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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ


INSTITUTO DE ESTUDOS DO XINGU
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRARIAS
CURSO BACHARELADO DE ENGENHARIA FLORESTAL

LILIAN MARA SETUBAL AZEVEDO

VANESSA SALGADO DA SILVA

GLORIANA MATOS PEREIRA

THAYLON KENNEDY DE MARIA SANTOS

ARIANA CARLA SILVA DAS NEVES

PRÁTICA DE PEDOLOGIA

CANAÃ DOS CARAJÁS


2023
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LILIAN MARA SETUBAL AZEVEDO


VANESSA SALGADO DA SILVA
GLORIANA MATOS PEREIRA
THAYLON KENNEDY DE MARIA SANTOS
ARIANA CARLA SILVA DAS NEVES

PRÁTICA DE PEDOLOGIA

Trabalho apresentado ao curso de


bacharelado em Engenharia Florestal da
Faculdade de Ciências Agrarias do
Instituto de Estudos do Xingu da
Universidade Federal do Sul e Sudeste do
Pará para obtenção da nota parcial na
disciplina de Pedologia.
Professora: Dra Edna Souza

CANAÃ DOS CARAJÁS


2023
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Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4
2- OBJETIVO ......................................................................................................................................... 4
3- MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................................. 5
4- PERFIL DE SOLO ............................................................................................................................ 5
4. TESTE DE PERMEABILIDADE .................................................................................................... 9
5. TESTE DE CONSISTÊNCIA ......................................................................................................... 12
6. TESTE DE EXTRUTURA DO SOLO ........................................................................................... 15
7. TESTE DE AR DO SOLO .............................................................................................................. 16
8. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 17
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 18
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1. INTRODUÇÃO
Os solos são fundamentais para a vida no planeta, eles fornecem suporte e nutrientes muito
importante para o crescimento das plantas, o que por sua vez, sustenta a vida animal e humana.
A variação dos solos ocorre em função das características geográficas e climáticas da região
em que se encontram, bem como da sua história de formação e uso. É muito importante
conhecer os tipos de solo e os horizontes para o manejo adequado do solo, a preservação
ambiental e a produção sustentável de alimentos.

O perfil de solo é a disposição vertical das camadas de solo, resultante da interação de processos
físicos, químicos e biológicos ao longo do tempo. Cada camada apresenta propriedades únicas,
que influenciam a capacidade do solo de sustentar a vida vegetal e animal. A variação do perfil
de solo pode ser significativa de um local para outro, sendo influenciada pelas condições
climáticas, topografia, geologia e histórico de uso da terra. O estudo do perfil de solo é essencial
para compreender a dinâmica dos ecossistemas terrestres, a produtividade agrícola e a qualidade
ambiental. Além disso, a análise do perfil de solo auxilia na identificação de áreas vulneráveis
à erosão, poluição e degradação, e direciona a implementação de práticas sustentáveis de
manejo do solo.

O Argissolo é um dos principais tipos de solo presentes no Brasil e em várias regiões do mundo.
Trata-se de um solo jovem que apresenta uma camada superficial relativamente fértil,
conhecida como horizonte A, e uma camada subsuperficial com elevado teor de argila, chamada
de horizonte B. A transição entre esses dois horizontes é gradual, podendo variar em termos de
profundidade e espessura. A denominação "argissolo" tem origem na presença significativa de
argila no horizonte B, mineral fundamental para a fertilidade do solo. Esse tipo de solo é
encontrado em diferentes regiões do mundo, sendo especialmente comum em áreas de clima
tropical e subtropical. O estudo dos argissolos é crucial para a compreensão da fertilidade do
solo, do manejo sustentável da terra e do planejamento agrícola.

2- OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é realizar uma descrição do perfil do solo de uma área localizada no
município de Canaã dos Carajás, bairro novo horizonte 2, incluindo todas as camadas
horizontais presentes e suas características físicas, químicas e biológicas, realizar testes de
permeabilidade do solo é avaliar a capacidade do solo em permitir a passagem de água através
dele, compreender a estrutura do solo, sua textura e composição, avaliar a consistência,
estrutura, cor, e a presença de ar no solo. A avaliação da presença de ar no solo é essencial para
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entender a aeração do solo, que pode influenciar diretamente o crescimento das raízes e a
atividade microbiana no solo. O conhecimento dessas características é fundamental para o
manejo adequado do solo, a preservação ambiental e a produção sustentável de alimentos,
buscando assegurar a qualidade do solo e sua capacidade de suportar usos futuros de forma
equilibrada e sustentável.

3- MATERIAL E MÉTODOS
O material foi coletado na avenida Santos Dumond, no bairro Novo Horizonte 3, no município
de Canaã dos Carajás, região sudeste do estado do Pará. A área onde foram coletadas as
amostras foi caracterizado como um Argissolo vermelho-amarelo, e está ocupada por pastagem.

Foram coletas uma amostra do horizonte A na altura de 4 a 39 cm, uma do E na altura de 45 a


59 cm, uma do B na altura de 60 a 144 de altura, e uma do C, totalizando 4 amostras, após a
coleta, as amostras foram guardadas em sacos plásticos e identificadas com o nome de cada
horizonte coletado, depois foi feito a identificação do tipo de perfil de solo, o ensaio de teste
de permeabilidade para avaliar a capacidade de infiltração de água no solo, teste de consistência
para avaliar a plasticidade e a plasticidade residual, teste de estrutura do solo para avaliar a
organização e a disposição das partículas do solo em agregados, e teste de ar do solo para
avaliar a porosidade do solo e a quantidade de ar presente nos poros.

4- PERFIL DE SOLO
A área visitada apresenta colina onduladas, com características de Argissolo com caráter
plíntico, ou seja ele possui plintita ( cor avermelhado), porém, uma quantidade inadequada para
ser classificado com plintossolo, e presença de goethita ( cor amarelado), bem drenado e
profundo, é classificado no sistema brasileiro de classificação de solos (SiBCS), a área é
caracterizada por uma camada superficial de solo fértil e argiloso, com vegetação tipo pastagem
para criação de bovinos (brachiaria), seguida por uma camada de subsolo mais permeável, com
presença de raízes e humos e escuro, logo em seguida identificou-se uma camada de transição
com uma coloração mais clara que o horizonte A, em seguida veio outra camada com cor mais
avermelhada e menos impermeável.
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Figura 1- Perfil de solo Figura 2- Perfil de solo

Horizonte A
39 cm
5 cm Transição A-E
15 cm Horizonte E

Horizonte B
85 cm

Horizonte C

Fonte: Taylon Kennedy Fonte: Gloriana Matos

Descrição do Argissolo visitado

Foram identificados os seguintes horizontes:

Horizonte O

O horizonte O do argissolo é a camada superficial do solo formada por material orgânico


parcialmente decomposto que se acumula sobre o solo, observou-se que ele foi formado pela
deposição de folhas, galhos, raízes e outros restos vegetais que se acumulam na superfície do
solo e passou por um processo de decomposição parcial, apresenta uma textura mais esponjosa
e menos compacta do que os outros horizontes, tem uma cor escura, é poroso e macio ao toque,
o perfil visitado apresenta baixa espessura devido a já ter sofrido processo de mecanização e
queima, Essa camada é fundamental para o equilíbrio nutricional e a manutenção da fertilidade
do solo.
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Horizonte A

O horizonte A é a camada superficial do solo, o perfil visitado apresenta 39 cm de comprimento,


verificou-se que nesse horizonte tem maior concentração de matéria orgânica, raízes e
nutrientes, presença de humos, tornando-se mais importante para o desenvolvimento das
plantas, tem presença de macroporos, que faz com que ele tenha alta porosidade, textura
granular e agregados subangulares do tipo bloco, com cascalho pedregoso, apresenta uma
coloração mais escura em comparação aos outros horizontes, essa cor é devida a alta presença
de matéria orgânica, tem a texturta mais leve, porosa e solta, essa caracteristica favorece a
penetração das raizes das plantas e a absorção de água e nutrientes.

