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Uma leitura teológica da obra A duração do

dia
de Adélia Prado

MIGUEL CABEDO E VASCONCELOS


114111514

1. Nos seus textos, Adélia Prado mostra-nos que sabe ser corpo.

Mas sabe também que o corpo que é a abre, como janela, para a

transcendência, porque esta é-o precisamente a partir do corpo e na

relação com corpo.

Escreve-se para dizer


sou mais que meu pobre corpo1.

No entanto, daqui não resulta uma concepção feuerbachiana da

transcendência, que vê no homem uma mera projecção do excedente

humano não realizado pela individualidade de cada homem. Pelo

contrário, Adélia não parece ter dúvidas quando fala de Deus como

aquele que dá o corpo, como criador que é. Para a poetisa de

Divinópolis, nada do que o corpo experimenta, nada do que acontece

1 Adélia PRADO, “Sem saída” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010, 55.
no corpo está fora de Deus; e é ela mesma que afirma: «tudo que eu

sinto esbarra em Deus2».

Quando pensamos e procuramos trazer a nós as imagens de Jesus

na Cruz, vemos algo deste grito de Adélia Prado. O sentimento de

abandono que Jesus viveu, que cantou no Salmo 21 (22) – «Meu

Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Como estais longe da

minha oração, das palavras do meu lamento!» – e que é o

sentimento-cume de toda a narrativa da Paixão, só é sustentável, só é

admissível, só é santo, precisamente porque «esbarra em Deus».

Com efeito, exactamente por ser janela do amor de Deus pelos

homens, o corpo desfigurado de Jesus é a redenção tornada carne.

Adélia Prado reconhece esta mediação; no seu poema “As demoras

de Deus”, que citamos a seguir, vemos que a distância que separa a

eternidade da história se quebra no facto de Deus assumir um corpo:

Deus tem um corpo e, por isso, pode ouvir a petição do homem.

Podemos dizer que é este o olhar que a poetisa brasileira tem sobre a

kenose de Deus em Jesus de Nazaré.

Quero coisas para o corpo,


o que se suja sozinho
e diligente produz sua própria escória.
Por astúcia vos lembro, ó Criador,
apesar de eterno e eu histórica,
tendes também um corpo.
Portanto, feitos um para o outro,
Vosso ouvido e minha língua.
Ouvi-me pois,

2 Adélia PRADO, Coração disparado, Record, Rio de Janeiro, 2013, 63.

2
antes que, de tanto pedir-Vos,
do céu da boca me desabem os dentes3.

O facto de reconhecer, como dizíamos, que o corpo é janela da

transcendência é porventura a razão pela qual Adélia Prado se

enquadra distintamente naqueles autores cuja particularidade

poética reside numa comunicação genuína. Com efeito, Adélia tem

para expressar e para ser expressado a sua própria experiência, que

se alimenta do quotidiano, da imediatez das necessidades humanas.

E neste contexto é à antropologia que os poemas de Adélia têm algo

a dizer: só a vida pode responder às perguntas clássicas da

humanidade. Quem sou eu?, de onde venho?, para onde vou?, que

faço aqui? – tudo isto são questões que encontram resposta no

mistério da corporalidade. E, por essa razão, é precisamente na

experiencia pequena e limitada, finita e miserável do homem que

devemos procurar – e podemos encontrar – a resposta para o que

Adélia Prado chama o absurdo da existência.

2. Por seu lado, a questão da finitude remete logicamente para o

tema do tempo, que é também um tema central na poesia de Adélia

Prado. Com efeito, de acordo com a poetisa de Minas Gerais, o tempo

é um problema físico, metafísico e artístico: nós, seres humanos, não

somos apenas temporais, não somos apenas no tempo, somos o

3 Adélia PRADO, “As demoras de Deus” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro,
2010, 66.

3
tempo. O nosso corpo, a nossa própria carne que envelhece é o

tempo, é mistério e, como tal, também ela janela da transcendência.

Veja-se os seguintes poemas de Adélia Prado:

O que durante o dia foi pressa e murmuração


a boca da noite comeu.
Estrelas na escuridão são ícones potentes.
Como oráculos bíblicos,
os paradoxos da física me confortam.
Sou um corpo e respiro.
Suspeito poder viver
com meio prato e água4.

O relógio bate, meu Deus,


como quem sabe o que faz.
Está com fome o relógio.
Eu também, querendo comer do prato
onde comem os santos.
Vossa vontade esdrúxula e desumana,
eu que, só em tendo feijão e batatas
me sinto no Vosso colo.
Fantasias de privação me atrasam a santidade,
pois a via que entendo é oferecer-vos
à cruenta paixão minha colher de açúcar5.

