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ÍTEM G.
Produção das exposições do Museu das Culturas indígenas
(MCI).............................................................................................................................................pág.7
"Ocupação Decoloniza SP Terra Indígena" - Exposição coletiva na área externa e outros espaços do
edifício sede do Museu das Culturas Indígenas............................................................. pág.9
De Tamikuã Thihi:
Onças - “A guardiã da Memória”, na empena esquerda e “Recuperando território para dar vida às
esperanças”, no muro esquerdo; ..................................................................................pág.11
De Tamikuã Thihi:
Portão - “ Ypará Jaxá” .........................................................................................................pág.12
De Tamikuã Thihi:
Grafismos ao lado da porta de entrada: “Ara Pyau e Ara Ymã - Os tempos sagrados do mundo Guarani” e
Grafismo da parede da recepção: “Ajaka Para” com orientação Jaxuka Leonice Rete de Quadros;
Natalício Karai de Souza; Marcio Mendonça Bolgarim e Julieta
Paredes.........................................................................................................................................pág.12
1
De Carlos Papá Mirim e Daniel Scandurra:
"Tava - Casa de Transformação". Grafismo aplicado no primeiro andar da fachada frontal do prédio do
MCI. ..........................................................................................................................................pág.13
ÍTEM J.
Assessoria para criação de
logomarca........................................................................................................................................................pág.14
ÍTEM I.
Assessoria para intervenções artísticas e paisagísticas na edificação, em suas áreas internas e externas -
Reuniões com equipe de arquitetos responsáveis pela adequação do edifício sede do Museu das
Culturas Indígenas para alinhamento das propostas dos arquitetos e da Comissão Curatorial e Artística
do Museu ..........................................................................................................................................pág.15
ÍTEM E.
Articulação institucional e fluxo de comunicação entre os GTs
Indicação de profissional para coordenador(a) de articulação institucional e fluxo de comunicação, e
orientação para o coordenador de articulação institucional e fluxo de comunicação
.........................................................................................................................................................pág.18
2
ÍTEM K.
Coordenação, acompanhamento e orientação dos Grupos de Trabalho e equipes técnicas, apoio ao
Conselho e Comitê no que for necessário e efetuar, conforme os prazos estabelecidos, as entregas
pactuadas com a ACAM Portinari
GT Gestão Compartilhada
Alexandre Gomes e Conselho de Abertura Aty Mirim ..........................................................................pág.22
GT Formação e Educativo
Ana Carolina Estrela da Costa .................................................................................................................pág.23
GT Comunicação ....................................................................................................................................pág.23
ÍTEM L.
Acompanhamento das etapas de instalação do Museu das Culturas
Indígenas. .......................................................................................................................................................pág.24
ÍTEM M.
Acompanhamento das exposições inaugurais e intervenções artísticas na edificação em áreas interna e
externa, da concepção à montagem. ...........................................................................................................pág.25
ÍTEM N.
Acompanhamento e contribuição em todas as demais atividades a serem realizadas no Museu das
Culturas Indígenas, garantindo a adequação dos processos, práticas e metodologias de trabalho às
especificidades culturais dos representantes e coletivos indígenas envolvidos nas atividades e na gestão
do Museu das Culturas Indígenas. (atividade realizada em fluxo contínuo).
........................................................................................................................................................................pág. 25
3
CRONOLOGIA - ATIVIDADES REALIZADAS
JANEIRO A JUNHO DE 2022
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
4
● Proposta Inicial do contrato de Luísa Valentini com o Instituto Maracá para março e
abril.
● Contrato de Denilson Baniwa para a confecção da logomarca do Museu das Culturas
Indígenas.
● Articulações com Aldones Nino para finalização do projeto expográfico da exposição
"Invasão Colonial", conforme orientações da ACAM Portinari.
● Articulações para a contratação de Christine White e Renata Tupinambá para a
equipe de comunicação
● Desenvolvimento de materiais, organização da equipe e criação de fluxos de
informações da equipe de Comunicação do MCI.
● Diálogos com a ACAM Portinari para definição dos termos do contrato para uma
oficina de grafismos com a finalidade da criação da obra para a parede da recepção.
● Visitas técnicas dos artistas Xadalu e Denilson Baniwa ao Museu das Culturas
Indígenas.
● Reunião do artista Xadalu com membros do Conselho Aty Mirim e comunidade
Guarani do Jaraguá.
