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APRESENTAÇÃO

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) estão entre os problemas de saúde pública mais comuns
em todo o mundo, com uma estimativa de 376 milhões de casos novos por ano . As ISTs são
transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja
infectada. Algumas IST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso
requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um
profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo,
podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte. O tratamento das IST
melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão dessas doenças. O
presente trabalho traz um conjunto de informações sobre as ISTs mais comuns na sociedade, abordando
aspectos clinicos, patogênese, diagnóstico, tratamento e prevenção.

O QUE SÃO IST´s?

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são infecções causadas, principalmente,

através das relações sexuais sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja

infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou

verrugas.

A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à


expressão Doenças Sexualmente Transmissível (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter
e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

O que causa?

As IST são provocadas por microrganismos, tais como bactérias, vírus, fungos e protozoários. Estes
agentes infeciosos encontram-se nos fluidos corporais, tais como sangue, esperma e secreções vaginais.

Tricomoníase:

A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo protozoário Trichomonas
vaginalis. Abaixo, fornecemos informações detalhadas sobre essa patologia:

Sinais e Sintomas:

Corrimento Vaginal: A tricomoníase em mulheres é frequentemente caracterizada por um corrimento


vaginal anormal, que pode ser amarelo, verde ou cinza-esverdeado. Esse corrimento geralmente é
espumoso, malcheiroso e pode ser acompanhado de excitação e ardor.

Sintomas uretrais: Nos homens, a tricomoníase pode causar inflamação na uretra, resultando em dor,
visão, sensação de queimação ao urinar e, ocasional, corrimento do pênis.

Desconforto Durante o Sexo: Tanto em homens quanto em mulheres, a tricomoníase pode causar
desconforto durante a relação sexual.

Assintomático: Algumas pessoas com tricomoníase podem não apresentar sintomas, mas ainda podem
transmitir a infecção para outros.

Forma de contágio:

A tricomoníase é transmitida principalmente através do contato sexual desprotegido com uma pessoa
infectada. É importante observar que a infecção pode ser transmitida mesmo na ausência de sintomas
visíveis.

Prevenção:

A prevenção da tricomoníase envolve práticas de sexo seguro, como o uso consistente de preservativos
em todas as relações sexuais. Além disso, a monogamia mútua com um parceiro não infectado e a
educação sobre DSTs são importantes para a redução do risco de infecção.

Tratamento:

O tratamento da tricomoníase envolve a administração de medicamentos antimicrobianos, como o


metronidazol ou o tinidazol, prescritos por um profissional de saúde. É importante que o paciente e seus
parceiros sexuais também sejam tratados, mesmo que não apresentem sintomas, para evitar a
reinfecção e a propagação da doença.
Cuidados de Enfermagem:

Educação do Paciente: Fornecer informações sobre a tricomoníase, seu tratamento e a importância de


adesão ao tratamento até o fim.

Administração de Medicamentos: Administrar os medicamentos prescritos pelo médico e orientar o


paciente sobre os efeitos colaterais possíveis.

Aconselhamento Sexual: fornecer aconselhamento sobre práticas sexuais seguras, uso de preservativos e
a importância de informar os parceiros sexuais para que possam ser testados e tratados, se necessário.

Acompanhamento: Agendar consultas de acompanhamento para verificar a eficácia do tratamento e


garantir que a infecção tenha sido erradicada.

É importante notar que a tricomoníase é uma infecção comum, mas tratável. O tratamento adequado é
fundamental para aliviar os sintomas, prevenir complicações e interromper a transmissão da doença. A
prevenção por meio de práticas de sexo seguro e a detecção precoce e tratamento são as melhores
estratégias para lidar com a tricomoníase.

Herpes Genital:

O herpes genital é uma infecção viral crônica e recorrente causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-
1) ou tipo 2 (HSV-2). É uma doença sexualmente transmissível (DST) comum e pode causar desconforto
significativo, embora nem sempre apresente sintomas.

