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EDUARDO HERVATIM

SÍNDROME PÓS-PÒLIO E O ESPORTE ADAPTADO:


UM RELATO CLÍNICO

Monografia Apresentada á Universidade Federal de São


Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do Título
de Especialização em Intervenção Fisioterapêutica em Doença
Neuromusculares.

São Paulo
2004
EDUARDO HERVATIM

SÍNDROME PÓS-PÓLIO E O ESPORTE ADAPTADO:


UM RELATO CLÍNICO

Monografia Apresentada á Universidade Federal de São


Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do Título
de Especialização em Intervenção Fisioterapêutica em Doença
Neuromusculares.
Orientador: MS. Abrahão Augusto Juviano Quadros.

São Paulo
2004
Hervatim, Eduardo

Síndrome Pós-Pólio e o Esporte Adaptado: Um Relato Clínico / Eduardo


Hervatim – São Paulo, 2004.
ix, 27fls.

Monografia(Especialização – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de


Medicina. Programa de Pós-graduação em Intervenções Fisioterapêutica em Doenças
Neuromusculares)
.

Titulo em Inglês: Post Pólio Syndrome and Adapted Sport: One Clinis Relat

1. Esporte Adapatdo 2. Síndrome Pós-Pólio . 3. Poliomielite Paralítica.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
DISCIPLINA DE NEUROLOGIA
SETOR DE DOENÇAS NEUROMUSCULARES

Chefe do Departamento: Profa. Dra. Débora Amado Scerni


Coordenadores do Curso de Especialização em Intervenção Fisioterapêuticas em
Doenças Neuromusculares : Prof. Dr. Acary Souza Bulle deOliveira, Ms. Francis Meire
Fávero Ortensi.
EDUARDO HERVATIM

SÍNDROME PÓS-POLIO E O ESPORTE ADAPTADO:


UM RELATO CLÍNICO
.

Presidente da Banca: Ms. Abrahão Augusto Juviniano Quadros

Banca Examinadora:

Profª Ms Francis Meire Fávero Ortensi


Prof. Roberto Dias Batista Pereira

Aprovado em: ___/____/____


Dedico este trabalho aos meus pais Rui e

Neusa e a minha a minha avó que muito me

incentivaram a realização deste curso. A

eles o meu muito obrigado e saiba que amo

vocês.

Que deus os abençoe!


AGRADECIMENTOS___________________________________

Pela conclusão deste curso, agradeço a Deus, ao meu orientador

Fisioterapeuta e Mestrando Abrahão Quadros que sem sua ajuda não teria realizado

esta pesquisa.

Obrigado!
RESUMO

Este trabalho tem por objetivo fazer uma revisão da literatura sobre

Síndrome Pós-Pólio e Esporte Adaptado, onde foi utilizado um relato de caso colido na

UNIFESP- EPM de um individuo que pratica esporte adaptado e com decorrer dos

anos veio desenvolver uma nova fraqueza muscular progressiva. As conclusões finais

foram que com a pratica de esporte de alto nível competitivo pode seu importante fator

que leva a um desenvolvimento da Síndrome Pós-Pólio já que sabido que o overwork

leva a um maior recrutamento do neurônio motor aumentando o risco de desenvolver

Síndrome Pós-Pólio e também foi observado que o período de estabilidade desse

caso mostrou-se semelhante ao relato na literatura.


SUMÁRIO

Dedicatória .......................................................................................................... vii


Agradecimentos .................................................................................................. vii
Resumo ................................................................................................................ ix
1. Introdução .......................................................................................................... 1
2. Objetivos ........................................................................................................... 3
3. Revisão da Literatura.......................................................................................... 4
4. Caso Clínico ...... ................................................................................................ 18
5. Metodologia .......................................................................................................... 22
6. Considerações FInais..................... ................................................................... 23
7. Referência Bibliográfica ........................................................................................ 25
8. Anexo ................................................................................................................... 29
Abstract
1 INTRODUÇÂO

O Esporte adaptado foi criado em 1944 após a II Guerra Mundial

com dois propósitos primeiramente, foi a reabilitação desses pacientes oferecendo a

oportunidade desses indivíduos experimentarem sensações e movimentos, que

freqüentemente são impossibilitados pela limitação física ou barreiras ambientais e

sociais, o segundo foi introduzir estes portadores de algum tipo de deficiência ao meio

social. 8

O esporte é benéfico, pois proporciona o bem estar físico e psicológico em

todas as pessoas, portadoras ou não de deficiência. Entretanto quando se fala em

atletas com seqüelas de Poliomielite encontramos um paradoxo, já que o ganho de

força é relevante, mas necessita de cuidados, o exercício muito forte pode lesar o

músculo que esta sendo recrutado.18

Em crianças no processo de recuperação há um incentivo máximo

das atividades físicas e no Esporte competitivo também há este mesmo conceito

criado pelos próprios atletas, visto que eles (atletas) necessitam de resultados.

