Você está na página 1de 32

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

REVISÃO DE LITERATURA

VANTAGENS DO USO DO BIOCHAR PARA FINS AGRÍCOLAS

PRISCILA LIRA DE MEDEIROS

PROF. HAILSON ALVES FERREIRA PRESTON

MACAÍBA – RN

NOVEMBRO DE 2017
PRISCILA LIRA DE MEDEIROS

REVISÃO DE LITERATURA
VANTAGENS DO USO DO BIOCHAR PARA FINS AGRÍCOLAS

Revisão de literatura apresentada ao Curso


Técnico em Agropecuária da Escola Agrícola
de Jundiaí, como requisito para a obtenção do
título de Técnico em Agropecuária.

APROVADO em: ______/_______/__________.

________________________________
Prof. Dr. Mário Cardoso de Albuquerque Neto
Coordenador do Curso

_________________________________
Prof. Dr. Hailson Alves Ferreira Preston
Orientador

_________________________________
Priscila Lira de Medeiros
Formanda

MACAÍBA – RN

NOVEMBRO DE 2017

2
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................4

2. OBJETIVOS
2.1. Geral.............................................................................................................5
2.2. Específicos...................................................................................................5

3. REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................6
3.1. BIOCHAR: Conceitos, vantagens e produção.............................................6
3.2. Matérias primas para produção de biochar: tipos e oferta...........................8
3.3. Histórico do uso do biochar no Brasil e no mundo....................................10
3.4. Propriedades do biochar importantes para fins agrícolas...........................11
3.5. Efeito do biochar no solo e na microbiota..................................................16
3.6. Biochar em mistura com outros componentes............................................19
3.7. Aplicação de biochar em grandes áreas......................................................19
3.8. Aspectos econômicos da incorporação do biochar no solo.........................21

4. CONCLUSÕES..................................................................................................23

3
VANTAGENS DO USO DO BIOCHAR PARA FINS AGRÍCOLAS

Priscila Lira de Medeiros

1. INTRODUÇÃO

O biochar (fino de carvão) é “qualquer” produto rico em carbono, obtido da pirólise


de biomassa e destinado especificamente à aplicação ao solo. Os objetivos da utilização do
biochar são geralmente ligados à melhoria das características físicas, químicas e biológicas
do solo para uso agrícola ou o auxilio no combate ao efeito estufa através principalmente do
fenômeno chamado sequestro de carbono. Além desses benefícios o biochar também pode
ser utilizado com o fim de controlar a salinidade e combater a toxicidade causada por
poluentes/metais pesados.

O número de pesquisas relacionadas ao tema cresce a cada ano. A maioria delas relata
resultados positivos da aplicação e interação do produto com o solo e clima. Porém, também
existem autores que encontraram resultados contrários, afirmando que a aplicação do biochar
promoveu perda de produtividade vegetal, por exemplo.

Nessa revisão de literatura são descritos resultados de pesquisas que podem auxiliar
na explicação dos possíveis fenômenos que podem ter causado a obtenção desses divergentes
resultados. São elencados desde propriedades físicas e químicas do biochar, até os efeitos do
mesmo em diferentes condições de solo.

Além disso, são apontadas informações relativas à incorporação do biochar ao solo


em grandes áreas utilizando maquinários adaptados e questões relacionadas à viabilidade
econômica da utilização do biochar. Os resultados de pesquisas com biochar ainda não são
suficientes para definir a viabilidade da adoção da técnica. Mas sabe-se que devem ser
considerar diversos fatores, entre eles a real necessidade da aplicação e a existência de
benefícios que compensem os custos de implantação, o que vai variar de caso para caso.

4
2. OBJETIVOS

2.1 Geral
Apresentar as vantagens da utilização do biochar para fins agrícolas, destacando as
propriedades do mesmo e os efeitos de sua aplicação ao solo.

2.2 Específicos
• Introduzir o tema biochar definindo algumas vantagens do uso;
• Elencar discussão sobre o termo designatório do biochar;
• Exemplificar matérias primas para produção do biochar;
• Identificar onde surgiu o biochar e apresentar resultados de pesquisas;
• Explicar propriedades do biochar e efeitos da incorporação ao solo;
• Elencar efeitos da aplicação de biochar em mistura com outros componentes;
• Exemplificar maquinários para aplicação do biochar em larga escala;
• Comentar sobre a viabilidade econômica do biochar;

5
3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Biochar: conceito, vantagens e produção

Biochar é um produto pirogênico estável, rico em carbono, que tem como


destinação específica a aplicação ao solo, com fins de melhorar suas características físicas,
químicas e biológicas para uso agrícola ou auxiliar no combate ao efeito estufa (READ,
2009; MUKHERJEE et al., 2011; SOHI et al., 2010; IBI, 2013).

O biochar é utilizado com o objetivo de aumentar a fertilidade do solo e aliviar as


emissões de gases de efeito estufa através do sequestro de CO2 ou da diminuição da emissão
de N2, por exemplo. Também diminui a lixiviação dos nutrientes, aumenta a capacidade de
armazenamento de carbono e purifica o solo, livrando-o de poluentes (NOVOTNY et al.,
2015). O biochar tem sido amplamente pesquisado, sendo crescente o número de pesquisas,
que aumenta a cada ano (figura 1).

Figura 1. Número de artigos científicos sobre os termos Carbono (C) negro, C pirogênico
ou carvão/char, biochar ou biocarvão, por ano. (NOVOTNY et al., 2015).

O termo comumente utilizado para designar o produto é considerado incorreto por


alguns pesquisadores, pois traduzindo-se biochar do inglês significa biocarvão, porém, o
biochar não precisa necessariamente ser proveniente do carvão que conhecemos (originário
da queima controlada da madeira). Qualquer produto carbonado processado termicamente
através de pirólise e que seja produzido com fins de aplicação ao solo pode ser chamado de
biochar (NOVOTNY et al., 2015). Segundo Talberg, (2009), a única diferença real entre o

6
carvão e o biocarvão é a finalidade, pois ele nada mais é que carvão granulado em pó fino
aplicado ao solo, provendo sua melhoria.

A produção do biochar se dá através de um processo conhecido como pirólise


rápida, que consiste na decomposição térmica da biomassa em um ambiente quase
anaeróbico com temperaturas que variam de 300 a 1000 º C (figura 2) (Zhang et al., 2015;
Sohi, 2012). O objetivo da pirólise é transformar biomassa em bio-óleo ou gás sintético,
através, respectivamente, de liquefação ou gaseificação. O gás sintético também pode servir
para sintetizar hidrocarbonetos (BOATENG et al, 2007; MESA-PEREZ et al., 2004;
ROCHA et al., 2003).

Processo da pirólise Estágio secundário

Forno

Figura 2. Diagrama simplificado do processo de pirólise rápida. Fonte: Talberg (2009).

No processo de pirólise são gerados os gases pirolíticos e o carvão fino, que pode
ser utilizado para produção de pelotas de minério, briquetes, uso agrícola, etc. (ROCHA et
al., 2003). Somente 25% da biomassa original se tornam biochar (carvão fino) um material
poroso e enriquecido (LABEGALINI, 2013). Quanto maior o teor de lignina e celulose, e
menor o teor de oxigênio, maior o rendimento em biochar durante o processo de pirólise
rápida (BARROW, 2012).

