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Museu das Culturas Indígenas

Implantação e acompanhamento das atividades

Janeiro a Junho de 2022


ÍNDICE

1. CRONOLOGIA - ATIVIDADES REALIZADAS JANEIRO A JUNHO DE 2022 ........................................pág.4

2. ENTREGAS E PRODUTOS CONFORME TERMO DE REFERÊNCIA


ETAPA 1 - Janeiro a junho de 2022
ÍTENS e, g, i, j, k, l, m n ................................................................................................................ pág.7

ÍTEM G.
Produção das exposições do Museu das Culturas indígenas
(MCI).............................................................................................................................................pág.7

"Invasão Colonial", do artista Xadalu Tupã Jekupé .......................................................pág.8

"Ygapó Terra Firme", do artista Denilson Baniwa .......................................................pág.9

"Ocupação Decoloniza SP Terra Indígena" - Exposição coletiva na área externa e outros espaços do
edifício sede do Museu das Culturas Indígenas............................................................. pág.9

De Rita Huni Kuin:


“Jiboia (Yyube Shéne)” e “Surgimento Ayawaska ( Yubé Inú e Yubé Shanú)”, realizada na sala multiuso
no 7º andar;
Pintura da cobra pufe ........................................................................................................pág.10

Dos artistas Maxacali:


“Mimãnãm Tot Xaxnas”; “Mimãnãm Tot Xax”; “Kotkuphi Pet” e “Pohox”, pintura no muro esquerdo.
.........................................................................................................................................pág.10

De Sérgio e Maurício Yanomami:


“Hekura pë yahipi”, pintura no muro esquerdo ..........................................................................pág.11

De Tamikuã Thihi:
Onças - “A guardiã da Memória”, na empena esquerda e “Recuperando território para dar vida às
esperanças”, no muro esquerdo; ..................................................................................pág.11

De Tamikuã Thihi:
Portão - “ Ypará Jaxá” .........................................................................................................pág.12

De Tamikuã Thihi:
Grafismos ao lado da porta de entrada: “Ara Pyau e Ara Ymã - Os tempos sagrados do mundo Guarani” e
Grafismo da parede da recepção: “Ajaka Para” com orientação Jaxuka Leonice Rete de Quadros;
Natalício Karai de Souza; Marcio Mendonça Bolgarim e Julieta
Paredes.........................................................................................................................................pág.12

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


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De Carlos Papá Mirim e Daniel Scandurra:
"Tava - Casa de Transformação". Grafismo aplicado no primeiro andar da fachada frontal do prédio do
MCI. ..........................................................................................................................................pág.13

De Denilson Baniwa, Gustavo Caboco, Daniel Scandurra e outros artistas:


Lambe-lambes "SP Terra Indígena", "Democracia é Demarcar todas as Terras Indígenas", "Decolonize-
se", "Floresta de Pé, Fascismo no Chão", "Paisagem Ancestral", "Retorno à Terra", e
"Terraiz".........................................................................................................................................pág.13

Da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), Centro de Trabalho Indigenista (CTI):


"Mapa das Terras Guarani", no muro direito..................................................................................pág.13

De Andrey Guaianá, no 2º Andar


Obras "Mestiçagem #20", "Mestiçagem #21" e "Alicerce
#01.................................................................................................................................................pág.13

Termos de Referência dos artistas indígenas ...................................................................................pág.14

Reuniões com artistas conselheiros e propostas de programação para o


evento.......................................................................................................................................................pág.14

ÍTEM J.
Assessoria para criação de
logomarca........................................................................................................................................................pág.14

ÍTEM I.
Assessoria para intervenções artísticas e paisagísticas na edificação, em suas áreas internas e externas -
Reuniões com equipe de arquitetos responsáveis pela adequação do edifício sede do Museu das
Culturas Indígenas para alinhamento das propostas dos arquitetos e da Comissão Curatorial e Artística
do Museu ..........................................................................................................................................pág.15

ÍTEM E.
Articulação institucional e fluxo de comunicação entre os GTs
Indicação de profissional para coordenador(a) de articulação institucional e fluxo de comunicação, e
orientação para o coordenador de articulação institucional e fluxo de comunicação
.........................................................................................................................................................pág.18

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


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ÍTEM K.
Coordenação, acompanhamento e orientação dos Grupos de Trabalho e equipes técnicas, apoio ao
Conselho e Comitê no que for necessário e efetuar, conforme os prazos estabelecidos, as entregas
pactuadas com a ACAM Portinari

GT Exposicoes e Programação Cultural


Sandra Benites ..........................................................................................................................pág.20

GT Exposições e Programação Cultural


Outra Margem ..........................................................................................................................pág.21

GT Exposições e Programação Cultural


Comissão Curatorial ................................................................................................................................pág.21

GT Gestão Compartilhada
Alexandre Gomes e Conselho de Abertura Aty Mirim ..........................................................................pág.22

GT Formação e Educativo
Ana Carolina Estrela da Costa .................................................................................................................pág.23

GT Comunicação ....................................................................................................................................pág.23

ÍTEM L.
Acompanhamento das etapas de instalação do Museu das Culturas
Indígenas. .......................................................................................................................................................pág.24

ÍTEM M.
Acompanhamento das exposições inaugurais e intervenções artísticas na edificação em áreas interna e
externa, da concepção à montagem. ...........................................................................................................pág.25

ÍTEM N.
Acompanhamento e contribuição em todas as demais atividades a serem realizadas no Museu das
Culturas Indígenas, garantindo a adequação dos processos, práticas e metodologias de trabalho às
especificidades culturais dos representantes e coletivos indígenas envolvidos nas atividades e na gestão
do Museu das Culturas Indígenas. (atividade realizada em fluxo contínuo).
........................................................................................................................................................................pág. 25

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


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CRONOLOGIA - ATIVIDADES REALIZADAS
JANEIRO A JUNHO DE 2022

JANEIRO

● Concepção e elaboração de documentos norteadores para subsidiar e orientar as


ações iniciais necessárias para a criação do Museu das Culturas Indígenas.
● Elaboração de Plano de Trabalho preliminar para elaboração de orçamentos e
contratos necessários.
● Definições iniciais para a elaboração do termo de referência para elaboração do
contrato entre o Instituto Maracá e ACAM Portinari.
● Articulações iniciais com lideranças indígenas.

FEVEREIRO

● Primeiras reuniões com as comunidades indígenas para criação do Conselho


Indígena de Abertura.
● Início da elaboração do termo de referência para o contrato entre Instituto Maracá
e ACAM Portinari.
● Seleção das obras para empena e muro do prédio do MCI.
● Início das articulações para produção das obras na empena e muro.
● Pesquisa, seleção e indicação de profissionais para a equipe de comunicação.

MARÇO

● Participação de representantes do Instituto Maracá e do Conselho Aty Mirim na


Comissão Guarani Yvyrupá.
● Início dos diálogos com o Conselho Aty Mirim sobre o processo de contratação dos
profissionais para as equipes do museu.
● Definição da comissão de seleção para o processo seletivo pelo Conselho Aty Mirim
● Discussão sobre os critérios para a seleção de representantes indígenas para as
equipes técnicas do MCI.
● Negociação, elaboração e assinatura do contrato com Tamikuã Txihi para as obras
da empena e muro do MCI (Onças).

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● Proposta Inicial do contrato de Luísa Valentini com o Instituto Maracá para março e
abril.
● Contrato de Denilson Baniwa para a confecção da logomarca do Museu das Culturas
Indígenas.
● Articulações com Aldones Nino para finalização do projeto expográfico da exposição
"Invasão Colonial", conforme orientações da ACAM Portinari.
● Articulações para a contratação de Christine White e Renata Tupinambá para a
equipe de comunicação
● Desenvolvimento de materiais, organização da equipe e criação de fluxos de
informações da equipe de Comunicação do MCI.
● Diálogos com a ACAM Portinari para definição dos termos do contrato para uma
oficina de grafismos com a finalidade da criação da obra para a parede da recepção.
● Visitas técnicas dos artistas Xadalu e Denilson Baniwa ao Museu das Culturas
Indígenas.
● Reunião do artista Xadalu com membros do Conselho Aty Mirim e comunidade
Guarani do Jaraguá.
● Tratativas e ajustes nos contratos dos artistas indígenas para as exposições
inaugurais do Museu das Culturas Indígenas.
● Apresentação sobre as exposições de abertura e o Conselho de Abertura para a
Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

ABRIL

● Contratação de Renata Tupinambá pela ACAM Portinari.