Na Síndrome Pós-Pólio o excesso de atividade física é prejudicial,

pois pessoas com SPP vivem com fadiga e necessitam de cuidados especiais, pois

sabemos que houve uma reinervação do neurônio motor e esta reinervação age no

comando das fibras musculares, e com o excesso de atividade física há uma

sobrecarga que pode levar a uma morte da parte distal do axônio. A hipótese mais

aceita como causa da SPP é o overuse, que é de atividade física.

O caso apresentado é um modelo clássico de indivíduos com seqüelas

de Poliomielite, que pratica esporte de alta intensidade e que evolui para uma nova

fraqueza muscular progressiva levando a um quadro de Síndrome Pós-Poliomielite, já


que a atividade física executada freqüentemente a ponto de exaustão ou de fadiga

leva a um overwork, pois o neurônio está sendo recrutado mais intensamente. 1

A metodologia utilizada neste trabalho foi pesquisa bibliográfica e os

dados do Prontuário Médico do Setor de Neuromuscular da UNIFESP-EPM, com base

na entrevista com um paciente.


2. OBJETIVO

O objetivo do presente trabalho foi:

1 – Realizar levantamento bibliográfico sobre o assunto

Poliomielite paralítica, Síndrome Pós-Pólio e Esporte adaptado.

2 – Coletar dados sobre um paciente com seqüela de Poliomielite

paralítica, que evoluiu para SPP.

3 – Entrevistar um paciente que praticou esporte adaptado.


3- REVISÃO DA LITERATURA

3.1 – ORIGEM DO ESPORTE ADAPTADO

3.1.1 NO MUNDO:

A origem do esporte adaptado está relacionada a reabilitação dos

veteranos da II Guerra Mundial na Inglaterra e nos EUA.

Na Inglaterra surgiu em 1944 quando Dr L.S. Guttman

(neurologista e neurocirurgião) implantou modalidade esportivas para reabilitação no

Centro de lesão Medular do Hospital de Stoke Mandeville. As modalidades introduzida

foram arco e flechas e pólo em cadeira de rodas, seguido pelo basquete de cadeira de

rodas no qual se tornou a modalidade esportiva mais desenvolvida na área de esporte

adaptado, posteriormente, foi introduzido o tênis de mesa, snoocker e a natação.

Nesse centro de Stoke Mandeville, foi realizada em 1948 competições nacionais e

internacionais, a primeira competição de basquete de cadeira de rodas. 14

Nos Estados Unidos em 1945, foi desenvolvido um conceito

altamente especializado de esporte competitivo para pessoas portadoras de

deficiência físicas, com a organização do basquete em cadeiras de rodas, a figura

central nesse processo era o professor Timothy J. Nugent, da universidade de Illinois.

Com a participação ativa de todos os atletas nas mais diversas decisões, um grupo da

administração do hospital de veteranos de guerra organizou o primeiro campeonato

dos veteranos paralisados da guerra (PVG). 21


Em 1949 foi formada a associação nacional de basquete em cadeira de rodas

(NWBA), que deu um novo rumo para o desenvolvimento do esporte adaptado.

Em 1952, os jogos de Stoke Mandeville, Constituíram-se como

movimento internacional com a entrada de um pequeno grupo de Holanda nas

competições. Os jogos passaram-se a se chamar jogos internacionais de Stoke

Mandeville (ISMG), quando foi formada a confederação internacional dos jogos de

Mandaville (ISMGF). Até 1957 o esporte em cadeira de rodas no estados Unidos era

voltado exclusivamente para o basquete, quando Benjamim H. Lipton introduziu

algumas modalidades esportivas, as quais teve a oportunidade de observar em Stoke

Mandavelli, no ano anterior. Em1958, foi organizada a associação nacional de

atletismo em cadeira de rodas (NWAA), que abriu a oportunidade para outros

esportes, além do basquete nos campeonatos nacionais americanos como: atletismo,

natação, tênis de mesa e arco e flecha. Em 1960 a NWAA estabeleceu uma filiação

formal com o grupo internacional do movimento passou a se chamar comitê

internacional de Stoke Mandavelli (ISMGC). Contudo era permitida apenas a

participação de atletas portadores de lesões medulares nos jogos de Stoke

Mandeville. As pessoas de outras deficiências físicas que já participavam de

competições nos Estados Unidos não podiam participar deste campeonato

internacional. 9

Conforme mais países foram entrando nesse movimento, as

regras para todas modalidades esportivas adaptadas procuravam cada vez mais se

aproximar daquelas em vigor em seus esportes originários (sem adaptações).


