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Monografia Clara 2
Monografia Clara 2
BENGUELA, 2022
1
MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR CIÊNCIA TECNOLOGIA E INIVAÇÃO
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DE BENGUELA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
BENGUELA, 2022
2
PENSAMENTO
Aquele que não cuida dos seus e a sua família não sabe o que é o amor.
(Anónimo)
3
AGRADECIMENTO
Finalmente aos colegas, amigos e todos quanto contribuíram para a concretização deste
estudo.
4
DEDICATÓRIA
Ao meu marido António Correia, aos meus filhos, razão da minha força;
Aos meus familiares, colegas e amigos pelo apoio que me têm dado;
5
RESUMO
O presente trabalho aborda o papel da família na estimulação cognitiva das crianças autistas
de 5 anos do Centro Infantil Okukula do município de Benguela. Teve início com a
formulação do seguinte problema de investigação: qual é o papel da família na estimulação
cognitiva das crianças autistas de 5 anos do Centro Infantil Okukula do município de
Benguela? Para viabilizar a pesquisa, definiu-se como objectivo geral: Compreender o papel
da família na estimulação cognitiva das crianças autistas de 5 anos do Centro Infantil
Okukula do município de Benguela. Optou-se por uma investigação descritiva com
abordagem mista (quantitativa e qualitativa), para o alcance do objectivo proposto utilizou-se
métodos de nível teórico e empírico. Os resultados demonstraram que as famílias das
crianças autistas de 5 anos do centro em estudo, para cumprir o seu papel na estimulação
cognitiva, têm dentre várias coisas feito o acompanhamento psicológico, inserindo a criança
no centro, têm seguido ou acompanhado os filhos nas pequenas tarefas fortalecendo a
interacção destes, participam activamente nas actividades que demandam a memorização,
percepção , imaginação, atenção e socialização. Em relação as acções que devem ser
adoptadas pelas famílias, na estimulação das crianças autistas de 5 anos do Centro Infantil
Okukula do município de Benguela, os pais e encarregados de educação têm acompanhado
psicologicamente os seus filhos, fortificando a interacção com eles, têm acompanhado as
tarefas que os filhos realizam .
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INDICE GERAL
PENSAMEMTO
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
RESUMO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 10
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13
....................................................
1.1. Definição de termos 14
chaves........................................................................................
1.2. Abordagem histórica sobre o 15
autismo .......................................................................
1.3. Causas que provocam o 17
autismo................................................................................
1.3.1.Sinais de 19
alerta .....................................................................................................
1.3.2.Sintomas .............................................................................................................. 21
1.4. A família no processo de estimulação cognitiva da criança 22
autista...........................
1.4.1.Contribuições da família no desenvolvimento da aprendizagem do aluno com
transtorno do espectro autista.............................................................................. 23
1.4.2.Acções do desenvolvimento do cuidar da criança autista ................................... 25
1.5. O papel da família na inclusão escolar dos alunos 28
autistas .......................................
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO..................................... 31
2.1. Tipo de 32
pesquisa.........................................................................................................
2.2. Métodos de 32
investigação.............................................................................................
2.2.1. Métodos 32
teóricos................................................................................................
2.2.2. Métodos empíricos............................................................................................ 33
2.3. Caracterização da 34
instituição.....................................................................................
2.4. População e 34
amostra ..................................................................................................
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS DA PESQUISA .................................................................................. 35
3.1. Apresentação dos resultados dos inquéritos aplicados aos pais e ou
encarregados da educação das crianças 36
autistas ..............................................................................
7
3.2. Apresentação dos resultados dos inquéritos aplicados às educadoras do Centro
infantil Okukula.......................................................................................................... 40
3.3. Apresentação descritiva das entrevistas aplicadas a Direcção do Centro 43
Okukula.........
CONCLUSÕES ............................................................................................................. 46
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 47
APÊNDICES.................................................................................................................. 51
.
8
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1- Em que idade percebeu que o seu filho(a) era autista ............................................. 36
Tabela 2- Em termos cognitivos a partir de que sinais e sintomas ficou alerta. .................... 37
Tabela 3 Acha que as crianças autistas ou com autismo devem ser estimuladas 37
cognitivamente pela sua família?.............................................................................................
