores.
As testemunhas também têm o maior potencial para prevenir o bullying, pois, possuem as
competências para não tolerar a agressão ou relatar as situações que conhece (Carvalhosa,
2011).
Segundo os critérios gerais dos autores se pode concluir que o bullying é um fenómeno
extremamente danoso que evoluiu ao longo da história das sociedades humanas, é um tipo de
violência que se apresenta de variadas formas em cada situação existente no contexto escolar,
é praticado principalmente na adolescência, onde cada participante apresenta um papel peculiar
no desenrolar da violência.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
O referido colégio é comparticipado, ou seja, é dirigido por duas entidades sendo uma
pública e outra privada. Esta comparticipação permite que as taxas escolares como propinas e
emolumentos não sejam muito altas como nos colégios privados propriamente ditos, facilitando
assim a inserção de estudantes das diferentes classes sociais.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
feitas no campo de educação física, pátio de recreio e na rua da instituição, durante os três
respectivos horários de aulas.
O objectivo da observação, foi para acrescentar dados se possível, aos resultados obtidos
através das entrevistas aplicadas aos professores e vigilantes que participaram da pesquisa.
Portanto, permitiram conhecer um pouco melhor o perfil dos adolescentes vítimas de bullying
pertencentes ao colégio em estudo.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 1:
Sexo das vítimas de bullying no colégio Ruana Icajuma
Masculino 7 70%
Feminino 3 30%
Total 10 100%
Tendo em conta os resultados da Tabela 2 o autor totaliza que quanto menor for a idade
do adolescente maior é a susceptibilidade de ele sofrer agressões. Isto sucede-se porque os
estudantes adolescentes que têm idades inferiores aos demais colegas possuem um aspecto
fundamental que é a incapacidade de se defenderem das agressões, decorrente da própria
menoridade e da reduzida força física que possuem em relação ao demais.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 2:
Faixa etária das vítimas de bullying no colégio Ruana Icajuma
Resultados – Faixa etária das vítimas de bullying no colégio Ruana Icajuma
13 4 40%
14 2 20%
15 2 20%
16 1 10%
17 1 10%
Total 10 100%
Estes dados permitem o pesquisador deduzir que as agressões são mais frequentes no
primeiro ano (7ª classe) do Iº ciclo do ensino secundário, pelo facto de os estudantes serem
novos no colégio, não estarem familiarizados com o ambiente escolar e, desconhecerem maior
parte ou mesmo nenhum colega. Estes factores referidos são facilitadores para que estes
estudantes se tornem alvos de violência e submissos aos demais colegas que já frequentam e
conhecem o colégio há mais tempo.
Pode-se também determinar, de acordo com os dados da Tabela 3 que, quanto maior for
o nível da classe, menor é o número de vítimas existentes. Portanto, a medida em que a vítima
vai transitando ou passando de classe a violência vai diminuindo, corroborando com alguns
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
autores que dizem que os níveis de conduta de bullying decaem com o aumento da idade do
agressor e tendem a diminuir até ao fim da escolaridade da vítima.