● Produção de conteúdos e materiais de comunicação.
● Apresentação da última versão do projeto dos arquitetos representantes indígenas.
● Articulações com a Outra Margem para elaboração de proposta de trabalho e feitura
do contrato.
● Negociações com Denilson Baniwa sobre a exposição Ygapó Terra Firme.
● Envio do projeto inicial da exposição Ygapó Terra Firme.
● Mudança da data de abertura do Museu das Culturas Indígenas para o dia 29 de
junho.
● Reunião com coordenador estadual de Políticas para a População Negra e Indígena,
Antônio Carlos da Silva Barros.
● Articulações e negociações para a contratação de Luísa Valentini e Ana Carolina
Estrela da Costa.

MAIO

● Negociação do contrato entre a ACAM Portinari e o Instituto Maracá.


● Produção das pinturas da empena e muro do Museu das Culturas Indígenas (onças).
● Negociações com a Paula Borghi para a produção da exposição Ygapó Terra Firme do
artista Denilson.
● Assinatura do termo de licença da artista Tamikuã para as obras a serem aplicadas
na parede da recepção e portão do MCI.

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● Assinatura dos contratos de Xadalu Tupã Jekupé e Aldones Nino.
● Reuniões de alinhamento e organização dos trabalhos com a ACAM Portinari.
● Contrato e nota da oficina de grafismo da artista Tamikuã.
● Realização da oficina de grafismo da Tamikuã com representantes da TI Jaraguá.
● Reunião do Conselho Aty Mirim no Museu das Culturas Indígenas em 11 de maio de
2022.
● Produção do texto curatorial da exposição de Xadalu "Invasão Colonial - Yvyopata"
por Sandra Benites.
● Apresentação da programação do TePi - Teatro e Povos Indígenas, para o Museu
das Culturas Indígenas.
● Processo seletivo para o GT Educativo.
● Reunião de Tamikuã e arquitetos para definição da arte da parede da recepção do
MCI

JUNHO
● Produção da arte para as pinturas dos grafismos da parede da recepção.
● Pintura do pufe-cobra no 7º andar.
● Reunião do conselho Aty Mirim nos dias 14 e 15.
● Indicação dos nomes dos Mestres do Saber.
● Propostas para programação da Cerimônia de Abertura.
● Reunião do Conselho Aty Mirim, de 12 a 17.
● Primeiras demandas da ACAM Portinari/gerência do Museu das Culturas Indígenas
para o Instituto Maracá em conexão com o Conselho Aty Mirim.
● Definição das obras de Andrey Guaianá para exposição no 2º andar, no dia 24.
● Impressão e aplicação dos lambe-lambes nas colunas da marquise e muro de
entrada.
● Indicação do profissional para registro em vídeo do evento de abertura.
● Articulações e conversas para contratação de Sandra Benites.
● Elaboração das propostas do Termos de Referência dos Maxacali.
● Continuação dos processos seletivos do Museu das Culturas Indígenas.
● Assinatura do contrato do Instituto Maracá com a ACAM, no dia 26.
● Vinda de Alexandre Gomes para São Paulo, de 28 de junho a 3 de julho, para a
reunião do Conselho Aty Mirim e evento de inauguração.
● Evento oficial da Inauguração do Museu das Culturas Indígenas, no dia 29.

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ENTREGAS E PRODUTOS CONFORME TERMO DE REFERÊNCIA
ETAPA 1 - Janeiro a junho de 2022
ÍTENS e, g, i, j, k, l, m n

Este documento reúne informações sobre as atividades realizadas durante a fase anterior à
inauguração do Museu das Culturas Indígenas, agrupadas em temas principais, conforme as
entregas previstas nos itens e, g, i, j, k, l, m e n da etapa 1 do Termo de Referência do
Contrato do Instituto Maracá com a ACAM Portinari, sobre o Museu das Culturas Indígenas.

O texto e os anexos aqui apresentados dão continuidade e complementam as informações


referentes aos itens a, b, c, d, f, e g da etapa 1 do Termo de Referência do Contrato do
Instituto Maracá com a ACAM Portinari encaminhadas anteriormente, através do Ofício IM
04/22, em 30 de Novembro de 2022.

ÍTEM G.
Produção das exposições do Museu das Culturas indígenas (MCI)

Desde o início dos trabalhos para a criação do MCI em janeiro, até a sua inauguração em
junho, tivemos poucos meses para dar início às tratativas necessárias para a criação de uma
curadoria indígena coletiva, e ao mesmo tempo definir as exposições inaugurais para a
abertura do museu.1

Nesse período começava também a se formar o Conselho de Abertura e tinham início as


articulações para as primeiras contratações para a formação das equipes. No Conselho de
Abertura, denominado Aty Mirim, as definições sobre o modo de seleção e contratação de
indígenas dominavam o debate.

Estavam em curso ainda as conversas para a definição da Comissão Curatorial, além do


planejamento e organização inicial dos trabalhos em diferentes âmbitos e níveis,
envolvendo diversas reuniões, encontros e diálogos para orientação e alinhamento das
atividades dos diversos profissionais, entre outras atividades.

Era preciso realizar em pouco tempo a elaboração dos projetos expográficos, orçamentos e
seleção de empresas para produção da montagem das exposições, além de uma
programação cultural inicial e toda a articulação com os representantes indígenas.

Foram definidas 3 exposições inaugurais para ocupar dois andares do prédio do museu e as
áreas externas. As exposições realizadas foram as seguintes:

● “Invasão Colonial", do artista Xadalu Tupã Jekupé;


● "Ygapó Terra Firme", do artista Denilson Baniwa;
● "Ocupação Decoloniza SP Terra Indígena", vários artistas.

1 Ver Anexo 15 - CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO CURATORIAL E ARTÍSTICA DO MCI

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O Instituto Maracá realizou o contato, articulação e negociação com os artistas indígenas,
curadores e produtores definidos através dos processos coletivos de decisão instaurados até
o momento pelas lideranças indígenas do instituto Maracá e desenvolveu os termos de
referência necessários para as contratações de artistas, curadores, técnicos e produtores.

Foram realizadas reuniões virtuais e diversos contatos telefônicos para tecer os primeiros
contatos e combinar ações iniciais.

A dinâmica dos encontros e diálogos entre o Instituto Maracá, os artistas e curadores


indígenas, e os demais representantes envolvidos na criação do Museu neste momento foi
realizada através de conversas particulares ou em grupos, sempre obedecendo suas próprias
formas de organização e articulação.

Embora todas as conversas e encontros tenham sido positivas e todas as pessoas


contactadas pelo Instituto Maracá tenham se mostrado interessadas em participar mais
deste momento, em decorrência do prazo e da falta de disponibilidade e horários, tivemos
menos encontros presenciais do que gostaríamos.

Compreendendo o desafio, o grupo definiu consensualmente a realização dessas exposições


iniciais. O Maracá passou então a realizar as tratativas necessárias à concretização dos
projetos e montagem das exposições, como descreveremos a seguir.