Tabela 4- O que tem feito como família para cumprir o seu papel para a estimulação 38
cognitiva do seu filho (a) autista?.............................................................................................
Tabela 5- Assinale com X para si, as acções que as famílias com crianças autistas 39
devem fazer para a estimulação cognitiva?................................................................................
Tabela 6- Marca com um x o que para si o que é o autismo ?.................................................. 39
Tabela 8 Se sim, como tem sido em termos cognitivos, o trabalho com crianças autistas na
sala de aula?.............................................................................................................................. 40
Tabela 9 Quais são as dificuldades que tem tido na sala de aula com crianças autistas?....... 41
Tabela 10 Marque com o x, o que os pais ou encarregados de educação têm feito para
estimular cognitivamente os seus filhos:..................................................................................... 42
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INTRODUÇÃO
Segundo Bosa (2002), são chamadas autistas as crianças que tem inadaptação para estabelecer
relações normais com o outro, um atraso na aquisição da linguagem e, quando ela se
desenvolve, uma incapacitação de lhe dar um valor de comunicação. Essas crianças
apresentam igualmente estereótipos gestuais, uma necessidade de manter imutável seu
ambiente material, ainda que dêem provas de uma memória frequentemente notável.
Sabe-se que a inclusão de alunos com transtorno global do desenvolvimento vem sendo
pesquisada em diversos níveis de análise, como por exemplo, em relação à gestão escolar,
políticas públicas, escolarização e inclusão. Porém, pouco se sabe sobre a influência dos
aspectos familiares na escolarização da criança com autismo e a relação família-escola,
(Lazzeri et al, 2008)
A escolha do tema Justifica-se pelo facto de existir casos de algumas crianças autistas no
Centro Infantil Okukula, no município de Benguela pela observação e conversas informais
tidas no centro citado, verificou-se que algumas as famílias por conhecerem o diagnóstico
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tardio, ou o seu verdadeiro papel na vida destas crianças, não sabem como lidar com a sua
deficiência pois quanto antes e melhor estimuladas maior será o desenvolvimento de suas
habilidades cognitivas funcionais como a linguagem, comunicação e socialização.
Estas constatações levaram-nos a levantar o problema de investigação como refere Gil (1997)
“uma investigação é conduzida para resolver problemas e para alargar conhecimentos sendo,
portanto, um processo que tem por objectivo enriquecer o conhecimento já existente”. Desta
feita o problema da presente investigação é o seguinte: Qual é o papel da família na
estimulação cognitiva das crianças autistas de 5 anos do Centro Infantil Okukula?
Com base nas perguntas formulou-se os objectivos que segundo Gil, (2006), tem a intenção
de esclarecer aquilo que o pesquisador pretende desenvolver, desde os caminhos teóricos até
os resultados a serem alcançados. Dessa forma, o percurso investigativo torna-se mais fáceis.
assim sendo constitui o objectivo de pesquisa:
Geral
Específicos
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A partir do problema definido, definiu-se o campo de acção que na visão de Marconi e
Lakatos (2008 p.158), permite “evitar equívocos haverá a necessidade de estabelecer
explicitamente os limites do campo de análise, embora pareçam evidentes”.
Este trabalho reveste-se de valor teórico que abrange o aprofundamento dos conhecimentos
sistematizados sobre o papel da família na estimulação cognitiva das crianças autistas,
baseados nas ideias dos autores com o intuito de melhor se compreender de facto o papel das
famílias. Já o valor prático, consiste em tornar visível o problema e a partir das sugestões se
levadas a cabo pelas famílias, poderão de forma efectiva a estimular cognitivamente os seus
filhos com autismo.
O presente trabalho está estruturado por três capítulos, antecedidos por uma introdução, sendo
o primeiro dedicado á fundamentação teórica onde se faz a apresentação do posicionamento
dos autores em torno do tema estudado. O segundo capítulo faz referência a abordagem
metodológica que norteou o trabalho investigativo. O terceiro capítulo é dedicado a
apresentação, análise e interpretação dos resultados obtidos. Em última instância, se observam
as conclusões, sugestões, referências bibliográficas, e os elementos pós-textuais como os
apêndices.
