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Centro Universitário - Católica de Santa Catarina em Joinville Pró-Reitoria Acadêmica

Curso de Psicologia

Disciplina: Projeto de Aprendizagem Colaborativa 4 - PAC 4


Professor: Marcia Caetano da Costa

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E FENÔMENOS DA PERSONALIDADE


Carlos Maia, Gabriel Furtado, Gabriel Sardagna, Renan Oliveira, Maria Eduarda, Thaís Panstein.
Acadêmicos do curso de Psicologia, do quarto período, Centro Universitário Católica de Santa
Catarina, campus Joinville

1. Introdução:

Este trabalho propõe um estudo da linha teórica da personalidade, que visa


abordar a importância da teoria da personalidade na Psicologia Analítica.
A psicologia analítica é o termo designado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav
Jung (1875-1961) para o seu método de interpretação da psique humana.
A psique ou personalidade total como denomina Jung, constitui-se de
diferentes sistemas isolados que atuam um sobre os outros de forma dinâmica. Por
dar ênfase ao inconsciente, muitas vezes a visão de Jung é comparada com a teoria
psicanalítica de Freud, no entanto, há mais diferenças do que semelhanças.
Este trabalho analisará os princípios básicos para a construção de um teste
psicológico, cujo o mesmo que tem como objetivo identificar os pontos que
auxiliarão (podem auxiliar) o profissional a tomar decisões mais adequadas para o
tratamento de cada um de seus pacientes.
Haverá socializações para compartilhar a definição e fundamentação teórica.
A dinâmica explorará a fragmentação de um fenômeno em suas unidades básicas.
As etapas seguintes envolvem a construção de itens, formatação da escala, análise
de juízes e apresentação do instrumento piloto. Será finalizado o projeto com o
seminário da apresentação das escalas.

1.1 Objetivos do PAC 3

1.1.1 OBJETIVO GERAL

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Desenvolver habilidades de atuação profissional a partir da construção de um


instrumento de medida psicológica para características de personalidade.

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Fomentar a capacidade investigativa e científica na identificação dos


componentes de personalidade;
- Praticar a decomposição de comportamentos em seus componente básicos;
- Aplicar o conhecimento acerca das diferentes teorias (abordagens) da
personalidade;
- Empregar os métodos e modelos teóricos que fundamentam a elaboração
dos instrumentos de mensuração psicológica
- Sistematizar o conhecimento utilizado na confecção de um instrumento de
medida psicológica.
- Viabilizar ambiente de colaboração, autonomia e autogestão;
- Desenvolver postura ética frente ao processo de produção do material.

1.2 Justificativa do PAC

Os fundamentos epistemológicos da personalidade têm grande importância


para o profissional da psicologia, pois suas bases teóricas têm papel fundamental
na intervenção nos processos psíquicos e comportamentais.
Ao compreender diferentes abordagens que explicam a teoria da
personalidade, o psicólogo interpreta quais serão as ferramentas essenciais para
avaliar o seu paciente.
Vale ressaltar que não se faz Psicologia sem epistemologia. Á mesma Esta
fundamenta se o que sabemos é válido ou não. A epistemologia é necessária para a
Psicologia, na medida em que a última se serve da primeira para afirmar sua
identidade enquanto conjunto de saberes científicos.
Destacamos também que é importante reconhecer que para avaliar a
personalidade, precisa de uma epistemologia.

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Para a compreensão da relação entre a formação do psicólogo e a impressão


de desarticulação e caos dos aspectos epistemológicos e curriculares da Psicologia,
deve-se considerar o percurso histórico de seu desenvolvimento até os desafios
impostos pela contemporaneidade, que envolvem o crescimento e a diversificação
de abordagens, bem como áreas de atuação, atravessados por outros fatores, por
exemplo, político e metodológico.
Conclui-se que esse estudo é de extrema importância para que
posteriormente seja aplicado na prática da carreira profissional do psicólogo.