Figura 3- Horizonte A

Fonte: Thaylon Kennedy

Figura 4- Agregado do Horizonte A Figura 5- Agregado do Horizonte A

Fonte: Thaylon Kennedy Fonte: Thaylon Kennedy

Transição do Horizonte A para o E

No perfil de solo verificou-se a transição ondulada do horizonte A para o E, com comprimento


de 5 cm, ocorreu gradualmente, foi possível identificar a redução da quantidade de matéria
orgânica e argila na camada superior (horizonte A).
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Horizonte E

Abaixo do horizonte A observou-se o horizonte E, com 15 cm de comprimento, ele é uma


camada intermediária entre o horizonte A e o horizonte B, percebeu-se uma textura mais
arenosa em relação ao horizonte B, com menos argila, apresenta uma menor concentração de
matéria orgânica em relação ao horizonte A, sendo menos fértil e com menor capacidade de
retenção de água e nutrientes, a cor amarelada e avermelhada devido a presença de óxidos de
ferro e alumínio, um indicativo que ocorreu um processo de inteperismo naquela aréa,
percebeu-se também plintita em baixa quantidade.

Figura 6- Horizonte E

Fonte: Thaylon Kennedy

Horizonte B

Abaixo do horizonte E observou-se o horizonte B com 85 cm de comprimento, com coloração


mais avermelhada que o horizonte A, e mais clara que o horizonte C, com textura mais argilosa,
uma estrutura mais densa e compactada do que o horizonte A, apresenta microporos que afetam
a capacidade de infiltração de água no solo, presença de plintita e goethita e argila em maior
quantidade, que dificultam a penetração das raízes das plantas e a distribuição uniforme de água
e nutrientes no solo, com estrutura em blocos sub angulares.

Figura 7- Horizonte B Figura 8- Blocos do tipo subangulares

Fonte: Thaylon Kennedy Fonte: Ariana Carla


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Horizonte C

Abaixo do horizonte B encontrou-se o horizonte C, ele é a camada mais profunda do solo, por
isso não conseguimos medir seu comprimento, é pouco desenvolvido, observou-se pouca
capacidade de infiltração de água e nutrientes, devido sua compactação, e presença de rochas e
sedimentos, é um solo pouco alterado, por isso é muito importante para a compreensão da
história geológica da região em questão, apresenta uma transição gradativa com o material
subjacente.

Figura 9- Horizonte C

Fonte: Thaylon Kennedy

4. TESTE DE PERMEABILIDADE
O teste de permeabilidade do solo é empregado para mensurar a rapidez com que a água flui
através de um tipo específico de solo. Essa propriedade é fundamental, pois influencia a
capacidade do solo de armazenar e transmitir água, bem como sua fertilidade.
Materiais e métodos.
Para esse teste foram usadas 4 garrafas pets de 2 litros, pano fino, fio, amostra de solo do
Horizonte A e B, água e copos.
Foi feito um corte perpendicular no eixo maior das garrafas, amorou-se um pano no gargalo da garrafa
e depois posicionou-se com a parte superior da garrafa para baixo, como um funil, depois pegou-se as
amostras dos horizontes A, dividiu-se em duas partes iguais, uma foi colocada na garrafa e compactou-
se, a outra amostra não foi compactada, em seguida adicionou-se 150 ml de água simultaneamente nas
duas amostras, esperou-se o tempo de 5 minutos e em seguida adicionou-se mais 150 ml de água, o teste
teve duração de 30 minutos, o procedimento foi o mesmo para os horizontes A e B, as garrafas foram
identificadas com A e B, e Ac e Bc.
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Figura 10- Materiais usados

