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B raul pompéia
sÉRIE:2º 23 NOT
Igualdade de que?
justiça de quem
Alunos:Maria,Ezequiel,Kauan,Juliano,
Renan S., Michael,Diego,Andrieli,Bruna
O que é uma sociedade justa
Uma sociedade justa é aquela que busca equilibrar as condições de vida de seus cidadãos,
respeitando suas diferenças e promovendo o bem-estar coletivo. No Brasil, a desigualdade
social é evidente, com condições precárias de moradia, falta de saneamento básico,
desnutrição e concentração de renda. Para Aristóteles, a política e a participação na vida
pública eram essenciais para uma sociedade justa.
Viver em uma
sociedade justa
para que?
A tradição política ocidental, exemplificada por John
Locke, defende que a sociedade surge de um contrato
social entre cidadãos iguais para preservar vida,
liberdade e propriedade. Locke enfatiza a proteção das
liberdades individuais e da propriedade, o que se alinha
com a sociedade capitalista. Isso contrasta com a visão
de Aristóteles, que busca promover a vida boa de todos,
incluindo a redistribuição de riqueza pelo Estado. Locke
argumenta que o Estado deve ser limitado e não impor
ajuda aos vulneráveis, enquanto Aristóteles defende
uma intervenção mais ativa do Estado para o bem
comum.
A fonte da
moralidade
Kant rejeita o utilitarismo que busca a
felicidade como critério moral. Ele enfatiza
que a fonte da moralidade é a razão,
defendendo que a liberdade verdadeira
envolve a autonomia da vontade, seguindo
leis morais estabelecidas pela razão, não
por interesses externos. Portanto, a
moralidade humana está enraizada na
razão e na autodeterminação da vontade.
Liberdade, moralidade e
dignidade humana em Kant
Kant acreditava que a liberdade
humana era fundamental para a
moralidade. No entanto, ele definiu a
liberdade não como fazer o que se
quer, mas como agir de acordo com
princípios universais, não baseados
em desejos individuais. Para ele, a
moralidade deve ser fundamentada
em princípios válidos para todos, não
em questões contingentes ou
momentâneas.
Direitos e
dignidade humana
A teoria moral de Kant destaca a liberdade como base
da ação ética. A liberdade individual é fundamental para
a ação justa e moral, guiada pela razão. Isso não se
relaciona à liberdade econômica. Segundo Kant, quem
age por interesses externos não é livre, assim como
quem segue normas sociais ou leis. A verdadeira virtude
vem do autocontrole e obediência consciente a
imperativos racionais. A defesa da liberdade individual é
consequência lógica do pensamento de Kant. Além
disso, a capacidade de agir livremente com base na
razão diferencia humanos de animais, conferindo
dignidade. Essa dignidade universal exige respeito a
cada indivíduo, não usando-os como meio para um fim.
O pensamento kantiano apoia os Direitos Humanos
universais e o valor inerente de cada pessoa.
O véu da ignorância
John Rawls considera a justiça
como uma virtude principal das
instituições sociais e acredita
que uma sociedade justa requer
uma concepção compartilhada
de justiça, apesar das diferentes
metas e interesses individuais.
Para alcançar isso, ele propõe o
"véu da ignorância", onde as
pessoas decidem princípios
justos sem conhecerem suas
próprias posições na sociedade,
promovendo equidade.
O contrato Hipotético
Do eu desimpedido ao eu social:
Críticas à teoria de Rawls questionam por que alguém sob o véu da
ignorância não escolheria uma sociedade igualitária. Além disso,
argumentam que o indivíduo não é neutro, pois sua identidade é
moldada pela sociedade. A preocupação com o bem-estar social não
deve ser negligenciada, pois o destino do indivíduo está ligado ao da
sociedade. Se as leis e estruturas do Estado perpetuam
desigualdades, a sociedade não pode ser considerada justa.
Conclusão
Em suma, ao explorar as diferentes perspectivas sobre o que constitui uma sociedade justa, fica claro
que o conceito de justiça é multifacetado e sujeito a interpretações variadas. Desde Aristóteles, que
enfatiza a participação cívica e a promoção do bem comum, até Locke, que coloca um forte foco na
liberdade individual e na propriedade privada, e Kant, que destaca a moralidade fundamentada na razão
e na dignidade humana, cada teoria oferece uma visão distinta de como uma sociedade justa deve ser
estruturada.
Além disso, a abordagem de John Rawls, com seu "véu da ignorância", tenta encontrar um terreno
comum onde princípios de justiça podem ser definidos de maneira imparcial, priorizando liberdades
básicas e reduzindo desigualdades. No entanto, críticos argumentam que essa abordagem pode não
levar em conta adequadamente a influência da sociedade na formação das identidades individuais.
Em última análise, o conceito de uma sociedade justa é um desafio complexo que requer a
consideração de uma série de fatores, incluindo valores culturais, políticos, éticos e econômicos. A
busca pela justiça social continua sendo um objetivo fundamental para muitas sociedades, mas a
maneira de alcançá-la e os princípios subjacentes variam significativamente. A chave para uma
sociedade verdadeiramente justa pode residir na combinação adequada de princípios universais e uma
compreensão profunda das realidades sociais e das necessidades individuais, equilibrando assim os
interesses coletivos e individuais em busca do bem-estar de todos os cidadãos.
Obrigado!