Tabela 3:
Nível de escolaridade das vítimas de bullying no colégio Ruana Icajuma
Resultados – Nível de escolaridade das vítimas de bullying no colégio Ruana Icajuma
7ª classe 5 50%
8ª classe 3 30%
9ª classe 2 20%
Total 10 100%
Nota. Fonte: Criação do autor.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 4:
Relação entre o sexo das vítimas de bullying e a classe em que frequentam
Resultados – Relação entre o sexo das vítimas de bullying e a classe em que frequentam
7ª classe
Sexo Frequência absoluta Frequência relativa
Masculino 3 60%
Feminino 2 40%
Total 5 100%
8ª classe
Masculino 2 66,7%
Feminino 1 33,3%
Total 3 100%
9ª Classe
Masculino 2 100%
Feminino 0 0%
Total 2 100%
Nota. Fonte: Criação do autor.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 5:
Tipos de bullying mais praticados no colégio Ruana Icajuma
Resultados - Tipos de bullying mais praticados no colégio Ruana Icajuma
Cyberbullying 0 0%
Total 10 100%
Nota. Fonte: Criação do autor.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 6:
Tipos de bullying sofridos pelas vítimas de acordo ao sexo no colégio Ruana Icajuma
Resultados - Tipos de bullying sofridos pelas vítimas de acordo ao sexo no colégio Ruana
Icajuma
Bullying físico
Masculino 2 100%
Feminino 0 0%
Total 2 100%
Bullying verbal
Masculino 3 60%
Feminino 2 40%
Total 5 100%
Bullying psicológico
Masculino 1 33,3%
Feminino 2 66,7%
Total 3 100%
Cyberbullying
Masculino 0 0%
Feminino 0 0%
Total 0 0%
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 7:
Frequência em que ocorre o bullying no colégio Ruana Icajuma
Resultados – Frequência em que ocorre o bullying no colégio Ruana Icajuma
Sempre 7 70%
Às vezes 2 20%
Total 10 100%
Os valores intrínsecos a Tabela 8 (apêndice nº10) indicam que 50% das agressões são
praticadas por dois colegas. Percebe-se que não existe uma diferença percentual entre o bullying
praticado por um colega e três colegas, equivalendo a uma percentagem igualitária de 20%. E,
por fim, com menor índice de ocorrências, estão as vítimas que sofreram bullying por mais de
três colegas, correspondendo a 10% do valor total.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
em que o bullying acontece, evitando assim com que os mesmos denunciem as agressões aos
professores, vigilantes ou ainda a direcção do colégio.
Tabela 8:
Número de agressores que praticam bullying contra as vítimas no colégio Ruana Icajuma
Resultados- Número de agressores que praticam bullying contra as vítimas no colégio
Ruana Icajuma
Nº de agressores Frequência absoluta Frequência relativa
Um colega 2 20%
Dois colegas 5 50%
Três colegas 2 20%
Mais de três 1 10%
Total 10 100%
Nota. Fonte: Criação do autor.
Relativamente aos locais onde ocorrem os actos de bullying, as dez vítimas que
participaram na pesquisa assinalaram que as agressões acontecem dentro da instituição, o que
indica a moda com 52,6%, as mesmas, com a excepção de uma delas, assinalaram que essas
mesmas agressões também acontecem fora do colégio, o que diz respeito a 47,4% do valor total
da Tabela 9 (apêndice nº11).
Dentro do colégio é o espaço ideal para o acontecimento de bullying pelo simples facto
de ser o local comum de convivência entre os estudantes, porém, avista-se que não existe uma
grande diferença percentual em relação a frequência das agressões que ocorrem fora do colégio
(47%). Isto dá-se, uma vez que fora do colégio, o estudante já não beneficia da protecção que
o próprio oferece, dado que, os privilégios dos regulamentos, normas e vigilância do colégio
cingem-se apenas dentro do espaço escolar, ou seja, dentro da instituição.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 9:
Locais onde ocorrem bullying no colégio Ruana Icajuma
Total 19 100%
Nota. Fonte: Criação do autor.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 10:
Locais dentro do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying
Refeitório / Cantina 0 0%
Biblioteca 0 0%
Outro local 0 0%
Total 33 100%
Nota. Fonte: Criação do autor.
Acha-se na Tabela 11 (apêndice nº13) os resultados dos locais fora do colégio onde
ocorrem as agressões. A mesma, demostra que as práticas de bullying fora do colégio só
ocorrem na rua do colégio e nos cybers cafés junto ao colégio, representando cada uma, 50%
da percentagem total.
Ambas situações se verificam com tamanha frequência, posto que, quando as vítimas
estão a caminho do colégio ou quando vão para casa depois das aulas, elas são obrigadas a
passar pela rua onde se encontra o colégio e, como já referido anteriormente, os estudantes não
beneficiam da protecção do colégio em um local ou espaço que não seja pertencente ao mesmo.
