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Isabella Fonseca
2021
Gerenciamento Ágil de Projetos com Scrum
Isabella Fonseca
© Copyright do Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação.
Todos os direitos reservados.
Planning Poker...................................................................................................... 82
Checklist ............................................................................................................... 98
Greg Hutchins.
O ágil acredita que a pressão dos pares fortalece o real trabalho em equipe,
exatamente por descortinar as deficiências de cada um à todos, e promover a busca
por solução imediata; seja por treinamento, coaching, técnicas como pair
programming, etc. Tudo isso sem esconder ou adiar problemas, resolvendo de vez a
situação para quem está necessitando de auxílio. Em outro tipo de filosofia, este
problema ficaria escondido por um tempo maior ou talvez nem apareceria.
É claro que, para que mudanças culturais ocorram, pede-se tempo. Certos
hábitos gerenciais mudam mais lentamente, apesar de sabermos que já não
funcionam tão bem diante de um mundo VUCA. Tendemos a nos apoiar em políticas
e estruturas que acreditamos que auxiliam neste movimento acelerado pelo qual
passamos. Por isso, ainda assim, as mudanças acontecerão e nos levarão a ter que
pensar e agir de forma diferente para sobreviver. Como diz Peter Drucker, “é inútil
tentar ignorar as mudanças e fingir que o amanhã será como ontem.”
Por tudo isso, o caminho possível para atuação nesse cenário é ter a
capacidade de se adaptar, agir usando um mindset ágil e interagir constantemente
para disseminar informações, em busca de um ganho contínuo e acelerado de
conhecimento pelas pessoas que realizam um projeto.
Qual a diferença? Executar o ágil (Doing Agile) tem mais relação com utilizar
técnicas e ferramentas ágeis. Muitas vezes isso pode trazer melhores resultados, mas
não garante a correta institucionalização de seus valores e princípios. A cultura pode
estar tão arraigada que não permite que seja alterada, mesmo que lentamente. Ela
nos puxa, como uma âncora, para utilizarmos ferramentas que tentam predizer muito
o futuro (algo sem fundamento neste mundo atual), ou nos faz praticar formas mais
atuais de gerenciamento, mas nos cobra da mesma forma. Ou seja, é uma forma
perigosa de atuação, pois a empresa considera que já está dançando conforme a
música, mas não permite verdadeiramente a mudança necessária. Ir da direita para
a esquerda (do Doing Agile para depois atingir o Being Agile) pode ser desanimador
e nos levar a achar que estamos no caminho errado, e nos fazer voltar ainda mais.
Já o ser/estar ágil (Being Agile) diz respeito a mudar um mindset, a forma que
fazemos as coisas e interagimos com os participantes de qualquer processo. Indo por
Fonte: https://www.kaizen-coach.com/en/hr-lean/come.
▪ Entender o que ele realmente quer para que a entrega de valor seja melhor
planejada e entregue o mais cedo possível.
▪ Ter entregas regulares e prontas para serem validadas. Não adianta entregar
um incremento com coisas “por fazer”.
– Não ter conhecimento sobre algo que você tem que resolver e pedir
ajuda.
▪ Focar nas tarefas a serem executadas. Não adianta achar que multitasking é
efetivo.
▪ Demonstrar algo pronto ao final de cada iteração, algo que possa ser usado.
▪ Fazer uma reunião por dia. Verificar o trabalho da equipe e ver o que pode ser
feito para aumentar a velocidade (e criar plano de ação para isso).
▪ Mudar a forma como cada um enxerga o seu cliente, o negócio dele e a própria
capacidade real de entregar software de valor agregado.
A história da indústria de software teve sua origem por volta de 1960. Antes
dessa época, o software era considerado parte integrante do hardware e não havia
nenhuma comercialização desse produto como componente distinto das máquinas.
Portanto, o hardware era comercializado juntamente com o software e o preço era
estabelecido sobre o conjunto da solução. Entretanto, em certo momento, ficou
evidente que o desenvolvimento de software envolvia custos, os quais se haviam
tornado tão dispendiosos quanto o investimento total no hardware e, em alguns casos,
chegavam a superar o valor. Esse aspecto foi decisivo para que se iniciasse um
movimento para a apropriação de um valor comercial ao software, desmembrando-o
do valor inerente ao hardware.
Manifesto Ágil¹
Apesar de reconhecer que há valor nos itens da direita, valorizamos mais os itens da
esquerda:
Fonte: http://www.softhouse.se/.