"Invasão Colonial", do artista Xadalu Tupã Jekupé

Foi definida pelo grupo de artistas e curadores em diálogo com o Instituto Maracá a
realização da exposição “Invasão Colonial”, do artista Xadalu Tupã Jekupé . O artista indicou
a Sandra Benites para fazer a curadoria e os textos curatoriais da exposição e Aldones Nino
para desenvolver o projeto expográfico e ficha técnica. Sandra Benites e Aldones Nino foram
contratados pelo Instituto Maracá. O Instituto Maracá fez a interlocução com o Aldones para
a produção do projeto expográfico conforme especificações e necessidades da ACAM
Portinari, e com o artista Xadalu para definição dos termos de referência para o seu
contrato. A produção e montagem foi realizada pela ACAM Portinari. O Instituto Maracá
realizou a articulação com Cristiano Vasconcelos, do Instituto Inclusartiz, para combinar
sobre o transporte e seguro das obras que estavam sob sua guarda do Rio de Janeiro para
São Paulo. O Instituto Inclusartiz demonstrou interesse e disponibilidade para futuros
contatos e parcerias. O Instituto Maracá colaborou ainda com o levantamento de propostas
de produtoras para montagem da exposição, que foram encaminhadas para a ACAM.2

2 Ver Anexo 22 - Expo Xadalu Relação Obras,


Anexo 23 - Expo Xadalu - Texto Sandra,
Anexo 27 - Expo Xadalu_- Ficha Técnica,
Anexo 24 - Expo Xadalu Projeto Expografico,
Anexo 26 - Orçamento Transporte Fink - RJ x SP - Xadalu
Anexo 6 - Contrato Sandra Benites Texto Curatorial Xadalu_jan2022,
Anexo 25 - ContratoAldonesAsssinadoMar22, e
Anexo 28 - MCI_ Xadalu_ termo de referência.

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"Ygapó Terra Firme", do artista Denilson Baniwa

No âmbito da Comissão Curatorial foi decidido realizar a exposição proposta pelo artista
Denilson Baniwa em dois dos andares expositivos do museu. O Instituto Maracá negociou
com o artista as condições para a realização da exposição, na qual foi indicada uma
assistente curatorial, definida pelo artista, para assessorá-lo na construção do projeto
expositivo e ficha técnica. Foi indicada a curadora Paula Borghi, com quem passamos a
organizar as atividades necessárias para a realização da exposição. Solicitamos o projeto
expositivo, que foi entregue diretamente para a ACAM Portinari. Solicitamos também três
orçamentos para produção da montagem da exposição, que foram entregues por ela.3

"Ocupação Decoloniza SP Terra Indígena" - Exposição coletiva na área externa e outros


espaços do edifício sede do Museu das Culturas Indígenas

A Ocupação Decoloniza SP é uma exposição coletiva composta por obras de diversos artistas
indígenas, selecionados através dos processos definidos pela Comissão Curatorial.

As obras que compõem a exposição são as seguintes:

De Tamikuã Txihi:
● Onças - “A guardiã da Memória”, na empena esquerda e “Recuperando território
para dar vida às esperanças”, no muro esquerdo;
● Portão - “ Ypará Jaxá”
● Grafismos ao lado da porta de entrada: “Ara Pyau e Ara Ymã - Os tempos sagrados
do mundo Guarani”
● Grafismo da parede da recepção: “Ajaka Para” com orientação Jaxuka Leonice Rete
de Quadros; Natalício Karai de Souza; Marcio Mendonça Bolgarim e Julieta Paredes

Dos artistas Maxacali:


“Mimãnãm Tot Xaxnas”; “Mimãnãm Tot Xax”; “Kotkuphi Pet” e “Pohox”, pintura no muro
esquerdo.

De Sérgio e Maurício Yanomami:


“Hekura pë yahipi”, pintura no muro esquerdo

De Denilson Baniwa, Gustavo Caboco, Daniel Scandurra e outros artistas:

3 Ver Anexo 29 - Projeto Expo Ygapó Terra Firme,


Anexo 30 - ficha_tecnica_ygapo_denilson_,
Anexo 31 - orcamento_ygapo_MOVA,
Anexo 32 - orcamento_ygapo_terra_firme_ideias, e
Anexo 33 - orcamento_ygapo_terrafirme_luiza_.

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Lambe-lambes "SP Terra Indígena", "Democracia é Demarcar todas as Terras Indígenas",
"Decolonize-se", "Floresta de Pé, Fascismo no Chão", "Paisagem Ancestral", "Retorno à
Terra", e "Terraiz".

De Rita Huni Kuin:


“Jiboia (Yyube Shéne)” e “Surgimento Ayawaska ( Yubé Inú e Yubé Shanú)”, realizada na sala
multiuso no 7º andar;
Pintura da cobra pufe (Jiboia)

Da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), Centro de Trabalho Indigenista (CTI):


"Mapa das Terras Guarani", no muro direito

De Carlos Papá Mirim e Daniel Scandurra:


"Tava - Casa de Transformação". Grafismo aplicado no primeiro andar da fachada frontal do
prédio do MCI.

De Andrey Guaianá:
"Mestiçagem #20", "Mestiçagem #21" e "Alicerce #01", obras expostas no 2º andar.

A exposição receberá ainda outras obras, a serem realizadas após a inauguração do museu,
na empena direita, fachada traseira e escadas do prédio sede do MCI.

O Instituto Maracá coordenou e acompanhou a realização de todas as obras realizadas,


resolvendo ou encaminhando as demandas e providências necessárias e acompanhando a
produção de cada uma delas em articulação com os indígenas envolvidos.

A seguir uma breve descrição sobre o trabalho realizado para a produção de cada uma delas:

De Rita Huni Kuin:


● “Jiboia (Yyube Shéne)” e “Surgimento Ayawaska ( Yubé Inú e Yubé Shanú)”,
realizada na sala multiuso no 7º andar;
● Pintura da cobra pufe

O Instituto Maracá acompanhou o trabalho da Rita durante o período que ficou em SP.
Foram realizadas conversas sobre a proposta curatorial e sobre o museu, sobre gestão
participativa e orientações para pintura das paredes das salas multiuso do 7º andar.
Com os arquitetos foram organizadas as atividades para a pintura da cobra pufe instalada no
7º andar (Jiboia).

Dos artistas Maxacali:


● “Mimãnãm Tot Xaxnas”; “Mimãnãm Tot Xax”; “Kotkuphi Pet” e “Pohox”, pintura
no muro esquerdo.

Os Maxacali foram convidados a partir de uma articulação de Cristine Takuá. Como os


convidados não falam bem o português, o Instituto Maracá providenciou o apoio de Ana

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Estrela da Costa como intérprete para podermos negociar e elaborar os termos de cessão de
direitos para eles e para orientá-los na realização de suas obras.
O Instituto Maracá ofereceu o apoio aos artistas durante sua estadia em São Paulo e no
museu para a produção das obras, garantindo que tivessem materiais, alimentação,
hospedagem, transporte e tratamento adequados.

De Sérgio e Maurício Yanomami:


● “Hekura pë yahipi”, pintura no muro esquerdo

O Instituto Maracá fez a articulação e acompanhamento e orientações para eles sobre o


trabalho a ser realizado e explicou-lhes sobre a proposta da exposição e do Museu das
Culturas Indígenas, procurando integrá-los às atividades. Dessa forma procuramos trazer as
participações de outras etnias, diversificando a participação indígena no museu.
O Instituto Maracá ofereceu apoio aos artistas durante sua estadia em São Paulo e no
museu para a produção das obras, garantindo que tivessem materiais, alimentação,
hospedagem, transporte e tratamento adequados.

De Tamikuã Txihi:
● Onças - “A guardiã da Memória”, na empena esquerda e “Recuperando território
para dar vida às esperanças”, no muro esquerdo;

O Instituto Maracá realizou as providências necessárias para a produção da pintura das


obras da artista Tamikuã na empena direita e no muro esquerdo do MCi.