O biochar ou biocarvão se diferencia do carvão ativado devido a ser gerado em


temperaturas mais baixas (< 500 ºC), não sofrendo a carbonização por completo (Tabela 1).
A temperatura e o tempo de carbonização são fatores determinantes da qualidade do produto

7
final. Chen et al (2011), avaliando a área superficial do biochar produzido de 400 a 900 º C,
verificou que o aumento da temperatura causou aumento da área superficial das partículas.

Tabela 1. Rendimentos dos produtos segundo diferentes condições de pirólise (adaptado de


Lehmann, 2009).

3.2 Matérias primas para produção de biochar: tipos e oferta

O Brasil é apontado atualmente com tendo um dos maiores potenciais de


crescimento do mundo na produção agrícola. Consequentemente, se torna um protagonista
na geração de resíduos agroindustriais, advindos da produção e processamento de feijão,
soja, arroz, trigo, cana, frango, bovinos etc. A CONAB (Companhia Nacional de
Abastecimento) estimou a produção da safra 2014-2015 em cerca de 202 milhões de
toneladas (BRASIL, 2013). Grandes produções geram grandes quantidades de resíduos, que
precisam de uma destinação adequada para que não venham a causar danos ao meio
ambiente. A transformação desses resíduos em biochar pode ser parte da solução utilizada
na resolução dessa problemática.

Diversos materiais orgânicos podem ser processados termicamente para a


produção de biochar. Qualquer biomassa agrícola e florestal disponível pode ser utilizada,
além de alguns resíduos industriais, urbanos e animais. São exemplos de possíveis matérias
primas para geração do biochar: cascas, palhadas, sementes, bagaço de cana, serradura,
farelo de mamona, lodo de esgoto, restos de madeira, resíduos das indústrias de madeireiras
de papel e celulose, camas animais, etc (NOVOTNY et al., 2015; LEITE et al, 2014).

O Brasil é responsável por quase 40% da produção mundial de carvão, sendo


considerado o maior produtor de carvão do mundo, produzindo cerca de 8 milhões de

8
toneladas. Aproximadamente 85% do carvão no Brasil é destinado a indústria siderúrgica.
Durante o processo de peneiramento do carvão para classificação cerca de 15% se diferencia
em uma espécie de pó fino, que pode ter a utilização de biochar ou ser utilizado na
briquetagem (LEITE et al, 2014).

A indústria sucroalcooleira produz uma quantidade enorme de resíduos. Só no


Brasil são produzidas quase 60 milhões de toneladas de bagaço de cana de açúcar. Esse
bagaço é quase todo destinado a geração de energias, porém, aproximadamente 12% não
possuem destinação. A palha da cana, atualmente não apresenta utilidade. Ambas são
potenciais matérias primas para produção do biochar (LEITE et al, 2014).

Algumas macrófitas aquáticas apresentam altas produtividades, comparáveis a do


capim elefante Napier e da cana-de-açúcar. São plantas de elevada taxa de crescimento e
densidade espacial e que precisam ser controladas, pois em quantidades elevadas podem
causar morte de espécimes da ictiofauna por falta de oxigênio (ASHTON et al, 1979;
HAMILTON et al, 1997; FERNANDEZ et al, 1990; GUNNARDSSON & PETERSON,
2007; MALIK, 2007) . Assim, também poderiam ser exploradas para produção do biochar.

A carne suína é a mais consumida do mundo, e o Brasil é o quarto maior produtor.


O peso médio dos animais é de 110 kg, sendo que 12% desse valor correspondem a ossos.
Atualmente, o destino dos resíduos de ossos é para formulação de rações, porém,
provavelmente, nos próximos anos essa prática será proibida devido a questões
fitossanitárias, como acontece em países europeus. Um destino alternativo para esses
resíduos seria a pirólise, gerando bio-óleo e biochar, rico em nutrientes de liberação lenta
(CAVALLARO JÚNIOR, 2009; LEITE et al, 2014).

Cada fonte de biomassa utilizada na produção do biochar possui características


intrínsecas, como a composição química, isto é, teores de lignina, extrativos, celuloses e
hemiceluloses, por exemplo. A morfologia dos materiais também varia, assim como seu
comportamento durante a pirólise. Assim, o produto obtido apresenta características físico-
químicas que dependem da composição do material de origem, variando quanto a
porosidade, superfície específica, pH, capacidade de troca catiônica etc. A qualidade do
produto final afeta, consequentemente, nas respostas da sua aplicação ao solo. Assim, como,

9
diferentes solos apresentarão diferentes resultados. Além disso, o efeito dos biochars sobre
variados cultivos pode ser diferente (FREITAS, 2011).

Apesar dos potenciais benefícios do biochar a sua produção e uso são limitados,
pois alguns estudos estimam que apenas cerca de 3% de toda biomassa disponível é
adequada para sua produção. Além disso, utilizando o biochar em escala global, toda a
biomassa acima do solo seria capaz de sequestrar menos de um décimo das emissões anuais
de combustíveis fósseis (LEHMANN, 2007).

3.3 Histórico de uso do biochar no Brasil e no mundo

O termo biochar é recente, mas a origem do mesmo é bem antiga (NEVES, 2004).
Existem, na bacia amazônica, áreas com até dois metros de profundidade de “terra preta de
índio”, solo rico em carvão e matéria orgânica (Figura 3). A ocorrência da terra preta
somente é identificada em áreas habitadas, isso indica que provavelmente o homem é o
responsável por sua criação. Alguns cientistas sugerem que essa terra preta era gerada
através do corte para limpeza da vegetação e a queima dos resíduos posteriormente dentro
de uma cova coberta. Através dessas teorias foram desenvolvidas formas de produzir o que
hoje chamamos de biochar (TALBERG, 2009).

Figura 3. Terra preta de índio (TPI). Fonte: Levis (2012).

Desde 1980, estudos com biochar têm sido realizados em todo o mundo a fim de
conhecer os efeitos de diferentes tipos de biochar em solos específicos. Na maioria dos

10
estudos os solos ácidos são o objeto de investigação, geralmente em regiões tropicais ou
subtropicais. São testadas diferentes doses, com ou sem aplicação de outros fertilizantes.

Na maioria dos estudos a aplicação do biochar apresenta resultados positivos, como


aconteceu com Steiner (2009), que constatou um aumento de 151% no rendimento da soja.
Outros experimentos não encontraram resultados satisfatórios, como a aplicação do biochar
em plantações de banana no Brasil. Muitos estudos afirmam que o biochar auxilia na
diminuição da acidez do solo e na disponibilização de nutrientes essenciais para as plantas
(LEHMANN, 2006).

Chidumayo (1994) percebeu que a aplicação de biochar no solo para cultivo de sete
tipos de plantas lenhosas nativas aumentou em 30% a germinação das sementes, em 24% o
crescimento das plantas e 13% a produção de biomassa.

No Japão, o biochar já é utilizado para melhoria do solo, aumentando sua fertilidade


há algumas décadas. Inclusive, associado a outros componentes como o ácido pirolenhoso,
como adubo orgânico para o solo (KISHIMOTO, 1985). Diversos países já produzem
substancia húmicas a partir de carvões.