● Tratativas e ajustes nos contratos dos artistas indígenas para as exposições
inaugurais do Museu das Culturas Indígenas.
● Apresentação sobre as exposições de abertura e o Conselho de Abertura para a
Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
ABRIL
MAIO
5
● Assinatura dos contratos de Xadalu Tupã Jekupé e Aldones Nino.
● Reuniões de alinhamento e organização dos trabalhos com a ACAM Portinari.
● Contrato e nota da oficina de grafismo da artista Tamikuã.
● Realização da oficina de grafismo da Tamikuã com representantes da TI Jaraguá.
● Reunião do Conselho Aty Mirim no Museu das Culturas Indígenas em 11 de maio de
2022.
● Produção do texto curatorial da exposição de Xadalu "Invasão Colonial - Yvyopata"
por Sandra Benites.
● Apresentação da programação do TePi - Teatro e Povos Indígenas, para o Museu
das Culturas Indígenas.
● Processo seletivo para o GT Educativo.
● Reunião de Tamikuã e arquitetos para definição da arte da parede da recepção do
MCI
●
JUNHO
● Produção da arte para as pinturas dos grafismos da parede da recepção.
● Pintura do pufe-cobra no 7º andar.
● Reunião do conselho Aty Mirim nos dias 14 e 15.
● Indicação dos nomes dos Mestres do Saber.
● Propostas para programação da Cerimônia de Abertura.
● Reunião do Conselho Aty Mirim, de 12 a 17.
● Primeiras demandas da ACAM Portinari/gerência do Museu das Culturas Indígenas
para o Instituto Maracá em conexão com o Conselho Aty Mirim.
● Definição das obras de Andrey Guaianá para exposição no 2º andar, no dia 24.
● Impressão e aplicação dos lambe-lambes nas colunas da marquise e muro de
entrada.
● Indicação do profissional para registro em vídeo do evento de abertura.
● Articulações e conversas para contratação de Sandra Benites.
● Elaboração das propostas do Termos de Referência dos Maxacali.
● Continuação dos processos seletivos do Museu das Culturas Indígenas.
● Assinatura do contrato do Instituto Maracá com a ACAM, no dia 26.
● Vinda de Alexandre Gomes para São Paulo, de 28 de junho a 3 de julho, para a
reunião do Conselho Aty Mirim e evento de inauguração.
● Evento oficial da Inauguração do Museu das Culturas Indígenas, no dia 29.
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ENTREGAS E PRODUTOS CONFORME TERMO DE REFERÊNCIA
ETAPA 1 - Janeiro a junho de 2022
ÍTENS e, g, i, j, k, l, m n
Este documento reúne informações sobre as atividades realizadas durante a fase anterior à
inauguração do Museu das Culturas Indígenas, agrupadas em temas principais, conforme as
entregas previstas nos itens e, g, i, j, k, l, m e n da etapa 1 do Termo de Referência do
Contrato do Instituto Maracá com a ACAM Portinari, sobre o Museu das Culturas Indígenas.
ÍTEM G.
Produção das exposições do Museu das Culturas indígenas (MCI)
Desde o início dos trabalhos para a criação do MCI em janeiro, até a sua inauguração em
junho, tivemos poucos meses para dar início às tratativas necessárias para a criação de uma
curadoria indígena coletiva, e ao mesmo tempo definir as exposições inaugurais para a
abertura do museu.1
Era preciso realizar em pouco tempo a elaboração dos projetos expográficos, orçamentos e
seleção de empresas para produção da montagem das exposições, além de uma
programação cultural inicial e toda a articulação com os representantes indígenas.
Foram definidas 3 exposições inaugurais para ocupar dois andares do prédio do museu e as
áreas externas. As exposições realizadas foram as seguintes:
7
O Instituto Maracá realizou o contato, articulação e negociação com os artistas indígenas,
curadores e produtores definidos através dos processos coletivos de decisão instaurados até
o momento pelas lideranças indígenas do instituto Maracá e desenvolveu os termos de
referência necessários para as contratações de artistas, curadores, técnicos e produtores.
Foram realizadas reuniões virtuais e diversos contatos telefônicos para tecer os primeiros
contatos e combinar ações iniciais.