O Instituto Maracá realizou a articulação, elaboração de termos de referência, negociação e


acompanhamento do trabalho das produtoras indicadas pela artista para a pintura das obras
na fachada e muro do museu. Os contratos com as produtoras foram firmados com a ACAM
Portinari.4

Realizamos as seguintes atividades de apoio à produção dessas obras:

● Contato com a produtora Thaís e a pintora Hanna Lucatelli, indicadas pela Tamikuã
para realizar as pinturas;
● Identificação e contato com engenheiro do trabalho competente e disponível,
pedido de orçamento, agendamento de visita técnica para autorização da pintura da
empena do prédio;
● Contato com Urbe para aluguel dos equipamentos (balancim), pedido de
orçamento, esclarecimentos técnicos, negociação de entrega, encaminhamento do
orçamento e dados de contratação para ACAM Portinari;
● Contato e acompanhamento de visita técnica da Civil Montagens (Gustavo),
encaminhamento do orçamento e dados de contratação para ACAM Portinari;
● Orçamento de materiais de pintura, e aluguel de escada;
● Orçamento do serviço de segurança dos bombeiros;

4 Ver Anexo 34 - Orçamento Produtora Empena.

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● Orçamento do exame médico de Hanna Lucatelli;
● Orçamento de eletricistas para instalação de quadro de força para os balancins;
● Cotações e pagamento de seguro de vida para as pintoras;
● Aluguel de escada;
● Indicação de um profissional de filmagem com drone para registro da produção das
obras. O contrato foi realizado pela ACAM Portinari, os registros desses vídeos
encontram-se com a ACAM Portinari e foram utilizados nos materiais de divulgação
do museu;
● Alinhamento entre as partes administrativa (Hugo e Davidson) e de produção
artística;
● Recebimento e vistoria dos materiais locados na Urbe e dos materiais comprados
pela ACAM;
● Organização dos equipamentos no espaço, providências de transporte e
alimentação das pintoras;
● Acompanhamento dos serviços de eletricista, engenharia civil (Gustavo: montagem
dos balancins);
● Acompanhamento das ações das artistas, engenheiro, bombeira e montador Civil
Engenharia.

De Tamikuã Txihi:
● Portão - “ Ypará Jaxá”

Apoio de produção para compra de materiais, transporte e alimentação da artista para a


realização da obra no local, realizado pelo Instituto Maracá.

De Tamikuã Txihi:
● Grafismos ao lado da porta de entrada: “Ara Pyau e Ara Ymã - Os tempos sagrados
do mundo Guarani” e
● Grafismo da parede da recepção: “Ajaka Para” com orientação Jaxuka Leonice
Rete de Quadros; Natalício Karai de Souza; Marcio Mendonça Bolgarim e Julieta
Paredes

Definição com os artistas do projeto a ser aplicado na parede da recepção do Museu.

Foi determinado pelos representantes indígenas que deveria ser realizada uma oficina na TI
Jaraguá para definição de grafismos a serem aplicados na parede da recepção do MCI. Essa
oficina foi realizada em maio de 2022.

Foi definida a pintura dos grafismos produzidos em uma oficina com representantes da TI
Jaraguá e produção de materiais para criação de uma obra com grafismos Guarani para a
parede da recepção do museu.

A partir dos grafismos definidos na oficina foram produzidos projetos gráficos para
adaptação do desenho dos grafismos desenvolvidos na oficina para aplicação na parede da
recepção.

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Foi definido pela artista Tamikuã Txihi que os grafismos seriam aplicados com técnica de
grafite e estêncil. Um profissional foi contratado pela ACAM Portinari para realizar a pintura
sob supervisão da artista.5

De Papá Mirim e Daniel Scandurra:


● "Tava - Casa de Transformação". Grafismo aplicado no primeiro andar da fachada
frontal do prédio do MCI.

O Instituto Maracá fez a articulação com Daniel Scandurra e Carlos Papá para a produção de
um grafismo com a palavra "TAVA" para ser aplicado na fachada do museu.

De Denilson Baniwa, Gustavo Caboco, Daniel Scandurra e outros artistas:


● Lambe-lambes "SP Terra Indígena", "Democracia é Demarcar todas as Terras
Indígenas", "Decolonize-se", "Floresta de Pé, Fascismo no Chão", "Paisagem
Ancestral", "Retorno à Terra", e "Terraiz".

O Instituto Maracá fez a impressão dos cartazes e a compra de material, e organizou a


aplicação dos lambe-lambes com as pessoas da própria equipe do Instituto Maracá e do
Museu das Culturas Indígenas.

Da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), Centro de Trabalho Indigenista (CTI):


● "Mapa das Terras Guarani", no muro direito

O Instituto Maracá providenciou e cedeu o mapa que foi pendurado no muro direito.

De Andrey Guaianá, no 2º Andar


● Obras "Mestiçagem #20", "Mestiçagem #21" e "Alicerce #01

Por indicação de Sandra Benites, em acordo com outros interlocutores indígenas da


Comissão Curatorial, foi realizado um acordo com o artista Andrey Guaianá para instalação
de suas obras na ante sala do 2º andar. A seleção das obras foi feita pela Sandra em
contato com o artista, e o contrato foi realizado diretamente com a ACAM Portinari.6

5 Ver Anexo 35 - Oficina Grafismos Tamikua,


Anexo 36 - Estudos para aplicação dos grafismos para paredes da recepção e marquise
do MCI, e
Anexo 37 - MCI_FachadaRecepçao_Planificaçao_Grafismo.

6 Ver Anexo 38 - Proposta Andrey Guaiana,


Anexo 39 - Projeto Andrey Guaiana,
Anexo 40 - Biografia Andrey Guaiana.

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Termos de Referência dos artistas indígenas

O Instituto Maracá realizou a articulação com todos os artistas mencionados, negociou e


elaborou os termos de referência para a confecção dos contratos de cada um.

Os termos de referência foram encaminhados para a ACAM Portinari, que por sua vez
realizou os contratos. O Instituto Maracá reuniu as assinaturas de todos e os contratos
assinados foram entregues em mãos para a ACAM Portinari, responsável pelo pagamento
dos artistas.7

Reuniões com artistas conselheiros e propostas de programação para o evento

O Instituto Maracá articulou o diálogo da ACAM Portinari com os representantes indígenas


do Conselho de Abertura e com os artistas e curadores envolvidos nos trabalhos até o
momento, para a definição da programação do evento de abertura. Foram definidas
apresentações culturais, propostas para um buffet com comidas tradicionais guarani e
definidos representantes para as falas durante a cerimônia. Foi definido quem iria participar,
fazer o convite aos indígenas, prestar apoio à produção do transporte e organização da vinda
dos grupos indígenas para o evento de inauguração.

O Instituto Maracá indicou a Ana Estrela para apoiar a produção do evento de inauguração,
organizando e coordenando com a gerência do museu as providências necessárias para os
convites dos representantes indígenas para o evento, bem como a alimentação, transporte,
acolhimento e participação de cada um no evento. O contrato da Ana Estrela para essa
função foi realizado e pago pela ACAM.

Foram definidos e oficializados os nomes dos representantes indígenas que compõem o


Conselho de Abertura Aty Mirim para publicação na Ficha Técnica do MCI e confecção de
banner a ser exposto na recepção.8

ÍTEM J.
Assessoria para criação de logomarca

Foi indicado o artista Denilson Baniwa para a elaboração da logomarca do Museu das
Culturas Indígenas. A negociação foi realizada pelo Instituto Maracá, bem como a elaboração
de um Termo de Referência, que foi encaminhado para a ACAM Portinari. O artista foi
contratado pela ACAM Portinari e criou a logomarca utilizada no museu.9

7 Ver Anexos 41 a 55 - Termos de Licença de Direitos Autorais dos artistas indígenas.


8 Ver Anexo 56 - Ficha Técnica IM e Conselho 24Jun22.
9 Ver Anexo 57 - Denilson - logomarca MCI, e
Anexo 58 - Logo Denilson MCI.

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

14
ÍTEM I.
Assessoria para intervenções artísticas e paisagísticas na edificação, em suas áreas
internas e externas - Reuniões com equipe de arquitetos responsáveis pela adequação do
edifício sede do Museu das Culturas Indígenas para alinhamento das propostas dos
arquitetos e da Comissão Curatorial e Artística do Museu.

Logo no início de janeiro indicamos, a partir de avaliação dos representantes indígenas do


Instituto Maracá, o Atelier Marko Brajovic, para desenvolver o projeto arquitetônico de
ocupação do edifício sede do Museu das Culturas Indígenas e seu entorno.