No Brasil, apesar da grande potencialidade para produzir o biochar, ainda acontece a


importação. Utilizamos principalmente na fruticultura e olericultura irrigadas com o objetivo
de aumentar a eficiência de fertilizantes e reduzir o consumo de água da irrigação (BENITES
et al.)

As doses adequadas, consideradas ótimas, de biochar para o crescimento ideal das


plantas ainda não foram estabelecidas, pois há grande variação da resposta a aplicação do
biochar em diferentes solos e para diferentes cultivos (MORALES, 2010; GLASER et al.,
2002; LEHMANN et al., 2002).

3.4 Propriedades do biochar importantes para fins agrícolas

O biochar é muito rico em carbono e possui grande área superficial devido a sua
porosidade derivada do processo de combustão incompleta (MADARI at al., 2009). Cerca
de 70 a 80% do volume do carvão vegetal é formado por poros, pois a água e os compostos

11
voláteis contidos na madeira foram eliminados durante a queima. A descrição das
características do biochar é dificultada devido a grande diversidade de matérias primas e
métodos/parâmetros de transformação utilizados.

A alta porosidade geralmente presente no biochar permite que o mesmo seja eficaz
na retenção de água, sendo uma boa opção para melhorar a condição do solo para a
agricultura em regiões áridas. Além disso, os poros podem servir de microhabitat para os
microorganismos do solo (PIETIKAINEM et al., 2000; PICCOLO et al., 1997, TEIXEIRA
et al., 2005).

A natureza dos poros do biochar é importante para proporcionar um refúgio para


organismos benéficos como as micorrizas e bactérias. A porosidade e a área superficial têm
efeitos importantes na capacidade de retenção de nutrientes através da ligação à superfície
pelos cátions e aníons desta. No entanto, a temperaturas baixas é possível que a condensação
de compostos orgânicos voláteis no biochar possa bloquear esses poros e o seu potencial de
adsorção. A porosidade diminui com a presença de lípidos, ácido húmico e fúlvico
(NÓBREGA, 2011).

Segundo Brennan et al. (2001) a porosidade do biochar é responsável pela maioria


das superfícies de cargas reativas. Essas superfícies podem ser hidrofílicas, hidrofóbicas,
muito ou pouco reativas. O que irá definir essas características é a eletronegatividade dos
grupos funcionais que se ligam ao carbono das estruturas aromáticas (OH, NH2, O-R ou O
(C=O)-R), responsáveis pela variabilidade química da superfície.

Outra característica importante do biochar é a densidade de massa. Pois a mesma se


relaciona a resistência mecânica do biochar, sendo utilizada na definição da qualidade
(resistência ao desgaste) do produto gerado. Pastor-Villegas et al. (2006) constataram
diferentes tipos de madeira transformadas em direrentes tipos de fornos tradicionais
apresentaram valores de densidade de massa que variaram de 0,43 g cm -3 a 0,30 g cm-3.

O biocarvão é considerado mais resistente a mineralização que a matéria orgânica do


solo (LEHMANN, 2007). Porém, apesar de ser considerado mais estável, também sofre
biodegradação e transformações (MADARI et.al., 2006), em um processo relativamente
lento (meia vida de 50 anos) (BIRD et. al., 1999).

12
Devido a apresentar alto teor de compostos aromáticos, o que o torna
bioquimicamente mais recalcitrante que outros tipos de matéria orgânica do solo
(NÓBREGA, 2011), e um tipo específico de superfície o biochar auxilia na melhoria da
capacidade de troca catiônica do solo (CTC). (SCHMIDT & NOACK, 2000). Glaser et al.
(2003) defende que o aumento da CTC deve-se provavelmente a oxidação do carbono e a
formação de grupos carboxílicos. Lehmann et al. (2005) explica que a formação desses
grupos carboxílicos ou outros grupos funcionais de carga negativa em larga faixa de pH
podem ocorrer devido a dois processos: (i) oxidação das partículas superficiais do carvão;
ou (ii) adsorção de grande quantidade de MO sobre as superfícies do biocarvão, ou ambos.

Temperaturas altas tornam a CTC baixa, devido à perda de grupos funcionais. Mas,
quando o biochar passa pela maturação e há a formação de superfícies de grupos funcionais
como carbóxilo, ocorre o aumento da CTC. Concomitantemente, com o passar do tempo às
cargas positivas da superfície vão desaparecendo, o que causa a diminuição da capacidade
de troca aniônica (CTA). O biochar mais velho tem pH mais baixo e o ponto de equilíbrio
entre CTC e CTA é mais baixo, o que afeta diretamente a disponibilidade de nutrientes do
solo para as plantas.

A temperatura da pirólise afeta as propriedades agronômicas do biochar, a quantidade


de matéria volátil do resíduo para o biochar diminui com o aumento de temperatura. Em
contraste, o teor em cinzas aumenta, sendo que o carbono fixo mantém-se similar. O biochar
gerado em baixas temperaturas possui pH mais ácido, aumentando o pH deste com o
aumento da temperatura (NÓBREGA, 2011).

Outra característica afetada é a condutividade elétrica, que aumenta juntamente com


a temperatura (até ~500 ºC), e a partir desse ponto começa a diminuir (Hossain et al., 2011).
E temperaturas baixas a quantidade de azoto total e de NH4 + -N, reduzindo com o aumento
desta. No entanto, tem um efeito insignificante no NO3 - -N até certo valor (~500 ºC), onde
a partir do qual aumenta ligeiramente o teor deste. Os micronutrientes (Ca, Fe, Mg, S, Cu,
Zn) também variam com a temperatura devido à sua volatilidade.

O aumento da temperatura também proporciona o aumento de elementos-traço que


estejam presentes (Cd, Cu, Fe, Mn e Zn), mas a sua biodisponibilidade para a planta é muito
baixa, diminuindo com o aumento da temperatura. Isto deve-se à mudança das suas formas
químicas durante o processo. No caso do biochar é mais vantajosa a escolha da pirólise lenta.

13
Quanto à temperatura máxima e taxa de aquecimento escolhidas como ideais, dependerá não
só do tipo de biomassa usada, mas também do tipo de biochar pretendido (NÓBREGA,
2011).

As propriedades atraentes derivadas da matriz relativamente estruturada de


carbono, de alta área específica, estrutura micro, meso e macroporosa, grupos funcionais
ativos e elevado pH permitem que o biochar seja utilizado como adsorvente, podendo ser
ferramenta no controle de contaminantes do solo (LABEGALINI, 2013). A distribuição das
partículas do biochar afetará as propriedades do solo. A distribuição das partículas influencia
a área de superfície especifica do biochar que quanto maior for, maior capacidade terá o
biochar de adsorção (NÓBREGA, 2011).

A composição química do biochar é muito variada, contendo componentes estáveis


ou lábeis. Geralmente os principais componentes do biochar são: carbono, voláteis, matéria
mineral ou cinzas e umidade. A tabela 2 resume a composição média relativa do biochar
obtido de diferentes materiais e condições de pirólise (NÓBREGA, 2011).

Tabela 2. Proporção relativa dos principais constituintes do biochar. (adaptado de


Brown, 2009).