O tempo, nestes poemas, é-nos apresentado como signo de uma

tensão quase bipolar entre a plenitude e o limite, entre o tempo

pensado kairológicamente, como oportunidade, e o momento como

expressão da finitude que se vive num espaço circunscrito. É nesse

sentido que o tempo, que Kant reduziu a condição de possibilidade

da sensibilidade, surge em Adélia Prado como transcendental, já não

4 Adélia PRADO, “Pensamentos à janela” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro,


2010, 19.

5 Adélia PRADO, “Jejum quaresmal” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010,
32.

4
no sentido kantiano, mas no sentido da metafísica clássica, i.e., como

selo indelével de que o concreto nos abre ao inefável.

Do mesmo modo, a fome que Adélia pressente no relógio é

também algo angustiante e, neste contexto, pode ser interessante ler

em paralelo – e ouvir – o tema Time da banda inglesa Pink Floyd6.

Nascidos em ambientes diferentes e segundo uma perspectiva

distinta, os dois textos dão conta da mesma finitude imposta pelo

tempo e apontam indubitavelmente para a morte. No entanto, entre

os dois, só no poema de Adélia vemos a expressão de abertura ao

infinito, porque a autora tem consciência de que o medo da morte é a

normal aspiração humana de querer viver, enquanto um instinto

corporal e espiritual de sobrevivência. Segundo Adélia Prado, se

estamos vivos agora, é evidente que poderemos viver para sempre. E

isso é absolutamente consolador, é poético!

3. Diante de Adélia Prado, podemos dizer que esta consciência da

relação corporalidade-transcendência, além de advir do tempo e,

reciprocamente, ao tempo conduzir, remete também para a

6 Ticking away the moments that make up a dull day / Fritter and waste the hours
in an off-hand way / Kicking around on a piece of ground in your home town /
Waiting for someone or something to show you the way // Tired of lying in the
sunshine staying home to watch the rain / You are young and life is long and there
is time to kill today / And then one day you find ten years have got behind you / No
one told you when to run, you missed the starting gun / And you run and you run to
catch up with the sun but it's sinkingRacing around to come up behind you again /
The sun is the same in a relative way, but you're older / Shorter of breath and one
day closer to death // Every year is getting shorter, never seem to find the time /
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines / Hanging on in
quiet desperation is the English way / The time is gone, the song is over, thought
I'd something more to say…

5
consciência de si, que na poetisa brasileira surge como ponto

nevrálgico da humanidade, por comprometer os dois eixos

fundamentais da condição humana: o sofrimento – «sofrer um pouco

descansa deste excesso»7 –, mas, acima de tudo, a alegria:

Quisera lamuriar-me, erguer meus braços tentada


a pecar contra o Espírito Santo.
Mas a vida não deixa. E o discurso
acaba cheio de alegria8.

A autora mineira aproxima-se daquilo que pensou Teilhard de

Chardin: «é melhor ser do que não ser»9, particularmente porque, na

mesma perspectiva, as coisas do quotidiano falam da fé. Podemos

analisá-las cientificamente ou abordá-las em termos académicos, mas

nunca as conseguiremos esgotar, porque as coisas concretas

permanecerão sempre misteriosas no seu ser. Aquilo que está atrás

das coisas é o chamamento e a epifania do espiritual. É por isso que

só a fé poderá dar respostas absolutas, ainda que numa ordem

interna, numa experiência íntima da pessoa, na sua corporalidade,

com o divino, na sua inefabilidade, que se torna verdadeira

experiência de consanguinidade.

Não há culpados para a dor que eu sinto.


É Ele, Deus, quem me dói pedindo amor
como se fora eu Sua mãe e O rejeitasse.
Se me ajudar um remédio a respirar melhor,

7 Adélia PRADO, “Uma janela e a sua serventia” in A duração do dia, Record, Rio de
Janeiro, 2010, 10.

8 Adélia PRADO, “Porfia” in Coração disparado, Record, Rio de Janeiro, 2013, 48.

9 Piere TEILHARD DE CHARDIN, Sobre a Felicidade, Sobre o Amor, Tenacitas, Lisboa,


2008, 47.

6
obteremos clemência, Ele e eu.
Jungidos como estamos em formidável parelha,
enquanto Ele não dorme eu não descanso10.

De um modo semelhante, no poema “A necessidade do corpo”,

Adélia Prado canta a corporalidade como caminho para o Deus

transcendente. Segundo a autora, a verdadeira religião e a

verdadeira fé são intrinsecamente corporais, uma vez que envolvem

e comprometem todo o corpo, exigindo toda a libido da pessoa, toda

a força criativa e vital, i.e., todo o eros do ser humano (não estrita

nem exclusivamente no sentido de desejo sexual, que a palavra foi

ganhando nos anos recentes).