Em 5 de janeiro recebemos uma proposta de serviços preliminares a partir da qual tiveram


início as negociações para definição do contrato da ACAM Portinari.

Foram propostas as seguintes etapas de trabalho e prazos:

● Janeiro: visita ao local, levantamento fotográfico e métrico, e definição do escopo


completo do projeto. Definição da Primeira Fase (projeto
estratégico viável para abertura do Museu em Abril 2022);

● Fevereiro: desenvolvimento do Projeto Conceito e Projeto Técnico desta primeira


fase;

● Março: Produção dos itens aprovados para a primeira fase;

● Abril: Previsão de inauguração e definição do calendário anual das demais fases de


implantação do Museu.

No dia 25 de fevereiro de 2022 foi realizada uma reunião dos artistas convidados para
compor a Comissão Curatorial com os profissionais do Atelier Marko Brajovic, responsáveis
pelo projeto arquitetônico do Museu das Culturas Indígenas.

Participaram da reunião:
Adriana Calabi, diretora do Instituto Maracá
Cristine Takuá, diretora do Instituto Maracá
Carlos Papá, diretor do Instituto Maracá
Denilson Baniwa, artista do povo Baniwa
Inaê Coutinho, produtora executiva contratada pelo Instituto Maracá
Gustavo Caboco, artista indígena do povo Wapixana
Marcela Tokiwa, arquiteta responsável pelo projeto do MCI contrata pela ACAM Portinari
Marko, arquiteto responsável pelo projeto do MCI contrata pela ACAM Portinari
Naine Terena, artista indígena do povo Terena
Tamikuã Txihi, artista indígena Pataxó e residente da TI Jaraguá em SP
Xadalu Tupã Jekupé, artista do povo Guarani
Angélica Fabbri, da ACAM Portinari

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Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

15
A reunião tratou principalmente da ocupação dos espaços do museu e das possíveis
intervenções artísticas a serem realizadas. Na conversa, foram sugeridas a realização de uma
exposição de Xadalu ("Invasão Colonial - Yvy Opata - A Terra vai Acabar"), a pintura das
onças de Tamikuã, e foram propostas algumas ações artísticas a serem realizadas na
abertura do Museu das Culturas Indígenas ou depois.

Houve um consenso sobre os valores a serem pagos para os artistas seguirem um padrão ou
tabela, para manter a equidade entre todos. Houve também um consenso de que o comitê
dos artistas deve englobar participantes de outras culturas indígenas para além das
representadas no comitê, com intuito de evitar confrontos e situações desconfortáveis entre
os povos.

Foi destacado que é preciso tempo e paciência para construir o diálogo entre representantes
de diferentes povos e etnias, que são relações delicadas, algumas vezes difíceis, e portanto
trata-se da construção de um processo de longo prazo que requer investimento e tempo.
Segundo Cristine Takuá, do Instituto Maracá, "é preciso caminhar devagar para fortalecer os
laços entre parentes".

A seguir relacionamos algumas propostas apresentadas na reunião:

Gustavo Caboco propôs a criação de estratégias de ocupação a longo prazo e sugeriu a


criação de um espaço na parede onde os visitantes indígenas possam assinar o nome de seu
povo e assim ir gradativamente aumentando o número de povos mencionados no museu.
Ele também sugeriu que se traga o espaço da Toca da Onça, da Tamikuã, para o espaço do
museu.

Naine Terena se dispôs a colaborar com a programação das oficinas e disse que não
conseguiria assumir outras funções além desta, pois para o trabalho a ser feito no MCI seria
necessário um tempo maior de dedicação, que ela no momento não dispõe.

Tamikuã sugeriu que fossem pintadas pegadas de onça nas redondezas ou caminhos que
levam ao museu.

Foi sugerida a criação de um espaço de convívio com redes e a criação de espaços para
atividades coletivas na área externa do museu.

Foi lembrado por Denilson Baniwa o pensamento de Luis Lana sobre a “Maloca de memória”
e sugerido de se fazer um trabalho sobre esse tema e esse importante pensador indígena.

Foi consensual a proposta de se fazer um jardim no pátio externo em frente ao museu e em


outros canteiros ou espaços próximos ao museu, inclusive na rua de acesso ao Complexo
Esportivo Baby Barioni, localizada na parte de trás do museu. Gustavo Caboco sugeriu que o
plantio do jardim seja realizado e organizado como uma ação e uma afirmação política do
Museu das Culturas Indígenas.

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Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

16
Recomendou-se encaminhar à Secretaria de Cultura informe sobre a necessidade de criação
de um espaço de ateliê para os artistas, um espaço para reserva técnica, espaços para
reuniões dos conselheiros, artistas e curadores indígenas, e outros espaços expositivos.

Novamente levantou-se a possibilidade de ocupar a rua de acesso entre o espaço do prédio


e o parque da Água Branca para pintura de mural e feira de expositores dos diversos povos
indígenas como forma de agregar representantes indígenas de outras etnias e regiões nas
atividades do MCI.

Em março foi realizada outra reunião com os profissionais do Atelier Marko Brajovic, com a
presença de Marko Brajovick, Bruno Bezerra, Teresa Lima, Bárbara Helena Morais, Marcela
Toriwa, Angelica Fabbri, Luiz Antônio Bergamo (Tota) , Davidson Kaseker, Cristine Takuá,
Adriana Calabi, e Inaê Coutinho, para apresentação do projeto final de reconfiguração
arquitetônica do prédio.

Nessa reunião foram pontuadas algumas questões sobre a ocupação do espaço físico que
pautaram as ações realizadas nos meses seguintes. Entre as questões levantadas
destacamos as seguintes:

● A necessidade de construção de um muro do lado direito, de 5 metros de altura, a


complementação do muro à esquerda, e a necessidade de deslocamento prévio da
rede de águas pluviais e outras instalações para esta tarefa;

● A possibilidade de uso de um tapume para ser pintado pelos artistas e depois


leiloado;

● Necessidade de instalação de tubulação para o ar condicionado acima do muro a


ser construído;

● Propostas para as paredes com as pastilhas de azulejo, que podem ser pintadas ou
recobertas;

● Necessidade de trabalharmos em duas etapas: até a inauguração, de forma


emergencial, e depois disso com mais calma;

● Sugestão de organizar ações dos artistas no espaço no próprio dia da abertura;

● Dúvidas sobre a aprovação da construção no térreo dos espaços para a loja e café
pelos bombeiros e Secretaria de Esportes, em função da circulação necessária de
carros e pedestres, visto que a princípio a entrada será compartilhada;

● Necessidade de aprovação da logomarca do MCI para poder desenvolver o


trabalho de identidade cultural;

● Questões sobre como promover a participação do conselho Aty Mirim nas


definições sobre os tempos de resposta mais lento em função do diálogo com os
indígenas;

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● Importância de marcar o espaço com características singulares do museu;

● Necessidade de articulação e negociação com a Secretaria de Esportes quanto ao


uso do espaço do pátio em frente ao museu e outras questões referentes ao uso e
ocupação do pátio frontal, marquise e ruas do entorno do edifício sede do MCI.

Em 15 de Fevereiro, em resposta ao documento "Necessidades para a Programação de Uso",


encaminhado ao Instituto Maracá pela ACAM Portinari, em 07 de fevereiro, o Instituto
Maracá encaminhou propostas e sugestões referentes à ocupação e uso dos espaços do
entorno do Museu das Culturas Indígenas, de forma integrada com o Complexo Esportivo
Baby Barioni e o Parque da Água Branca10.

Sobre este assunto, vale observar que a articulação entre as Secretarias de Esporte e de
Cultura para definição das formas de uso dos espaços do Museu das Culturas Indígenas, do
Complexo Esportivo Baby Barioni e do Parque da Água Branca é uma providência das mais
recomendadas e de maior relevância, uma vez que a indefinição tende a causar conflitos e
confusão entre os funcionários e usuários tanto do museu como do complexo esportivo. É
recomendação do Instituto Maracá que se invista na elaboração de um projeto urbanístico
para o uso desses espaços e nas negociações necessárias para a redefinição das atuais
formas de uso e distribuição dos espaços do entorno do museu e complexo esportivo,
privilegiando os benefícios para os cidadãos usuários de ambos os equipamentos públicos.