Alguns tipos de biochar podem conter significantes quantidades de ácido húmico e


fúlvico extraíveis, com estrutura molecular de grau elevado de estabilidade química e
microbiológica (NÓBREGA, 2011).

Estas proporções determinam o comportamento e funcionamento físico e químico de


todo o biochar (Brown, 2009), o que por sua vez determina a sua aptidão para um local
específico, bem como o seu transporte e destino no ambiente. O conteúdo em cinza do

14
biochar depende do conteúdo de cinza da matéria-prima usada. Gramíneas, cascas de grãos,
resíduos de palhas e estrume geralmente dão origem a biochar com elevado conteúdo em
cinza, em contraste com os obtidos de material lenhoso.

A umidade é outro componente crítico do biochar, quanto mais elevado for maiores
serão os custos de produção e transporte por unidade de biochar produzido. Deve-se manter
o teor de umidade em até 10% (Dias et al., 2010). Para isso é preciso realizar uma pré-
secagem da biomassa.

O pH evidencia pouca variabilidade entre os diferentes tipos de biochar, sendo


tipicamente superior a sete (Lehmann et al., 2009). Para além destes constituintes o biochar
contém uma gama de nutrientes (H, N, P, K, S, O) para as plantas, podendo ser valioso como
corretivo do solo. Os níveis de nutrientes no biochar dependem dos que estavam presentes
na biomassa e das condições da pirólise. Sendo que alguns apenas dependem do tipo de
biomassa usada, não se modificando com diferentes condições de pirólise.

O biochar reage com o oxigénio atmosférico para fornecer grupos funcionais com O
na superfície. A complexa e heterogénea composição química do biochar estende-se à sua
superfície química, o que por sua vez explica a forma como o biochar interage com uma
ampla gama de compostos orgânicos e inorgânicos no meio ambiente (NÓBREGA, 2011).

A quebra e o rearranjo das ligações químicas na biomassa durante o processo resulta


na formação de vários grupos funcionais (hidroxil-OH, amina-NH2, cetona-OR, éster-
(C=C)O-R, nitro-NO2, aldeído-(C=O)H, carboxil-(C=O)OH), ocorrendo
predominantemente na superfície externa das folhas de grafeno e superfície dos poros
(Bourke et al.,2007). Alguns destes grupos atuam como dadores de elétrons, enquanto outros
de aceitadores de elétrons, resultando na coexistência de áreas em que as propriedades
podem variar de ácido para básico e de hidrofílica para hidrofóbica. Alguns grupos podem
também conter outros elementos, como o N e S, principalmente em biochar obtido de
estrumes, lamas e resíduos de processamento. Áreas com elevado teor de N serão centros de
alta basicidade. A variabilidade destas características depende do material usado para
produção de biochar e a metodologia usada na pirólise, onde altas temperaturas contribuem
para o aumento da área superficial específica (Nguyen et al., 2010).

15
Como as características do biochar são altamente variáveis, dependentes da matéria
prima e da forma de produção, é indispensável a caracterização de cada biochar para
definir suas reais propriedades.

3.5 Efeito do biochar no solo e na microbiota

O biochar é atualmente alvo de diversas pesquisas. A maioria delas relata resultados


positivos da aplicação e interação do produto com o solo e clima. Porém, também existem
autores que encontraram resultados contrários, afirmando que a aplicação do biochar
promoveu perda de produtividade, por exemplo.

Segundo Nóbrega (2011) a presença do biochar na mistura do solo contribuirá


significativamente na natureza física do sistema, influenciando estrutura, textura,
porosidade, profundidade e consistência porque muda a densidade da área superficial,
distribuição, densidade e tamanho dos poros e das partículas. Estes efeitos físicos no solo
têm um impacto direto no crescimento das plantas, pois a profundidade de penetração e a
disponibilidade de ar e água na zona das raízes será muito maior comparado com os solos
sem biochar (van Zwieten et al., 2010).

Os mecanismos que levam o biochar a fornecer potenciais melhorias na retenção de


água são relativamente simples. A adição ao solo pode ter efeitos diretos e indiretos sobre a
retenção de água, que pode ser de curta ou longa duração. A retenção de água é determinada
pela distribuição e conectividade dos poros de médio tamanho do solo, que são regulados
pelo tamanho das partículas (textura), combinado com as características estruturais
(agregação) e conteúdo em matéria orgânica (Nóbrega, 2011).

O efeito direto do biochar está relacionado com a sua grande superfície interna e pela
elevada quantidade de microporos, onde se retém água pelos fenómenos de capilaridade
(Karhu et al., 2011). Assim ao melhorar a porosidade total do solo, também se aumenta a
água disponível para as plantas, o que será um efeito benéfico no rendimento das culturas.
O efeito indireto relaciona-se com a hipótese de que a aplicação de biochar ao solo melhora
a agregação ou a estrutura do mesmo.

O biochar pode afetar a agregação do solo devido às interações com a matéria


orgânica do solo, minerais e microrganismos. As características da carga de superfície e o

16
seu desenvolvimento ao longo do tempo determinarão o efeito a longo prazo sobre a
agregação do solo. O biochar depois de algum tempo geralmente apresenta uma CTC alta,
aumentando o seu potencial para atuar como agente de ligação de matéria orgânica e sais
minerais. A elevada área de superfície do biochar pode, assim, levar ao aumento de retenção
de água, mas o efeito dependerá da textura inicial do solo (Karhu et al., 2011).

Adicionalmente este efeito pode ser provocado pelo aumento da capacidade de


armazenamento de água e da CTC dos solos, devido à enorme área superficial do biochar.
A redução da acidez e da disponibilidade de Al (devido a CTC do biochar) também
favorecem o ambiente radicular, o que promove a retenção de nutrientes, como a absorção
de N pela planta (Zwieten et al., 2010).

Os benefícios diretos de nutrientes e a melhoria da disponibilidade destes dependem


do pH e da força iónica da solução do solo, é o caso do Ca, Mg e K. O P liberta-se com a
diminuição do pH, acontecendo o mesmo com o K mas em quantidades menores. Quanto ao
Ca e Mg, o biochar não pode substituir a longo-prazo as necessidades da planta pois estes só
são libertados em solos ácidos (em solos neutros a alcalinos a [Ca] e [Mg] aumenta).

Nóbrega (2011) afirma que afetando as características físicas do solo, o biochar afeta
diretamente a resposta do solo à água, agregação, arejamento, o trabalho durante a
preparação do solo para cultivo, a elasticidade e a permeabilidade, assim como a sua
capacidade de retenção de cations e a resposta a mudanças de temperaturas. Indiretamente,
alguns aspectos químicos e biológicos da fertilidade do solo podem ser influenciados, como
a presença física de locais para reações e fornecimento de habitats protetores para a
população microbiológica do solo (STEENWERTH et al., 2005).

Trazzi (2014), estudando o efeito da sua aplicação sobre a produção de mudas de


pinus percebeu que houve uma contribuição para o aumento de pH, diminuição dos teores
de alumínio e aumento na disponibilidade de bases no solo, afetando positivamente as mudas
em campo, 30 meses após a aplicação.