Nenhum pecado desertou de mim.


Ainda assim eu devo estar nimbada,
porque um amor me expande.
Como quando na infância
eu contava até cinco para enxotar fantasmas,
beijo por cinco vezes a minha mão.
Este é meu corpo,
corpo que me foi dado
para Deus saciar sua natureza onívora.
Tomai e comei sem medo,
na fímbria do amor mais tosco
meu pobre corpo
é feito corpo de Deus11.

10 Adélia PRADO, “Consanguíneos” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010,


28.

11 Adélia PRADO, “A necessidade do corpo” in A duração do dia, Record, Rio de


Janeiro, 2010, 28.

7
A expressão cultual, como se pode verificar nas diversas tradições

litúrgicas, é intimamente corporal; os sacramentos pedem matéria

(água no Baptismo, o óleo da unção na Confirmação, etc.), porque o

espiritual supõe o sensível. Com efeito, os êxtases espirituais de

Santa Teresa viam-se no corpo – recorde-se a famosa escultura da

Igreja de Santa Maria da Vitória, em Roma –, a contemplação de São

Francisco de Assis fazia-o levitar três metros, e as experiências

místicas de São João da Cruz tinham consequências somáticas

marcantes e evidentes, como o vómito. Adélia Prado assim o entende

e, da sua obra, podemos assimilar que o religioso sem corpo é triste,

estéril e anímico, porque é com o corpo que se ama a Deus, seguindo

a mesma lógica do que afirmava Scott Hahn: «o meu corpo foi feito

para adorar a Deus na Liturgia»12. A dor que Adélia põe na alegria de

Santa Teresa mostra também esta relação.

O que me dá alegria não faz rir.


É vivo e sem movimento.
Quando desaparece
todos os meus ossos doem13.

Por conseguinte, podemos também verificar nos poemas de Adélia

Prado uma recusa de uma transcendência desencarnada. O poema

“Credo” é um bom testemunho disso mesmo, no qual o próprio título,

jogando porventura com o duplo sentido da palavra, é já profissão de

fé e interjeição de recusa.

12 Scott HAHN e Kimberly HAHN, Todos os caminhos vão dar a Roma, Diel, Lisboa,
2002, 98

13 Adélia PRADO, “Santa Teresa em êxtase” in A duração do dia, Record, Rio de


Janeiro, 2010, 83.

8
Se for uma aparição desista.
Eu não quero saber de aparições!
O vulto alvacento, alto,
como se envolto em lençol,
me oferecendo uma pequena árvore
e creia: uma balança!
Fui para o dia claro e o sapo no jardim
batendo papo compadre a palavra turíbulo
que um passante estranho repetia
com inabilidades proparoxítonas e mais
turíbulo, a coisa, objeto
que sem razão aparente
me tomara a atenção por dias e ainda
a lâmpada de repente partindo-se
com estrondo e multiplicado clarão,
tudo sequencial, tudo no mesmo dia!
Epifenomenicamente
ordenei perempta a coisas, palavras, vultos
e seus conluios de aporrinhação:
Aparição não! Eu me recuso.
Não discuto com sombras.
Só falo do que decido acreditar14.

4. Os primeiros versos do poema “A necessidade do corpo”

associam o corpo ao pecado, na sequência de uma tradição com

raízes no estoicismo, típica do catolicismo de Minas Gerais, de que

Adélia, ainda que a ultrapasse, não deixa de ser herdeira. Trata-se da

distinção e secessão habitual no Ocidente entre sagrado e profano,

entre o pecado e a virtude, que de certo modo desconsidera o corpo

e a matéria, numa linha com claras influências gnósticas ou neo-

gnósticas. No entanto, o percurso pessoal de Adélia passa por um

olhar de beleza sobre a religiosidade; a poetisa brasileira descobre

justamente por meio da liturgia que aquele Deus terrífico que

reprimia tudo o que de corporal se pudesse exprimir, afinal é belo. E

14 Adélia PRADO, “Credo” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010, 31.

9
esta beleza não é meramente espiritual, porque a própria

Encarnação a faz irromper para a corporalidade: Deus e, com ele, a

Liturgia têm então uma beleza carnal e, se usarmos a palavra no

sentido mais puro, erótica, i.e., vital, plena de desejo pela vida. De

certo modo, podemos dizer que Adélia regressa ao Génesis: primeiro,

existe a matéria e é nela que o espírito se faz vida: «o Senhor Deus

formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe pelas narinas o sopro

da vida, e o homem transformou-se num ser vivo» (Gn 2, 7).