Sinais e Sintomas:
Lesões: Pequenas bolhas dolorosas ou úlceras podem aparecer nos órgãos genitais, ânus ou boca.

Dor e Coceira: As lesões geralmente são acompanhadas de dor, queimação e ocorrências periódicas.

Semelhante à gripe: Em alguns casos, sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dores musculares
e fadiga, podem ocorrer durante a primeira infecção.

Recorrência: O herpes genital é caracterizado por surtos recorrentes de lesões, que podem ocorrer com
várias frequências.

Forma de contágio:

O herpes genital é altamente contagioso e é transmitido principalmente através do contato direto com
as lesões ativas. O contágio pode ocorrer mesmo quando não há lesões visíveis, durante o período de
"derramamento viral" quando o vírus está presente na pele ou nas membranas mucosas.

Prevenção:

Abstinência ou Monogamia: A abstinência sexual é a única maneira garantida de evitar a transmissão do


herpes. A monogamia mútua com um parceiro não infectado também reduz o risco.

Preservativos: Embora não forneçam uma proteção total, o uso consistente e correto de preservativos
durante todas as atividades sexuais pode aumentar significativamente o risco de transmissão.

Tratamento:

Antivirais: Medicamentos antivirais, como o aciclovir, valaciclovir ou famciclovir, podem reduzir a


gravidade dos sintomas, diminuir a frequência dos surtos e ajudar a prevenir a transmissão para
parceiros sexuais.

Cuidados de Enfermagem:

Educação do Paciente: Fornecer informações atualizadas sobre o herpes genital, incluindo tratamento,
gestão de surtos e prevenção da transmissão.

Administração de Medicamentos: Administrar os medicamentos antivirais conforme prescrito pelo


médico e orientar sobre os efeitos colaterais.

Apoio Emocional: Muitas pessoas com herpes genital podem sentir angústia emocional. Oferecer apoio
emocional e encaminhamento para grupos de apoio pode ser benéfico.

Aconselhamento Sexual: fornecer aconselhamento sobre práticas sexuais seguras, uso de preservativos e
a importância de informar os parceiros sexuais sobre a condição.

Gestão dos Surtos: Durante os surtos, recomende banhos de assento matinais para aliviar o desconforto
e evitar roupas apertadas que possam irritar ou causar lesões.

Evitar Autocontaminação: Instrua o paciente a evitar tocar as lesões e depois tocar os olhos ou outras
partes do corpo para evitar a autocontaminação.

O herpes genital é uma condição crônica para a qual não há cura definitiva, mas é gerenciável com
tratamento adequado. A educação, o apoio emocional e a prática de sexo seguro são componentes
essenciais no cuidado de indivíduos com herpes genital.

Clamídia:
A clamídia é uma das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) mais comuns, causada pela bactéria
Chlamydia trachomatis. Pode infectar tanto homens quanto mulheres e, muitas vezes, não apresenta
sintomas, o que pode levar a complicações se não for tratado.

Sinais e Sintomas:

Mulheres:

Corrimento vaginal anormal.

Dor durante a relação sexual.

Dor abdominal baixa.

Sangramento entre períodos menstruais.

Homens:

Secreção peniana.

Dor ou sensação de queimadura ao urinar.

Inchaço ou dor nos testículos.

Ambos:

A clamídia também pode infectar a garganta ou o reto, causando sintomas semelhantes nestas áreas.

Forma de contágio:

A clamídia é transmitida através do contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada. Pode ser
transmitido durante o sexo vaginal, anal ou oral.

Prevenção:
Preservativos: O uso correto e consistente de preservativos em todas as atividades sexuais pode ajudar a
prevenir a transmissão da clamídia.

Testagem e Parceiros Notificados: Fazer testes regularmente, especialmente se houver mudança de


parceiro, e notificar os parceiros sexuais para que eles também possam ser testados e tratados, se
necessário.

Tratamento:

A clamídia é tratada com antibióticos, geralmente com uma dose única ou um curso de antibióticos por
vários dias. É crucial completar todo o curso do tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam antes,
para garantir a erradicação da infecção.