30
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Portanto, a rua onde se encontra o colégio é um local onde os agressores encontram a facilidade
para perturbar as vítimas, pois aí, é comum não ter alguém que as defenda. Quanto aos cybers
cafés juntos a instituição, estes têm a particularidade de serem locais fora do colégio onde os
estudantes frequentam para fazer trabalhos escolares emanados pelos professores e entreterem-
se com vídeo jogos durante os intervalos entre as aulas.
Tabela 11:
Locais fora do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying
Outro local 0 0%
Total 20 100%
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
horário da tarde e noite é a mesma caracterizando cada uma delas com a 30% de acordo com o
valor total percentual.
Tabela 12:
Horários em que as vítimas frequentam as aulas no colégio Ruana Icajuma
Manhã 4 40%
Tarde 3 30%
Noite 3 30%
Total 10 100%
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 13:
Relação entre o sexo das vítimas de bullying e os horários em que frequentam as aulas
Resultados – Relação entre o sexo das vítimas de bullying e os horários em que frequentam
as aulas
Manhã
Masculino 2 50%
Feminino 2 50%
Total 4 100%
Tarde
Masculino 2 66,7%
Feminino 1 33,3%
Total 3 100%
Noite
Masculino 3 100%
Feminino 0 0%
Total 3 100%
33
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Prosseguindo com a averiguação dos horários, a Tabela 14 (apêndice nº16) enfatiza que
70% das vítimas estudadas sofrem bullying durante o horário de aulas em que frequentam, ao
passo que 30% sofrem bullying fora do horário de aulas em que frequentam.
Tabela 14:
Horários em que as vítimas sofrem bullying no colégio Ruana Icajuma
Resultados – Horários em que as vítimas sofrem bullying no colégio Ruana Icajuma
Horário Frequência absoluta Frequência relativa
Durante o horário de aulas 7 70%
Fora do horário de aulas 3 30%
Total 10 100%
Nota. Fonte: Criação do autor.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 15:
Relação entre o sexo das vítimas e os horários em que sofrem bullying no colégio Ruana Icajuma
Resultados – Relação entre o sexo das vítimas e os horários em que sofrem bullying no
colégio Ruana Icajuma
Durante o horário de aulas
Sexo Frequência absoluta Frequência relativa
Masculino 5 71,4%
Feminino 2 28,6%
Total 7 100%
Fora do horário de aulas
Masculino 2 66,7%
Feminino 1 33,3%
Total 3 100%
Nota. Fonte: Criação do autor.
As respostas das perguntas dadas pelos professores e vigilantes foram transcritas sem
nenhuma intervenção ou correcção do pesquisador, garantido assim uma completa
fidedignidade das falas e opiniões dos participantes. A informação no que tange a identificação
dos participantes não foi requerida aos mesmos por questões de ética.
Para se perceber com clareza e distinção as respostas dos oito entrevistados (cinco
professores e três vigilantes), os mesmos serão referidos da seguinte forma: Professor (1),
Professor (2), Professor (3), Professor (4), Professor (5), Vigilante (A), Vigilante (B) e Vigilante
(C).
A primeira questão da entrevista (apêndice nº2 e nº18) feita aos professores e vigilantes
foi: Tem conhecimento sobre a existência de bullying (violência física, verbal, psicológica,
praticada de forma intencional, repetida, onde existe um desequilíbrio de forças entre a vítima
e o agressor) no colégio?
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Tabela 16:
Tem conhecimento sobre a existência de bullying no colégio Ruana Icajuma?
Resposta dos entrevistados Frequência absoluta Frequência relativa
Sim 8 100%
Não 0 0%
Total 8 100%
A segunda questão da entrevista (ver apêndice nº2) foi: De acordo com a sua experiência
profissional, faça uma descrição das vítimas. (tendo em conta traços tais como: características
físicas, orientação sexual, condição econômica, forma de vestir, rendimento escolar, etc.).