Puga (2015) avaliou os efeitos da aplicação do biocarvão em solos com metais


pesados advindos da mineralização, e chegou à conclusão de que o biocarvão proveniente
da palha de cana de açúcar foi capaz de reduzir a lixiviação e disponibilidade dos metais
pesados no solo, além de aumentar as concentrações de alguns macronutrientes.

17
Smider e Singh (2014) perceberam que a aplicação do biochar apresentou respostas
contrárias em dois tipos de solos. No solo arenoso, com baixo poder tampão, o biochar
promoveu efeitos tóxicos provenientes de salinização, devido à dissolução de sais e íons OH
presentes no biocarvão. Já no solo argiloso o biochar promoveu aumento da condutividade
elétrica e do pH do solo, favorecendo o crescimento das plantas.

O biochar aumenta o teor de carbono do solo e a capacidade de retenção de água


dependendo do tipo do solo e do biochar. Em solos de clima temperado a matéria prima do
biochar pode não ser tão importante para o aumento do C e do pH do solo, mas pode
influenciar na mineralização do N e na capacidade de retenção de água (STREUBEL et al.,
2011).

A adição de biochar ao solo melhora a sua fertilidade e induz o rendimento das


culturas nos solos agrícolas. Este efeito pode ser explicado pela estimulação dos organismos
do solo que consequentemente leva a um aumento da reciclagem de nutrientes presos nos
resíduos de biomassa.

Os efeitos do biochar sobre a microbiota do solo são contraditórios. Alguns autores


defendem que o mesmo favorece o aumento da biomassa microbiana. Os poros podem servir
de microhabitat para os microorganismos do solo (BRUUN et al , 2011; . LUO et al , 2013;
. STEINBEISS et al., 2009 ; ZIMMERMAN et al . , 2011), outros afirmam que a aplicação
não apresenta efeito algum sobre esta variável (CASTALDI et al , 2011; . ZAVALLONI et
al , 2011.). Existem, ainda, resultados que apontam toxicidade de altas doses do biochar
(DEMPSTER et al ., 2012).

Estudos com doses do biocarvão indicam aumento da fertilidade do solo e


manutenção ou favorecimento da vida microbiológica do mesmo (SANTOS, 2013). Manya
(2012) afirma que biochar com elevada área superficial específica e porosidade pode
favorecer a capacidade sorção do solo e o aumento da biomassa microbiana do mesmo.

A adição de biochar ao solo melhora a sua fertilidade e induz o rendimento das


culturas nos solos agrícolas. Este efeito pode ser explicado pela estimulação dos organismos
do solo que consequentemente leva a um aumento da reciclagem de nutrientes presos nos
resíduos de biomassa. Adicionalmente este efeito pode ser provocado pelo aumento da
capacidade de armazenamento de água e da CTC dos solos, devido à enorme área superficial

18
do biochar. A redução da acidez e da disponibilidade de Al (devido a CTC do biochar)
também favorecem o ambiente radicular, o que promove a retenção de nutrientes, como a
absorção de N pela planta (Zwieten et al., 2010).

3.6 Biochar em mistura com outros componentes

Lashari et al. (2013) estudando o efeito da aplicação de uma mistura de biochar com
extrato pirolenhoso sobre a qualidade do solo e a produção de trigo na China observaram
que a produção do trigo foi maior nas áreas onde foi aplicada a mistura ao solo. Nessas áreas
houve diminuição da salinidade e pH do solo, mais significativas no segundo ano de plantio.
Os autores afirmam que essa mistura auxilia no controle da salinidade, favorece a melhoria
da estrutura do solo, manutenção da umidade e fertilidade do solo.

Experimento semelhante foi realizado por Lashari et al. (2014) em área cultivada
com milho. Os resultados encontrados foram equivalentes, e os autores concluíram que a
aplicação de biochar ao solo em mistura com o extrato pirolenhoso pode ajudar a combater
o estresse causado pela salinidade, melhorando a produtividade em terras salinas de regiões
áridas ou semiáridas.

Tsuzuki et al. (1989) verificou que a mistura de ácido pirolenhoso com o carvão no
solo induziu a formação de raízes ramificadas, possivelmente devido a ação hormonal. O
autor constatou também um maior crescimento das plantas de arroz e atribuiu esse resultado
à maior produção das raízes ramificadas.

3.7 Aplicação de biochar em grandes áreas

Considerando o biochar como semelhante aos corretivos sólidos como o calcário, a


sua aplicação em grandes áreas pode ser realizada de maneira semelhante. O mais importante
é definir a dose a ser aplicada e manter a uniformidade da aplicação. Para isso podem ser
utilizadas distribuidoras e adubadoras.

Existem diversos implementos que podem ser utilizados para aplicar e incorporar o
biochar ao solo. Esses implementos podem apresentar diferentes mecanismos dosadores e
distribuidores (figura 4). A adubadora ou distribuidora pode ser a lanço, em faixas ou linhas

19
individuais. Provavelmente, a melhor para aplicação do biochar seria a distribuidora a lanço,
podendo ser tanto por queda livre como pendular ou por força centrífuga. A distribuidora
por queda livre (figura 5) seria mais recomendada, devido à grande variabilidade de
tamanhos de partículas que o biochar pode apresentar dependendo do material de origem e
das características do processo de pirólise.

Figura 4. Classificação do maquinário com base no mecanismo dosador.

Figura 5. Mecanismo distribuidor do tipo queda livre.

3.8 Aspectos econômicos da incorporação do biochar ao solo

20
Apesar dos avanços em pesquisa e utilização do biocarvão, ainda há carência de
informações sobre a viabilidade econômica do uso do mesmo. A produção comercial do
biochar no Brasil ainda é incipiente. Porém, países mais desenvolvidos, como os Estados
Unidos da América e Austrália produzem em larga escala. Atualmente, nos EUA, o biochar
chega a custar o equivalente a mais de R$ 20,00 o quilo (dólar a R$ 3,50), sendo necessários
4,8 kg para tratar 10 m² de solo. Já o biochar australiano custa cerca de R$ 5,50 o quilo,
suficiente para tratar somente 1 m² de solo. O produto é vendido livremente em alguns sites
em embalagens atraentes (Figura 6) e disponibilizam inclusive a composição química do
biochar (Figura 7). Existem pacotes de embalagens maiores, para grandes áreas. Uma
empresa em Portugal vende o metro cúbico de biochar ao equivalente a R$ 60,00, garantindo
ser 100% biochar de alta porosidade, com 80% de carbono. Os valores citados acima não
incluem frete para o Brasil, nem impostos de importação (BIOCHAR... 2016).

Figura 6. Embalagem comercial de biochar vendido no exterior.