1.3 Produto final e resultados esperados:

Saber caracterizar e operacionalizar as dimensões de personalidade


(fenômenos psicológicos) por meio do desenvolvimento de um instrumento
psicométrico.

2. Revisão da Literatura:

Psicologia Analítica

A Psicologia Analítica foi formulada por Carl Gustav Jung, nascido em 1985.
Foi um psiquiatra e psicólogo, com um legado influente nos campos da psiquiatria,
psicologia, ciência da religião e literatura. A psicologia analítica se distingue da
psicanálise, iniciada por Freud, por uma noção diferenciada e abrangente.
A Psicologia Analítica de C.G Jung se divide-se numa parte teórica, dos quais
os pontos principais podem ser identificados de modo geral como: 1) Estrutura da
psique, 2) as leis do desenvolvimento e atuação da psique, e 3) numa parte prática,
que leva a aplicação da teoria. Para chegarmos a uma compreensão correta da
teoria da personalidade de Jung, temos de visar atingir o posicionamento dele,
reconhecendo com ele a realidade plena de todo o psíquico (não entendi direito).
Jung enfatiza que o aspecto psíquico da experiência humana tem a mesma

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realidade e importância que o aspecto físico (corpóreo). Apesar de não ser algo que
possamos tocar, o psíquico pode ser vivenciado e observado. Ele descreve o
mundo psíquico como um domínio distinto, com suas próprias leis e meios de
expressões. Enfatizando que a psique é um aspecto fundamental da experiência
humana e que tudo que sabemos sobre o mundo e nosso ser, chega através da
intermediação do psíquico. O autor ressalta a importância de uma abordagem
abrangente, considerando os aspectos biológicos e culturais, enfatizando que a
psicologia moderna empírica é fundamentada, considerando o campo das ciências
naturais quando se refere ao objeto de estudo e método de pesquisa. Porém,
quando se trata de explicação e interpretação de fenômenos psíquicos, se encontra
mais com os campos das ciências humanas ou “do espírito”.
Jung desenvolveu sua teoria a partir deste pressuposto, e é a partir do
mesmo que deve ser considerado que a Psicologia é uma via válida de
conhecimento, porém, não é única. Ele não desvaloriza outras formas de saber
como: Teologia, filosofia, história, entre outros. Na sua compreensão todas podem
ser utilizadas para buscar verdades sobre a existência. O mesmo se concentra na
investigação do “psíquico”, para compreender o mundo e o ser, dando sentido aos
fenômenos. Sua teoria é construída com base sólida da experiência, apoiando-se
sobre suas duas colunas mestras, o princípio da totalidade psíquica e energética
psíquica. Jung emprega a expressão “psicologia analítica” para identificar sua teoria
após ter se afastado de Freud em 1913, a fim de evitar confusão com o termo
“psicanálise”, mais tarde usou o termo “psicologia dos complexos”. Com esse
conceito queria destacar que sua teoria ocupava fatos psíquicos complexos e
complicados.
Ao passar dos anos o conceito “psicologia dos complexos” foi deixado cada
vez mais para trás, sobretudo em tradução para outras línguas, ocorreu vazão.
Atualmente é usado o termo “psicologia analítica” para designar a totalidade da
teoria de Jung.

Estrutura da Personalidade

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Para Jung aquilo que no geral identificamos de “alma” é muito mais