Fundamentos do Scrum
− Cada sprint é uma iteração que segue o ciclo PDCA e entrega incremento de
software pronto;
− Cada dia de um ciclo Scrum tem um PDCA menor – Daily Scrum (será
explicado mais tarde.);
Lean Manufactoring
“As críticas à teoria clássica dizem que ela era mais adequada no passado,
quando as organizações estavam num ambiente relativamente estável e previsível,
do que no presente, quando os ambientes são mais turbulentos”. (STONER, 1985:28)
Fonte: Takeuchi and Nonaka (1986) - The overlapping of phases does away with
traditional notions about division of labor.
✓ Instabilidade Interna;
✓ Times auto-organizados;
✓ Controle Sutil;
✓ Times multifuncionais;
Esta figura explicita que processos preditivos não são adequados para o
desenvolvimento de softwares complexos. Se já se conhece integralmente o escopo,
as tecnologias e tudo mais que está envolvido no projeto de desenvolvimento de
software, então provavelmente o Scrum não é necessário. No gráfico acima, a
interseção dos tipos de complexidade ligados aos requisitos e à tecnologia definem a
complexidade total do projeto. Adicionando-se a esta análise a dimensão de pessoas,
a complexidade dos projetos de software amplia-se ainda mais, reforçando a visão de
que, atualmente, a quase totalidade dos projetos de desenvolvimento de software
constitui-se em processos complexos.
✓ Scrum aceita que requisitos mudam com frequência, e por isso devem possuir
forma de trabalho iterativa e incremental.
Como tipos de jogos, têm-se os jogos de soma zero e jogos soma diferente
de zero. No jogo de soma-zero, o benefício total para todos os jogadores, para cada
combinação de estratégias, sempre soma zero. Um jogador só lucra com base no
prejuízo de outro. A maioria dos jogos clássicos de tabuleiro é de soma zero.
Muitos dos jogos estudados pelos pesquisadores da teoria dos jogos são
jogos de soma diferente de zero, porque algumas saídas têm resultados combinados
maior ou menor que zero. Ou seja, o ganho de um dos jogadores não
necessariamente corresponde à perda dos outros.
− A e B negam.
✓ Confiança;
✓ Comprometimento;
“Usando esse processo podemos enfocar nossos esforços nos poucos pontos
de um sistema que determinam seu desempenho (nas suas restrições), e assim
podemos melhorar significativamente no curto prazo.”
▪ Recursos:
– Pessoas;
– Infraestrutura.
▪ Tempo;
▪ Escopo;
▪ Qualidade.
Projeto Urgente – fixa-se que o prazo e preço e escopo podem ser variáveis.
É considerado um tipo de projeto factível, pois não fixa as três variáveis que
influenciam no resultado, como de sucesso em um projeto. É preciso acompanhar de
perto, como em qualquer projeto, mas permite-se a negociação de escopo e de preço.
Projeto Crítico
Urgente e crítico tem como princípio ter escopo e prazo fixos, tornando a
“mistura“ perigosa enquanto projetos críticos e sem orçamento possuem escopo e
preço fixos. Estes dois tipos de projetos permitem pouca flexibilidade de negociação
e obrigam que decisões tão importantes tenham que ser acordadas em momentos
não adequados para o fornecedor e tampouco para o cliente. É um tipo de contrato
“perde-perde“, onde nenhum dos envolvidos ganha sobre o outro. O fornecedor se vê
obrigado a incluir margens para garantir sua rentabilidade e o cliente perde ao pagar
mais caro, e ainda ter que amargar os insucessos presentes nas entregas prometidas.
O tipo de projeto ainda mais arriscado é o que fixa as três principais variáveis:
prazo, preço e escopo. Ele é conhecido como Marcha para a Morte. O poder de
negociação é muito fraco e ambos (cliente e fornecedor) acreditam – isso mesmo,
acreditam – que tudo seguirá exatamente conforme o planejado. Conforme já
Scrum faz com que todos identifiquem os obstáculos e que tracem um plano
de ação para resolvê-lo. TOC faz o mesmo. TOC faz com que as pessoas saibam
que as mudanças não devem ser traumáticas – eles existem - e com isso, acredita
em melhoria contínua. Durante as reuniões que o framework de processo possui
(reuniões de planning, review diário e ao final da iteração e de retrospectivas), é
possibilitado a identificação dos obstáculos e então a proposição de ações para
resolução dos mesmos.