Com isso foram se aprimorando técnicas e adaptações as quais

eram discutidas e divulgadas anualmente em congresso técnicos, seminários e

reuniões de técnicos das equipes que participavam daqueles jogos.

Desde então o atletismo passou a ser a segunda modalidade

esportiva mais popular em cadeira de rodas, com provas de pista de campo. Em 1975

um atleta americano Bob Hall, de Boston, competiu na maratona de Boston,

incentivando a participação de outros atletas portadores de deficiência físicas a

participarem de corridas de rua. Em 1964 foi criada a organização internacional para

deficientes (ISOD), que englobava os amputados, os portadores de deficiência visual,

os portadores de paralisia cerebral e os portadores de outras afecções medulares,

com o objetivo de incluir outras deficiências no futuro. Seu primeiro presidente foi o

próprio Dr. Guttman, que foi capaz de manter ambas as federações até 1979.

Passaram então a existir quatro entidades internacionais responsáveis pelas

atividades esportivas quatro grupos destintos: ISMGF para atletas portadores de

lesões medulares e com seqüelas de poliomielite; IBSA para portadores de deficiência

visual; CP-ISRA para portadores de paralizia cerebral e ISOD para amputados e

portadores de outras deficiências físicas não enquadráveis nos sistemas de

classificação das entidades, passando a possuir a categoria como “Lês Altres”.1

Esse quadro tornou-se difícil, se não impossível, a integração de

atletas pertecentes a organizações diferentes numa mesma compentição. Com isso o

movimento britânico Pro-Esporte foi inspirado no conceito orientado clinicamente da

participação esportiva como complemento direto á Reabilitação física do paciente.

O Dr Guttman acreditava que todos os portadores de deficiências

se beneficiariam com a participação em esporte, mas não estava certo se os


programas estabelecidos deveriam ser os mesmos para todos os casos, o que

resultou na divisão dos grupos pelo diagnóstico clínico de sua deficiência. Dessa

forma todo corpo direito da ISOD e da ISMEF ficou a cargo de médicos e

paramedicos, além da direção dos portadores de deficiência como ocorreria nos

Estados Unidos que se preocupavam com o desenvolvimento do esporte ao invés do

tratamento das lesões. 21

Foi realizada a primeira Paraolimpiada em 1960, na mesma cidade

dos Jogos Olímpicos (Roma), com a participação de 400 atletas representando 23

países. Desde então, os Jogos são realizados a cada quatro anos.20

3.1.2 NO BRASIL:

A origem do esporte adaptado no Brasil ocorreu após uma

exibição dos “Pan Jats”, desportista em cadeira de rodas, subsidiados pelos

funcionários da empresa aérea Pan American Word Ourways. Eles se exibiram no Rio

e em São Paulo nas modalidades de basquete, tênis de mesa, arco de flecha, isso em

novembro de 1957. 7

Em 1958, após retornarem dos Estado Unidos e vivenciarem

programas de esporte adaptados dói paraplégicos, Robson Sampaio de Almeida do

Rio de Janeiro e Sergio Del Grande de São Paulo, iniciaram no Brasil a modalidade de

basquete em cadeira de rodas. Os mesmos fundaram os dois primeiros clubes de

esporte adaptado no Brasil, no Rio de Janeiro, Clube do Otimismo e em São Paulo O

Clube dos Paraplégicos de São Paulo (CPSP). O primeiro jogo entre as equipes
carioca e paulista de basquete de cadeira de rodas foi realizada no Maracananzinho

em 1959 onde o CPSP venceu por 22 a 14. 11

A história do desporto praticado por pessoas portadoras de

deficiência em nosso país começou a ser relatada no final da década de 50. Os

pioneiros trouxeram para o Brasil uma atividade que, mesmo internacionalmente, era

bastante recente. Depois das primeiras competições, ainda de caráter amistoso, surgia