Cuidados de Enfermagem:

Educação do Paciente: Fornecer informações detalhadas sobre a clamídia, a importância do tratamento


completo e a necessidade de abster-se de atividade sexual até que o tratamento seja concluído.

Administração de Medicamentos: Administrar os antibióticos conforme prescrito pelo médico e orientar


sobre os efeitos colaterais e a importância de evitar o álcool durante o tratamento.

Aconselhamento Sexual: Oferecer aconselhamento sobre práticas sexuais seguras, uso consistente de
preservativos e a importância de informar os parceiros sexuais para que possam ser testados e tratados,
se necessário.

Acompanhamento: Agendar consultas de acompanhamento para garantir que o tratamento tenha sido
eficaz e que não haja recorrência de infecção.

Prevenção de Complicações: Monitore sinais de complicações, especialmente em mulheres, como a


doença inflamatória pélvica (DIP), que pode levar a problemas de fertilidade se não for tratada.

A clamídia é uma infecção tratável, mas pode levar a complicações graves se não for consumida e tratada
a tempo. A educação, o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a prevenção da infecção da
infecção são essenciais no cuidado de pacientes com clamídia.

Sífilis:

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A
infecção pode ser transmitida de várias maneiras, inclusive através de relações sexuais desprotegidas e
de mãe para filho durante a gravidez. Abaixo, fornecemos informações detalhadas sobre essa patologia:

Sinais e Sintomas:

A sífilis progride em estágios, cada um com sintomas diferentes. Os estágios podem ser sobrepor e variar
em gravidade:

Sífilis Primária:

Úlcera indolor chamada de cancro que aparece no local de entrada de bactérias, geralmente nos órgãos
genitais, ânus ou boca.

O cancro desaparece espontaneamente, mas a infecção permanece no corpo.

Sífilis Secundária:

Erupções cutâneas na pele e membranas mucosas.

Febre, dor na garganta, fadiga e inchaço dos gânglios linfáticos.

Os sintomas podem desaparecer, mas a infecção persiste.

Sífilis Latente:
Ausência de sintomas visíveis, mas a bactéria permanece no corpo.

Pode durar anos.

Sífilis Terciária (Avançada):

Complicações graves, como danos ao coração, cérebro, nervos, olhos, ossos e ossos.

Estágio potencialmente fatal.

Forma de contágio:

A sífilis é transmitida principalmente através do contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada.
Também pode ser transmitido da mãe para o filho durante a gravidez ou durante o parto.

Prevenção:

Preservativos: O uso consistente e correto de preservativos em todas as atividades sexuais pode ajudar a
prevenir a transmissão da sífilis.

Testagem: Fazer testes regulares para DSTs, especialmente em caso de mudança de parceiro sexual, é
importante para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Tratamento:

A sífilis é tratada com antibióticos, geralmente penicilina. A escolha do medicamento e a duração do


tratamento independente do estágio da doença. O tratamento adequado é essencial para curar
infecções e prevenir complicações.

Cuidados de Enfermagem:

Educação do Paciente: Fornecer informações detalhadas sobre a sífilis, incluindo o tratamento, a


importância de participação ao tratamento até o fim e as complicações potenciais.
Administração de Medicamentos: Administrar um medicamento antibiótico conforme prescrito pelo
médico e monitorar os efeitos colaterais.

Aconselhamento Sexual: Oferecer aconselhamento sobre práticas sexuais seguras, uso de preservativos
e a importância de informar os parceiros sexuais para que eles possam ser testados e tratados, se
necessário.

Acompanhamento: Agendar consultas de acompanhamento para verificar a eficácia do tratamento e


garantir que a infecção tenha sido erradicada.

Monitoramento de Complicações: Monitorar sinais de complicações, especialmente em avanços


avançados, como doenças cardiovasculares ou neurossífilis.

A sífilis é uma doença tratável, mas pode ser grave e levar a complicações se não for significativa e
tratada a tempo. A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais no
cuidado de pacientes com sífilis.