Abordagem Tradicional
▪ Escopo fechado
Escopo
▪ Prazo definido
▪ Manipular o escopo?
Muito se fala sobre ser assim. O ágil como um grande guarda-chuva de tudo
que está abaixo, inclusive o Lean.
Fonte: https://www.versionone.com/agile-101/agile-methodologies/.
Mas outros definem de outra forma. Definem o Lean e Agile como filosofias,
e os demais como algo abaixo deles.
Sobre o Scrum, que será visto com maiores detalhes no capítulo 4, pode-se
dizer que é um framework ágil muito simples, pouco prescritivo; possui 13 regras e é
descrito em 16 páginas em seu Scrum Guide. Ele foi criado para ser bastante
extensível e ser utilizado para desenvolvimento de novos produtos, sejam de software
ou não.
"As equipes precisam conhecer o básico do Scrum. Como você cria e estima
um product backlog? Como você o transforma num sprint backlog? Como você
gerencia um gráfico burndown e calcula a velocidade de sua equipe? As equipes
precisam conhecer práticas básicas que ajudam equipes a irem além de apenas
tentativas de praticar o Scrum para executá-lo bem.
Extreme Programming:
Fonte: http://www.extremeprogramming.org/.
Fonte: http://www.extremeprogramming.org/.
✓ Design simples: Tem como foco construir códigos fáceis de serem entendidos
e alterados. Significa manter o design simples desde o início e melhorá-lo
continuamente, ao invés de tentar deixá-lo perfeito desde o início e então
congelá-lo.
XP + Scrum:
A maioria das práticas do Scrum são compatíveis com o XP. A reunião diária
(Daily Scrum Meeting) é um refinamento da "reunião em pé" do XP, usando perguntas
especiais. Segundo Craig Larman [3], a ideia da reunião em pé do XP foi obtida por
Kanban:
Por ter também características de reuniões curtas, pode tomar decisões mais
tardiamente sobre a próxima atividade a ser trabalhada, utilizando o conceito de
sistemas pull - puxam o sistema a medida da capacidade da equipe, e não é
empurrado como em um cronograma comum -, priorizando trabalho novo na entrega
de trabalho existente. Após cada iteração e demonstração de software entregável,
pode ocorrer atualização de prioridade de execução. No Kanban, iterações de
duração fixa não são prescritas. Pode-se escolher quando planejar, melhorar o
processo e entregar. As atividades podem ter uma periodicidade regular ou por
demanda.
Transparência:
Fonte: news.bbc.co.uk/sport1/hi/rugby_union/7048733.stm.
O que é o Scrum?
Para entendermos o que é o Scrum, vamos iniciar abordando aquilo que ele
não é:
Seguem abaixo alguns tópicos para nos auxiliar a entender o que o Scrum é:
Neste caso, por meio da aplicação deste processo definido, pode-se ampliar
a quantidade produzida, mantendo em um padrão aceitável a qualidade para o cliente,
alcançando o que é chamado de "commodity". Quando um produto se torna uma
commodity, seus atributos e o processo para a sua produção são conhecidos e a
diferenciação passa a ser a produção pelo menor preço.
Isto significa que, apesar do controle empírico ser mais caro que o controle
de um processo definido, é mais barato utilizá-lo para garantir a convergência de
O esqueleto do Scrum:
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Scrum_(development).
Papéis do Scrum
O Scrum Master:
Nenhuma regra deve ser modificada enquanto o Scrum Master não entender
que a equipe possui o entendimento, experiência e profundidade necessários para
realizar alterações de valor nas regras.
Gerencia. Lidera.
Não é papel do Scrum Master gerenciar o Time; ele tem que se autogerenciar
para poder constantemente ajustar seus métodos e maximizar as chances de
sucesso.
▪ O que você planeja realizar neste projeto entre hoje e a próxima reunião diária?
▪ Que impedimentos existem para que você atinja seus compromissos para esta
Sprint e para o projeto?
b) Estava errada, pois, não é papel do Scrum Master argumentar com a alta
liderança da empresa, uma vez que é um facilitador.
d) Estava correta, pois o Scrum deve ser aplicado por toda a organização
para que possa trazer os resultados esperados.
O Product Owner:
Quando um time usa o Scrum, ele possui o poder para encontrar as próprias
formas de superar as situações complexas do projeto. Esta liberdade, somada à
criatividade que resulta dela, é um dos benefícios centrais do Scrum.