Observam-se abaixo as respostas:
Professor (3): Só consigo fazer a discrição de apenas uma vítima, porque é a única que
acompanho de próximo. Esta vítima tem uma deficiência física, um braço mais curto em relação
ao outro, possui condições econômicas boas, apresenta-se bem vestido, mas não tem um bom
rendimento ou boas notas.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Professor (4): Os que sofrem bullying podem ter condições econômicas boas ou más,
mas, geralmente apresentam características físicas muito próprias do tipo, estão acima do peso
ou são muito magrinhos e é costume se dedicarem aos estudos e obtêm um bom rendimento.
Professor (5): A descrição desses estudantes vítimas pode variar, mas sei que, alguns
deles são muito baixinhos e muito gordos, o rendimento na escola pode ser bom como mau de
igual modo a sua condição econômica também o pode ser.
Vigilante (A): Os estudantes que sofrem essa violência são gordos, as roupas as vezes
não estão limpas, também não têm boas notas ou bom rendimento escolar, mas alguns deles
têm um bom nível de vida econômica.
Vigilante (B): Essas vítimas muitas vezes são aqueles estudantes que têm um bom
rendimento escolar, economicamente estão bem e em algumas vezes são aqueles também que
têm características diferentes dos colegas. Conheço um caso em que a vítima de bullying é
zombada por ser albina, mas apresentava-se bem vestida.
Vigilante (C): Esses estudantes que passam por bullying têm nível de vida boa, as notas
que alcançam também são boas, apresenta-se bem vestida, mas fisicamente têm características
que chamam muita atenção, como cabeça grande, ou são gordos ou são muito baixinhos.
Muitas das respostas apresentadas pelos entrevistados sobre a descrição das vítimas
tendo em conta os traços fundamentais, convergem, ou seja, pode-se observar pontos comuns
nas diferentes repostas que permitem, particularmente, findar a descrição das vítimas de
bullying do colégio Ruana Icajuma.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
o seu rendimento escolar. Entretanto, se pode inferir que o modo em que as vítimas se
apresentam no colégio, no que diz respeito a forma de vestir, está ligado as condições
econômicas que elas apresentam, por isso, maior parte delas apresentam-se bem vestidas e com
roupas limpas. Todavia, a componente pública do colégio também exerce políticas que facilitam
a inserção de estudantes que não possuem boas condições econômicas, e nestes, também se
observam vítimas de bullying, segundo as respostas do Professores (1, 4 e 5).
A terceira questão (ver apêndice nº2) foi: Dê acordo com a sua experiência no ramo da
educação diga o porquê de esses estudantes tornarem-se vítimas de bullying? Observam-se
abaixo as respostas:
Professor (1): Normalmente neste colégio o que predomina são estudantes que têm um
bom nível de vida, portanto muitos daqueles que não têm as mesmas condições que estes ou
apresentam-se de forma diferenciada quanto a vestimenta, sofrem bullying.
Professor (2): Dos casos que tenho conhecimento, os motivos fundamentais que fazem
os estudantes se tornarem vítimas de bullying, são as características físicas das vítimas como o
excesso de peso e a baixa altura.
Professor (3): Quando um estudante não tem boas notas e erra demasiadas vezes as
perguntas feitas pelo professor em sala de aula, ou ainda no caso de ter uma deficiência física,
ele torna-se alvo de zombaria e vexames.
Professor (4): Alguns estudantes do colégio gostam de impor o respeito por meio da
força física, gostam de sentir-se poderosos no meio dos colegas, então aproveitam maltratar os
outros que possuem menor força física ou características diferentes em relação a eles.
Professor (5): Eu entendo que o real motivo que conduz as vítimas ao bullying não está
propriamente nas vítimas mas sim nos agressores, porque, muitos deles possuem falta de
38
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
confiança em si mesmo, não têm bom rendimento escolar e mediante a isso, para aliviar os seus
problemas, aproveitam-se de alguns aspectos físicos das vítimas para cometerem agressões.