HPV (Papilomavírus Humano):

O Papilomavírus Humano (HPV) é um grupo de vírus que pode infectar a pele e as mucosas, incluindo os
órgãos genitais, a boca e a garganta. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, alguns dos quais
podem causar verrugas genitais e aumentar o risco de câncer cervical, entre outros cânceres. Abaixo,
fornecemos informações detalhadas sobre essa patologia:

Sinais e Sintomas:

A maioria das infecções por HPV é assintomática e desaparece por conta própria. No entanto, em
algumas pessoas, especialmente aquelas com tipos de HPV de alto risco, podem ocorrer os seguintes
sintomas:

Verrugas genitais: Pequenas protuberâncias ou crescimentos na área genital ou anal.

Câncer: Em casos mais graves, o HPV de alto risco pode levar ao desenvolvimento de câncer,
especialmente o câncer cervical em mulheres.

Forma de contágio:

O HPV é transmitido principalmente através do contato direto com a pele ou mucosas infectadas,
geralmente durante relações sexuais. A infecção pode ocorrer mesmo se uma pessoa infectada não
apresentar sintomas visíveis.

Prevenção:

Vacinação: A vacina contra o HPV está disponível e é recomendada para crianças e jovens antes de
iniciarem a atividade sexual.

Uso de conservantes: O uso consistente e correto de preservativos pode ajudar a reduzir o risco de
transmissão do HPV, embora não seja 100% eficaz, pois o vírus pode infectar áreas não cobertas pelo
preservativo.

Tratamento:

Não há cura para o HPV, mas os sintomas, como verrugas genitais, podem ser tratados. O tratamento
pode envolver aplicação tópica de medicamentos, crioterapia (congelamento de verrugas) ou
procedimentos cirúrgicos para remoção de verrugas. O tratamento não elimina o vírus do corpo, apenas
alivia os sintomas visíveis.

Cuidados de Enfermagem:

Educação do Paciente: Fornecer informações modernas sobre o HPV, incluindo a importância da


vacinação, prevenção e rastreamento do câncer cervical (em mulheres).
Administração de Tratamento: Se o paciente tiver verrugas genitais, administrar ou auxiliar na
administração dos tratamentos prescritos e orientar sobre cuidados pós-tratamento.

Aconselhamento: Oferecer aconselhamento sobre práticas sexuais seguras, uso de preservativos e a


importância de informar os parceiros sexuais sobre a infecção.

Rastreamento: Para mulheres, promover exames de Papanicolau regulares para detecção precoce de
câncer cervical.

Vacinação: Incentivar a vacinação em jovens e crianças, em conformidade com as diretrizes de saúde


pública.

É importante lembrar que a maioria das infecções por HPV não causa problemas de saúde graves e
desaparece por conta própria. No entanto, a prevenção por meio da vacinação e da prática de sexo
seguro é fundamental para reduzir o risco de complicações, como verrugas genitais e câncer cervical. O
rastreamento e o tratamento adequado são essenciais para o manejo das complicações.

Gonorreia:

A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Neisseria
gonorrhoeae. Essa infecção pode afetar várias partes do corpo, incluindo os órgãos genitais, a garganta e
os olhos. Abaixo, fornecemos informações detalhadas sobre essa patologia:

Sinais e Sintomas:

Os sintomas da gonorreia podem variar, e algumas pessoas podem ser assintomáticas. Os sintomas
podem se manifestar de forma diferente em homens e mulheres:
Em Homens:

Dor e Ardor ao Urinar: Uma sensação de queimação ao urinar é um sintoma comum.

Corrimento Uretral: Descarga purulenta ou amarelada do pênis.

Inchaço e Dor nos Testículos: Em casos graves, a gonorreia pode se espalhar para os testículos, causando
dor e inchaço.

Em Mulheres:

Dor e Ardor ao Urinar: Assim como nos homens, pode haver uma sensação de queimação ao urinar.

Corrimento Vaginal: Descarga vaginal anormal, que pode ficar amarelada ou esverdeada.