Requisitos Dados
✓ É mantida pelo Product Owner, que deve avaliar sugestões para o produto por
parte de qualquer stakeholder.
✓ Deve estar ordenada do mais importante para o menos, com base em seu valor
para o negócio da empresa, estipulado pelo PO em "Business Value" (BV) e
por seu tamanho.
É o escopo do projeto!
Selected Backlog:
Sprint Backlog:
Pilha de tarefas (atividades), definida pelo time e para o time a partir dos itens
de Selected Backlog, contendo detalhamento em 2-3 itens de Sprint Backlog do que
deve ser feito em um Sprint. Esta atividade é primariamente feita durante o Sprint
Planning Meeting 2, sendo revisada diariamente durante o Daily Scrum.
✓ É utilizada para o Sprint Burndow Chart e não deve ser utilizada para
gerenciamento externo (realizado por resultados).
O Sprint Backlog é uma lista de tarefas que define o trabalho da Equipe para
uma Sprint. A lista emerge durante o Sprint, sendo que uma primeira compilação é
gerada na segunda parte da reunião de planejamento da Sprint. É responsabilidade
da Equipe gerar e manter atualizado o Sprint Backlog. Cada tarefa identifica o
responsável por executar o trabalho e o esforço remanescente para concluir a tarefa
em um dia específico durante a Sprint. Tipicamente, uma tarefa possui estimativa
entre 4 e 16 horas, e tarefas com estimativa maior significa que ainda não foram
suficientemente detalhadas.
Durante o projeto, itens a serem trabalhados nos Sprints devem estar melhor
definidos e possuir maior prioridade em relação aos demais. O desenho abaixo
confirma a granularidade maior do que itens do Product Backlog devem ter quando
estão planejados para serem executados durante o Sprint. Quando estão planejados
em uma próxima release, podem ter uma granularidade menor e em releases futuras,
menores ainda.
Fonte: http://www.mountaingoatsoftware.com/.
Junto aos patrocinadores do projeto: detalhar que benefícios serão gerados e que
recursos serão necessários para a realização do projeto. O planejamento deve prover
detalhe suficiente para satisfazer os patrocinadores que o projeto é consistente, que
vai realizar determinadas entregas em determinados momentos, que os benefícios
✓ Visão - descreve por que o projeto está sendo empreendido e qual o estado
desejado ao final do mesmo.
Abaixo, desenho que exemplifica o processo básico do Scrum que tem como
fases Pre-Game, Mid-Game e Post-Game.
ST - Sprint 1 ST – Sprint 2
QC – Pos-print
1
Mid-Game – antes do primeiro Sprint (este trabalho pode ser feito também no
Pre-Game):
Release Planning:
Reunião onde o Product Owner apresenta para a Alta Gestão sua proposta
preliminar para uma Release e obtém alinhamento. Posteriormente, deve agendar
uma reunião com a equipe (conhecida também como kick-off do projeto), para
apresentar o Plano de Projeto – equipe envolvida, treinamentos necessários, número
de Sprints – cronograma macro, escopo, Release Goal, riscos, etc.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Scrum_(development).
Características principais:
A reunião de planejamento poderá ter uma duração menor, desde que isto
seja acordado entre Product Owner, Development Team e Scrum Master, e se
mantenha o limite acordado em todas as reuniões. A aplicação do conceito de etapas
delimitadas por tempo ("time-boxed") é muito importante no Scrum.
(*) Uma Estória é uma descrição textual de um requisito, que deve responder
às seguintes perguntas:
O Time pode fazer sugestões, mas a decisão final sobre os itens do Backlog
a integrarem a Sprint é do Product Owner.
http://www.planningpoker.com/
✓ O Sprint Backlog.
Não existe uma única forma de organizar este quadro, mas tipicamente tem-
se: uma coluna para incluir os itens planejados para a Sprint, mas ainda não iniciados;
outra para os itens em andamento; e outra para os itens concluídos. É comum,
também, a indicação em uma área separada dos itens que não estavam previstos,
mas que tiveram que ser endereçados durante a Sprint.
Fonte: http://www.powerlogic.com.br.
Uma Sprint é uma janela de tempo definida, na qual o time cumprirá um objetivo
determinado ao seu início, entregando um incremento de produto que possa ser
apresentado e avaliado ao final deste período.
Uma das grandes virtudes da reunião diária (Daily Scrum) é a criação de uma
plataforma de cooperação entre os membros do time em uma base diária.