Vigilante (A): Muitas dessas vítimas sofrem bullying pelas fragilidades físicas que
apresentam. Estas fragilidades motivam essas agressões, porque, se a vítima tiver alguma
deficiência ou característica física diferente dos demais, os agressores aproveitam-se para gozar
e zombar.
Vigilante (B): Esses estudantes tornam-se vítimas de bullying por apresentarem algumas
características físicas e até raciais diferentes em relação aos restantes colegas. Algumas vítimas
são atacadas verbalmente com nomes pejorativos como “laton e esquebra do colono” em
detrimento de serem mestiças, e outras são zombadas com termos como “russo” por serem
albinas.
As características físicas são aspectos que chamam muita atenção às pessoas e, quando
elas são evidentemente diferentes do grupo de pares em que o indivíduo está inserido, podem
suscitar actos violentos repetidos como a zombaria, vexames, ofensas verbais, rejeição e
exclusão por parte daqueles que não conseguem respeitar as diferenças de outrem.
Entretanto, há outros factores menos frequentes que também estão por detrás dessas
agressões. Em concordância com os Professores (4 e 5), deduz-se, que em alguns casos os reais
motivos da existência das agressões podem não estar propriamente relacionados com factores
inerentes as vítimas, mas sim com os agressores. A falta de confiança em si mesmo, as notas
baixas e a necessidade de se afirmar ou se impor no seio dos outros colegas por meio da força,
são factores que levam os agressores a descarregar as suas frustrações nas vítimas aproveitando-
se assim de qualquer fragilidade que elas apresentam.
39
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
A quarta questão da entrevista (ver apêndice nº2) foi: Segundo a sua experiência, que
marcas ou sinais identificadores geralmente apresentam essas vítimas? Observam-se abaixo as
respostas:
Professor (1): As vítimas apresentam sinais de baixa auto-estima, são tímidas, retraídas,
distraídas na sala de aulas e as notas decaem ao longo do ano lectivo.
Professor (3): Eu consigo identificar as vítimas porque elas mostram sinais de exclusão
do grupo de convívio entre colegas, baixa auto-estima, muitas vezes em sala de aula não aceitam
participar em actividades que envolvem a composição de grupos.
Professor (4): Os sinais que me permitem dar conta desses estudantes são a introversão,
ansiedade, o número reduzido de amigos e a inibição que possuem para participar nas aulas.
Professor (5): Os sinais para identificar uma vítima de bullying são bem visíveis, elas
estão sempre tristes no colégio, quase que nunca interagem com algum colega e ficam são
tímidas.
Vigilante (A): Os estudantes vítimas dessa violência são muito desconfiados, ou seja,
dificilmente conseguem confiar em outros colegas, são introvertidos e é comum ficarem algum
tempo sós em algum canto do pátio.
Consuma-se, segundo as respostas, que as marcas ou sinais mais frequentes que permitem
identificar os adolescentes vítimas de bullying no colégio distribuem-se da seguinte forma:
40
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
A quinta questão da entrevista (ver apêndice nº2) foi: Como é a socialização das vítimas
com os outros colegas do colégio? Observam-se abaixo as respostas:
Professor (1): As vítimas socialmente são de poucos amigos visto que elas são excluídas
ou as vezes elas mesmas excluem-se dos grupos de colegas, elas preferem ficar em cantos
isolados no pátio.
Professor (2): Dos casos que conheço, as vítimas têm poucos problemas de socialização
porque elas só não interagem com outros quando passam por bullying.
Professor (3): Quanto a socialização, essas vítimas apresentam muito pouca, ou seja,
praticamente evitam socializar-se, porque acham que os outros podem aproveitar-se disso para
zombar delas.
Professor (4): A socialização das vítimas de bullying com outros estudantes do colégio
é reduzida. Por exemplo, eu conheço um caso de uma vítima de bullying que no intervalo das
aulas preferia ficar dentro da sala a ouvir música do que se juntar aos outros estudantes.