abrangente, é um conjunto de todas as partes que forma um todo, nos processos
psíquicos, tanto nos conscientes ou inconscientes. Para ele “alma” representa um
“complexo funcional”, destacando que sua visão sobre a “alma” é uma superfície
delimitada.
A psique consiste em duas esferas que se completam, porém se controverte
em seus domínios, chamado de consciente e inconsciente, onde o “eu” tem
participação em ambos. A consciência tem uma pequena parte do todo da psique,
onde inconsciente é descrito como um vasto oceano que abrange todo o mundo, em
contraste com a pequena ilha da consciência. Jung define a consciência como “a
função ou atividade que mantém a relação dos conteúdos psíquicos com o “eu”.
Toda experiência do mundo externo ou interno passa pelo “eu” para poder ser
percebida, enquanto não são sentidas, são inconscientes.
A criança nasce em um estado inconsciente, à medida que vão interagindo
com o mundo ao seu redor, vão crescendo para o estado consciente através do que
Jung denominou como as quatro funções mentais, sendo o pensamento,
sentimento, sensação e intuição. O desenvolvimento do “ego” começa quando a
criança consegue diferenciar-se dos outros.
A consciência é cercada por conteúdos do inconsciente, que podem se tornar
conscientes a qualquer momento. O inconsciente é dividido em dois aspectos.
Inconsciente pessoal, são conteúdos que estão reprimidos porque são
desagradáveis, porém sentidos e pensados. O inconsciente coletivo tem raízes no
passado de toda a humanidade, não abrangendo só conteúdos específicos do
nosso “eu” individual, mas das latentes herdadas de um passado ancestral, de um
processo de evolução que vai para o percurso de vida da pessoa individual. Alguns
conteúdos são universais, como a estrutura do cérebro, que é comum entre os
humanos e resulta na evolução da espécie.

A Persona

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Diante do seu mundo abrangente que o rodeia, juntamente com a


diferenciação da sua consciência, está implicado ao modo geral de comportamento
psíquico do ser humano, conceituado por Jung de “persona”. Jung o define como
segue: “A persona é um complexo funcional, que surgiu por razões de adaptação ou
de uma necessária comodidade, mas que não é idêntico com a individualidade.
Refere-se exclusivamente à relação para com os objetos, com o exterior.”
A persona é um ajuste entre a sociedade e o indivíduo sobre como alguém
aparenta ser, é composta por exigências do mundo e o condicionamento estrutural
do indivíduo, considerado três aspectos fundamentais para uma persona funcionar
corretamente. 1) Ideal de como todo individuo gostaria de ser. Sua imagem
desejada, física e comportamental (poderiam juntar essas duas frases para fazer
mais sentido). 2) Imagem geral de como a sociedade enxerga esse indivíduo. A
partir deste pressuposto, ideias e valores do grupo que compõem este ambiente, a
imagem é influenciada. 3) Condições dadas psicológicas e físicas, que impõem
limites para a realização do ideal do seu próprio “ego” ou do mundo ao seu redor.
Jung ressalta que esses fatores são fundamentais e a persona jamais poderá
realizar sua tarefa plenamente sem eles. A persona pode se tornar um obstáculo
para o desenvolvimento da personalidade se não cuidarmos. Por exemplo, se
basearmos nossa persona apenas no nosso ideal de imagem, podemos nos tornar
excêntrico ou rebeldes. Por outro lado, se focarmos apenas na aceitação da
sociedade, podemos nos tornar igual todos os outros. A identificação excessiva com
um desses fatores pode reprimir a verdadeira personalidade. Uma persona flexível
facilita a interação com o mundo, mas se torna perigosa quando se transforma em
uma máscara. Jung considera que esta máscara aparenta uma individualidade,
procurando convencer aos outros e a si mesma que é única, quando não passa de
um papel, proveniente em grande parte da psique coletiva. Ela tem aspectos da
realidade interna, de modo que o ego pode se identificar com a persona de modo
exclusivo, mas, em última análise, não é real, pois representa mais o compromisso
entre o indivíduo e a sociedade do que da verdadeira individualidade (Jung, 2008).