✓ Mantido pelo Scrum Master, responsável por agir e remover cada impedimento
dentro de uma meta das 24 horas.
Sprint BurnDown:
✓ É atualizado diariamente após o Daily Scrum, pelo Scrum Master, para refletir
o progresso do Development Team naquele dia.
Fonte:
http://epf.eclipse.org/wikis/scrumpt/Scrum/workproducts/release_burndown_chart_7E
6A4A45.html.
Fonte:
http://epf.eclipse.org/wikis/scrumpt/Scrum/workproducts/sprint_burndown_chart_F64
7C347.html.
Exemplos reais:
Fonte: http://www.powerlogic.com.br/.
✓ Realizada após o Sprint Review, com duração de 1-2 horas -> lições
aprendidas.
✓ Duas perguntas: "O que foi bem?" (WWW-What Went Well?) e "O que pode
ser melhorado?” (WCBI - What Can Be Improved?).
✓ Lista de WWW (What went well – o que deu certo) e WCBI (What could be
improved – o que pode ser melhorado), separadas por responsabilidade,
podendo ser "organizacional” onde a instituição (através do Product Owner)
deve ser informada para tomar ações de correção ou relativas ao "time”.
Release Review:
Fonte: http://www.powerlogic.com.br.
Priorização por valor de negócio: indicador que mede a efetividade das entregas
em relação à liberação de máximo valor de negócio ao cliente. Dessa forma, deve-se
medir se o Product Owner está priorizando corretamente as demandas de trabalho
nas liberações ao longo do tempo.
Abaixo, parte do checklist, visto na figura acima, que contém os itens base que
formam a essência principal do framework Scrum:
✓ O que você planeja realizar neste projeto entre hoje e a próxima reunião diária?
✓ Que impedimentos existem para que você atinja seus compromissos para esta
Sprint e para o projeto?
– Implementar os itens.
– Testar.
– Documentar.
✓ Planejamento preditivos:
✓ Planejamento ágil:
✓ Planejamento preditivos:
✓ Planejamento ágil:
– Decisões são feitas por aqueles que possuem maior informação sobre
o problema.
✓ Iterações curtas levam ao feedback real e imediato dado pelo cliente, e como
resultado, auxiliam nos possíveis ajustes que não acontecem mais tardiamente
e garantem a entrega de software de valor.
✓ Mudanças no projeto são bem aceitas, pois elas existem e irão acontecer. É
por isso que o comprometimento de todos os envolvidos é tão importante em
um projeto. Caso o cliente queira mudar algo que solicitou ou o mercado peça
neste momento algo diferente, pode-se mudar o rumo rapidamente sem afetar
todo o projeto, pois o planejamento é refeito a todo o momento.
– Escopo.
– Recursos.
– Tempo.
– Qualidade.
✓ Melhoria na flexibilidade.
✓ Menor risco.
✓ Data do parto – por mais que especialistas calculem a data prevista do parto,
dificilmente ele acerta exatamente a data real da chegada do bebê. Isso ocorre
em função do grande número de variáveis envolvidas.
Tamanho x Esforço:
- Pontos de função.
- Ideal Day.
A partir do tamanho, pode-se criar uma correlação direta com esforço. Por
exemplo, uma equipe Scrum demora 20 horas (esforço) para implementar um Ideal
Day (tamanho).
Estimativas x “Exatimativa”
Em 2008, foi publicado por Diego Pacheco, em seu blog, uma discussão
interessante entre estimativa e “exatimativa”. Não se pode deixar de estimar em
função das dificuldades que se enfrenta nesta atividade.
✓ Experiência.
Quando fazemos uma estimativa, seja para o nosso dia a dia ou para o mundo
do desenvolvimento de software, não podemos defini-la como algo totalmente
previsível e que vamos acertar. Apesar disso, a estimativa é necessária. A dificuldade
principal consiste em se considerar a estimativa como uma “exatimativa“. O problema
é incluir a estimativa como parte de um contrato leonino onde ela é cartesianamente
cobrada. Há diversos problemas em acreditar nesta abordagem:
✓ Muitas vezes queremos determinar uma única data. Isso não é factível! Veja
se consegue responder com precisão alguma das perguntas abaixo:
Possível solução:
– Possível solução:
Técnicas de estimativas:
– LOC, APF...
Story Points
✓ Conhecimento.