Esta acção criadora é sempre poética (no sentido original de

poiesis, criação). É por isso que a arte nos consola, é essa a razão

pela qual dizemos que a arte é o “pão do espírito”, algo que atinge o

seu cume na beleza da Liturgia. Com efeito, toda a arte procura o

seu momento poético: a pintura, o teatro, a música, só actualizam a

beleza quando e se vibram poeticamente, numa revelação que seja

original, singular e única. Martin Buber dizia o mesmo acerca das

realidades criadas: «Eu considero uma árvore. Posso apreendê-la

como uma imagem. Coluna rígida sob o impacto da luz, ou o verdor

resplandecente repleto de suavidade pelo azul prateado que lhe

serve de fundo. Posso senti-la como movimento: filamento fluente de

vasos unidos a um núcleo palpitante, sucção de raízes, respiração

das folhas, permuta incessante de terra e ar, e mesmo o próprio

desenvolvimento obscuro […] Entretanto pode acontecer que

simultaneamente, por vontade própria e por uma graça, ao observar

a árvore, eu seja levado a entrar em relação com ela; ela já não é

10
mais um isso. A força de sua exclusividade apoderou-se de mim»15.

Por sua vez, Adélia afirma:

O bagaço da laranja, suas sementes


me olhavam da casca em concha
na mão seca.

E acrescenta, dizendo o que Buber não disse:

Não queria palavras para rezar,


bastava-me ser um quadro
bem na frente de Deus
para Ele olhar16.
Nesta medida, Adélia Prado compreende-se como alguém cuja

obra a ultrapassa, tendo a consciência de que Algo se expressa por

meio de si. O Papa João Paulo II, na sua Carta aos Artistas, ilumina

esta realidade: «Com amorosa condescendência, o Artista divino

transmite uma centelha da sua sabedoria transcendente ao artista

humano, chamando-o a partilhar do seu poder criador»17. A poetisa

brasileira também o reivindica:

Deveras, não hás de banir-me


do ofício do Teu louvor,
se até uns passarinhos cantam triste18.

Por essa razão, a poesia não é simplesmente bonita, ela deve ser

bela, por causa da forma; não é o assunto que faz a arte, mas sim a

15 Martin BUBER, Eu e Tu, Moraes, São Paulo, 2009, 13.

16 Adélia PRADO, “A Pintora” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010, 74.

17 JOÃO PAULO II, Carta aos Artistas, 1999, 1.

18 Adélia PRADO, “A Postulante” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010,


74.

11
forma (sabendo, no entanto, que não há forma sem conteúdo). Adélia

pensa a poesia como a epifania da beleza, na medida em que a arte é

conexão com o divino.

Foi quando entoavas


com voz carnal ‘Jesu Christe’
que o real se mostrou
para além da imagem.
Nos olhos não.
No olhar é que vi o cerne da vida
e era estático19.

Do mesmo modo, o poema “O vivente” pode ser lido à luz de uma

epifania da beleza.

Sem avisos se mostra


a duração perfeita,
forma que de si mesma se acrescenta
e na mesma medida permanece.
Contemplá-la
é querer para si toda a pobreza.
Não causa medo,
só o belo tremor da noiva
deixando a casa paterna.
O que diz é: vem.
O que é: abismo.
Puro gozo
que à medida que come
mais tem fome20.

Neste poema podemos compreender que a poesia sem avisos se

mostra e, feita de forma que de si mesma se acrescenta, ou seja,

apela a um despojamento e a uma kenose da mente, a uma pobreza

contemplativa, pois não é fenómeno intelectual nem académico e só

se compreende se se for capaz de “baixar as defesas” e se se tiver a

19 Adélia PRADO, “Adoremus” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010, 82.

20 Adélia PRADO, “O Vivente” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010, 81.

12
coragem para um olhar sem medo. É, também por isso, apelo ao

transcendente, recurso a Deus, que não assusta porque traz amor

(“fora que alguém me ama, / eu nada sei de mim”21).

21 Adélia PRADO, “Tão bom aqui” in A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010,
9.

13
Bibliografia

BUBER, Martin, Eu e Tu, trad. Newton Von Zuben, Moraes, São Paulo,

2009.

HAHN, Scott e Kimberly, Todos os caminhos vão dar a Roma, Diel,

Lisboa, 2002.

JOÃO PAULO II, Carta aos Artistas (1999) [acedido electronicamente

em 18-01-2014 no site:

http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/letters/documents/h

f_jp-ii_let_2304 1999_artists_po.html]

PRADO, Adélia, A duração do dia, Record, Rio de Janeiro, 2010.

PRADO, Adélia, Coração disparado, Record, Rio de Janeiro, 2013.

TEILHARD DE CHARDIN, Pierre, Sobre a felicidade, sobre o amor,

Tenactias, Lisboa, 2008.

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