41
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Vigilante (B): Essas vítimas de violência socializam com os outros colegas poucas
vezes. Eu tenho reparado que uma dessas vítimas, poucas vezes, tem falado com colegas no
pátio de recreio, sendo que maioritariamente fica num canto do pátio sozinha.
Vigilante (C): As vítimas de bullying tem um grupo limitado de colegas para interagir,
porque não têm a certeza se os outros colegas possam vir a ter as mesmas intenções que os seus
agressores.
A sexta questão da entrevista (ver apêndice nº2) foi: Acha que a prática de bullying
influencia no aproveitamento escolar das vítimas? Observam-se abaixo as respostas:
Professor (1): Sim influencia. As vítimas que conheço noto que são esforçadas e
dedicam-se nas aulas, mas, algumas delas vão descendo de notas ao longo do ano fruto da
violência que sofrem.
Professor (2): Claro que sim. É comum esses estudantes terem um rendimento bom,
principalmente no início do ano lectivo, mas assim que são violentados com frequência,
começam a mostrar falta de interesse nas aulas e participam pouco, motivos que fazem baixar
as notas.
42
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Professor (3): Embora as vítimas não tenham um bom rendimento escolar a princípio,
com a existência da violência, também não conseguiriam obter boas notas, porque mesmo que
elas se esforcem, o bullying é um factor que impossibilita elas alcançarem o rendimento escolar
esperado.
Professor (4): Penso que não. As vítimas têm um bom rendimento e elas o mantêm
mesmo depois de sofrerem a violência.
Professor (5): Sim influencia muito, porque, independentemente das notas que têm a
violência dificulta a aprendizagem desses estudantes. A violência faz esses estudantes faltarem
ao colégio e não participarem das aulas.
Vigilante (A): Sim eu acredito que influencia. Esses estudantes não têm bom
aproveitamento escolar, mas é evidente que sofrendo bullying eles não têm como melhorar essa
situação, pois, contribui para que as mesmas não assistam as aulas e não venham colégio.
Vigilante (C): Sim influencia, porque o rendimento do estudante muitas vezes decai em
função das vezes em que a violência ocorre.
A sétima e última questão da entrevista (ver apêndice nº2) foi: Conhece algum caso em
que os pais têm o conhecimento que os seus filhos são vítimas de bullying no colégio?
Observam-se abaixo as respostas:
Professor (1): Não conheço nenhum caso de bullying no colégio em que os pais das
vítimas tenham conhecimento sobre a violência.
43
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Professor (2): Não tenho conhecimento de nenhum caso em que os pais das vítimas
sabem que o filho passa por bullying no colégio.
Professor (3): Sim, conheço o caso de uma vítima em que os pais sabem da violência,
inclusive, falaram com os pais dos respectivos estudantes que praticam essa violência para que
os inibissem à tais práticas. Conversaram ainda com a direcção geral do colégio para
submetesse suspenções aos agressores.
Professor (4): Desconheço algum caso em que os pais das vítimas têm conhecimento
sobre as agressões. Eu realmente acho que os pais não sabem, senão viriam ao colégio para
discutir tal situação com a direcção.
Professor (5): Sim, conheço um caso em que os pais têm conhecimento sobre a violência
repedida sofrida pelo filho e colocaram a vítima em acompanhamento psicológico. Os pais
mudaram a vítima de colégio porque os agressores não foram sancionados pela direcção da
forma à que achavam conveniente.
Vigilante (A): Não conheço nenhum caso em que os pais sabem sobre a violência sofrida
pelo filho. Mas sei que muitas brigas verbais ou físicas entre os estudantes a direcção consegue
tratar sem a intervenção dos pais.
Vigilante (B): Sim tenho. Certa vez acudi uma briga no pátio do colégio durante o
intervalo envolvendo quatro estudantes, eram três agressores contra uma vítima. Depois de
levar os quatro estudantes a direção do colégio para dar o devido tratamento, acompanhei a
vítima à casa e falei como os pais dela sobre o incidente no colégio. No final da conversa a
vítima acrescentou dizendo aos pais que esta não era a primeira vez em que acontecia algo do
gênero. Somente a partir desse dia os pais ficaram a saber que o filho era vítima de bullying.