São “unitless”, times diferentes podem ter Story Points diferentes para uma
estória, dado ponto de referência que escolherem.
✓ Analogia.
✓ 1ª. – escolher uma estória que se espera ser a menor que será trabalhada e
estimá-la em 1 SP.
✓ Previsão sobre uma mesma "ordem de grandeza", em caso que não ultrapasse
o espaço de algumas horas para alguns poucos dias.
Irão contribuir para que um "Ideal Day" não aconteça, na prática, em um dia
típico:
✓ Interrupções pessoais.
✓ Etc...
Dessa forma, a equipe deve ter sua velocidade medida pelo tempo gasto para
se implementar um Ideal Day. Quanto menos tempo, maior a velocidade e maior a
produtividade da mesma. Na realidade, não é importante conhecer a velocidade
individual e sim a média da equipe. Para se manter uma unidade, não é interessante
expor se um integrante executa suas atividades em mais ou menos tempo. É uma
dinâmica do grupo! Ele deve aprender como interagir melhor para a busca de
entregas com maior retorno de valor para o cliente. Se for necessário utilizar de
técnicas como pair-programming para agilizar o desenvolvimento e validação de um
requisito, o time deve escolher este caminho. Também pode-se utilizar peer-review
para verificações e validações, assumir outro papel (trocar de “chapéu” dentro da
equipe), dentre outras práticas para convergir para o objetivo definido.
– Fórmula a ser utilizada - (MC + 4xMP + PC) /6, onde MC é o Melhor Caso, MP
é o Mais Provável e PC é o Pior Caso.
Este tipo de análise contribui para a reflexão sobre situações limítrofes para
pior ou para melhor e mais provável, deste modo aprimorando o resultado ideal. Ainda
é aconselhável utilizar matrizes de rastreabilidade de requisitos para que se tenha
Disponibilidade da Equipe:
Este valor deve ser calculado no início de cada Sprint pelo Product Owner, e
seu resultado deve ser apresentado nas reuniões de Sprint Planning 1. Toda e
qualquer indisponibilidade pode ser reavaliada neste momento! Não se deve planejar
8 horas de trabalho diárias e sim 5,5 a 6 hs/dia.
✓ Impedimentos.
✓ Retrabalhos.
✓ Participação em reuniões.
Exemplo prático:
Portanto, não devemos considerar 240 horas pelos três recursos alocados
no projeto. É mais realista utilizarmos as 162,9 horas calculadas acima!
Velocidade:
Esforço:
Produtividade:
Dado Select Backlog pretendido, deve-se calcular o somatório de Ideal Days dos
mesmos x velocidade da equipe. Confrontar o resultado com o número de horas do
cálculo de disponibilidade.
Se sua equipe irá trabalhar 4 horas por dia, você deverá estipular sua baliza,
ou seja, 1 ID = 4 horas, e ainda determinar a velocidade média inicial de sua equipe,
por exemplo, ID = 10 horas. A primeira estimativa da velocidade da equipe é
realmente empírica, as demais serão baseadas em dados históricos.
1) Abaixo, uma lista resumida de itens do Selected Backlog já estimados via Ideal
Day durante o Poker Planning.
2) Pelo conceito de pilha, cada membro deve retirar uma tarefa para executar e
apropriar as horas gastas ao final do dia. Este procedimento é necessário para
que, ao final do Sprint, seja possível determinar quantos Ideal Days foram
concluídos e o seu tempo de execução.
Priorização Ágil:
1a Etapa de Priorização:
Outra variável que deve ser inserida na fórmula de priorização dos itens que
irão compor o escopo da Release (Release/Selected Backlog) é a facilidade de
implementação do requisito, executando assim a segunda etapa de priorização.
Quanto maior a facilidade, menor deve ser seu esforço de implementação.
Fonte: http://www.powerlogic.com.br.
3a Etapa de Priorização:
Como critério de desempate, a criticidade pode ser considerada, uma vez que
ela determina o momento atual e pode ser utilizada como “alteração manual” dentre
a pilha de requisitos:
– 1 – Baixa.
– 3 – Normal.
– 5 – Alta.
– 7 – Urgência.
– 9 – Emergência.
Boa prática:
Projeto possui um escopo de tamanho total de 245 Story Points (SP) para ser
desenvolvido e business value total de 1.000 BVs.