Foi definida pelo grupo de artistas e curadores em diálogo com o Instituto Maracá a
realização da exposição “Invasão Colonial”, do artista Xadalu Tupã Jekupé . O artista indicou
a Sandra Benites para fazer a curadoria e os textos curatoriais da exposição e Aldones Nino
para desenvolver o projeto expográfico e ficha técnica. Sandra Benites e Aldones Nino foram
contratados pelo Instituto Maracá. O Instituto Maracá fez a interlocução com o Aldones para
a produção do projeto expográfico conforme especificações e necessidades da ACAM
Portinari, e com o artista Xadalu para definição dos termos de referência para o seu
contrato. A produção e montagem foi realizada pela ACAM Portinari. O Instituto Maracá
realizou a articulação com Cristiano Vasconcelos, do Instituto Inclusartiz, para combinar
sobre o transporte e seguro das obras que estavam sob sua guarda do Rio de Janeiro para
São Paulo. O Instituto Inclusartiz demonstrou interesse e disponibilidade para futuros
contatos e parcerias. O Instituto Maracá colaborou ainda com o levantamento de propostas
de produtoras para montagem da exposição, que foram encaminhadas para a ACAM.2
8
"Ygapó Terra Firme", do artista Denilson Baniwa
No âmbito da Comissão Curatorial foi decidido realizar a exposição proposta pelo artista
Denilson Baniwa em dois dos andares expositivos do museu. O Instituto Maracá negociou
com o artista as condições para a realização da exposição, na qual foi indicada uma
assistente curatorial, definida pelo artista, para assessorá-lo na construção do projeto
expositivo e ficha técnica. Foi indicada a curadora Paula Borghi, com quem passamos a
organizar as atividades necessárias para a realização da exposição. Solicitamos o projeto
expositivo, que foi entregue diretamente para a ACAM Portinari. Solicitamos também três
orçamentos para produção da montagem da exposição, que foram entregues por ela.3
A Ocupação Decoloniza SP é uma exposição coletiva composta por obras de diversos artistas
indígenas, selecionados através dos processos definidos pela Comissão Curatorial.
De Tamikuã Txihi:
● Onças - “A guardiã da Memória”, na empena esquerda e “Recuperando território
para dar vida às esperanças”, no muro esquerdo;
● Portão - “ Ypará Jaxá”
● Grafismos ao lado da porta de entrada: “Ara Pyau e Ara Ymã - Os tempos sagrados
do mundo Guarani”
● Grafismo da parede da recepção: “Ajaka Para” com orientação Jaxuka Leonice Rete
de Quadros; Natalício Karai de Souza; Marcio Mendonça Bolgarim e Julieta Paredes
9
Lambe-lambes "SP Terra Indígena", "Democracia é Demarcar todas as Terras Indígenas",
"Decolonize-se", "Floresta de Pé, Fascismo no Chão", "Paisagem Ancestral", "Retorno à
Terra", e "Terraiz".
De Andrey Guaianá:
"Mestiçagem #20", "Mestiçagem #21" e "Alicerce #01", obras expostas no 2º andar.
A exposição receberá ainda outras obras, a serem realizadas após a inauguração do museu,
na empena direita, fachada traseira e escadas do prédio sede do MCI.
A seguir uma breve descrição sobre o trabalho realizado para a produção de cada uma delas:
O Instituto Maracá acompanhou o trabalho da Rita durante o período que ficou em SP.
Foram realizadas conversas sobre a proposta curatorial e sobre o museu, sobre gestão
participativa e orientações para pintura das paredes das salas multiuso do 7º andar.
Com os arquitetos foram organizadas as atividades para a pintura da cobra pufe instalada no
7º andar (Jiboia).
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Estrela da Costa como intérprete para podermos negociar e elaborar os termos de cessão de
direitos para eles e para orientá-los na realização de suas obras.
O Instituto Maracá ofereceu o apoio aos artistas durante sua estadia em São Paulo e no
museu para a produção das obras, garantindo que tivessem materiais, alimentação,
hospedagem, transporte e tratamento adequados.