Horizonte A Horizonte B

Fonte: Gloriana Matos

Teste Horizonte A

Figura 11- Amostra compactada Figura 12- Amostra prontas para teste

Horizonte B

Fonte: Lilian Azevedo Fonte: Lilian Azevedo

Teste do Horizonte B

Figura 13- Amostra do horizonte B

Fonte: Lilian Azevedo


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RESULTADOS DO TESTE DE PERMEABILIDADE


Horizonte A
Após a realização dos testes no horizonte A, percebeu-se que a água foi filtrada nas duas amostras de
formas diferentes, na amostra não compactada a água passou pelo solo com mais facilidade e mais
rapidez, logo nos primeiros 5 segundos o gotejamento já começou, e com um fluxo maior, já na amostra
compactada, a água demorou cerca de 10 segundos para começar a gotejar, e o gotejamento foi mais
lento que o da amostra não compactada, percebeu-se também que a água da amostra não compactada
ficou mais turva, a quantidade de água filtrada foi igual para as duas amostras, 200 ml passou e 100
ficou retido.

Figura 14- Amostra do horizonte A Figura 15- Água infiltrada do horizonte A

Fonte: Lilian Azevedo Fonte: Lilian Azevedo

Horizonte B
Após os testes no horizonte B, observou-se que a água demorou mais para passar pelas amostras em
comparação com as amostras no horizonte A, na amostra não compactada levou 5 segundos para
começar o gotejamento, e a amostra compactada não gotejou, esperou-se o tempo de 5 minutos e em
seguida adicionou-se mais 150 ml de água, após 1 minuto da segunda adição da água começou o
gotejamento de forma muito lenta. Após o período de 30 minutos observou-se que a amostra compactada
reteu 273 ml de água e infiltrou 27 ml, na amostra não compactada, ficou retida 120 ml e filtrou 180 ml
de água., a coloração da compactada ficou clara, da compactada ficou turva.

Figura 16 Água infiltrada do horizonte B Figura 17- Água infiltrada do horizonte B

Fonte: Lilian Azevedo


Fonte: Lilian Azevedo
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5. TESTE DE CONSISTÊNCIA
Para avaliar a resistência do solo à deformação foi feito o teste de consistência (dureza,
plasticidade e pegajosidade), ele é importante porque ajuda a determinar a textura do solo, a
densidade aparente e a porosidade, que são características importantes para o desenvolvimento
das raízes das plantas e para a infiltração de água no solo, para esse teste usou-se as amostras
do horizonte A e B usadas nos experimentos anteriores.

Consistência do solo seco (dureza)


Materiais, métodos e resultados

No teste de dureza, foi aplicado pressão no agregado do horizonte A, os agregados maiores


apresentaram resistência firme e muito forte, um indicativo que o solo tem boa estrutura e
estabilidade, o que é desejável para o desenvolvimento das raízes das plantas e a infiltração de
água no solo.

Foi aplicado o mesmo teste no horizonte B, e os agregados apresentaram menor resistência que
do horizonte A, a sua camada é menos porosa e pode afetar a capacidade de infiltração de água
no solo. A infiltração de água é importante para a absorção de nutrientes pelas plantas e para a
manutenção da umidade do solo. Por tanto, a sua dureza pode afetar o desenvolvimento das
raízes das plantas, já que a compactação excessiva pode dificultar a penetração das raízes e,
consequentemente, afetar a absorção de nutrientes e água pelas plantas.