a primeira entidade nacional do desporto paraolímpico, (ANDE) então denominada

Associação Nacional de Desporto para Excepcionais. A necessidade de organização,

de união e da soma de esforço que viabilizassem o desenvolvimento levou a uma

aglutinação de todas as áreas de deficiências em uma só entidade nacional. 14

O esporte adaptado tem como objetivo introduzir pessoas

portadoras de algum tipo de deficiência no meio social. O esporte para portadores de

limitação física é indicado desde a fase inicial do processo de reabilitação, a

participação em diferentes atividades oferecendo a oportunidade desses indivíduos

experimentarem sensações e movimentos, que freqüentemente são impossibilitados

pela limitação física ou barreiras ambientais e sociais, têm recebido atenção

crescente.8

O Brasil participou em 1969 dos II Jogos Pan-americanos em

Buenos Aires com sua primeira seleção de basquete em cadeira de rodas, com atletas

cariocas e paulista, conseguindo medalhas de bronze. Em 1974, participaram pela

primeira vez dos jogos de Stoke Mandaville com delegação masculina e feminina nas

provas de basquete, natação, halterofilismo, corrida de obstáculos, boliche e arco e

flecha. Conseguiram ai três medalhas de ouro, doze de prata e sete de bronze. 3


Hoje, o Brasil tem cerca de 60 clubes e entidades que dirigem o

esporte para pessoas portadoras de deficiência físicas, ABRADECAR ( Associação

Brasileira de Desportos em Cadeiras de Rodas), ABDA (Associação Brasileira de

Desporto para Amputados) e a ANDE ( Associação Nacional de Desportos para

Deficientes). 18

A partir da década de 80, houve um grande avanço no nível

técnico das competições graças a diversos fatores, entre os quais destacamos o

avanço tecnológico do equipamento esportivo, principalmente cadeiras de rodas,

próteses e órteses especificas para a pratica de diferente esporte. 4

POLIOMIELITE NO BRASIL

A Poliomielite é uma doença aguda, de etiologia viral, de

gravidade extremamente variável e que pode ocorrer sob a forma de infecção

inaparente ou apresentar manifestações clinicas freqüentemente caracterizados por

febre, mal estar, cefaléia, distúrbios gastrintestinais e rigidez de nuca, seguidos, dias

mais tarde, de comprimento dos neurônio motores da medula espinhal, ocasionando

paralisia, predominando, geralmente, nos membros inferiores sob a formação

assimétrica e desproporcional. 15

Em 29 de setembro de 1994, o Brasil recebeu da Organização

Pan-Americana de Saúde; (Opas) o certificado de interrupção da transmissão dos

vírus selvagens da poliomielite no Brasil, confirmando a conclusão da comissão

nacional que havia anteriormente declarado o país livre desses vírus. Esse feito foi a
conclusão de uma longa luta contra a doença, que se estendeu por varias décadas,

mobilizou mais de uma geração de profissionais da área da saúde em todo país e, por

fim, a própria sociedade brasileira, por meio das grandes campanhas nacionais de

vacinação que ainda hoje ocorrem a cada ano. 13

As principais entidades no combate á poliomielite foram a Fiocrus

que participou diretamente como apoio, sobretudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC),

Bio-Manguinhos, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e do Instituto Nacional

de Controle de Qualidade em Saúde.

Embora existam referências de casos esporádicos de quadro

clínico semelhante ao da poliomielite no final do século XIX (Lima Filho et al., 1993).

Essa doença começou a ser mais bem observada no pais no inicio do século XX, no

Rio de Janeiro (1907-11), e em São Paulo 1918 (Scorzelh, 1966). Surtos de

considerável magnitude foram observados na década de 1930, em Porto Alegre

(1935), Santos (1937), São Paulo e Rio de Janeiro (1939), refletindo possivelmente a

crescente urbanização do país.

A partir ele 1950, foram descritos surtos em diversas cidades do

interior e, em 1953, ocorreu no Rio de Janeiro a maior epidemia já registrada,

atingindo o coeficiente de 21,5 casos por cem mil habitantes. Apesar da precariedade

dos dados disponíveis, revelaram a importância crescente da doença no país. 22

A primeira vacina contra a poliomielite foi desenvolvida por Jonas

Salk, no inicio da década de 1950, com o vírus inativado pela formalina, conhecida

com PVI ( Pólio Vírus Inativado) e que foi capaz de reduzir drasticamente o número de

casos clínicos nos países em que foi empregada, não chegou a ser utilizada em ampla

escala no Brasil na época. Os altos custos e as dificuldades operacionais para a


aplicação do produto em larga escala de produto injetável acabaram adiando o uso da

vacina entre nós no final da mesma década. 6

No Brasil, a vacina Sabin foi utilizada a partir de 1955, a principio

vacinação foi de amplitude reduzida promovida pelas secretárias estaduais e

municipais de saúde, basicamente em São Paulo e Rio de Janeiro. O ministério da

saúde adotou oficialmente a vacina Sabin, a partir de 1961. 2

A vacina oral contra poliomielite foi desenvolvida pelo Dr. Albert

Sabin no final da década de 50, por ser de fácil aplicação, foi escolhida como vacina

de eleição nos EUA e outros países do mundo.