ÍTEM E.
Articulação institucional e fluxo de comunicação entre os GT’s
Indicação de profissional para coordenador(a) de articulação institucional e fluxo de
comunicação, e orientação para o coordenador de articulação institucional e fluxo de
comunicação

Desde a construção do primeiro plano de trabalho para o processo de criação do Museu das
Culturas Indígenas, foi prevista a necessidade de contratação de um profissional para a
função de articulação entre os GT’s e entre as equipes técnicas do MCI e do Instituto
Maracá. A estratégia prevista pelo Instituto Maracá e a ACAM atribuía a este mesmo
profissional a função de criar e implantar um sistema de compartilhamento e
armazenamento de informações e a definição dos fluxos de informação e comunicação
entre os membros das equipes técnicas e os gestores responsáveis pela coordenação das
equipes.

No início do ano, o Instituto Maracá convidou Luísa Valentini para ocupar essa função. A
princípio ela nos informou que não teria disponibilidade para trabalhar em tempo integral.
Em 19 de março ela elaborou uma primeira proposta para começar a atuar de imediato,
visto que o trabalho já começava a exigir a articulação e organização do trabalho das
equipes em formação.

10 Ver Anexo 59 - MCI_ Resposta a ACAM_ necessidades para a programação de uso_15fev22_

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Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

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A partir de conversas iniciais, ela informou que poderia se comprometer com a seguinte
programação de trabalho:

1. Março - Comunicação e documentação interna da equipe – 21 a 31 de março


a. Construção de padrões iniciais (16 h de trabalho)
i. Quadro de arranjo inicial (estrutura de pastas)
ii. Padrão de nome de arquivo
iii. Padrão de fluxos de comunicação interna e arquivamento
iv. Rotinas para backup
b. Oficina de aplicação e ajustes (8h - 1 dia inteiro de atividade com a equipe)

2. Abril em diante – Desenvolvimento contínuo:


a. Acompanhamento aplicação dos instrumentos do mês anterior (16h mensais)
b. Construção e aplicação de proposta inicial de documentação museal (16h mensais
em abril e maio, possível ampliação em junho em diante)

Após novas conversas e esclarecimentos sobre as demandas apresentadas pelo Instituto


Maracá, a saber, a necessidade de um maior alinhamento e articulação entre as equipes do
Museu das Culturas Indígenas, ACAM Portinari e Instituto Maracá, Luísa apresenta uma nova
proposta:

Etapa 1 - Junho (ou início imediato, conforme a demanda esta semana):


● Acompanhamento e escuta de reuniões internas e externas.
● Escuta das equipes.
● Rodadas de alinhamento conceitual: com cada equipe (importante) e uma rodada
ampliada (se conseguirmos agenda).
● Apoio a processos de contratação e revisão de instrumentos internos já disponíveis
(importante, porque se trata da linguagem que vai construindo o teor das relações e
processos até o momento).

Etapa 2 - Julho
● Rodadas de alinhamento conceitual: rodada ampliada (importante) e rodadas com
cada equipe (dando continuidade).
● Proposta inicial de fluxos de comunicação e de pactuações internas, a partir da
escuta e práticas observadas.
● Construção de instrumentos preliminares de gestão, com linguagem adequada ao
perfil das equipes e dos conselhos.
● Primeira rodada de implementação de instrumentos e fluxos (teste).

Etapa 3 - Agosto e Setembro


● Nova rodada de escuta das equipes.
● Avaliação e aprimoramento de instrumentos e fluxos.
● Apresentação de resultados sistematizados para ACAM Portinari, coordenação do
Instituto Maracá, conselhos e equipe, para discussão.
● Apoio para articulação institucional externa, construção de conselhos e
aprimoramento do sistema de governança.

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● Desenho de proposta para próximos passos.

Pouco tempo depois, e antes de chegarmos a elaborar um contrato de consultoria para ela
desenvolver essa proposta, Luísa informou que a partir de conversas com a direção da
ACAM Portinari, havia combinado de assumir o cargo de Supervisora da equipe de Pesquisa
e Acervo e definiu com a ACAM seu contrato como CLT11.

Combinamos que mesmo assumindo a supervisão do programa de pesquisa e acervo, neste


período inicial ela ainda faria as tarefas de articulação institucional e fluxo de informações
que havíamos previsto.

Ela criou um sistema de pastas para armazenamento compartilhado que passou a ser
utilizado pelas equipes. Ficou pendente a realização de reuniões ou oficinas com todos os
membros das equipes para apresentação do sistema e instruções de utilização.

Algumas pastas foram criadas e compartilhadas, mas outras atividades de alinhamento da


equipe, diálogos e elaboração, registro e documentação de propostas desenvolvidas pelas
equipes foram adiadas.

Desde que começou a desenvolver as atividades para o programa de Acervo e Pesquisa ou


para o chamado Centro de Referência, o trabalho realizado por ela foi reportado
diretamente à ACAM, e as atividades de articulação e sistematização das informações
produzidas pelas equipes ficou deficitária.

Não conseguimos encontrar outro profissional com este perfil para substituí-la
imediatamente, e as atribuições dessa pessoa ficaram acumuladas na diretoria do Instituto
Maracá, que já estava sobrecarregada com muitas funções. Vimos, desde então,
selecionando outro profissional para desempenhar essa importante função.

ÍTEM K.
Coordenação, acompanhamento e orientação dos Grupos de Trabalho e equipes técnicas,
apoio ao Conselho e Comitê no que for necessário e efetuar, conforme os prazos
estabelecidos, as entregas pactuadas com a ACAM Portinari

GT Exposições e Programação Cultural


Sandra Benites

Desde sua participação nas atividades do Museu das Culturas Indígenas como curadora da
exposição "Invasão Colonial - Yvyopata", do artista Xadalu, o Instituto Maracá veio
dialogando com Sandra Benites sobre as demandas e desafios do trabalho de criação do
MCI. Como conselheira do Instituto Maracá, Sandra sempre foi uma interlocutora
privilegiada em nossas conversas e reflexões sobre processos de produção artística e
museologia indígena, de forma que neste momento foi natural o compartilhamento de

11 Ver Anexo 60 - Termo de referência para contrato – Luísa Valentini.

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Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

20
ideias e o diálogo com ela sobre as ações necessárias para enfrentar as complexidades do
trabalho a ser desenvolvido pelo Instituto Maracá.

Assim, desde o início do ano o Instituto Maracá vem tecendo com ela a possibilidade de sua
contratação para trabalhar conosco no MCI. Residente no Rio de Janeiro, para que ela viesse
a trabalhar no museu, ela teria que se mudar para São Paulo.

O Instituto Maracá ofereceu todo apoio necessário para viabilizar a sua mudança e
contratação. Após diversos encontros para pensar e definir o seu papel neste primeiro ano
de funcionamento do museu, considerando-se as equipes em formação e as atividades em
curso no momento, definimos o escopo do trabalho e elaboramos um Termo de Referência
para subsidiar a sua contratação pela ACAM Portinari como consultora. Embora tenhamos
oferecido a ela uma vaga de CLT Supervisora, ela não quis assumir um compromisso de
tempo integral, preferindo ter um contrato de consultoria com maior flexibilidade de
horários, o qual foi realizado e assinado em agosto.

Em diálogo com Sandra definimos que seria interessante ela participar, ao menos neste
momento inicial, tanto das atividades do GT Exposições e Programação Cultural, apoiando a
criação da comissão curatorial e desenvolvendo formas de diálogo com outros
representantes indígenas para a criação de modelos de curadoria compartilhada para as
ações do MCI, como no GT Educativo, considerando que ela tem larga experiência como
professora e educadora.