Figura 18- Agregado do horizonte A Figura 19- Agregado do horizonte A


d d

Fonte: Gloriana Matos Fonte: Gloriana Matos


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Figura 20- Agregado do horizonte B Figura 21- Agregado do horizonte B

d d

Fonte: Gloriana Matos Fonte: Gloriana Matos

Consistência do solo molhado


Materiais, métodos e resultados

É fundamental compreender a plasticidade do solo, pois isso permite avaliar a sua capacidade
de suportar o peso das máquinas agrícolas sem sofrer deformações excessivas. Além disso, a
plasticidade também influencia diretamente a resistência do solo à erosão, uma vez que solos
com limites de plasticidade mais elevados tendem a ser mais resistentes a esse processo.
O teste de consistência é essencial para avaliar a qualidade física do solo e determinar as práticas
de manejo adequadas para garantir o desenvolvimento saudável das plantas. É importante
ressaltar que solos com limites de plasticidade mais elevados podem ser mais difíceis de serem
trabalhados e apresentarem maior suscetibilidade à compactação, o que pode prejudicar o
desenvolvimento das raízes das plantas. Portanto, compreender a plasticidade do solo é
fundamental para promover a sustentabilidade da produção agrícola.
Plasticidade
Materiais, métodos e resultados

O horizonte A apresentou uma boa plasticidade, devido aos argissolos apresentarem uma boa
plasticidade pela presença de argila em sua composição, o horizonte B apresentou uma maior
plasticidade, devido ter mais argila que o horizonte A.
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Figura 22- Plasticidade do horizonte A Figura 23- Plasticidade do horizonte B

d d

Fonte: Lilian Azevedo Fonte: Lilian Azevedo

Pegajosidade
Materiais, métodos e resultados

A pegajosidade do solo está relacionada com o seu teor de argila e umidade. Solos com altos
teores de argila tendem a ser mais pegajosos, o que pode trazer dificuldades durante as
atividades agrícolas, como o plantio e a colheita, além de causar maior desgaste em ferramentas
e maquinários agrícolas.

A avaliação da pegajosidade do solo pode ser útil para determinar práticas de manejo
adequadas, tais como a realização de operações agrícolas em períodos de menor umidade do
solo, o uso de adjuvantes para reduzir a aderência do solo em equipamentos, ou até mesmo a
seleção de culturas mais adaptadas para tipos específicos de solo. Dessa forma, a compreensão
da pegajosidade do solo pode auxiliar na melhoria da produtividade agrícola e na conservação
do solo e do meio ambiente.

O teste de pegajosidade foi feito em amostras do horizonte A e B, o horizonte A, adicionou-se


água a amostra e em seguida foi feito a compactação em formas de bolas, depois apertou-se a
bola com o dedo polegar e indicador, ela apresentou a característica do não pegajoso, já a
amostra do horizonte B apresentou características de ligeiramente pegajoso, pois grudou no
dedo polegar, essa diferença de pegajosidade é devido a concentração de argila ser maior no B.
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Figura 24- Pegajosidade do horizonte A Figura 25- Pegajosidade do horizonte B

d d

Fonte: Lilian Azevedo Fonte: Lilian Azevedo

6. TESTE DE EXTRUTURA DO SOLO


Materiais, métodos e resultados
No perfil visitado encontrou-se no horizonte A, agregados do tipo granular, e no horizonte B
agregados do tipo blocos muito grandes subangulares,
Figura 26- Agregado do horizonte A Figura 27- Agregado do horizonte A

d d

Fonte: Vanessa Salgado Fonte: Ariana Carla

O manejo inadequado do solo pode levar a degradação dos agregados. No perfil que visitado
percebeu-se que os agregados granulares presentes no horizonte A, são mais resistentes a
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compactação, por terem mais porosidade e permeabilidade que o horizonte B. O horizonte A


apresenta maior resistência a erosão devido a uma boa taxa de permeabilidade que o horizonte
B.