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CAPÍTULO - I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
13
CAPÍTULO – I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo constam os pressupostos teóricos que serviram de base para este estudo, onde
se apresentam abordagens sobre antecedentes históricos referente ao tema como é abordagem
histórica sobre o papel das famílias na estimulação cognitiva de algumas crianças autistas, o
aspecto conceitual e de referências relativo ao autismo, autismo na educação infantil, causas
que provocam o autismo, sintomas e sinais de alerta, a família na estimulação cognitiva bem
como as estratégias no desenvolvimento do cuidar da criança autista.
Papel da família : Segundo Alves e Gotti, (2006), família é um conjunto de pessoas ligadas
por parentesco de sangue, por casamento ou algum outro tipo de relacionamento acordado ou
adopção, cujo papel consiste em compartilhar a responsabilidade básica de reprodução e
cuidado dos membros da sociedade.
Na nossa opinião a família é um grupo de pessoa ligadas por laço de sangue ou não que
partilham a mesma cultura, crenças e participam na educação dos seus educandos para o bem
da sociedade em que estão inseridos.
Para nós estimulação cognitiva é a actividade que visa melhorar e estimular o desempenho
geral do funcionamento cognitivo e social da criança na sua aprendizagem envolvendo a
prática guiada de tarefas para aumentar ou manter funções cognitivas especificas, como a
memória, percepção .
14
Autismo: Segundo Kanner (1943), é um distúrbio do desenvolvimento caracterizado por
incapacidade para estabelecer relações com pessoas, um amplo conjunto de atrasos e
alterações na aquisição e uso de linguagem e insistência obsessiva em manter o ambiente sem
mudança, acompanhada da tendência a repetir uma gama de atitudes ritualizadas.
segundo a ASA (Autism Society of American 1978, citado por Gauderer, 1997) Autism
Society of American = Associação Americana de Autismo é um inadequado desenvolvimento
que se manifesta de maneira grave por toda a vida.
Entendemos o autismo como uma condição que acomete o indivíduo afectando os aspectos do
seu desenvolvimento físico-motor, afectivo, social e cognitivo.
Centro infantil: Na visão de Oliveira (2006), é um equipamento composto por duas valências
creche para crianças dos 3 meses aos 3 anos de idade. Jardim de infância para as crianças
com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos de idade.
Segundo Mec (2004), centro infantil é uma valência que acolhe crianças entre os 4 meses e os
3 anos e tem como objectivo principal favorecer o desenvolvimento global das crianças,
colaborando, em conjunto com a família, na educação, na saúde e no bem-estar das crianças.
Para nós centro infantil é uma instituição pública ou privada, cuja missão consiste em educar
as crianças física e psicologicamente de acordo a etapa do desenvolvimento em que se
encontram.
Segundo estudos, a designação de autismo, que deriva do termo grego autos que significa o
próprio, foi utilizado pela 1ª vez no século XX para denominar uma categoria de distúrbios do
pensamento que estava presente num conjunto de comportamentos básicos de esquizofrenia
(Pereira, 1999).
Em Boston, nos Estados Unidos, segundo Hewitt (2006), Leo Kanner estudou um grupo de 11
crianças (oito rapazes e três raparigas) cujo comportamento foi descrito como sendo diferente
da maioria das outras crianças, embora tivessem uma aparência física normal, cada uma delas
exibia um isolamento extremo, profundo afastamento autista, desejo obsessivo de preservação
das mesmas coisas, uma boa memória, expressão inteligente e ausente, mutismo ou linguagem
sem real intenção comunicativa, hipersensibilidade aos estímulos, relação obsessiva com
objectos.
Em 1943, Kanner publicou um artigo, até hoje famoso, a que denominou Autistic
Disturbances of affective Contact, que referiu-se a um autismo infantil. Sendo a primeira vez
que o autismo foi descrito, nesta mesma época, a síndrome que combinava o autismo como
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incapacidade de relacionamento, obsessões, rotinas, hipersensibilidade, estereotipias e
problemas de linguagem (Frith, 2005).
segundo Kanner apud Assunção (2014), a síndrome é aceita como um padrão psicopatológico
e com uma possibilidade diagnóstica inequívoca, sendo estabelecidas as seguintes
considerações, como pequenas dificuldades no curso dos dois primeiros anos de vida da
criança, a natureza do problema ser interligada com a esquizofrenia infantil e pelo autismo ser
considerado uma manifestação precoce da esquizofrenia infantil. Também, o autismo é
relacionado a uma deficiência cognitiva, ou transtorno do desenvolvimento e não uma
psicose. Vale lembrar que no início do século XIX o autismo era diagnosticado como retardo
mental.