Leitura Complementar
Modelo CMMI
Scrum e CMMI:
Quanto a este ponto, não existe regra definida e existe todo tipo de
experiência a respeito: implementações de CMMI que geraram a impressão de
burocratização da operação, implementações ágeis que vivenciaram problemas de
difícil endereçamento e, em alguns casos, conciliações interessantes.
Práticas de métodos ágeis como SCRUM e XP, podem ser mapeadas aos
processos do MPS.BR, por exemplo, levando às organizações a implementarem as
atividades necessárias para a implantação do modelo, e ainda continuar com as
vantagens e leveza dos métodos ágeis.
MPS.BR diz o que fazer, mas não diz como fazer. Metodologias ágeis são um
conjunto de melhores práticas que contém informações específicas de “como fazer”.
Para cada processo do MPS.BR, resultados esperados (REPs) e resultados de
atributo de processo (RAPs) devem ser atendidos e evidenciados para que ocorra a
certificação em determinado nível.
Fonte: http://asrconsultoria.com.br/.
Por exemplo:
Daily Scrum
Impediment Backlog
Sprint Planning 1
Sprint Planning 2
Sprint Review
Retrospective Meeting
Planning Poker
Velocidade de equipe
WWW e WCBI
Por exemplo:
Épicos
Temas
IDEA
Sprint Planning 1
Sprint Planning 2
Aceitação de
requisitos
MED – Medição:
Velocidade de equipe
Retrospective Meeting
Integração Contínua
VER – Verificação:
VAL – Validação:
✓ Testes de toda a natureza (aceitação, regressão, etc.) e até mesmo TDD, para
auxiliar no processo de Verificação de Requisitos.
TDD
Teste de Aceitação
Sprint Review
✓ Gestão de conhecimento:
Sprint Planning 1
Pair Programming
Retrospective Meeting
Pair Programming
Retrospective Meeting
WWW e WCBI
Outra boa iniciativa é criar um portal para acesso à livros e artigos, para
encorajar a expansão do conhecimento sobre o assunto por toda a organização.
✓ Métricas de processo:
Em alguns casos, os projetos são tão complexos que requerem algo mais do
que uma implementação normal do Scrum. O Scrum "tradicional" não possui práticas
que endereçam as complexidades de todos os tipos de projetos. No entanto, a teoria
que fundamenta o Scrum deve ser resgatada pelo Scrum Master para que possa
encontrar as adaptações necessárias em cada caso.
‒ Reuniões.
‒ Atividades de testes.
‒ Alinhamento.
✓ Perda de ritmo:
✓ “Chicken” interrompendo:
✓ “Pigs” faltando:
✓ Time especializado:
Todos estes pontos devem ser observados para que sejam cumpridos em
equipes Scrum. Após anos gerenciando equipes Scrum, estes foram os principais
problemas observados que influenciam no resultado final do trabalho. Além disso,
Henrik Kniberg levantou outros problemas mais comuns entre as equipes ágeis em
2008, assim categorizados:
✓ Bala de prata:
‒ Focar na perfeição do processo e de que tudo tem que dar certo desde
o princípio.
✓ Definição de Done:
‒ Não a obedecer.
✓ Velocidade:
‒ Não é medida.
✓ Retrospectiva:
‒ Não acontece.
✓ Comprometimento:
‒ Equipe desunida.
‒ Pouco comprometimento.
✓ Trabalho em equipe:
‒ Papéis fixos.
‒ Incentivos pessoais.
‒ Interferência externa.
✓ Information Radiator:
‒ Não existe.
‒ Não há.
Mesmo com todos estes pontos observados, o Scrum não funciona. O que
fazer?
‒ Scrum trouxe à tona que algo em seu projeto não era viável. Concentre-
se em resolver o problema.
✓ Caso você não tenha desanimado e venha fazendo vários Sprints de maneira
correta, talvez seja necessário adaptar parte do processo ao seu contexto
organizacional.
‒ Sim, você pode mudar o Scrum e deve fazê-lo caso tenha passado por
todos os passos acima.
Por fim, não culpe a ferramenta! São as pessoas que tomam decisões!
Dado este problema, a gestão 3.0 sugere que a gestão trabalhe com seis
visões:
Energizar pessoas:
‒ Comportamento = f (P,E)
Times que trazem resultados positivos fazem seus gerentes também serem
bem-sucedidos. Todos saem ganhando, pois, o controle delegado aos times se
transforma em motivação e comprometimento, trazendo reais ganhos para a
empresa. Delegar não torna a gestão mais fraca, não é um jogo ganha-perde. É
ganha-ganha. Times poderosos fazem seus gerentes ainda mais poderosos.