As vacinações sistemáticas contra a poliomielite foram

introduzidas na rotina do serviços de saúde pública no Brasil, em 1960, na cidade de

Petrópolis (RJ). Nesse plano piloto, foram utilizadas as vacinas monovalente, contendo

o soro tipo 1, seguida de duas doses trivalentes (sorotipos 1, 2 e 3). Tal esquema de

vacinação não foi adotado posteriormente, preferindo-se usar apenas vacinas

trivalentes. Os programas de imunização não tiveram, entretando, a abrangência e a

continuidade necessárias para o controle da doença, o que resultou na permanência

da poliomielite no Brasil, como um importante problema de saúde pública no país. 13

As principais razões para esse fato foram a curta duração da

validade da vacina, naquela ocasião necessitava ser aplicada dentro de uma semana

após ser embasada, e a importação do produto não apenas por parte do governo

federal com também, de maneira direta, por alguns estados, o que dificultava o

controle adequado da qualidade de todas as vacinas adquiridas. 2

Dados nacionais sobre a incidência da doença, disponível a partir

de 1968, quando foi implantado um sistema de notificação semanal de várias doenças


transmissíneis, inclusive a poliomielite, indicavam até 1980, entre 1.100 e 3.600 casos

anuais de poliomielite. 22

Em 1971, na tentativa de interromper a transmissão da doença, o

Ministério da Saúde elaborou o Plano de Controle Nacional da Poliomielite. O plano

estabelecia a vacinação em massa da população infantil, com a aplicação de três

doses da vacina oral trivalente, com intervalo de seis a oito semanas entre cada uma

delas na faixa etária de três meses a quatro anos de idade. 6

Os resultados obtidos foram, mais uma vez os piores do que se

esperava, sobretudo pelas coberturas vacinais muito irregulares de estado, para

estado. Uma investigação epidemiológica realizada no período de 1975 a 1976,

incluindo 1.643 casos procedentes de 18 estados, mostrou que as principais

doença no pais naquela época eram sua distribuição predominantemente urbana

(74%). 17

Confirmando as falhas do programas, quase todos os estados

brasileiros notificaram surtos de poliomielite no período de 1975 a 1979. Os dias

nacionais de vacinação foram capazes de mobilizar grandes segmentos da sociedade

e alcançaram êxito excepcional. 21

Analizando-se os dados do de outubro de 1980 a setembro de

1982, observando-se o registro de apenas oito casos em média por mês, quando a

incidência de 1975 a 1980 alcançou entre cem a quinhentos casos mensais, com uma

média anual de 2,1 casos por cem mil habitantes. 11

Em 1982 apenas 122 casos de poliomielite foram observados no

país, o que representou a incidência de 0,1 caso por cem mil habitantes. 6
A partir do segundo semestre de 1986, considerando-se os

problemas específicos do Nordeste, foi instituída mais uma campanha anual de

vacinação limitada aquela região, o que resultou na queda do número de casos, para

197, em 1987. Nos anos seguintes, ainda foram observados casos naquela região do

nordeste, sobretudo em áreas urbanas com baixo nível de saneamento básico.

Finalmente os três últimos casos de poliomielite ocorreram nos estados do Rio Grande

do Norte e Paraíba, sendo que o último caso relatado no Brasil foi no município de

Souza na Paraíba no ano de 1989. 6

SÍNDROME PÓS-POLIOEMILITE (SPP)

A síndrome Pós-Poliomielite (SPP) é uma desordem neurológica

que está dentro do capítulo dos efeitos tardio da poliomielite, caracterizada por nova

fraqueza muscular e/ou fadigabilidade muscular anormal em indivíduos que tiveram

poliomielite aguda anos antes. A SPP encontra-se na categoria das doenças do

neurônio motor em virtude de os quadros clínico e histológico estarem relacionados

com disfunção dos neurônio motores inferiores. 15

Os problemas apresentados acima podem levar a outras restrições

funcionais nas atividades diárias, assim como incapacidades no trabalho, na família e

na sociedade. Outros problemas físicos consistem em cãibra e fasciculações,

intolerância ao frio, dificuldade de deglutição, hipoventilação e distúrbios do sono.