Décadas mais tarde alguns autores o incluíam como uma forma de esquizofrenia infantil. É
facto que a partir da clássica descrição por Kanner, os estudos posteriores sofreriam forte
influência de seu modelo, como os manuais de diagnóstico de Associação Americana de
Psiquiatria e da OMS. O conceito do Autismo Infantil (AI), portanto, se modificou desde sua
descrição inicial, passando a ser agrupado em um contínuo de condições com as quais guarda
várias similaridades que passaram a ser denominadas de Transtornos Globais (ou invasivos)
do Desenvolvimento (TGD). (APA, 2014).
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Transtorno Desintegrativo da Infância (Brasil, 2013). O Autismo apresenta ainda, causa
desconhecida, e embora, pesquisas tentam desvendar factores genéticos associados à doença,
proporcionadas descobertas quanto às causas de neurónios e sinapses na amígdala, hipocampo
e cerebelo, além do encéfalo aumentado e serotonina circulante concentrada, todas segurem
forte influência genética.
No século XIX, o autismo era considerado como patologia mental, ou seja, o resultado de
uma deficiência da inteligência (APA, 2014). Assim, o autismo é visto como dificuldade de
acesso à formação de símbolos, sendo que, para alguns o autismo é “psicoses precoces da
criança” e para outros é um “transtorno invasivo do desenvolvimento”, constituindo uma série
de deficiências ligadas a perturbação do desenvolvimento (Brasil, 2012).
Para a mesma fonte [....] a escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor
nem anulando e marginalizando as diferenças nos processos pelos quais forma a instruir os
alunos. E muito menos desconhecer que aprender implica ser capaz de expressar, dos mais
variados modos, o que sabemos, implica representar o mundo a partir de nossas origens de
nossos valores e sentimentos. (Mantoan, 2003, p.12).
Na visão de Gauderer (1997), o autismo não é um transtorno com uma causa, mas um grupo
de transtornos relacionados com muitas causas diferentes. De acordo com o Manual para as
Famílias, as causas que provocam o autismo ou TEA são desconhecidas. A complexidade
desse transtorno e o fato de que os sintomas e severidade podem variar, provavelmente são
17
quadros resultantes da combinação de diferentes genes. Alguns problemas genéticos
acontecem espontaneamente e outros são herdados.
Para o mesmo autor é importante lembrar que o autismo não é um transtorno que deriva de
uma só causa. Na verdade, esta condição engloba um grupo de transtornos relacionados, com
diferentes causas. A maior parte das vezes, provavelmente, o autismo resulta de uma
combinação de factores de risco genéticos que interagem com os factores de risco ambientais.
Foram identificados diversos genes de susceptibilidade ao autismo, o que significa que há
maior probabilidade do indivíduo desenvolver autismo se ele possui uma variante deste gene,
ou, em alguns casos, uma mutação rara.
Para. Nunes e Santos, (2010), provavelmente, diversos genes contribuem para o autismo, e
acreditamos que esses genes específicos interagem com determinados factores ambientais. A
maior parte da pesquisa actual busca identificar a contribuição dos factores genéticos e
ambientais para o autismo. Muito embora alguns factores genéticos tenham sido identificados,
sabemos pouco sobre a contribuição dos factores ambientais, ainda. A exposição a agentes
ambientais, tais como os agentes infecciosos (rubéola da mãe) durante a gravidez podem
causar o autismo. Aproximadamente, de 10 a 15% dos casos possuem uma causa genética
específica, do tipo Síndrome do Frágil Esclerose Tuberosa e a Síndrome de Angelman.