✓ Vender: você toma decisões, mas tenta vender sua ideia para o time.
✓ Aconselhar: você tende a influenciar o time dando conselhos, mas permite que
decidam.
✓ Questionar: você permite que o time decida e depois fica atento ao caminho
seguido e pede que o mantenham informado.
✓ Delegar: você dá todo o controle ao time e não necessita saber que decisão foi
tomada.
Desenvolver competências:
Certificações Scrum:
Scrum Alliance tem hoje Mike Cohn como Chairman – fundado em 2002,
enquanto Scrum.org tem o Ken Schwaber fundado em 2010 – uma organização com
maior participação da comunidade. Abaixo, o pacote da Scrum Alliance para
certificações:
✓ Certified Scrum Coach (CSC): credencial de CSPs para fazer coaching que
guiam as pessoas que utilizam Scrum – na teoria e prática. Válida por três anos
– taxa anual de US$ 750,00. Mínimo de 1500 horas de coaching em Scrum e
duas cartas de recomendação de clientes.
O Scrum.org surgiu mais tarde trazendo novas certificações e lutando contra “Flacid
Scrum”.
“Em 2009, havia mais de 60.000 CSMs. Entretanto, menos de 50% dos que
usam Scrum estavam desenvolvendo em iterações incrementais, que são o cerne do
Scrum.” (Martin Fowler)
Certificações Scrum.org:
‒ .Net ou JEE.
‒ Prova associada:
PMI Agile Certified Practitioner (PMI-ACP). Nova certificação Agile para GPs
que utilizam práticas ágeis em seus projetos.
https://www.pmi.org/certifications/types/agile-acp
Não precisa ser um PMP, mas precisa ter 2000 horas em times de projetos
nos últimos 5 anos. Deve ter comprovado 1500 horas em times de projetos ágeis nos
últimos 2 anos adicionais às 2000 acima. Deve ter feito treinamento em tópicos de
gerenciamento de projetos ágeis de no mínimo 21 horas e deve fazer prova para
atestar fundamentos ágeis. A prova contém 120 questões de múltipla escolha com
duração de 3 horas e seu conteúdo tem assuntos variados das metodologias ágeis
como Scrum, Kanban, XP, Lean, FDD, etc.
Uma dúvida comum quanto ao uso do Scrum em organizações que lidam com
concorrências para contratos de preço fixo e prazo fixo, diz respeito à como a empresa
deve estruturar sua proposta para aderir à solicitação de proposta (RFP - Request for
Proposal) em questão, de forma competitiva e atraente para o proponente.
• Esta abordagem deve ser justificada indicando suas vantagens, por exemplo, a
validação mensal para assegurar que o projeto está na linha e o produto está
atendendo às necessidades de negócio do cliente; a possibilidade de mudança
para os requisitos ainda não selecionados para trabalho em uma Sprint; etc.
• Como conclusão, indicar que, conforme ocorre em muitos casos, 80% do valor do
sistema está contido em 20% de suas funcionalidades; desta forma, a empresa
proponente terá à sua disposição grande fatia do valor de negócio do sistema, em
um prazo significativamente reduzido.
Scrum Q&A
Para contratos de preço fixo, uma questão natural que surge é como deve ser
utilizado o Scrum ou que recursos este oferece para evitar que haja uma explosão de
escopo, caracterizada por excesso de mudanças e incorporação sem fim de novos
requisitos.
Quais papéis do Scrum podem ser executados por uma mesma pessoa?
Idealmente, cada papel do Scrum deve ser executado por pessoas diferentes,
sendo que o time deve ter entre 5 e 9 pessoas. O Scrum Master fazer parte do time
ou o Product Owner fazer parte do time são cenários ruins, porém menos drásticos
do que o Scrum Master e o Product Owner serem a mesma pessoa, porque nesse
caso haveria muito poder centralizado em uma única pessoa.
Qual deve ser o tamanho ideal de um Time Scrum? Que competências devem
ser atendidas por este time?
O que fazer se, durante a primeira semana de uma Sprint, surgir uma
oportunidade de negócio que demanda uma resposta imediata da organização?
Se a oportunidade for realmente relevante a este ponto, a Sprint atual pode ser
interrompida, em caráter excepcional, e uma nova reunião de planejamento da Sprint
deve ser conduzida para que os novos itens do backlog sejam endereçados pela
equipe.
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