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Recife
2021
Elizabeth da Silva Guimarães
Recife
2021
SUMÁRIO
1. O TEXTO ANALISADO
4
2. TEMÁTICA E ESTRUTURA DOS CAPÍTULOS
4
2.1. Sob a névoa da guerra: o império da guerra de todos contra todos. 4
2.2. Paz à vista: a superação do estado de guerra. 5
2.3. Sistema, sociedade e comunidade na política internacional. 6
REFERÊNCIA 6
1. O TEXTO ANALISADO
O tema central do artigo gira em torno da análise sobre a implicação normativa que as
teorias das relações internacionais têm sobre a realidade, com o objetivo de fazer inferências
sobre os impactos que tais teorias podem ter sobre o comportamento dos Estados.
Assim, observa-se que o artigo científico, além dos capítulos introdutório e
conclusivo, estrutura-se da seguinte forma: (i) Sob a névoa da guerra: o império da guerra
de todos contra todos, (ii) Paz à vista: a superação do estado de guerra e (iii) Sistema,
sociedade e comunidade na política internacional.
O autor inicia seu trabalho fazendo uma rica análise sobre o fenômeno da guerra,
sendo ela, num mundo constituído por potências soberanas e independentes, o único meio
pelo qual cada uma delas pode, em última instância, defender seus interesses vitais.
Aponta para o pensamento realista das relações internacionais do teórico E. H. Carr,
no sentido de que, enquanto perdurar a anarquia internacional, as relações internacionais
continuarão essencialmente conflituosas, baseadas na política do poder, sendo, tal
pensamento a tradução da analogia feita pelo teórico de que “alcançar um estado de paz
entre estados seria tão utópico quanto transformar chumbo em ouro”.
Apontando sobre o pensamento de outros autores realistas, discorre o autor sobre a
relação existente entre o sistema estatal de guerra e a própria natureza humana, conforme a
lógica do teórico Thomas Hobbes. Nessa perspectiva, devido ao egoísmo e violência do
homem, o Estado apenas refletiria o comportamento de indivíduos num contexto anárquico.
Assim, para os realistas, não há uma fronteira entre a paz e guerra, mas, um estado de guerra
constante. Tal estado de guerra está associado, pois, ao próprio conceito de estabilidade
internacional, a qual condiz a ausência de guerras entre duas potências.
Ato contínuo, o autor define a estrutura internacional como sendo o conjunto de
incentivos e constrangimento que determinam o comportamento dos estados e o padrão de
relacionamento interestatal. Sendo apontado como características de tal estrutura, (a) a
anarquia, (b) a igualdade de funções das unidades do sistema e (c) a distribuição de poder
entre os estados.
Conclui o tópico apontando que, dado os pressupostos dos realistas discorridos, o
caráter normativo implícito deste tronco das relações internacionais é de que, se o Estado se
comportar racionalmente, perceberá os demais como possíveis rivais e buscará armar-se.
Sendo, a cooperação para a construção da paz com outros estados um comportamento
irracional que pode arriscar a soberania estatal.
No subtópico final do trabalho acadêmico, o autor inicia apontando que existe uma
gama de possibilidade, como visto acima, de interação interestatal. De um lado, aponta para o
sistema internacional sem ordem, o estado de guerra pura. De outro lado, supera-se a
anarquia internacional por meio de uma autoridade supranacional que extingue o sistema de
estados. O autor organiza em forma de tabelas as tipologias “guerra-paz” de acordo com os
conceitos chaves extraídos na análise anteriormente feita.
REFERÊNCIA