Na visão dos mesmos autores, algumas pesquisas sugerem uma herdabilidade muito alta, mais
ainda quando se considera a presença de traços do espectro autista numa mesma família. Em
muitas delas parece haver um padrão de autismo ou deficiência relacionados, apoiando ainda
mais a tese de que esses Transtornos têm uma base genética. Estudos recentes indicam
também que o autismo não é regido apenas por causas genéticas. A suposição é que factores
ambientais que tenham impacto no desenvolvimento do feto, como stress, infecções,
exposição a substâncias químicas tóxicas, complicações durante a gravidez, desequilíbrios
metabólicos podem levar ao desenvolvimento do autismo.
Dentro dos factores ambientais, pesquisadores detectaram uma maior importância para o risco
de TEA dos factores ambientais individuais, que incluem complicações durante o nascimento,
infecções maternas ou a medicação que se recebe antes e após o nascimento, face aos factores
ambientais partilhados pelos familiares. (Idem).
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para se desenvolver autismo. Os restantes dos factores têm sua origem no ambiente. Apesar
das causas do autismo ainda não serem totalmente compreendidas, sabe-se que esta doença
não tem cura, mas que o tratamento pode ajudar a controlar alguns sintomas e até impedir que
o autismo chegue a um grau mais elevado.
Segundo Lima, (2012, p. 57) os sinais de alerta permitem “as pessoas mais próximas no caso
os progenitores a descobrirem alguns problemas que acometem os seus filhos, por esta razão
para identifica-los o primeiro passo para ajudar as crianças com TEA é estarmos
familiarizados com sinais que podem indicar um possível transtorno”, o mais precocemente
possível. E hoje sabe-se que os sinais de autismo podem ser observados muito precocemente.
Os mesmos autores referem, que estes sinais que de seguida passamos a listar estão de acordo
com a Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT), que é um instrumento de
rastreamento precoce do TEA, bem como com alguns dos critérios de diagnóstico do DSM-V
e da Classificação Internacional das Doenças Mentais (CID-10), estão dispostos consoante as
áreas de desenvolvimento infantil, e evidenciam principalmente os sinais que se podem
verificar do nascimento até aos três anos de idade:
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Rotação e alinhamento de objectos;
Não imita o adulto;
Manifestar medo de objectos;
Não reacção perante um barulho próximo;
Inexistência de comunicação não-verbal (gestos ou expressões faciais adequadas);
Não faz pedidos, conduz a pessoa até alcançar o objecto desejado;
Mostram resistência à alteração do meio
Não leva objectos ao adulto
Não segue instruções simples (como “pegue o brinquedo”)
Em relação ao desenvolvimento físico e motor a mesma fonte refere:
- Fraco controlo motor da cabeça e do pescoço
Balbucio e gesticulação tardios;
Atraso na fala, ausência de fala ou poderão eventualmente perder a fala já
adquirida;
Apresenta dificuldades na articulação de palavras simples;
Repetição automática de palavras ouvidas (ecolália);
Aparente insensibilidade à dor;
Anda na ponta dos pés;
Dificuldades em aprender a controlar os esfíncteres e aos hábitos de higiene;
Movimentos estereotipados com o corpo;
Hiper ou hipossensibildade a vários estímulos sensoriais;
Não transfere objectos de uma mão para a outra;
Problemas com a alimentação, como por exemplo, dificuldade na amamentação;
Problemas de sono, pode não dormir na quantidade esperada, e chora muito,
alguns bebés querem estar sempre ao colo ou dormem em posições estranhas;
Problemas de alimentação ou sucção;
Hábitos e preferências estranhas na alimentação;
Cheira, morde ou lambe os brinquedos e ou roupas;
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São bebés mais apáticos e não demonstram nenhum desejo de aconchego físico,
podendo mesmo rejeitá-lo e demonstrar sentir-se melhor no berço, quando fica
sozinho;
Evita o olhar do outro; mesmo com a própria mãe (exp: em situação de
amamentação);
Ausência de reacção quando os pais pegam nela;
Desinteresse pelas pessoas e pelo meio ambiente;
Atraso ou ausência dos movimentos de antecipação para ser pego no colo (exp:
pode não levantar os braços para ser retirado do berço);
Indiferença à ausência/presença da progenitora;
Não reage à voz da mãe nem de pessoas próximas;
Não responde quando chamada pelo seu nome (frequentemente pensam até que a
criança seja surda);
Atraso ou ausência de sorriso social;
Tendência a interessar-se por partes de outra pessoa (pé ou mão);
Não percebe (ou parece não dar importância) quando o pai/mãe chega ou sai;
Usa os outros como ferramentas, não apontar com o dedo para o objecto que quer
alcançar (exp: pega no seu braço e leva-o até ele, como se usasse a sua mão como
uma instrumento)
Os sinais ora apresentados permitem as pessoas mais próximas a criança no caso os pais
possam estar alertas para a existência de sinais combinados que servem de alerta para um
desenvolvimento que não esteja a ocorrer de forma ideal.