Dor Abdominal: Dor na parte inferior do abdômen, que pode ser confundida com uma infecção urinária.

Outros sintomas:

A gonorreia também pode afetar a garganta e os olhos, causando sintomas como dor na garganta ou
conjuntivite, transmitida por sexo oral ou contato com os olhos.

Forma de contágio:

A gonorreia é transmitida principalmente através do contato sexual desprotegido com uma pessoa
infectada. Pode ser transmitido através do sexo vaginal, anal ou oral.

Prevenção:

Uso de preservativos: O uso consistente e correto de preservativos em todas as atividades sexuais pode
ajudar a reduzir o risco de transmissão da gonorreia.

Testagem e Parceiros Notificados: Fazer testes regulares para DSTs, especialmente em caso de mudança
de parceiro sexual, é importante para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
Tratamento:

A gonorreia é tratada com antibióticos, geralmente uma dose única ou um curso curto de medicamentos
prescritos por um profissional de saúde. É fundamental seguir o tratamento conforme prescrito, mesmo
que os sintomas desapareçam antes do término do medicamento.

Cuidados de Enfermagem:

Educação do Paciente: Fornecer informações planejadas sobre a gonorreia, o tratamento, a importância


de adesão ao tratamento até o fim e a prevenção de recorrências.

Administração de Medicamentos: Administrar os antibióticos conforme prescrito pelo médico e orientar


sobre os efeitos colaterais possíveis.

Aconselhamento Sexual: Oferecer aconselhamento sobre práticas sexuais seguras, uso de preservativos
e a importância de informar os parceiros sexuais para que eles possam ser testados e tratados, se
necessário.

Acompanhamento: Agendar consultas de acompanhamento para verificar a eficácia do tratamento e


garantir que a infecção tenha sido erradicada.

A gonorreia é uma doença tratável, mas pode causar complicações graves, como doença inflamatória
pélvica (DIP) em mulheres e epididimite em homens, se não for prejudicial e tratada a tempo. A
prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são cruciais no cuidado de pacientes com
gonorreia.

VIH/SIDA (Vírus da Imunodeficiência Humana / Síndrome da Imunodeficiência Adquirida):


O HIV/AIDS é uma doença crônica causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O HIV ataca o
sistema imunológico, enfraquecendo a capacidade do corpo de combater infecções e doenças. Quando a
infecção pelo HIV progride para um estágio avançado, é chamada de AIDS. Abaixo, fornecemos
informações detalhadas sobre essa patologia:

Sinais e Sintomas:

Os sintomas iniciais da infecção pelo HIV podem ser leves ou inexistentes, mas, à medida que a doença
progride, os seguintes sintomas podem ocorrer:

Fase Aguda (Infecção Aguda por HIV):

Febre, Fadiga,Garganta inflamada,Linfonodos inchados,Erupção romântica,Dor musculoso,Úlceras na


boca,Perda de peso.

Fase Latente (Infecção Crônica por HIV):

Pode não haver sintomas visíveis durante anos.

O HIV continua a se multiplicar no corpo e a prejudicar o sistema imunológico.

AIDS (Estágio Avançado):

Sepulturas de infecções oportunistas,Perda de peso extremo,Diarreia crônica,Febre persistente,Sudorese


noturna,Feridas na boca, ânus ou órgãos genitais,Dificuldade respiratória,Tosse seca e prolongada.

Forma de contágio:

O HIV é transmitido principalmente através do contato direto com certos fluidos corporais de uma
pessoa infectada, incluindo sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno. As principais formas de
transmissão incluem:

Relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada.

Compartilhamento de agulhas ou seringas contaminadas.

De mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.

Contato direto com sangue infectado.

Prevenção:
Uso de preservativos: O uso consistente e correto de preservativos em todas as atividades sexuais pode
ajudar a reduzir o risco de transmissão do HIV.

Redução de Danos: Evitar o compartilhamento de agulhas e seringas, e utilizar equipamento esterilizado,


pode reduzir o risco de infecção entre usuários de drogas injetáveis.