O Instituto Maracá fez um contrato com ela em agosto para viabilizar sua participação e
contribuições nessa etapa do trabalho enquanto não fosse realizado o contrato com a
ACAM Portinari.12

GT Exposições e Programação Cultural


Outra Margem

Durante esse período tiveram início as tratativas com Andreia Duarte para sua colaboração
com o Instituto Maracá nos trabalhos a serem desenvolvidos no GT Exposições e
Programação Cultural. O Instituto Maracá apresentou uma proposta para ela coordenar esse
GT, trabalhando junto com Sandra Benites. A partir dessas articulações iniciais, definimos os
termos e atividades para elaboração de um contrato do Instituto Maracá com a Outra
Margem.13

GT Exposições e Programação Cultural


Comissão Curatorial

12 Ver Anexo 61 - Termo_de_referencia_contrato_consultoria_sandra_benites_acam_, e


Anexo 62 - Contrato_sandra_benites_IM_curadoria_e_educativo_ago22.

13Ver Anexo 8 - Contrato Outra Margem coordenação e assistência curatorial set2022.

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Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

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Em diálogo com os representantes indígenas envolvidos com os processos curatoriais até o
momento, levantamos algumas possibilidades de obras para serem pintadas na empena
direita do edifício sede do MCI.

Estávamos empenhados em convidar diversas etnias a participar, e selecionamos algumas


obras de artistas Maxacali, Macuxi, Yanomami e Asurini. Porém, era necessário definir
também as formas de cessão de direitos e de emissão de Nota Fiscal para podermos
produzir a pintura da obra na empena do edifício. Não conseguimos ter clareza quanto a
emissão de notas e cessão de direitos das obras que havíamos selecionado. Apenas os
Asurini informaram que tinham todas as condições de fazerem um contrato de cessão de
direitos e a emissão de nota fiscal. No entanto, como o valor cobrado pela cessão de direitos
era relativamente alto, ficamos na dúvida se isso poderia causar discordâncias, polemicas ou
conflitos com os demais indígenas que começaram a participar dos processos de decisão do
museu. Pensando nos princípios da gestão compartilhada, consideramos que não seria
adequado definirmos a arte a ser aplicada na empena sem algum tipo de consulta aos
nossos grupos e fóruns de consulta. Por essa razão decidimos que a escolha da obra para a
empena direita teria que ser resolvida coletivamente.14

GT Gestão Compartilhada
Alexandre Gomes e Conselho de Abertura Aty Mirim

Nessa época estava em formação o Conselho de Abertura para orientar as ações iniciais do
MCI. Realizamos as primeiras reuniões com as lideranças indígenas guarani da capital para
apresentar a proposta de criação de um conselho indígena para o museu e dessa forma foi
criado o Conselho de Abertura Aty Mirim, um primeiro grupo de representantes indígenas
para dialogar com os gestores e técnicos do MCI. Neste momento, os guarani preferiram
não chamar os representantes do oeste e os urbanos, preferindo entender melhor e ter
maior clareza do que estava sendo proposto para depois pensar as formas de chamá-los a
integrar esse grupo.

Alexandre Gomes já vinha apoiando-nos na formação do conselho, contratado pelo Instituto


Maracá, mesmo antes do contrato com a ACAM. A partir da inauguração do MCI e do
contrato do IM com a ACAM Portinari, propusemos ao Alexandre um contrato mais longo,
até o fim do ano. Havíamos oferecido a possibilidade a ele de ocupar o cargo de supervisor
do GT Formação, considerando que ele poderia contribuir principalmente para a formação
de representantes indígenas na área da museologia social e patrimônio como para o
aprofundamento dos debates e reflexões das equipes em geral sobre processos
museológicos indígenas Também o convidamos a desenvolver atividades de aproximação e
intercâmbio do MCI com a "Rede de Memória e Museologia Social Indígena". Ele não quis se
mudar para São Paulo nesse momento, por isso fizemos sua contratação como consultor.

Foi elaborado um termo de referência para ele logo após a assinatura do IM com a ACAM,
mas o seu contrato foi firmado apenas um mês depois, porque ele quis negociar valores e

14 Ver Anexo 63 - Catalogo Asurini KUJY_RARYWA_ETE_.

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Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

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condições que não haviam sido combinadas anteriormente e que consideramos exageradas.
pedimos que ele adequasse as atividades a serem realizadas e ele mesmo elaborou o termo
de referência que ao final foi aceito e firmado com o IM.

Em nossas conversas e em seu TR acordamos que ficaria a cargo dele o contato, convite e
elaboração de proposta de trabalho para os consultores a serem contratados para as
atividades de elaboração do Plano Museológico.

Nas primeiras viagens a São Paulo, Alexandre chegou a agendar uma visita a José Carlos
Levinho mas não nos foi apresentado um resultado desse contato.

GT Formação e Educativo
Ana Carolina Estrela da Costa

Assim como Alexandre e Luíza, Ana Estrela já vinha trabalhando com o IM no Projeto Teko
Jerá, realizado com financiamento do Goethe-Institut. Por isso já vínhamos conversando
sobre o museu e ela já estava a par dos trabalhos em curso. Oferecemos a ela um cargo CLT
para trabalhar no museu, na área de formação ou de educativo, mas ela estava ocupada
finalizando seu doutorado e neste momento não quis assumir o compromisso. Oferecemos
então a possibilidade de um contrato de consultoria com horários mais flexíveis ou carga
horária menor. Após algum tempo, porém, ela informou que aceitaria o cargo de CLT.
Passamos então à informação à ACAM que procedeu à sua contratação.

Em conversas anteriores, Ana já tinha apresentado questões referentes à separação de


objetivos e atribuições entre os GTS Educativo e de Formação. Neste primeiro momento,
então, apesar de ela ter sido formalmente contratada como supervisora do Programa de
Formação do MCI, havia um entendimento de que seria interessante pensar e estruturar
esses dois programas de forma muito próxima e integrada. Assim, consideramos avaliar
junto com ela, após a sua contratação e após um primeiro contato dela com o trabalho, o
perfil e forma de seleção dos demais profissionais a serem contratados para compor as
equipes dos GTS Educativo e de Formação.15

GT Comunicação

Durante o primeiro semestre do 2022, Renata Tupinambá e Christine White, indicadas pelo
IM apoiaram as equipes de comunicação da ACAM Portinari a adequar o conteúdo
produzido às especificações e particularidades exigidas pela gestão compartilhada,
procurando conciliar as demandas de comunicação vindas da SEC e ACAM às expectativas e
propostas dos representantes indígenas do conselho e do IM.

O IM produziu uma apresentação das exposições inaugurais do museu e do Conselho de


Abertura para o Secretário de Cultura, a qual foi apresentada no dia 23 de março de 2022.16

15 Ver Anexo 64 - cv_ana_estrela_2022_


16 Ver Anexo 65 - apresentacao_MCI_sec_cultura_

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

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Os contratos de Christine White e Renata Tupinambá se encerraram após a inauguração do
Museu. O IM indicou para substituir a Renata Tupinambá a Julie Dorrico, ou Trudruá Dorrico,
do povo Macuxi, que aceitou o convite e passou a integrar a equipe de Comunicação do
MCI.
O Instituto Maraca também pesquisou, selecionou e apresentou à ACAM jornalistas não
indígenas para compor as equipes de comunicação do museu.17

ÍTEM L.
Acompanhamento das etapas de instalação do Museu das Culturas Indígenas.

Uma importante questão a ser considerada no planejamento das próximas etapas de


construção do MCI é a relação com o tempo. Em geral os tempos exigidos e esperados pelos
órgãos e instituições do poder público são muito diferentes das temporalidades próprias das
dinâmicas coletivas indígenas. Essa discrepância entre as formas de conceber e viver o
TEMPO gera diferentes tipos de desgaste, conflito ou insatisfação tanto para os indígenas
como para os não indígenas que integram as equipes de trabalho. Entendemos que a
construção de práticas museológicas que respeitem os modos de vida e de organizações
indígenas devem procurar se adaptar a essas outras temporalidades e buscar as formas de
adaptar cronogramas e calendários, adequando-os às expectativas e propostas dos
membros indígenas das equipes do museu.