1.3.2. Sintomas
Os mesmos autores afirmam que as manifestações do TEA, variam de acordo com o nível de
desenvolvimento e a idade da criança. Se caracteriza por grandes prejuízos na interacção
social, podendo apresentar também prejuízos nos comportamentos não verbais que regulam a
interacção social. Ainda, segundo os autores, pode haver também problemas na comunicação,
manifestado pelo atraso ou falta total de desenvolvimento da linguagem falada, podendo
haver prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma conversação, uso estereotipado e
repetitivo da linguagem. Além disso, as pessoas com autismo podem apresentar perturbação
21
na capacidade de compreensão da linguagem, preocupação com partes de objectos e
fascinação por movimentos.
Para Moro (2010, p. 24), “São comuns ao quadro do autismo: inabilidade da interacção
recíproca; inabilidades na comunicação ou presença de condutas estereotipadas, interesses e
actividades restritos.”
Contudo, existem diversos sintomas que podem indicar autismo e nem sempre a criança
apresentará todos eles, tendo em vista que o autismo pode variar de acordo com o seu grau de
intensidade, o qual pode variar de moderado a grave.
A família de uma criança autista, mesmo com força e preparo emocional, não se encontra
preparada para a chegada e convivência com uma deficiência por toda a vida. Como forma de
superação, muitas famílias buscam amparo nas crenças religiosas, acreditando que ter um
filho com deficiência é da vontade de Deus e que estão sendo testadas por ele (Rodriguero;
Yaegashi, 2013).
Para o mesmo autor de modo geral, a pessoa com necessidades educativas especiais têm seus
horizontes sócio-afectivos mais limitados e a família, por sua vez, pode ser a única fonte pela
qual a criança terá suas relações mais íntimas. Um recém-nascido com deficiência traz
consigo uma sobrecarga de factores adicionais, principalmente pela incerteza do futuro.
A família, um núcleo praticamente comum nas sociedades, pode ser considerada um dos
primeiros ambientes de socialização do indivíduo ao ser a principal mediadora dos padrões,
modelos e influências culturais (Amazonas, Damasceno, Terto & Silva, 2003). Assim, é
considerada a primeira instituição social que, em conjunto com outras, busca assegurar a
continuidade e o bem estar dos seus membros e da colectividade, incluindo a protecção e o
bem estar da criança. Nesse sentido, se torna responsável pela transmissão de valores, crenças,
ideias e significados que estão presentes nas sociedades (Kreppner, 2000).
Segundo Santos (1999), no tocante à relação entre família e escola, é preciso que ambas
assumam um compromisso de reciprocidade, onde as responsabilidades sejam divididas
igualmente: No que cabe às relações entre família e escola, torna-se imperativo assumir um
compromisso com a reciprocidade. De um lado, a família, com sua vivência e sabedoria
22
prática a respeito de seus filhos. De outro, a escola com sua convivência e sabedoria não
menos prática a respeito de seus alunos.
Para Santos(1999, p. 5)“é preciso entender que esses mesmos filhos são também os filhos, e
que os filhos são (ou serão) os alunos. Ou seja cabe às duas instituições mais básicas das
sociedades trabalharem ambas para o desenvolviemto das crianças”.
Partindo desta perspectiva, acredita-se que “a escola e a família compartilham funções sociais,
políticas e educacionais, na medida em que contribuem e influenciam a formação do cidadão”
(Rego, 2003 apud Dessen; Polonia, 2007, p. 22). Assim, constituem os dois principais
ambientes de desenvolvimento humano, sendo responsáveis pela transmissão e construção do
conhecimento culturalmente organizado.