De Tamikuã Txihi:
● Onças - “A guardiã da Memória”, na empena esquerda e “Recuperando território
para dar vida às esperanças”, no muro esquerdo;
● Contato com a produtora Thaís e a pintora Hanna Lucatelli, indicadas pela Tamikuã
para realizar as pinturas;
● Identificação e contato com engenheiro do trabalho competente e disponível,
pedido de orçamento, agendamento de visita técnica para autorização da pintura da
empena do prédio;
● Contato com Urbe para aluguel dos equipamentos (balancim), pedido de
orçamento, esclarecimentos técnicos, negociação de entrega, encaminhamento do
orçamento e dados de contratação para ACAM Portinari;
● Contato e acompanhamento de visita técnica da Civil Montagens (Gustavo),
encaminhamento do orçamento e dados de contratação para ACAM Portinari;
● Orçamento de materiais de pintura, e aluguel de escada;
● Orçamento do serviço de segurança dos bombeiros;
11
● Orçamento do exame médico de Hanna Lucatelli;
● Orçamento de eletricistas para instalação de quadro de força para os balancins;
● Cotações e pagamento de seguro de vida para as pintoras;
● Aluguel de escada;
● Indicação de um profissional de filmagem com drone para registro da produção das
obras. O contrato foi realizado pela ACAM Portinari, os registros desses vídeos
encontram-se com a ACAM Portinari e foram utilizados nos materiais de divulgação
do museu;
● Alinhamento entre as partes administrativa (Hugo e Davidson) e de produção
artística;
● Recebimento e vistoria dos materiais locados na Urbe e dos materiais comprados
pela ACAM;
● Organização dos equipamentos no espaço, providências de transporte e
alimentação das pintoras;
● Acompanhamento dos serviços de eletricista, engenharia civil (Gustavo: montagem
dos balancins);
● Acompanhamento das ações das artistas, engenheiro, bombeira e montador Civil
Engenharia.
De Tamikuã Txihi:
● Portão - “ Ypará Jaxá”
De Tamikuã Txihi:
● Grafismos ao lado da porta de entrada: “Ara Pyau e Ara Ymã - Os tempos sagrados
do mundo Guarani” e
● Grafismo da parede da recepção: “Ajaka Para” com orientação Jaxuka Leonice
Rete de Quadros; Natalício Karai de Souza; Marcio Mendonça Bolgarim e Julieta
Paredes
Foi determinado pelos representantes indígenas que deveria ser realizada uma oficina na TI
Jaraguá para definição de grafismos a serem aplicados na parede da recepção do MCI. Essa
oficina foi realizada em maio de 2022.
Foi definida a pintura dos grafismos produzidos em uma oficina com representantes da TI
Jaraguá e produção de materiais para criação de uma obra com grafismos Guarani para a
parede da recepção do museu.
A partir dos grafismos definidos na oficina foram produzidos projetos gráficos para
adaptação do desenho dos grafismos desenvolvidos na oficina para aplicação na parede da
recepção.
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Foi definido pela artista Tamikuã Txihi que os grafismos seriam aplicados com técnica de
grafite e estêncil. Um profissional foi contratado pela ACAM Portinari para realizar a pintura
sob supervisão da artista.5
O Instituto Maracá fez a articulação com Daniel Scandurra e Carlos Papá para a produção de
um grafismo com a palavra "TAVA" para ser aplicado na fachada do museu.
O Instituto Maracá providenciou e cedeu o mapa que foi pendurado no muro direito.
13
Termos de Referência dos artistas indígenas
Os termos de referência foram encaminhados para a ACAM Portinari, que por sua vez
realizou os contratos. O Instituto Maracá reuniu as assinaturas de todos e os contratos
assinados foram entregues em mãos para a ACAM Portinari, responsável pelo pagamento
dos artistas.7
O Instituto Maracá indicou a Ana Estrela para apoiar a produção do evento de inauguração,
organizando e coordenando com a gerência do museu as providências necessárias para os
convites dos representantes indígenas para o evento, bem como a alimentação, transporte,
acolhimento e participação de cada um no evento. O contrato da Ana Estrela para essa
função foi realizado e pago pela ACAM.
ÍTEM J.
Assessoria para criação de logomarca
Foi indicado o artista Denilson Baniwa para a elaboração da logomarca do Museu das
Culturas Indígenas. A negociação foi realizada pelo Instituto Maracá, bem como a elaboração
de um Termo de Referência, que foi encaminhado para a ACAM Portinari. O artista foi
contratado pela ACAM Portinari e criou a logomarca utilizada no museu.9
14
ÍTEM I.
Assessoria para intervenções artísticas e paisagísticas na edificação, em suas áreas
internas e externas - Reuniões com equipe de arquitetos responsáveis pela adequação do
edifício sede do Museu das Culturas Indígenas para alinhamento das propostas dos
arquitetos e da Comissão Curatorial e Artística do Museu.