Essas novas deficiências surgem depois de um logo período de estabilidade, em

media 35 anos depois do inicio da poliomielite aguda. 5


A incidência da SPP não é bem conhecida, pela falta de registros,

também não se conhece a causa especifica dessa doença, mas as maiorias dos

indícios indicam para uma sobrecarga metabólica na capacidade restrita do sistema

neuromuscular. A SPP esta diretamente relacionada aos defeitos causados pelo vírus

na fase aguda e a relativa atividade física durante a fase de estabilidade. 16

É estimado que todos os 640 mil sobreviventes de pólio paralítica

nos Estados Unidos 60% possam sofrer os efeitos tardios da características da

poliomielite, entretanto, o número de sobreviventes não é totalmente conhecido, o que

dificulta os estudos de prevalência. 16

A etiologia dessa nova fraqueza e atrofia é desconhecida.

Diversas teorias têm sido propostas e foram discutidas e detalhados por Jubelt e

Cashman, (1999)

As diferentes hipóteses proposta por Jubelt e Cashman são

apresentadas conforme segue:

1) Disfunção das unidades motoras devido ao “overwork” ou

envelhecimento prematuro das unidades motoras afetadas pela pólio.

2) “Overuse” muscular;

3) Desuso muscular;

4) Perda normal das unidades motoras com a idade;

5) Predisposição da degeneração do neurônio motor devido ao

dano glial, vascular e linfático;

6) Reativação do vírus ou infecção persistente;

7) Uma síndrome imuno mediada;

8) Efeito do hormônio de crescimento;


9) Efeitos combinados do overuse, desuso, dor, ganho de peso ou

outras doenças.

Porém, a mais aceita dentre elas é do “supertreinamento” ou

”ouveruse” defendido por Charcot em 1875. 16

POLIOMIELITE, SÍNDROME PÓS-PÓLIO E ESPORTE ADAPTADO.

A prática de atividades físicas proporciona o bem-estar físico e

psicológico em todas as pessoas, portadores ou não de deficiência. Pesquisadores

comprovam que a prática de exercícios físicos para portadores de lesão medular,

poliomielite e doença neuromuscular progressiva são benéficas para o físico destas

pessoas. No caso lesionado medular há maior incidência de complicações urinárias,

úlceras de pressão e doenças cardíacas. Para um portador de poliomielite o ganho de

força é relevante, mas necessita de cuidados porque os exercícios muito fortes podem

lesar o músculo que está parcialmente desnervado a uma desenervação total. No caso

de um portador de distrofia neuromuscular, apesar de algumas contradições, está se

comprovando que há melhoras na força muscular, capacidade de trabalho e consumo

de oxigênio. 20

As atividades físicas, esportivas ou de lazer proposta aos

portadores de deficiências físicas como os portadores de seqüela de poliomielite,

lesão medulares, lesados cerebrais, amputados, dentre outros, possuem valores

terapêuticos evidenciados benefícios tanto na esfera física quanto psíquica. 20


A atividade física se executa freqüentemente a ponto de exaustão

ou fadiga leva a um overwork já que o neurônio motor está sendo recrutada em maior

quantidade elevando o risco de desenvolver Síndrome Pós-Pólio. 1

A fadiga degrada o desempenho. Uma compreensão de todas as

suas manifestações permite que os atletas façam exames de etapas para evitar e

minimizar a probabilidade de um desempenho pobre. Naturalmente indivíduos com a

Síndrome Pós-Pólio vivem com fadiga. È um estado muito mais comum para estes

indivíduos e com isso não diminui facilmente e normalmente como faz com um atleta.

As pessoas com SPP necessitam de cuidados especiais e com isso devem melhorar

sua qualidade de vida. 11

Todo o efeito negativo no desempenho muscular, que é gerado

acima da capacidade da unidade motora, é a fatiga central. Isto inclui os processos

inibitórios que se elevam no cérebro. Nós sabemos pouco sobre estes processos, mas

sabemos o que ocorre nos atletas e em sobreviventes da poliomielite. O sistema


1
nervoso central é envolvido no regulamento da atividade muscular em alto grau. Os

elementos dentro do sistema nervoso central resultam em um numero de fatores

psicológicos, e em emoções, que podem degradar o desempenho e o resultado do

músculo em perda da movimentação devido a fadiga central. 2


4. CASO CLÌNICO

EPIDEMILOGIA:

NOME: M.A.M, idade 49 anos (data de nasc. 1955), sexo feminino, solteira, natural de

Marilia, procedente de São Paulo há 17 anos, formação em Administração de

Empresas.