Portanto, a família e a escola emergem como duas instituições fundamentais para desencadear
os processos evolutivos das pessoas, actuando como propulsoras ou inibidoras do seu
crescimento físico, intelectual, emocional e social.
Contudo, é fundamental promover a colaboração entre escola e família, tendo em vista que
um influencia no andamento do outro e, por isso, necessitam andar lado a lado, de maneira a
promover o desenvolvimento da aprendizagem humana.
“Também afirma que: (...) ao mesmo tempo em que escolas inclusivas provêm um ambiente
favorável à aquisição de igualdade de oportunidades e participação total, o sucesso delas
requer um esforço claro, não somente por parte dos professores e profissionais na escola, mas
também por parte dos colegas, pais, famílias e voluntários”. (Salamanca 1994)
23
não serão alcançados o nível e a qualidade de envolvimento necessário para assegurar ganhos
educacionais possíveis para “todos” os alunos.
“Assim a família do aluno especial é a principal responsável pelas acções do seu filho com
necessidades especiais, visto que é ela quem lhe oferece a primeira formação. Na
integração/inclusão escolar, o aluno com apoio dos profissionais e da família, poderá adquirir
competências ainda maiores, se tiver um envolvimento como a parceria”. (Tanaka, 2010, p.
115).
É preciso que todos tenham consciência de que alunos com deficiência têm as mesmas
necessidades que outros alunos ditos normais e que, por isso, não se pode discriminá-los e
permitir que vivam segregados da sociedade:
Amiralian (2005), referiu-se que, a nossa sociedade não está preparada para promover a
inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais, por isso devemos trabalhar para
que essa integração/ inclusão ocorra. Daí a importância da conscientização da família, no
sentido de que ela faz parte do contexto em que o aluno está inserido e que exerce grandes
influências sobre os vários aspectos da vida do indivíduo. Bem como, também é essencial a
conscientização dos educadores, não só para saber trabalhar com o aluno, mas também para
promover o desenvolvimento familiar, de forma que a família se torne um agente no processo
de integração/inclusão.
A conscientização da família, no sentido de que ela faz parte de um contexto social, que
exerce influências sobre o indivíduo, preparando-o para o mundo escolar é essencial. Também
a conscientização dos educadores não só em saber trabalhar com o aluno, mas também em
promover o desenvolvimento familiar, de forma que a família se torne um agente activo no
processo de integração/inclusão, do aluno. (Lopes; Marquezan, 2000).
Dessen e Polonia (2007, p. 01). Afirmam que “Escola e família constituem dois contextos de
desenvolvimento fundamentais para a trajectória de vida das pessoas.” e que “A integração
entre esses dois contextos é destacada como desafio para a prática profissional e pesquisa
empírica.” . Isso confirma que os dois precisam andar juntos, concatenados, seguindo um
mesmo objectivo, em prol do desenvolvimento cognitivo do ser humano. A participação da
família do aluno com necessidades educacionais especiais é decisiva no processo de
24
integração/inclusão e indispensável para que ele possa construir-se pessoalmente e
participante da sociedade.
Diferentes autores apontam que as questões das terapias são apontadas como melhor forma de
tratamento e acompanhamento das crianças autistas e de seus familiares. Além do grupo de
terapia, as crianças autistas requerem acompanhamento por fonoaudiólogos, fisioterapeutas e
psicólogos. As actividades físicas e recreativas como natação e equoterapia são apontadas
como intervenções e estratégias para a melhora dos quadros graves de transtorno do
desenvolvimento, (AMA, 2005)
Nesse contexto, para Almeida (1997), a interacção social das crianças entre si e com os
profissionais, por meio de actividades e brincadeiras desenvolvidas em conjunto, é capaz de
desenvolver no autista possibilidades de mudanças de comportamento relacionadas às
actividades da vida diária, em que as crianças são estimuladas a alimentar-se e ingerir
líquidos, usar o banheiro, fazer higiene das mãos, calçar e amarrar os calçados de maneira
independente.