Extroversão e introversão

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Definida como atitude geral e vinculada ao fato de determinar a orientação da


mente consciente, os tipos de atitude citados por Jung são relacionados ao modo de
reação presente em cada pessoa, quando exposta para aquilo que vem ao seu
encontro a partir de fora ou de dentro. Chamados de extroversão e introversão, são
comportamentos determinantes que através do condicionamento do processo
psíquico o qual Jung chama de libido, indicam o hábito de reação em relação aos
objetos do mundo interior e exterior, onde se determina o modo de agir, da
experiência subjetiva e até o modo de compensação através do inconsciente.
A extroversão funciona como uma atitude que tem o objetivo de orientar a
consciência para o mundo objetivo, também compreendida como relacionamento
positivo. Sua relação é voltada ao exterior demonstrando o interesse do sujeito para
fora do objeto de maneira ampla e coletiva, canalizando a energia psíquica para o
ambiente externo. Já a introversão atua como uma atitude subjetiva que tem relação
voltada para o interior, valorizando o sujeito como ponto de partida da orientação,
tornando o objeto secundário e ao contrário da extroversão, é compreendida como
relacionamento negativo, canalizando sua energia psíquica para o mundo interno e
subjetivo.
Segundo Jung a extroversão é um voltar-se para fora da libido, pensando,
sentindo e agindo com base no objetivo de maneira clara, fácil e perceptível, já a
introversão é relacionada ao movimento de introjeção de libido, direcionando o
interesse do sujeito para o próprio eu e não para o objeto, pois sua resistência será
maior na medida que se sentir invadido. Existe uma relação mútua entre as duas
que é igualmente compensatória, pois se o direcionamento da consciência é
extrovertido, o inconsciente é introvertido e vice-versa.

Funções Psicológicas Básicas

Jung percebeu que a psique além de possuir duas disposições psíquicas


(extroversão e introversão) também possui quatro funções psíquicas (aqui só são

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citadas duas, mais pra frente vocês explicam as outras, mas fica um pouco
confuso): sensação e intuição (funções de percepção ou irracionais).
As funções de percepção, sensação e intuição, representam as duas formas
de receber informações sobre algo, seja interno ou externo ao sujeito. A sensação
enfoca nas informações captadas pelos sentidos, reconhecendo a presença
sensorial das coisas no momento presente. Por sua vez, a intuição vai além da
sensação ao buscar significados, relações e possibilidades futuras das informações
recebidas.
O pensamento e sentimento (funções de julgamento ou racionais). O
pensamento faz de julga e classificar os fenômenos a partir da lógica da razão,
buscando avaliar objetivamente os “prós” e “contras” da natureza desses fenômenos
que também são mecanismos de adaptação do indivíduo à sua realidade subjetiva e
objetiva. A intuição faz a avaliação e julga, não pela lógica de razão, mas, sim pela
lógica pessoal. Originalmente Jung classificou as funções em racionais e irracionais,
formando dois pares de funções opostas, entretanto se complementam.

Os Arquétipos

A partir desse complexo no qual Jung segue uma ideia do indivíduo à partir
do consciente e inconsciente, onde é feito a distinção do inconsciente pessoal e
coletivo, é apresentado no inconsciente coletivo um composto de estruturas
psíquicas que não são únicas e relacionadas a um só indivíduo, mas sim a todos e
que influenciam tanto a forma de pensar, como também as ações relacionadas,
funcionando como um reservatório de imagens primordiais herdadas de seus
ancestrais.
Através de razões de natureza mitológica ou da simbologia da história
comum da humanidade assim também como reações de natureza mais intensa, são
relacionados os Arquétipos à reprodução de reações instintivas frente à
determinadas situações e provocando um comportamento que evita a consciência
através de sua disposição inata, de caráter funcional dominante, com determinante

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relevância para toda a vida psíquica e de extrema importância para o bom