Vigilante (C): Não conheço nenhum caso em que os pais do lesado têm conhecimento
sobre o bullying. Quando verifico casos de violência ou agressões durante a minha vigilância,
a minha tarefa é reportar e levar os envolvidos à direcção geral do colégio, depois disso, já não
tenho qualquer envolvimento no caso, porém, procuro sempre saber qual foi o desfecho da
situação, e noto que maior parte dos casos são resolvidos com sanções e muitas vezes sem a
intervenção dos pais.
44
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
De acordo com as respostas dos entrevistados vê-se que a maioria dos pais dos
adolescentes vítimas de bullying não têm conhecimento sobre a violência constante a que o
filho é submetido. Esta constatação conduz o pesquisador as seguintes conclusões:
Portanto, a experiência do pesquisador finda que as vítimas não têm falado sobre o
bullying com os pais pelos seguintes aspectos: a) medo de voltarem a ser agredidas, b) por
vergonha, c) medo de que os pais não acreditem nelas ou não lhes deem o devido apoio, d)
medo de que os pais as culpem pelas agressões ou exijam que elas reajam com a mesma
proporção.
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
CONCLUSÕES
O estudo de caso feito, além de estar baseado nas particularidades do fenómeno bullying
no colégio Ruana Icajuma, é portador de dados e relações que permitem obter uma visão geral
para compreender a realidade do mesmo na sociedade angolana.
Recomendações
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O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
BIBLIOGRAFIA
Fante, C., & Pedra, J. A. (2006). Bullying escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre: Artmed.
Fante, C., & Prudente, N. M. (2015). Bullying em debate. São Paulo: Paulinas.
Filho, N. S. P. (2014). Manual Esquemático de Criminologia (4ª ed.). São Paulo: Saraiva.
Gomes, M. B., & Vale-Dias, M. d. (2017). Bullying no contexto escolar: Entender, Intervir e
Previnir. Brasília: Revista de estudos e investigação em psicologia e educação, 6.
Olweus, D. (1993). Bullying at school: what we know and what we can do. Oxford: Blackwell
Publishers.
Olweus, D., & Limber, S. P. (2010). Bullying in school:Evaluation and dissemination of the
Olweus Bullying Prevention Program. American Journal of Orthopsychiatry.[s.l].[s.n].
pp. 124-134.
Orpinas, P., & Horne, A. M. (2006). Bullying prevention: creating a positive school climate
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Ramos, V. G., & Rodrigues, O. (2013). Código Penal e Legislação Complementar. Lobito:
Escolar Editora.
Salmivalli, C. (2015). Bullying and the peer group: A review. Aggression and Violent
Behaviour. Acessado em: 10 de março de 2018. Fonte: njbullying:
http://njbullying.org/documents/bullyingandpeergrroup.pdf
Silva, A. B. (2010). Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objectiva.
Stefano, I. G. (2014). Bullying nas escolas e seus efeitos jurídicos. Faculdade de Direito São
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Whitney, I., & Smith, P. (1993). A survey of the nature and ascent of bullying in junior/middle
and secondary schools. London: Educational Research,.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
APÊNDICES
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Apêndice nº1
Inquérito Nº _______.
3. Das agressões que se enunciam a seguir selecione todas as quais já foi vítima e a
frequência com que acontecem.
4. Se seleccionou alguma das anteriores indique se a agressão foi feita por um único
indivíduo ou por vários colegas.
5. Dos locais que se enunciam a seguir selecione todos os quais já sofreu a agressão:
Dentro do colégio ( )
Sala de Aula ( )
Nos corredores ( )
Refeitório / Cantina ( )
Biblioteca ( )
Na casa de banho ( )
Pátio de Recreio ( )
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Outro local ( )
Fora do colégio ( )
Na rua do colégio ( )
Nas lojas junto ao colégio ( )
Outro local ( )
Apêndice nº2
Entrevista Nº___________.