Cavalcante et al. (2014) realizaram um experimento com objetivo de quantificar os
custos de produção de mudas utilizando substrato com biocarvão e de implantação de uma
área com biocarvão incorporado ao solo no Brasil. O tratamento com custo mais baixo foi o
sem uso do biochar, que custou R$ 4.729,00 ha-1. Já o tratamento de maior custo foi o que
produziram mudas com biocarvão ativado e implantaram-as em solo com biocarvão não
ativado, custando R$ 54.410,00 ha-1. Os autores atribuem a grande diferença de custos ao
processamento do carvão (frete e industrialização); a quantidade de ativado e não ativado
aplicada e a operação de incorporação ao solo.
Considerando um panorama diferenciado onde o biocarvão fosse obtido através de
doações de fontes residuárias, como originário da carvoaria, por exemplo, o custo de adoção
da técnica cairia para R$ 5.899,00 ha-1. Já se considerarmos que o biocarvão é produzido
próximo do local onde será aplicado, excluindo o custo do frete, o valor ficaria em torno de
R$ 20.000,00 ha-1. Assim, a viabilidade em aplicar o biochar varia de caso para caso, pois

21
são muito diversos os fatores envolvidos na determinação de custos de compra e
incorporação. Além disso, é necessário considerar se os benefícios da aplicação do biochar
na área são compensadores o suficiente para valerem os custos.

Figura 7. Rótulo de biochar vendido na Austrália, contendo dados de composição.

22
4. CONCLUSÕES

1. O crescente número de pesquisas existentes atualmente com o biochar permitiu o melhor


entendimento dos mecanismos envolvidos na eficácia ou não do mesmo quando aplicado a diferentes
tipos de solo e produzido a partir de biomassas de natureza diversa.

2. A incorporação do biochar ao solo, principalmente em regiões de clima seco, pode trazer


excelentes benefícios ligados à melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo.
Além disso, o biochar é capaz de auxiliar no combate ao efeito estufa e seu uso pode possibilitar a
implantação de cultivos em áreas salinas ou poluídas com metais pesados.

3. Infelizmente as informações referentes a viabilidade econômica da aplicação de biochar ainda são


escassas e não foi possível identificar maquinários específicos para sua aplicação ao solo. Porém, é
possível adaptar implementos já existentes para a incorporação do biochar em grandes áreas.

4. A adoção ou não da técnica deve considerar diversos fatores, entre eles a real necessidade da
aplicação e a existência de benefícios compensadores dos custos, pois o efeito da incorporação é
diferente dependendo do tipo da matéria prima utilizada e das características de solo e clima. Além
disso, as plantas respondem de maneira diferente a presença do biochar.

23
Referências bibliográficas

ABEGALINI, A. Obtenção de biochar a partir da pirólise rápida da torta de pinhão manso :


uso como adsorvente e suporte. 2013. 116 p. Dissertação (Mestrado em Agroquímica) –
Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2013.

ARAUJO, A. S. Efeito do biochar de lodo de esgoto na redução das emissões de óxido


nitroso do solo sob condições de incubação. Brasília: Faculdade de Agronomia e Medicina
Veterinária, Universidade de Brasília, 2015, 38 páginas. Monografia.

ASHTON, P. J. et al. The chemical control programme against the water hyancinth
Eichhorniacrassiper (Mart.) Solms on Hartbeespoortdam: historical anda practical aspects.
South African Journal of Science, Cape Town, v. 75, p. 303-306, 1979.

AYGUN, A.; YENISOY-KARAKAS, S.; DUMAN, I. Production of granular activated


carbon from fruit stones and nutshells and evaluation of their physical, chemical and
adsorption properties. Microporous and Mesoporous Materials, Lund, v. 66, n. 2-3, p. 189-
195, 2003.

BARROW, C. J. Biochar: potential for countering land degradation and for improving
agriculture. Applied Geography, Oxford, v. 34, p. 21-28, May 2012.

BENITES, VINÍCIUS DE MELO. Utilização de Carvão e Subprodutos da Carbonização


Vegetal na Agricultura: Aprendendo com as Terras Pretas de Índio.

BIOCHAR USA: Transforming Agriculture and Enviroment. Transforming Agriculture and


Enviroment. Austrália: The Biochar Revolution, 2016. Disponível em:
<http://www.thebiocharrevolution.com/Store/biochar/biochar-usa>. Acesso em: 07 jun.
2016.

BIRD, M. I. et al. Stability of elemental carbon in savanna soil. Global Biogeochemical


Cycles, Washington, DC, v. 13, n. 4, p. 923-932, Dec. 1999.

BOATENG, A. A. et al. Bench-scale fluidized-bed pyrolysis of Switchgrass for bio-Oil


production. Industrial Engineering chemistry Research, Washington, DC, v. 46, p. 1891-
1897, 2007.

24
BOURKE, J.; Manley-Harris, M.; Fushimi, C.; Dowaki, K.; Nunoura, T.; Antal, M.J.Jr.
(2007). Do all carbonized charcoals have the same structure? A model of the chemical
structure of carbonized charcoal, Industrial and Engineering Chemistry Research, vol. 46,
pp. 5954-5970.

BRASIL, Companhia Nacional de Abastecimento. Perspectivas para a agropecuária /


Companhia Nacional de Abastecimento – v.2 – Brasília : Conab, 2014- v. 1

BRENNAN, J. K.; BANDOSZ, T. J.; THOMSON, K. T.; GUBBINS, K. E. Water in porous


carbons. Colloids and surfaces A: physicochemical and engineering aspects, Oxford, v. 187–
188, n. 1, p. 539–568, 2001.

BRUUN, E.W., Hauggaard-Nielsen, H., Ibrahim, N., Egsgaard, H., Ambus, P., Jensen, P.A.,
Dam-Johansen, K., 2011. Influence of fast pyrolysis temperature on biochar labile fraction
and short-term carbon loss in a loamy soil. Biomass and Bioenergy 35, 1182-1189.

CASTALDI, S., Riondino, M., Baronti, S., Esposito, Marzaioli, R., Rutigliano, F.A.,
Vaccari, F.P., Miglietta, F., 2011. Impact of biochar application to a Mediterranean wheat
crop on soil microbial activity and greenhouse gas fluxes. Chemosphere 85, 1464-1471.

CAVALLARO JÚNIOR. M. L. et al. Produtividade de rúcula e tomate em função da


adubação com N e P orgânica e mineral. Bragantia, Campinas, v. 68, p. 347-356, 2009.

CHEN, X. et al. Adsorption of copper and zinc by biochars produced from pyrolysis of
hardwood and corn straw in aqueous solution. Bioresource Technology, Essex, v. 102, n. 19,
p. 8877-8884, Oct. 2011.

CHIDUMAYO EN. Effects of wood carbonization on soil and initial development of


seedlings in miombo woodland, Zambia. For Ecol Manage. 1994;70:353–357. doi:
10.1016/0378-1127(94)90101-5.

Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira de grãos. – v.


1, n.3 (2013- ) – Brasília : Conab, 2013.

25
DEMPSTER, D.N., Gleeson, D.B., Solaiman, Z.M., Jones, D.L., Murphy, D.V., 2012.
Decreased soil microbial biomass and nitrogen mineralisation with Eucalyptus biochar
addition to a coarse textured soil. Plant and Soil 354, 311-324.

DIAS, O. Bruno; Silva, A. Carlos; Higashikawa, S. Fábio; Roig, Asunción; Sánchez-


Monedero, A. Miguel. Use of biochar as bulking agent for the composting of poultry manure:
Effect on organic matter degradation and humification, Bioresource Technology, vol. 101,
2010, pp. 1239-1246.

EG NEVES, RN Bartone, JB Petersen and MJ Heckenberger, The timing of Terra Preta


formation in the central Amazon: new data from three sites in the central Amazon, 2004,
Springer: Berlin; London.