Os agregados encontrados do horizonte B são mais compactado, mais denso e menos poroso,
um dos motivos pode ser a presença de uma maior quantidade de argila que se acumula em
decorrência do intemperismo ocorrido na rocha, ele tem menor capacidade de reter nutrientes,
a compactação excessiva do horizonte B pode resultar em uma menor permeabilidade e
infiltração de água, bem como em uma maior suscetibilidade à erosão, ele tem uma capacidade
de reter água, por apresentar essas características dificilmente o sistema radicular das espécies
florestais conseguem penetra com facilidade, já no horizonte A é bem visível as raízes, devido
as suas caraterísticas serem propicias pra um bom desenvolvimento radicular.

7. TESTE DE AR DO SOLO
O teste de ar pode é realizado para avaliar a porosidade do solo e a disponibilidade de oxigênio
para as raízes das plantas. A porosidade é uma característica crucial do solo que afeta a
infiltração de água, a retenção de nutrientes e a aeração das raízes, enquanto a disponibilidade
de oxigênio é fundamental para o crescimento saudável das plantas.

Materiais e métodos
Para realizar o teste foi usado dois copos de vidro, água e amostras do horizonte A e B,
adicionou-se água ao copo, em seguida adicionou-se as amostras do solo.

Figura 28- Agregado do horizonte A Figura 29- Agregado do horizonte B

d d

Fonte: Vanessa Salgado Fonte: Vanessa Salgado


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Resultado
Os horizontes do solo A e B apresentam diferenças nas suas características físicas, químicas e
biológicas, incluindo a presença de macroporos que permitem a infiltração de água e ar no solo.
Em solos argilosos, é comum que o horizonte A tenha mais macroporos do que o horizonte B,
devido ao seu maior teor de matéria orgânica, cálcio e menor teor de alumínio. Por outro lado,
o horizonte B é geralmente mais compactado e menor poroso, o que pode dificultar a infiltração
de água e ar no solo. A porosidade do solo é crucial para o desenvolvimento das plantas, pois
influencia diretamente a disponibilidade de ar, água e nutrientes nas raízes.

8. CONCLUSÃO
Os Argissolos apresentam horizontes bem definidos que variam em espessura e composição de
acordo com as condições de formação do solo. O horizonte A é a camada mais superficial e rica
em matéria orgânica e nutrientes, fundamental para a produção agrícola. O horizonte E é uma
camada intermediária composta principalmente por partículas de areia e material mineral, e sua
presença pode indicar processos de intemperismo e erosão. O horizonte B é composto
principalmente por minerais de argila e responsável pelo armazenamento de água. A
compreensão desses horizontes é essencial para o manejo adequado do solo e adoção de práticas
conservacionistas. A preservação do horizonte E é especialmente importante, e deve ser
realizada através de práticas como o plantio direto, rotação de culturas e adubação equilibrada,
a fim de evitar a perda de nutrientes e a degradação do solo.

Os testes realizados nos horizontes A e B do Argissolo mostram a importância da estrutura e


composição do solo na sua permeabilidade e capacidade de retenção de água. A amostra não
compactada do horizonte A apresentou maior permeabilidade e mobilidade de partículas,
enquanto a amostra compactada reteve mais água, indicando menor capacidade de infiltração.
Já no horizonte B, ambas as amostras apresentaram baixa taxa de infiltração, sendo a
compactada mais retentiva. Estes resultados enfatizam a necessidade de análise da
permeabilidade do solo para o seu manejo adequado e adoção de práticas de conservação e uso
sustentável da terra.

A estrutura, o ar e a consistência do solo são fundamentais para a produtividade e a


sustentabilidade agrícola. A análise da estrutura identifica áreas comprometidas pela
compactação, enquanto a análise do ar garante a disponibilidade de oxigênio para as raízes das
plantas e mantém a saúde do solo. Já a análise da consistência identifica áreas com problemas
para suportar o tráfego de máquinas e para a infiltração de água. A adoção de práticas
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sustentáveis como o plantio direto, rotação de culturas e adubação equilibrada é importante para
manter a qualidade do solo. A análise regular da estrutura, ar e consistência do solo é essencial
para garantir a sua sustentabilidade.

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf

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