funcionamento da mente.
Essas reproduções segundo o conceito de Jung não se tratam de uma
representação herdada e sim de uma vivência ou um estado onde após despertado
não se preocupa mais com as consequências, pois não são lembranças expostas
de forma consciente e sim através de uma predisposição para reagir ao mundo da
mesma forma que seus ancestrais faziam.
Jung chama os arquétipos também de “órgãos da alma” no qual refere-se ao
fato de que eles não podem ser descritos, porque o que queremos expressar sobre
eles são ilustrações e concretizações que pertencem a consciência e caso
quiséssemos procurar analogias deveríamos buscar em seu sentido mais amplo.
“Sua forma – afirma Jung – pode ser equiparada mais ou menos com o sistema de
eixos do cristal, que de certo modo forma previamente a figura do cristal na água-
mãe (o arquétipo per se), sem possuir ele próprio uma existência material. Essa
existência aparece só no modo de incorporação dos íons e depois das moléculas
[...]. O sistema de eixos determina assim apenas a estrutura estereométrica, mas
não a forma concreta do cristal individual [...]. E igualmente o arquétipo possui [...] é
verdade, um núcleo de significado invariável, que determina seu modo de
manifestação sempre apenas em princípio, mas jamais também concretamente”
JACOBI, J. A psicologia de C.G. JUNG: Uma introdução às obras completas.
Petrópolis, RJ : Vozes, 2013 (rever essa citação direta). De forma que seja
compreendida como relativamente limitada, o motivo é simples, sua massa vem de
acordo com todas as possibilidades de vivências fundamentais típicas que o ser
humano já experimentou desde o primórdio, essas possibilidades da psique humana
são de um material gigantesco primitivo onde os nexos de ligação mais profundas
entre Deus, homem e cosmos despertam através de um sistema sem descrições.
Eram considerados como poderes psíquicos de vida que querem ser levados (?)
mas também tomam cuidado para se imporem, onde quase que infalivelmente
também provocam perturbações neuróticas e até psicóticas quando se comportam
como órgãos do corpo.

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Os arquétipos ainda hoje atuam na psique, onde a fé religiosa se encontra e


desperta com todo seu poder elementar um conteúdo preenchido de sentido e
imaginação, como um Deus que morre e ressuscita do mistério da concepção sem
pecado no cristianismo, entre outros.

Anima e Animus

A natureza bissexual ancestral do ser humano, chamado de anima no


homem e animus na mulher. Representa a participação da psique sexual-
complementar da experiência humana no sexo oposto. Isso significa que
carregamos em nós a imagem do outro sexo, tanto como indivíduos únicos quanto
como seres da espécie. Essa imagem se manifesta tanto internamente em sonhos e
fantasias, quanto externamente quando projetada em pessoas do sexo oposto em
nosso ambiente. Na psicologia de Jung, o animus e a anima são forças mentais
que, entre outras atividades, formam laços entre (1) o inconsciente coletivo, que
está presente desde o nascer e que é geneticamente (biologicamente) determinado,
e (2) o inconsciente pessoal, que é o produto de todas as experiências de uma
pessoa na sua subsequente vida emocional e interpessoal.
O animus e a anima também têm funções importantes na identificação sexual
de uma pessoa e na formação de relacionamentos com pessoas do sexo oposto. Na
terminologia de Jung, eles são tipos especiais de arquétipos. O efeito dos laços com
a mãe, principalmente para homens, é crucial para o desenvolvimento da
personalidade. A cultura patriarcal contribui para a projeção de traços femininos no
inconsciente masculino e vice-versa. Isso pode levar a escolhas de parceiros que
refletem a parte inconsciente da própria psique.
A conscientização da anima/animus permite uma maior compreensão e
integração das emoções e afetos. Isso leva a uma independência verdadeira e uma
capacidade de amar de forma profunda e consciente. No entanto, esse processo é
desafiador e muitas vezes ocorre na maturidade.