1 – H.D.P:

Paciente teve Poliomielite Paralítica aos quatro anos de idade com um quadro

febril intenso por dezenove dias, cefaléia, ficando em coma por quatro dias relatando

que não fez uso de ventilação mecânica.

Com seqüela aguda de triplegia flácida em MMII e MSD sem sustentação de

cabeça. Foi diagnosticada como Poliomielite Paralítica.

2- RECUPERAÇÃO:

Começou com o tratamento fisioterapêutico em Marília com seqüelas residual

de diparesia cural com um maior comprometimento do ME. Deambulava apenas com

utilização de muletas canadenses, sem utilização de nenhuma espécie de ortese.


No atual momento a paciente faz uso de cadeira de rodas para locomoção

comunitária e uso de muletas canadenses dentro de sua residência, e realiza

tratamento com Medicina Oriental Chinesa (Acupuntura).

3- ANTECEDENTES PESSOAIS:

Em 1998, foi atropelada com perda de massa muscular na coxa esquerda e

fratura de patela no joelho esquerdo e ruptura de gastrocnêmico.

Refere patologia associada de bronquite, foi tabagista por quatro anos (16-20),

e nega etilismo, foram realizadas 16 cirurgias corretivas; incluindo alongamento de

tendão, artrodese.

4- Sintomas da Síndrome Pós-Pólio apresentados:

Em 1995 iniciou uma nova fraqueza muscular principalmente em MMII, sendo

que o MIE foi o mais acometido. Necessitando o uso de tutor longo no membro inferior

esquerdo, e neste mesmo ano começou a fazer uso de cadeira de rodas devido a esta

nova fraqueza muscular.

Em 2002, houve uma grande diminuição da força muscular e uma tolerância ao

frio.

Pode-se acrescentar ao relato que todos os esportes praticados por este

individuo eram realizados com os MMSS.


5- ATIVIDADES:

a) FISICA: Sua atividades física sempre foi intensa, pois praticava natação e

caminhadas na infância e adolescência.

b) ESPORTES: Em 1994 começou a jogar basquete de cadeira de rodas no

Hospital das Clinicas (HC), em 1995 continuou a jogar basquete de cadeira

de rodas neste período o treinamento era de duas horas por dia e todos os

dias da semana, em 1996 começou a pratica da natação no Clube dos

Paraplégicos de São Paulo e seu treino era realizado todos os dias da

semana com duração de duas horas por dia. Em 2000 parou a pratica de

basquete de cadeira de rodas e começou a praticar halterofilismo onde

permaneceu até 2001 chegando a levantar 75Kg na modalidade de supino.

c) ESPORTE PROFISSIONAL: Todas as três modalidades esportivas

(basquete, natação, halterofilismo) relatadas pela atleta e pacientes foram

modalidades de alto nível competitivo (profissional), sendo que a mais

competitiva foi a de halterofilismo chegando a ir para o Mundial que seria

realizado na Hungria, mas durante o exame médico foi diagnosticado uma

hipotrofia em MSD não deixando que participasse da competição.


d) PRATICA ESPORTIVA NA ATUALIDADE: No momento a paciente relata

ainda praticar atividade física pelo menos uma vez na semana e ainda relata

que veleja com amigos.

6- EXAME FISICO:

Tônus normal em MMSS e hipotonia em MMII.

Trofismo hipertrofia de MMSS com nova atrofia em musculatura flexora e

hipotrofia de MMII.

Pele sem alteração com temperatura normal, sendo só observada presença de

cicatriz em MID (coxa e joelho).

Força muscular em MSS região proximal de 05 e distal de 05, MID região

proximal de 01 e região distal de 05, MIE região proximal de 01 e região distal de 0.

Apresenta deformidade em MIE, sendo mais curto em relação ao MID e

escoliose em “S”.

OBS: PACIENTE RELATOU QUE TEVE UM AVANÇO DE SUA DOENÇA

DEVIDO AO ESPORTE, POIS QUANDO REALIZAVA ESPORTE COMPETITIVO

NÃO MEDIA ESFORÇO PARA TER SEUS RESULTADOS ALCANÇADOS, ISSO ELA

(PACIENTE) ACHA QUE CONTRIBUIU PARA UM AGRAVAMENTO DE SEU

QUADRO CLÍNICO E PARA UM AVANÇO DA DOENÇA.