Testagem: Fazer testes regulares para o HIV e, em caso de resultado positivo, iniciar o tratamento
antirretroviral imediatamente.

Tratamento:

O tratamento do HIV/AIDS envolve uma terapia antirretroviral (TAR), que é uma combinação de
medicamentos que suprimem a replicação do HIV no corpo. O tratamento não cura o HIV, mas permite
que as pessoas vivam com a doença, mantendo uma carga viral indetectável e a função imunológica
adequada.

Cuidados de Enfermagem:

Educação do Paciente: Fornecer informações detalhadas sobre o HIV/AIDS, a importância do tratamento


e aderência à terapia antirretroviral, bem como a prevenção de complicações.

Administração de Medicamentos: Ensine o paciente sobre a importância de tomar os medicamentos


antirretrovirais conforme prescrito e oriente sobre os efeitos colaterais possíveis.

Aconselhamento e Apoio Psicossocial: Oferecer aconselhamento emocional, apoio e encaminhamento


para grupos de apoio, se necessário.

Prevenção de Infecções Oportunistas: Orientar sobre a prevenção de infecções oportunistas por meio de
vacinação e medidas de higiene.

Acompanhamento e Monitoramento: Agendar consultas de acompanhamento para verificar a eficácia


do tratamento, a função imunológica e a carga viral.
O HIV/AIDS é uma doença grave, mas com o tratamento adequado, pois pessoas com HIV podem levar
vidas mais longas e saudáveis. A educação, o diagnóstico precoce, o tratamento antirretroviral e o
acompanhamento são essenciais no cuidado de pacientes com HIV/AIDS. Além disso, a prevenção da
transmissão é fundamental para conter a propagação do vírus.

Hepatite B:

A hepatite B é uma infecção viral que afeta o fígado e é causada pelo vírus da hepatite B (HBV). É uma
doença grave que pode levar a complicações crônicas, como cirrose hepática e câncer de fígado. Abaixo,
fornecemos informações detalhadas sobre essa patologia:

Sinais e Sintomas:

Os sintomas da hepatite B podem variar de nível a grave e incluem:

Fadiga: Uma sensação persistente de cansaço.

Icterícia: Amarelamento da pele e dos olhos.

Dor Abdominal: Desconforto ou dor no quadrante superior direito do abdômen.

Náuseas e Vômitos: Pode ocorrer perda de apetite, náuseas e vômitos.

Febre: Febre baixa.


Urina Escura: Urina de cor escura.

Fezes Claras: Fezes de cor clara ou acinzentada.

Dor Articular: Algumas pessoas podem sentir dor nas articulações.

Forma de contágio:

A hepatite B é transmitida através do contato com sangue, saliva, sêmen, fluidos vaginais e outros fluidos
corporais de uma pessoa infectada. As principais formas de transmissão incluem:

Relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada.

Compartilhamento de agulhas ou seringas contaminadas.

De mãe para filho durante o parto, se a mãe estiver infectada.

Contato com sangue ou fluidos corporais infectados através de feridas abertas ou mucosas.

Prevenção:

Vacinação: A vacina contra a hepatite B é altamente eficaz na prevenção da infecção. A imunização é


recomendada para crianças e adultos em risco.

Práticas de Sexo Seguro: Usar preservativos durante relações sexuais para reduzir o risco de transmissão
sexual.

Evitar Compartilhamento de Agulhas: Evitar o compartilhamento de agulhas e seringas para prevenir a


transmissão entre usuários de drogas injetáveis.

Tratamento:
Cuidados de Apoio: Em casos leves, o tratamento envolve cuidados de suporte, como segurança e uma
dieta saudável.

Medicamentos Antivirais: Para casos específicos, os medicamentos antivirais são prescritos para suprimir
a replicação do vírus e reduzir o dano hepático.

Imunoglobulina Hepática: Em situações de exposição aguda, a administração de imunoglobulina


hepática dentro de um curto período após a exposição pode prevenir a infecção.