O self

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Para Jung o termo “Self’ ou “Si mesmo” como chamado em português é um


dos conceitos fundamentais em sua teoria, pois ele é compreendido como o centro
da personalidade total no qual inclui a consciência, o inconsciente e o ego, o self é o
todo e o centro, sendo o centro organizador que abrange a totalidade psíquica.
Descrito também como o arquétipo central, o self se apresenta desde o início da
vida e mesmo que o indivíduo não compreenda, ele está presente. De acordo com
Jung ele é percebido como um produto da individualização, sendo o processo de
integridade da personalidade ou conhecido também como princípio organizador da
personalidade. “O self é a meta da nossa existência, por ser ele a mais completa
expressão da combinação a que estamos fadados e que denominamos
individualidade”. (Carl Gustav Jung) Também compreendido como o centro mais
profundo e essencial da psique humana, assim como o Sol é o centro do sistema
solar. Ele é o objetivo final do processo de individualização, tem como característica
mais importante a capacidade de equilibrar os opostos dentro da psique, e dessa
maneira compreende-se então que o self busca a harmonia entre os aspectos
conflitantes da personalidade, como elementos conscientes e inconscientes. Afirma-
se que quando uma pessoa está de bem com a vida e em paz com o mundo
externo, o self está cumprindo o seu papel, da mesma maneira que caso tudo esteja
fora do lugar e que o mundo externo esteja um caos, talvez o self não esteja
atuando de forma clara.

3. Descrição das Atividades Realizadas

3.1 Atividades realizadas

O relatório teve como objetivo abordar a linha teórica da personalidade da


Psicologia Analítica, conforme proposto pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. Está
revisão teve como principal tópico explorar os fundamentos e conceitos centrais que
constituem a psicologia analítica, enfatizando sua importância e compreensão da
complexidade da psique – humana.

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Ao longo do relatório foi abordado alguns fatores importantes, como a


estrutura da personalidade, que se compõe com o consciente, inconsciente,
inconsciente pessoal e coletivo. Em sequência foi abordado as funções psicológicas
básicas. Além disso, foi abordado a persona que se refere-se à forma como um
indivíduo se apresenta perante os outros e o mundo exterior. As relações das
atitudes chamadas por Jung de extroversão e introversão que estão vinculados ao
fato de determinar a orientação da mente consciente, os tipos de atitude citados por
Jung são relacionados ao modo de reação presente em cada pessoa, quando
exposta para aquilo que vem ao seu encontro à partir de fora ou de dentro.
Foi mencionado e discutido a influência dos arquétipos no comportamento
humano, e a relevância dos conceitos de anima e animus na formação da
identidade e relacionamentos interpessoais. Finalizamos com o self que é o centro
da personalidade total, incluindo consciência, inconsciente e ego. Equilibra os
opostos dentro da psique.
Durante o processo de construção do relatório e revisão da literatura,
enfrentamos alguns impasses. O ponto mais desafiador foi filtrar os fatores
principais e interligá-los no desenvolvimento, mas conseguimos elaborar e
desenvolver isso de forma eficiente.

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Referências

JACOBI, Jolande. A psicologia de C.G. Jung: uma introdução às obras completas.


Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. (Coleção Reflexões
Junguianas)

SIQUEIRA, Batista, Rodrigo. Sobre Carl G. Jung. Revista Brasileira de Educação


Médica [online]. 2014, v. 38, n. 3 [Acessado 21 Setembro 2023], pp. 409-412.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-55022014000300017>. Epub,
26 Set 2014. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/S0100-55022014000300017.
-Onde está no texto?

SILVEIRA, N. Jung: vida e obra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. Onde está no
texto?

HALL, C.S; Nordby, V.J. Introdução à Psicologia Junguiana. Ed. Cultrix, SP, 2003
Onde está no texto?

MACEDO, Lídia; SILVEIRA, Amanda. Self: Um conceito em desenvolvimento.


Paidéia, Ribeirão preto, SP, 09, 2012. Onde está no texto?

Luiz, George Moraes De e Sousa, Thiago Araújo Bezerra de. Epistemologia e


formação do psicólogo: discussões contemporâneas. Fractal: Revista de Psicologia
[online]. 2022, v. 34 [Acessado 21 Setembro 2023], e5859. Disponível em:
<https://doi.org/10.22409/1984-0292/2022/v34/5859>. Epub 13 Jun 2022. ISSN
1984-0292. https://doi.org/10.22409/1984-0292/2022/v34/5859. Onde está no texto?

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