5. METODOLOGIA

Foram realizadas buscas de artigos científicos através de livros,

artigos da Internet (MEDLINE, PUBMED, LILACS), revista cientificas (INTENSIVE

CARE, BRASILPARAOLIMPICO, REVISTA SOBAMA) e consultas á biblioteca

(BIREME, USP).

Foi realizada uma coleta de dados retirados do Prontuário Médico

do Setor Neuromuscular da UNIFESP – EPM, e também foi realizada uma entrevista

com a paciente para se obter dados mais apurados para realização deste trabalho.
6. CONSIDERAÇÂO FINAIS

Ao longo o processo de documentação do esporte adaptado para

deficientes físicos que teve seu inicio nos meados do século XX, mudanças foram

adotadas politicamente. Contudo, foi preciso que a sociedade sinta a necessidade de

reabilitar indivíduos com algum tipo de deficiência para que o desporto se tornasse

uma realidade.

Estudos demonstram que a atividade física executada

freqüentemente a pondo de exaustão ou de fadiga leva a um overwork (excesso de

trabalho) já que os neurônios motores estão sendo recrutados em maior intensidade

elevando o risco do desenvolvimento da Síndrome Pós-Pólio. Observamos que no

relato clínico apresentado houve uma piora progressiva, pois é sábio que indivíduos

com seqüelas são prejudicados devido ao risco de desenvolverem a nova fraqueza

muscular e fadiga que estes indivíduos apresentam ao longo do tempo.

O indivíduo entrevistado do nosso estudo teve inicio no esporte

adaptado em 1994. Onde praticou basquete adaptado durante 5 anos, treinando 2 hs

por dia, onde iniciou com 120 arremessos por dia mas houve uma queda para 75

arremessos dia (16%), já na natação que era praticada ao mesmo tempo foi

observada no relato clínico que a paciente (atleta) teve uma queda em sua

performance de (50%), sendo que ela nadava 350 metros e passou a nadar 150

metros.

Com esta piora em sua performance foi observada ao relato clínico

uma hipotrofia em braços quando começou a competir e praticar halterofilismo sendo


que o recrutamento muscular era maior que na modalidade de basquete, sua

performance foi sempre alta com o passar do tempo começou a observar um declínio

no seu rendimento já que levantava 75Kg e passou e levanta somente 12Kg queda de

(62,5%). A duração da modalidade e do rendimento está demonstrada no Anexo 02.

No relato clínico apresentado, o platô de estabilidade foi 36 anos

estando dentro da média encontrada em população com história de Poliomielite

paralítica, porém o que se destaca é que um ano após iniciar as atividades esportivas

profissionais iniciaram os primeiros sintomas de fadiga e fraqueza muscular, que

impediram a continuidade na modalidade escolhida, (Anexo 1)

A escolha de praticar esporte de alto nível foi com intuito de

fortalecer a musculatura acometida pela doença que ia levando a uma nova fraqueza

muscular progressiva. Apesar do esporte ter evoluído consideravelmente no país, a

carência de informações bibliográficas, estudos e pesquisas na área desporto

adaptado no Brasil ainda persiste juntamente com o estudo sobre Síndrome Pós-Pólio,

mas que equipes de atletas paraolímpicos de alto nível precisamos de pesquisas

objetivas.

O esporte adaptado não é mais apenas uma atividade realizada

por voluntários sem um objetivo especifico, mas sim ele é tido como um meio de

reintegração do individuo ao meio social. Existe necessidade de estudo mais objetivos,

pois sabemos que o esporte para deficientes cresceu no mundo todo, sendo hoje

realizadas competições internacionais como os Jogos Paraolímpicos.


7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS

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23. Olimpíadas Especiais Brasil: incluindo o deficiente mental através do esporte.

Disponível em: http://www.olimpiadasespeciais.com.br/contato.htm acesso

em:09/12/2004.
ABSTRACT

This work for objective to make a revision of literature on

Syndrome Post polio and Adapted Sport, where a case story was utilized collides in the

UNIFESP – EPM of one individuo that it praticed suitable sport and with elapsing of the

years came to develop a new weakness to muscular gradual. The gotten results had

been that with it practices of sports of high nivel competitive leads to a development of

the Syndrome Post polio that is known that overwork leads to a bigger conscription of

the motor neuron increasing the risk to develop Syndrome Post polio.

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