No dia 25 de fevereiro de 2022 foi realizada uma reunião dos artistas convidados para
compor a Comissão Curatorial com os profissionais do Atelier Marko Brajovic, responsáveis
pelo projeto arquitetônico do Museu das Culturas Indígenas.
Participaram da reunião:
Adriana Calabi, diretora do Instituto Maracá
Cristine Takuá, diretora do Instituto Maracá
Carlos Papá, diretor do Instituto Maracá
Denilson Baniwa, artista do povo Baniwa
Inaê Coutinho, produtora executiva contratada pelo Instituto Maracá
Gustavo Caboco, artista indígena do povo Wapixana
Marcela Tokiwa, arquiteta responsável pelo projeto do MCI contrata pela ACAM Portinari
Marko, arquiteto responsável pelo projeto do MCI contrata pela ACAM Portinari
Naine Terena, artista indígena do povo Terena
Tamikuã Txihi, artista indígena Pataxó e residente da TI Jaraguá em SP
Xadalu Tupã Jekupé, artista do povo Guarani
Angélica Fabbri, da ACAM Portinari
15
A reunião tratou principalmente da ocupação dos espaços do museu e das possíveis
intervenções artísticas a serem realizadas. Na conversa, foram sugeridas a realização de uma
exposição de Xadalu ("Invasão Colonial - Yvy Opata - A Terra vai Acabar"), a pintura das
onças de Tamikuã, e foram propostas algumas ações artísticas a serem realizadas na
abertura do Museu das Culturas Indígenas ou depois.
Houve um consenso sobre os valores a serem pagos para os artistas seguirem um padrão ou
tabela, para manter a equidade entre todos. Houve também um consenso de que o comitê
dos artistas deve englobar participantes de outras culturas indígenas para além das
representadas no comitê, com intuito de evitar confrontos e situações desconfortáveis entre
os povos.
Foi destacado que é preciso tempo e paciência para construir o diálogo entre representantes
de diferentes povos e etnias, que são relações delicadas, algumas vezes difíceis, e portanto
trata-se da construção de um processo de longo prazo que requer investimento e tempo.
Segundo Cristine Takuá, do Instituto Maracá, "é preciso caminhar devagar para fortalecer os
laços entre parentes".
Naine Terena se dispôs a colaborar com a programação das oficinas e disse que não
conseguiria assumir outras funções além desta, pois para o trabalho a ser feito no MCI seria
necessário um tempo maior de dedicação, que ela no momento não dispõe.
Tamikuã sugeriu que fossem pintadas pegadas de onça nas redondezas ou caminhos que
levam ao museu.
Foi sugerida a criação de um espaço de convívio com redes e a criação de espaços para
atividades coletivas na área externa do museu.
Foi lembrado por Denilson Baniwa o pensamento de Luis Lana sobre a “Maloca de memória”
e sugerido de se fazer um trabalho sobre esse tema e esse importante pensador indígena.
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Recomendou-se encaminhar à Secretaria de Cultura informe sobre a necessidade de criação
de um espaço de ateliê para os artistas, um espaço para reserva técnica, espaços para
reuniões dos conselheiros, artistas e curadores indígenas, e outros espaços expositivos.
Em março foi realizada outra reunião com os profissionais do Atelier Marko Brajovic, com a
presença de Marko Brajovick, Bruno Bezerra, Teresa Lima, Bárbara Helena Morais, Marcela
Toriwa, Angelica Fabbri, Luiz Antônio Bergamo (Tota) , Davidson Kaseker, Cristine Takuá,
Adriana Calabi, e Inaê Coutinho, para apresentação do projeto final de reconfiguração
arquitetônica do prédio.
Nessa reunião foram pontuadas algumas questões sobre a ocupação do espaço físico que
pautaram as ações realizadas nos meses seguintes. Entre as questões levantadas
destacamos as seguintes:
● Propostas para as paredes com as pastilhas de azulejo, que podem ser pintadas ou
recobertas;
● Dúvidas sobre a aprovação da construção no térreo dos espaços para a loja e café
pelos bombeiros e Secretaria de Esportes, em função da circulação necessária de
carros e pedestres, visto que a princípio a entrada será compartilhada;
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● Importância de marcar o espaço com características singulares do museu;
Sobre este assunto, vale observar que a articulação entre as Secretarias de Esporte e de
Cultura para definição das formas de uso dos espaços do Museu das Culturas Indígenas, do
Complexo Esportivo Baby Barioni e do Parque da Água Branca é uma providência das mais
recomendadas e de maior relevância, uma vez que a indefinição tende a causar conflitos e
confusão entre os funcionários e usuários tanto do museu como do complexo esportivo. É
recomendação do Instituto Maracá que se invista na elaboração de um projeto urbanístico
para o uso desses espaços e nas negociações necessárias para a redefinição das atuais
formas de uso e distribuição dos espaços do entorno do museu e complexo esportivo,
privilegiando os benefícios para os cidadãos usuários de ambos os equipamentos públicos.