2. De acordo com a sua experiência profissional, faça uma descrição das vítimas. (tendo em
conta traços tais como: características físicas, orientação sexual, condição econômica, forma de
vestir, rendimento escolar, etc.).
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
3. Dê acordo com a sua experiência no ramo da educação diga o porquê de esses estudantes
tornarem-se vítimas de bullying?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
4. Segundo a sua experiência, que marcas ou sinais identificadores geralmente apresentam essas
vítimas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
7. Conhece algum caso em que os pais têm conhecimento que os seus filhos são vítimas de
bullying no colégio?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
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Apêndice nº3
Feminino
30%
Masculino
Feminino
Masculino
70%
Apêndice nº4
Idades 13 14 15 16 17
Apêndice nº5
40%
30%
30%
20%
20%
10%
0%
Apêndice nº6
100%
100%
80%
66,7%
60%
60%
40%
40% 33,3%
20%
0%
0%
Masculino Feminino
7ª Classe 8ª Classe 9ª Classe
Figura 4. Relação entre o sexo das vítimas de bullying e a classe em que frequentam
Nota. Fonte: Criação do autor.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Apêndice nº7
CyberBullying
0% Bullying Físico
Bullying 20%
Psicológico
30%
Bullying Físico
Bullying Verbal
Bullying Psicológico
CyberBullying
Bullying Verbal
50%
Apêndice nº8
100%
100%
80%
66,7%
60%
60%
40%
40% 33,3%
20%
0% 0% 0%
0%
Masculino Feminino
Figura 6. Tipos de bullying sofridos pelas vítimas de acordo ao sexo no colégio Ruana Icajuma
Nota. Fonte: Criação do autor.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Apêndice nº9
60%
50%
40%
30%
20%
20%
10%
10%
0%
Apêndice nº10
50%
50%
40%
30%
20% 20%
20%
10%
10%
0%
Figura 8. Número de agressores que praticam bullying contra as vítimas no colégio Ruana Icajuma
Nota. Fonte: Criação do autor.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Apêndice nº11
60%
52,6%
50% 47,4%
40%
30%
20%
10%
0%
Dentro do colégio Fora do colégio
Apêndice nº12
30,3%
27,3% 27,3%
12,1%
3,0%
0% 0% 0%
Figura 10. Locais dentro do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying
Nota. Fonte: Criação do autor.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Apêndice nº13
50% 50%
50%
40%
30%
20%
10%
0% 0% 0%
0%
Figura 11. Locais fora do colégio Ruana Icajuma onde ocorrem bullying
Nota. Fonte: Criação do autor.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Apêndice nº14
30%
40%
30%
Figura 12. Horários em que as vítimas frequentam as aulas no colégio Ruana Icajuma
Nota. Fonte: Criação do autor.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Apêndice nº15
120%
100%
100%
80%
66,7%
60% 50% 50%
40% 33,3%
20%
0%
0%
Manhã Tarde Noite
Masculino Feminino
Figura 13. Relação entre o sexo das vítimas de bullying e os horários em que frequentam as aulas
Apêndice nº16
30%
70%
Figura 14. Horários em que as vítimas sofrem bullying no colégio Ruana Icajuma
Nota. Fonte: Criação do autor.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Apêndice nº17
60%
50%
40%
33,3%
28,6%
30%
20%
10%
0%
Masculino Feminino
Figura 15. Relação entre o sexo das vítimas e os horários em que sofrem bullying no colégio Ruana
Icajuma
Nota. Fonte: Criação do autor.
O Bullying na Adolescência: Estudo de Caso no Colégio Ruana Icajuma, em 2018
Apêndice nº18
100%
Sim Não
Figura 16. Tem conhecimento sobre a existência de bullying no colégio Ruana Icajuma?
Nota. Fonte: Criação do autor.