FERNANDEZ, O. A. et al. Aquatic weed problems and management in South and Central
America. Aquatic Weeds: the ecology and management of nuisance aquatic vegetation. New
York, Oxford University Press, 1990. p. 406-425.

FREITAS, M. C. M. B. PRODUÇÃO DE BIOCARVÃO A PARTIR DE DIFERENTES


FONTES DE BIOMASSA. IX ENCONTRO BRASILEIRO DE SUBSTANCIA
HUMICAS, 9., 2011, Aracaju-sergipe: Embrapa, 2011. 4 p. Disponível em:
<http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/43276/1/2011-ClaudiaM-EBSH-
Producao.pdf>. Acesso em: 18 maio 2016.

GLASER, B., LEHMANN, J. & ZECH, W. 2002. Ameliorating physical and chemical
properties of highly weathered soils in the tropics with charcoal – a review. Biology &
Fertility of Soils, 35, 12.

GLASER, B; GUGGENBERGER, G.; ZECH, W; RUIVO, M. L.. Soil organic matter


stability in Amazonian Dark Earths. In: LEHMANN, J. et al. (Eds.). Amazonian dark earths:
origin, properties, management. Dordrecht : Kluwer Academic, 2003. p. 141-158.

GUNNARDSSON & PETERSON. Water hyacinths as a resource in agriculture and energy


production: a literature review, Waste management, Oxford, v. 27, p. 117-129, 2007.

26
HAMILTON, S. K. et al. An anoxic event and other biogeochemical effects of the Pantanal
wetland on the Paraguay River. Limnology and Oceanography, Baltimore, v. 42, p. 257-272,
1997.

HOSSAIN, K. MUSTAFA; STREZOV, VLADIMIR; YIN CHAN, K.; ZIOLKOWSKI,


ARTUR; NELSON, F. PETER. Influence of pyrolysis temperature on production and
nutrient properties of wastewater sludge biochar, Journal of Environmental Management,
vol. 92, 2011, pp. 223-228.

INTERNATIONAL BIOCHAR INITIATIVE - IBI. Frequently asked questions about


Biochar International Biochar Initiative [internet]. 2013 [accessed in Mar 13 2014].
Available at: http://www.biocharinternational. org/biochar/faqs.

KARHU, KRISTIINA; MATTILA, TUOMAS; BERGSTRÖM, IRINA; REGINA,


KRISTIINA. Biochar addition to agricultural soil increased CH4 uptake and water holding
capacity – Results from a short-term pilot field study, Agriculture, Ecosystems and
Environment, vol. 140, 2011, pp. 309-313.

KISHIMOTO S, SUGIURA G. Charcoal as a soil conditioner. Int Achieve


Future. 1985;5:12–23

LABEGALINI, A. Obtenção de biochar a partir da pirólise rápida da torta de pinhão manso


: uso como adsorvente e suporte. 2013. 116 p. Dissertação (Mestrado em Agroquímica) –
Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2013.

LASHARI, Muhammad Siddique et al. Biochar-manure compost in conjunction with


pyroligneous solution alleviated salt stress and improved leaf bioactivity of maize in a saline
soil from central China: a 2-year field experiment. Journal Of The Science Of Food And
Agriculture, [s.l.], v. 95, n. 6, p.1321-1327, 15 ago. 2014. Wiley-Blackwell.
http://dx.doi.org/10.1002/jsfa.6825.

LASHARI, Muhammad Siddique et al. Effects of amendment of biochar-manure compost


in conjunction with pyroligneous solution on soil quality and wheat yield of a salt-stressed
cropland from Central China Great Plain. Field Crops Research, [s.l.], v. 144, p.113-118,
mar. 2013. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.fcr.2012.11.015.

27
LEHMANN et al. Couplings Between Changes in the Climate System and Biogeochemistry.
In: Climate Change 2007: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to
the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change, 2007.
Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA.

LEHMANN J, GAUNT J, RONDON M. Biochar sequestration in terrestrial ecosystems - a


review. Mitigat Adapt Strat Global Change. 2006;11:403-27.

LEHMANN, J. A handful of carbon. Nature, London, GB, v. 447, p. 143-144, 2007.

LEHMANN, J. et al. Near-edge x-ray absorption fine structure (NEXAFS) spectroscopy for
mapping nano-scale distribution of organic carbon forms in soil: Application to black carbon
particles. Global Biogeochemistry Cycles, Mainz, v. 19, p. 1013, 2005.

LEHMANN, J., DA SILVA, J. P. JR., RONDON, M., DA SILVA, C. M., GREENWOOD,


J., NEHLS, T., et al. (2002) Slash-and-char: a feasible alternative for soil fertility
management in the Central Amazon. pp. 1e12, Paper No 449, Symposium No. 13, 17th
World Congress of the International Soil Science Society, 14e21 August 2002, Bangkok,
Thailand.

LEHMANN, JOHANNES; JOSEPH, STEPHEN, Biochar for Environmental Management-


Science and Technology, Earthscan, London, 2009.

LEITE, LUIZ FERNANDO CARVALHO et al. Agricultura conservacionista no Brasil –


Brasília, DF : Embrapa, 2014. 598 p.

LUO, Y., DURENKAMP, M., De Nobili, M., Lin, Q., Devonshire, B.J., Brookes, P.C.,
2013. Microbial biomass growth, following incorporation of biochars produced at 350°C or
700°C, in a silty-clay loam soil of high and low pH. Soil Biology and Biochemistry 57, 513-
523.

MADARI, B.E.; CUNHA, T.J.F.; NOVOTNY, E.H.; MILORI, D.M.B.P.; MARTIN NETO,
L.; BENITES, V.M.; COELHO, M.R.; SANTOS, G.A. Matéria Orgânica dos Solos
Antrópicos da Amazônia (Terra Preta de Índio): suas características e papel na
sustentabilidade da Fertilidade do Solo In: TEIXEIRA, W.G.; KERN, D.C.; MADARI, B.E.;
LIMA, H.N.; WOODS, W. (Eds.). As Terras Pretas de Índio da Amazônia: Revista Agrarian

28
ISSN: 1984-2538. Petter et al. (2012)- Dourados, v.5, n.17, p.243-250, 2012 250 sua
caracterização e uso deste conhecimento na criação de novas áreas. Manaus: Embrapa
Amazônia Ocidental. p. 172-188. 2009.

MALIK, a. Enviromental challenge vis a vis opportunity: the case of water hyacinth.
Enviromental Internacional, New York, n. 33, p. 122-138, 2007.

MESA-PEREZ, J. M. Teste em uma planta de pirólise rápida de biomassa em leite


fluidizado: critérios para sua otimização. 2004. Tese (doutorado em engenharia de
alimentos) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

MORALES, M. M. Efeito do biocarvão sobre o comportamento da matéria orgânica e do


fósforo em solo degradado. 2010. 88 f. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Faculdade de Ciências Agronômicas. 2010.

MORALES, MARINA MOURA. BIOCHAR EFFECT ON ORGANIC MATTER AND


PHOSPHORUS BEHAVIOR IN DEGRADED TORPICAL SOIL. Botucatu, 2010. 90p.
Tese (Doutorado em Agronomia/Energia na Agricultura) - Faculdade de Ciências
Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.