ÍTEM E.
Articulação institucional e fluxo de comunicação entre os GT’s
Indicação de profissional para coordenador(a) de articulação institucional e fluxo de
comunicação, e orientação para o coordenador de articulação institucional e fluxo de
comunicação
Desde a construção do primeiro plano de trabalho para o processo de criação do Museu das
Culturas Indígenas, foi prevista a necessidade de contratação de um profissional para a
função de articulação entre os GT’s e entre as equipes técnicas do MCI e do Instituto
Maracá. A estratégia prevista pelo Instituto Maracá e a ACAM atribuía a este mesmo
profissional a função de criar e implantar um sistema de compartilhamento e
armazenamento de informações e a definição dos fluxos de informação e comunicação
entre os membros das equipes técnicas e os gestores responsáveis pela coordenação das
equipes.
No início do ano, o Instituto Maracá convidou Luísa Valentini para ocupar essa função. A
princípio ela nos informou que não teria disponibilidade para trabalhar em tempo integral.
Em 19 de março ela elaborou uma primeira proposta para começar a atuar de imediato,
visto que o trabalho já começava a exigir a articulação e organização do trabalho das
equipes em formação.
18
A partir de conversas iniciais, ela informou que poderia se comprometer com a seguinte
programação de trabalho:
Etapa 2 - Julho
● Rodadas de alinhamento conceitual: rodada ampliada (importante) e rodadas com
cada equipe (dando continuidade).
● Proposta inicial de fluxos de comunicação e de pactuações internas, a partir da
escuta e práticas observadas.
● Construção de instrumentos preliminares de gestão, com linguagem adequada ao
perfil das equipes e dos conselhos.
● Primeira rodada de implementação de instrumentos e fluxos (teste).
19
● Desenho de proposta para próximos passos.
Pouco tempo depois, e antes de chegarmos a elaborar um contrato de consultoria para ela
desenvolver essa proposta, Luísa informou que a partir de conversas com a direção da
ACAM Portinari, havia combinado de assumir o cargo de Supervisora da equipe de Pesquisa
e Acervo e definiu com a ACAM seu contrato como CLT11.
Ela criou um sistema de pastas para armazenamento compartilhado que passou a ser
utilizado pelas equipes. Ficou pendente a realização de reuniões ou oficinas com todos os
membros das equipes para apresentação do sistema e instruções de utilização.
Não conseguimos encontrar outro profissional com este perfil para substituí-la
imediatamente, e as atribuições dessa pessoa ficaram acumuladas na diretoria do Instituto
Maracá, que já estava sobrecarregada com muitas funções. Vimos, desde então,
selecionando outro profissional para desempenhar essa importante função.
ÍTEM K.
Coordenação, acompanhamento e orientação dos Grupos de Trabalho e equipes técnicas,
apoio ao Conselho e Comitê no que for necessário e efetuar, conforme os prazos
estabelecidos, as entregas pactuadas com a ACAM Portinari
Desde sua participação nas atividades do Museu das Culturas Indígenas como curadora da
exposição "Invasão Colonial - Yvyopata", do artista Xadalu, o Instituto Maracá veio
dialogando com Sandra Benites sobre as demandas e desafios do trabalho de criação do
MCI. Como conselheira do Instituto Maracá, Sandra sempre foi uma interlocutora
privilegiada em nossas conversas e reflexões sobre processos de produção artística e
museologia indígena, de forma que neste momento foi natural o compartilhamento de
20
ideias e o diálogo com ela sobre as ações necessárias para enfrentar as complexidades do
trabalho a ser desenvolvido pelo Instituto Maracá.
Assim, desde o início do ano o Instituto Maracá vem tecendo com ela a possibilidade de sua
contratação para trabalhar conosco no MCI. Residente no Rio de Janeiro, para que ela viesse
a trabalhar no museu, ela teria que se mudar para São Paulo.