Cuidados de Enfermagem:

Educação do Paciente: Fornecer informações modernas sobre a hepatite B, incluindo a importância da


vacinação, práticas de sexo seguro e prevenção da transmissão para outras pessoas.

Administração de Medicamentos: Administrar os medicamentos antivirais conforme prescrito pelo


médico e orientar sobre os efeitos colaterais possíveis.

Aconselhamento: Oferece aconselhamento emocional e apoio ao paciente, especialmente em casos de


hepatite crônica.

Monitoramento: Realizar testes de função hepática para avaliar a progressão da doença e a eficácia do
tratamento.

Educação sobre Estilo de Vida: Instrua o paciente sobre práticas de vida saudáveis, incluindo uma dieta
balanceada, abstinência de álcool e prevenção de substâncias tóxicas para o fígado.

O manejo da hepatite B envolve a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. O


objetivo é prevenir a progressão da doença, aliviar os sintomas, evitar complicações graves e melhorar a
qualidade de vida do paciente. A educação e o apoio emocional também são cruciais no cuidado de
pacientes com hepatite B.

Cancro Mole ( Venéreo):

Cancro mole é uma doença causada por uma bactéria gram-negativa da família Brucellaceae, da espécie
Haemophilus ducreyi. Essa doença apresenta maior incidência na África, Oriente Médio e regiões
tropicais e subtropicais da América do Sul. Ela afeta a pele e mucosas da região genital, anal ou
anogenital.

Sinais e Sintomas:

O cancro mole apresenta um período de incubação que varia de quatro a sete dias. Após a infecção e
antes de aparecerem as feridas, podem ser notados sintomas comuns a outros tipos de infecções: Febre;
Fraqueza; Dor de cabeça.

O principal sintoma dessa doença é a presença de lesões múltiplas, ulceradas, irregulares, purulentas e
dolorosas, localizadas em região genital, anal ou anogenital. Em alguns casos, a doença pode ser
assintomática, principalmente em mulheres.

Forma de contágio:

O cancro mole é transmitido principalmente através do contato sexual desprotegido com uma pessoa
infectada.

Prevenção:

Uso de preservativos: O uso consistente e correto de preservativos em todas as atividades sexuais pode
ajudar a reduzir o risco de transmissão do cancro mole.

Procure reduzir o número de parceiros.

Testagem e Parceiros Notificados: Fazer testes regulares para DSTs, especialmente em caso de mudança
de parceiro sexual, é importante para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Notificar
parceiros sexuais para que eles possam ser testados e tratados, se necessário.
Tratamento:

O cancro mole é tratado com antibióticos, geralmente doxiciclina ou azitromicina. A escolha do


medicamento e a duração do tratamento dependem do estágio da doença e da gravidade dos sintomas.

Cuidados de Enfermagem:

Educação do Paciente: Fornecer informações planejadas sobre a ist o tratamento, a importância de


adesão ao tratamento até o fim e a prevenção de recorrências.

Administração de Medicamentos: Administrar um medicamento antibiótico conforme prescrito pelo


médico e monitorar os efeitos colaterais.

Aconselhamento Sexual: Oferecer aconselhamento sobre práticas sexuais seguras, uso de preservativos
e a importância de informar os parceiros sexuais para que eles possam ser testados e tratados, se
necessário.

Acompanhamento: Agendar consultas de acompanhamento para verificar a eficácia do tratamento e


garantir que a infecção tenha sido erradicada.

O cancro mole é uma doença tratável, mas pode ser grave se não for divulgado e tratado a tempo. A
prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais no cuidado de pacientes
com cancro mole.

Como Prevenir as IST´s?

O método mais eficaz para evitar a transmissão das IST é uso da camisinha (masculina ou feminina)
durante relações sexuais. Ela pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde. Valer-se da
prevenção combinada aumenta a eficácia preventiva, porque abrange o uso da camisinha masculina ou
feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites
virais B e C, profilaxia pósexposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão
vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as PVHIV, redução de danos,
entre outros.

Referências:

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