O primeiro semestre foi marcado pela necessidade de decisões rápidas, produções


eficientes, e agilidade nas ações, em contraste com o tempo necessário aos processos de
apreensão, elaboração, diálogo e reflexão coletiva sobre todas as informações, demandas e
propostas trazidas às lideranças e representantes indígenas com a criação do MCI.

A impressão de imposição dos tempos das instituições não-indígenas sobre as formas e


temporalidades próprias dos povos e comunidades indígenas é um aspecto para o qual
devemos atentar, e para o qual devemos buscar soluções conjuntas que conciliem as
necessidades e anseios de todos.

17 Ver Anexos 66 - Indicacoes Jornalistas,


67 - Currículo Letícia Leite,
68 - bio_Renata Tupinambá - Comunicação,
69 - CV_assessoria_imprensa_Cecília Garcia,
70 - CV_assessoria_imprensa_DENISE_MEIRA,
71 - CV_assessoria_imprensa_TatianeRibeiro, e
72 - Proposta Imagem Academy Adriana Costa.

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

24
ÍTEM M.
Acompanhamento das exposições inaugurais e intervenções artísticas na edificação em
áreas interna e externa, da concepção à montagem.

O Instituto Maracá acompanhou a produção e montagem das duas exposições individuais e


deu continuidade às providências, contatos e articulações necessários para as novas
definições das obras a serem incluídas na exposição externa "Ocupação Decoloniza SP Terra
Indígena".

Como essa exposição é coletiva, foi definido que seria promovida a participação de
diferentes artistas ao longo do tempo, e que as contribuições de cada um poderiam se dar
em diferentes momentos. Após as definições iniciais, o Instituto Maracá continuou
conversando com os articuladores e participantes indígenas para definir outras intervenções
a serem realizadas na exposição.

No período anterior à inauguração tiveram início as primeiras conversas com Sandra Benites
para definir se ela poderia ocupar uma função no museu. Ela já havia sido contratada como
curadora da exposição do Xadalu, e vínhamos dialogando sobre papéis e atribuições que ela
poderia ter na equipe que começava a se configurar.

O resultado das articulações com Sandra Benites foi muito positivo. A contratação dela em
agosto, pelo Instituto Maracá, para nos apoiar na definição das próximas atividades
curatoriais e de articulação com artistas e com o Conselho Aty Mirim, e a subsequente
formalização do contrato entre ela e a ACAM Portinari permitiram uma maior integração
entre ela e a equipe da Outra Margem, também à época em processo de contratação, para
que juntas pudessem desenvolver as propostas de continuidade e complementação das
exposições do MCI.

ÍTEM N.
Acompanhamento e contribuição em todas as demais atividades a serem realizadas no
Museu das Culturas Indígenas, garantindo a adequação dos processos, práticas e
metodologias de trabalho às especificidades culturais dos representantes e coletivos
indígenas envolvidos nas atividades e na gestão do Museu das Culturas Indígenas.
(atividade realizada em fluxo contínuo).

O Instituto Maracá se empenhou na execução das ações necessárias para a abertura do


Museu das Culturas Indígenas, priorizando a articulação com representantes das
organizações e comunidades indígenas, artistas e comunicadores indígenas, para realizar o
evento de inauguração do MCI com as exposições previstas, um Conselho Indígena de
Abertura formado e atuante, e todas as demais providências necessárias, garantindo a
participação de representantes indígenas da forma mais adequada possível dentro dos
prazos e condições apresentados.

Elaboramos as diretrizes e norteadores para a criação do MCI, a partir da demanda


apresentada pela SEC, incluindo um modelo de Gestão Compartilhada, e uma proposta de

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

25
formação das equipes técnicas utilizados para organizar a implantação do MCI de forma
conjunta e articulada pela ACAM e o Instituto Maracá.

No modelo adotado, os diferentes grupos de trabalho tiveram um único objetivo: tornar


realidade a gestão compartilhada através de um diálogo contínuo e de um processo de
trocas, escuta, aprendizagem, e formação.

As ações desenvolvidas nesse período tanto pelo IM como pela ACAM Portinari foram
orientadas por essa proposta de trabalho, com a intenção de permitir a máxima participação
dos representantes indígenas em todas as decisões e etapas do processo.

De forma geral, avaliamos que como tempo e condições disponíveis, conseguimos atingir o
objetivo de realizar a inauguração do MCI com um Conselho Indígena de Abertura criado e
em funcionamento, contribuindo das formas possíveis e acompanhando o andamento das
primeiras etapas de criação do MCI.
Da mesma forma, conseguimos realizar de forma participativa as exposições inaugurais e a
programação cultural inicial do MCI, criando canais de diálogo e comunicação e promovendo
espaços de participação para indígenas de diversas etnias na definição e realização das
primeiras ações e exposições realizadas.

Novos desafios e questões deverão surgir no próximo semestre, com o início do


funcionamento do museu, mas consideramos que pudemos criar as bases e condições
necessárias para enfrentarmos da melhor forma o trabalho a ser desenvolvido adiante.

vvv

Adriana Calabi
INSTITUTO MARACÁ
Representante legal

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

26
Relação de anexos:
Anexo 15 - Constituição da Comissão Curatorial e Artística do MCI

Anexo 22 - Expo Xadalu Relação Obras,


Anexo 23 - Expo Xadalu - Texto Sandra,
Anexo 27 - Expo Xadalu_- Ficha Técnica,
Anexo 24 - Expo Xadalu Projeto Expografico,
Anexo 26 - Orçamento Transporte Fink - RJ x SP - Xadalu
Anexo 6 - Contrato Sandra Benites Texto Curatorial Xadalu_jan2022,
Anexo 25 - ContratoAldonesAsssinadoMar22, e
Anexo 28 - MCI_ Xadalu_ termo de referência.

Anexo 29 - Projeto Expo Ygapó Terra Firme,


Anexo 30 - ficha_tecnica_ygapo_denilson_,
Anexo 31 - orcamento_ygapo_MOVA,
Anexo 32 - orcamento_ygapo_terra_firme_ideias, e
Anexo 33 - orcamento_ygapo_terrafirme_luiza_.

Anexo 34 - Orçamento Produtora Empena

Anexo 35 - Oficina Grafismos Tamikua,


Anexo 36 - Estudos para aplicação dos grafismos para paredes da recepção e marquise
do MCI
Anexo 37 - MCI_FachadaRecepçao_Planificaçao_Grafismo

Anexo 38 - Proposta Andrey Guaiana,


Anexo 39 - Projeto Andrey Guaiana
Anexo 40 - Biografia Andrey Guaiana

Anexos 41 a 55 - Termos de Licença de Direitos Autorais dos artistas indígenas.

Anexo 56 - Ficha Técnica IM e Conselho 24Jun22.


Anexo 57 - Denilson - logomarca MCI
Anexo 58 - Logo Denilson MCI

Anexo 59 - MCI_ Resposta a ACAM_ necessidades para a programação de uso_15fev22_

Anexo 60 - Termo de referência para contrato – Luísa Valentini

Anexo 61 - Termo_de_referencia_contrato_consultoria_sandra_benites_acam_
Anexo 62 - Contrato_sandra_benites_IM_curadoria_e_educativo_ago22

Anexo 8 - Contrato Outra Margem coordenação e assistência curatorial set2022,

Anexo 63 - Catalogo Asurini KUJY_RARYWA_ETE_

Anexo 64_cv_ana_estrela_2022_

Anexo 65 - apresentacao_MCI_sec_cultura_

Anexo 66 - Indicacoes Jornalistas

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

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Anexo 67 - Currículo Letícia Leite
Anexo 68 - bio_Renata Tupinambá - Comunicação
Anexo 69 - CV_assessoria_imprensa_Cecília Garcia
Anexo 70 - CV_assessoria_imprensa_DENISE_MEIRA
Anexo 71 - CV_assessoria_imprensa_TatianeRibeiro
Anexo 72 - Proposta Imagem Academy Adriana Costa

Museu das Culturas Indígenas - Instituto Maracá


Implantação e acompanhamento de atividades - Janeiro a Junho 2022

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