MUKHERJEE A, ZIMMERMAN AR, HARRIS W. Surface chemistry variations among a


series of laboratory-produced biochars. Geoderma. 2011;163:247-55.

NEVES, RN BARTONE, JB PETERSEN AND MJ HECKENBERGER, The timing of


Terra Preta formation in the central Amazon: new data from three sites in the central
Amazon, 2004, Springer: Berlin; London.

NÓBREGA, Sis Patrícia Cardoso. Efeitos do Biochar nas propriedades físicas e químicas do
solo: Sequestro de carbono no solo. 2011. 46 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado
em Engenharia do Ambiente, Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de
Lisboa, Lisboa, 2011, 2011. Disponível em:
<https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/4104/1/3PDF_Tese_ISIS.pdf>. Acesso
em: 01 jun. 2016.

NOVOTNY, Etelvino Henrique et al. BIOCHAR: PYROGENIC CARBON FOR


AGRICULTURAL USE - A CRITICAL REVIEW. Rev. Bras. Ciênc. Solo, [s.l.], v. 39, n.

29
2, p.321-344, abr. 2015. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/01000683rbcs20140818.

PASTOR-VILLEGAS, J.; PASTOR-VALLE, J. F.; MENESES RODRÍGUEZ, J. M.;


GARCÍA, M. Study of commercial wood charcoals for the preparation of carbon
Adsorbents. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, Amsterdam, v. 76, n. 1-2, p. 103-
108, 2006.

PICCOLO, M.C., NEILL, C.; CERRI, C.C. Net nitrogen mineralization and net nitrification
along a tropical forest-to-pasture chronosequence. Plant and Soil, Dordrecht, v. 162, p. 61-
70, 1994.

PIETIKÄINEN, J., KIIKKILÄ, O., FRITZE, H., 2000. Charcoal as a habitat for microbes
and its effect on the microbial community of the underlying humus. Oikos 89, 231-242.

PUGA, Aline Peregrina. BIOCARVÃO NA MITIGAÇÃO DA TOXICIDADE DE


METAIS PESADOS EM SOLOS DE ÁREA DE MINERAÇÃO. 2015. 116 f. Tese
(Doutorado) - Curso de Curso de PÓs-graduaÇÃo em Agricultura Tropical e Subtropical,
Instituto AgronÔmico, Campinas, Sp, 2015.

READ P. This gift of nature is the best way to save us from climate catastrophe. The
Guardian. 2009 Mar 27; Commentis free/biochar.

ROCHA, J. D. et al. A tecnologia e leite fluidizado borbulhante em regime de pirólise rápida


para obtenção de bio-óleo a partir de resíduos agro-industriais. In.: CONGRESSO
INTERNACIONAL DE BIODIESEL, 1., 2003, Ribeirão Preto. Anais..., Ribeirão Preto,
2003. 2p.

SANTOS, Janne Louize Sousa. Biocarvão como condicionador da fertilidade e da


microbiota de solo de Cerrado cultivado com soja (Doutorado em Agronomia) 2013. 102 f.

SCHMIDT, M. & NOACK, A. 2000. Black carbon in soils and sediments: Analysis,
distribution, implications, and current challenges. Global Biogeochemical Cycles 14(3): 777
-793.

30
SILBER, A.; LEVKOVITCH, I.; GRABER, R.E., pH-Dependent mineral release and
surface properties of cornstraw biochar: Agronomic implications, Environmental Sciences
Technologies, vol. 44, 2010, pp. 9318-9323.

SMIDER, B.; SINGH, B. Agronomic performance of a high ash biochar in two contrasting
soils. Agriculture, Ecosystems and Environment, 191: 99-107, 2014.

SMIDER, N., SINGH, B., 2014. Agronomic performance of a high-ash biochar in two
contrasting soils. Agric. Ecosyst. Environ. 191, 99–107.

SOHI SP, KRULL E, LOPEZ-CAPEL E, BOL R. A review of biochar and its use and
function in soil. In: Sparks DL, editor. Advances in agronomy. Waltham: Academic Press;
2010. v.105, p.47-82.

SOHI, S.P., 2012. Carbon storage with benefits. Science 338, 1034–1035

STEENWERTH, L.K.; JACKSON, E.L.; CALDERON, J. FRANCISCO; SCOW, M.


KATE; ROLSTON, E. DENNIS. Response of microbial community composition and
activity in agricultural and grassland soils after a simulated rainfall, Soil Biology &
Biochemistry, vol. 37, 2005, pp. 2249-2262.

STEINBEISS, S., GLEIXNER, G. & ANTONIETTI, M. 2009. Effect of biochar amendment


on soil carbon balance and soil microbial activity. Soil Biology & Biochemistry, 41, 1301–
1310.

STREUBEL, J. D. et al. Influence of Contrasting Biochar Types on Five Soils at Increasing


Rates of Application. Soil Science Society Of America Journal, [s.l.], v. 75, n. 4, p.1402-
1413, 2011. Soil Science Society of America. http://dx.doi.org/10.2136/sssaj2010.0325.

TALBERG, ANITA. The basics of biochar. Australia: Parliamentary Library, 2009. 9 p.


Disponível em: <https://www.aph.gov.au/binaries/library/pubs/bn/sci/biochar.pdf>. Acesso
em: 18 maio 2016.

TEIXEIRA, M.G. Aplicação de conceitos da ecologia para a produção de materiais


ecológicos: o exemplo do resíduo de madeira. 2005. 132 p. Dissertação (Mestrado

31
Profissional em Gerenciamento de Tecnologias Ambientais do Processo Produtivo) – Escola
Politécnica, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.

TSUZUKI, Eiji et al. Effect of pyroligneous acid and mixture of charcoal with pyroligneous
acid on the growth and yield of rice plant. Japanese Journal Of Crop Science, [s.l.], v. 58, n.
4, p.592-597, 1989. Crop Science Society of Japan. http://dx.doi.org/10.1626/jcs.58.592.

VAN ZWIETEN, L.; KIMBER, S.; MORRIS, S.; CHAN, Y.K.; DOWNIE, A.; JOSEPH,
S.; COWIE, A. Effects of biochar from slow pyrolysis of papermill waste on agronomic
performance and soil fertility, Plant Soil, 2010, pp. 327:235-246.

ZAVALLONI, C., ALBERTI, G., BIASIOL, S., VEDOVE, G.D., FORNASIER, F., LIU,
J., PERESSOTTI, A., 2011. Microbial mineralization of biochar and wheat straw mixture in
soil: a short-term study. Applied Soil Ecology 50, 45-51.

ZHANG, HONGJIE. Biochar Effects on Soil Microbial Biomass and Activity. 2014. 117 f.
Tese (Doutorado) - Curso de Doctor Of Philosophy In Land Resource Science, The
University Of Guelph, Guelph, Ontario, Canada, 2014.

ZIMMERMAN, A.R., GAO, B. & AHN, M.Y. 2011. Positive and negative carbon
mineralization priming effects among a variety of biocharamended soils. Soil Biology &
Biochemistry, 43, 1169–1179.

32

Você também pode gostar