O Instituto Maracá ofereceu todo apoio necessário para viabilizar a sua mudança e
contratação. Após diversos encontros para pensar e definir o seu papel neste primeiro ano
de funcionamento do museu, considerando-se as equipes em formação e as atividades em
curso no momento, definimos o escopo do trabalho e elaboramos um Termo de Referência
para subsidiar a sua contratação pela ACAM Portinari como consultora. Embora tenhamos
oferecido a ela uma vaga de CLT Supervisora, ela não quis assumir um compromisso de
tempo integral, preferindo ter um contrato de consultoria com maior flexibilidade de
horários, o qual foi realizado e assinado em agosto.
Em diálogo com Sandra definimos que seria interessante ela participar, ao menos neste
momento inicial, tanto das atividades do GT Exposições e Programação Cultural, apoiando a
criação da comissão curatorial e desenvolvendo formas de diálogo com outros
representantes indígenas para a criação de modelos de curadoria compartilhada para as
ações do MCI, como no GT Educativo, considerando que ela tem larga experiência como
professora e educadora.
O Instituto Maracá fez um contrato com ela em agosto para viabilizar sua participação e
contribuições nessa etapa do trabalho enquanto não fosse realizado o contrato com a
ACAM Portinari.12
Durante esse período tiveram início as tratativas com Andreia Duarte para sua colaboração
com o Instituto Maracá nos trabalhos a serem desenvolvidos no GT Exposições e
Programação Cultural. O Instituto Maracá apresentou uma proposta para ela coordenar esse
GT, trabalhando junto com Sandra Benites. A partir dessas articulações iniciais, definimos os
termos e atividades para elaboração de um contrato do Instituto Maracá com a Outra
Margem.13
21
Em diálogo com os representantes indígenas envolvidos com os processos curatoriais até o
momento, levantamos algumas possibilidades de obras para serem pintadas na empena
direita do edifício sede do MCI.
GT Gestão Compartilhada
Alexandre Gomes e Conselho de Abertura Aty Mirim
Nessa época estava em formação o Conselho de Abertura para orientar as ações iniciais do
MCI. Realizamos as primeiras reuniões com as lideranças indígenas guarani da capital para
apresentar a proposta de criação de um conselho indígena para o museu e dessa forma foi
criado o Conselho de Abertura Aty Mirim, um primeiro grupo de representantes indígenas
para dialogar com os gestores e técnicos do MCI. Neste momento, os guarani preferiram
não chamar os representantes do oeste e os urbanos, preferindo entender melhor e ter
maior clareza do que estava sendo proposto para depois pensar as formas de chamá-los a
integrar esse grupo.
Foi elaborado um termo de referência para ele logo após a assinatura do IM com a ACAM,
mas o seu contrato foi firmado apenas um mês depois, porque ele quis negociar valores e
22
condições que não haviam sido combinadas anteriormente e que consideramos exageradas.
pedimos que ele adequasse as atividades a serem realizadas e ele mesmo elaborou o termo
de referência que ao final foi aceito e firmado com o IM.
Em nossas conversas e em seu TR acordamos que ficaria a cargo dele o contato, convite e
elaboração de proposta de trabalho para os consultores a serem contratados para as
atividades de elaboração do Plano Museológico.
Nas primeiras viagens a São Paulo, Alexandre chegou a agendar uma visita a José Carlos
Levinho mas não nos foi apresentado um resultado desse contato.
GT Formação e Educativo
Ana Carolina Estrela da Costa
Assim como Alexandre e Luíza, Ana Estrela já vinha trabalhando com o IM no Projeto Teko
Jerá, realizado com financiamento do Goethe-Institut. Por isso já vínhamos conversando
sobre o museu e ela já estava a par dos trabalhos em curso. Oferecemos a ela um cargo CLT
para trabalhar no museu, na área de formação ou de educativo, mas ela estava ocupada
finalizando seu doutorado e neste momento não quis assumir o compromisso. Oferecemos
então a possibilidade de um contrato de consultoria com horários mais flexíveis ou carga
horária menor. Após algum tempo, porém, ela informou que aceitaria o cargo de CLT.
Passamos então à informação à ACAM que procedeu à sua contratação.
GT Comunicação
Durante o primeiro semestre do 2022, Renata Tupinambá e Christine White, indicadas pelo
IM apoiaram as equipes de comunicação da ACAM Portinari a adequar o conteúdo
produzido às especificações e particularidades exigidas pela gestão compartilhada,
procurando conciliar as demandas de comunicação vindas da SEC e ACAM às expectativas e
propostas dos representantes indígenas do conselho e do IM.
23
Os contratos de Christine White e Renata Tupinambá se encerraram após a inauguração do
Museu. O IM indicou para substituir a Renata Tupinambá a Julie Dorrico, ou Trudruá Dorrico,
do povo Macuxi, que aceitou o convite e passou a integrar a equipe de Comunicação do
MCI.
O Instituto Maraca também pesquisou, selecionou e apresentou à ACAM jornalistas não
indígenas para compor as equipes de comunicação do museu.17
ÍTEM L.
Acompanhamento das etapas de instalação do Museu das Culturas Indígenas.
24
ÍTEM M.
Acompanhamento das exposições inaugurais e intervenções artísticas na edificação em
áreas interna e externa, da concepção à montagem.
Como essa exposição é coletiva, foi definido que seria promovida a participação de
diferentes artistas ao longo do tempo, e que as contribuições de cada um poderiam se dar
em diferentes momentos. Após as definições iniciais, o Instituto Maracá continuou
conversando com os articuladores e participantes indígenas para definir outras intervenções
a serem realizadas na exposição.
No período anterior à inauguração tiveram início as primeiras conversas com Sandra Benites
para definir se ela poderia ocupar uma função no museu. Ela já havia sido contratada como
curadora da exposição do Xadalu, e vínhamos dialogando sobre papéis e atribuições que ela
poderia ter na equipe que começava a se configurar.
O resultado das articulações com Sandra Benites foi muito positivo. A contratação dela em
agosto, pelo Instituto Maracá, para nos apoiar na definição das próximas atividades
curatoriais e de articulação com artistas e com o Conselho Aty Mirim, e a subsequente
formalização do contrato entre ela e a ACAM Portinari permitiram uma maior integração
entre ela e a equipe da Outra Margem, também à época em processo de contratação, para
que juntas pudessem desenvolver as propostas de continuidade e complementação das
exposições do MCI.
ÍTEM N.
Acompanhamento e contribuição em todas as demais atividades a serem realizadas no
Museu das Culturas Indígenas, garantindo a adequação dos processos, práticas e
metodologias de trabalho às especificidades culturais dos representantes e coletivos
indígenas envolvidos nas atividades e na gestão do Museu das Culturas Indígenas.
(atividade realizada em fluxo contínuo).
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formação das equipes técnicas utilizados para organizar a implantação do MCI de forma
conjunta e articulada pela ACAM e o Instituto Maracá.
As ações desenvolvidas nesse período tanto pelo IM como pela ACAM Portinari foram
orientadas por essa proposta de trabalho, com a intenção de permitir a máxima participação
dos representantes indígenas em todas as decisões e etapas do processo.
De forma geral, avaliamos que como tempo e condições disponíveis, conseguimos atingir o
objetivo de realizar a inauguração do MCI com um Conselho Indígena de Abertura criado e
em funcionamento, contribuindo das formas possíveis e acompanhando o andamento das
primeiras etapas de criação do MCI.
Da mesma forma, conseguimos realizar de forma participativa as exposições inaugurais e a
programação cultural inicial do MCI, criando canais de diálogo e comunicação e promovendo
espaços de participação para indígenas de diversas etnias na definição e realização das
primeiras ações e exposições realizadas.
vvv
Adriana Calabi
INSTITUTO MARACÁ
Representante legal
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Relação de anexos:
Anexo 15 - Constituição da Comissão Curatorial e Artística do MCI
Anexo 61 - Termo_de_referencia_contrato_consultoria_sandra_benites_acam_
Anexo 62 - Contrato_sandra_benites_IM_curadoria_e_educativo_ago22
Anexo 64_cv_ana_estrela_2022_
Anexo 65 - apresentacao_MCI_sec_cultura_
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Anexo 67 - Currículo Letícia Leite
Anexo 68 - bio_Renata Tupinambá - Comunicação
Anexo 69 - CV_assessoria_imprensa_Cecília Garcia
Anexo 70 - CV_assessoria_imprensa_DENISE_MEIRA
Anexo 71 - CV_assessoria_imprensa_TatianeRibeiro
Anexo 72 - Proposta Imagem Academy Adriana Costa
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