Para Baptista (2002), a enfermagem, enquanto profissão cuja ferramenta principal de trabalho
é o cuidado, deve focar sua atenção nas crianças autistas e suas mães, cujo sofrimento pode
estar encoberto pelo próprio existir do filho. Essas mães necessitam de cuidado e atenção para
que possam cuidar de seus filhos e de si mesmas, participando activamente do processo de
tratamento.
25
As acções empregadas são identificadas como factor positivo no desenvolvimento cognitivo
e interpessoal da criança autista. As intervenções aplicadas são vistas não somente para o
tratamento, para a inclusão social, tanto das crianças quanto da família. A procura dos
responsáveis por esses tipos de estratégias é movida pelo cuidado. Factor facilitador na
interacção social e familiar das crianças e seus cuidadores.
Não existem terapias mais ou menos apropriadas para o autismo, pois cada pessoa reage de
maneira diferente às diversas formas de intervenção. Sabe-se que a etapa da vida na qual o
autista se encontra interfere nos resultados da terapia, devendo ser substancialmente diferente
o tipo de abordagem a ser realizado em cada etapa
Assim sendo, Amiralian (2005), diz que mediante a apresentação dos tópicos sobre autismo,
transtornos específicos de desenvolvimento e sobre todos os aspectos sobre inclusão, o tópico
é de fundamental importância, pois descreve algumas estratégias de inclusão e do processo
ensino aprendizagem escolar de crianças autistas que podem auxiliar professores que são
especializados em necessidades especiais.
Segundo Coll; Marchesi; Palácios e Cols (2004), o sistema educacional deve levar dois
factores em consideração ligada a crianças autistas: a diversidade e a personalização.
Para os mesmos autores, não somente a diversidade e a personalização, mas muitos outros são
os factores que devem ser levados em consideração para se definir uma orientação educativa
apropriada para Transtorno do Espectro Autista e alguns factores da escola devem ser
importantes e são assim descritos como:
1. São preferíveis as escolas de pequeno porte e número baixo de alunos, que não exijam
interacções de grande complexidade.
2. São preferíveis as escolas estruturadas, com estilos didácticos mais directivos e formas
de organização que tornem possível as actividades escolares.
3. Tem que ter fundamentalmente compromisso efectivo do conjunto de professores e
dos professores concretos que atendam a criança com Transtorno Espectro do
Autismo.
4. É necessário a escola ter recursos complementares e especialmente psicopedagogas
(os) com funções de orientação e de logo pedia.
5. É importante também proporcionar pistas aos colegas da criança autista para que haja
compreensão e apoio de suas aprendizagens e relações.
Segundo Powers apud Coll; Marchesi; Palácios & Cols (2004), as principais características
que deve ter os métodos para crianças autistas podem ser assim descritos como:
26
Serem estruturados e baseados nos conhecimentos desenvolvidos pelas modificações de
conduta; ser evolutivos e adaptados às características pessoais dos alunos; ser funcionais e
com uma definição explícita de sistemas para a generalização; envolver a família e a
comunidade; e por fim ser intensivos e precoces.
Segundo os autores, que, portanto, com a inclusão escolar, os alunos com Transtorno Espectro
do Autismo, com a exposição mediada entre o convívio social proporcionado na escola,
permite demonstrar resultados que representam significância principalmente em
desenvolvimento de funções mentais ameniza prejuízos e possibilita a emergência de maior
probabilidade de vivências próprias da infância.
Mas para estimular uma aprendizagem sem erros, é fundamental seguir certas normas como:
assegurar a motivação, apresentar as tarefas somente quando a criança atende, e de forma
clara; apresentar tarefas cujos requisitos já foram adquiridos antes e que se adaptam bem ao
nível evolutivo e às capacidades da criança, empregar procedimentos de ajuda e proporcionar
reforçadores contingentes, imediatos e potentes (Coll; Marchesi; Palácios e Cols, 2004).
Muitos autistas penam através de estímulos visuais e não através da linguagem. Com
isso substantivos vão ser mais fáceis de aprenderem, pois a mente pode relacionar uma
palavra a uma figura.
Crianças autistas que não são verbais tem mais facilidade em associar palavras às
figuras se visualizarem a palavra escrita e a figura em um cartão.
Muitos conceitos podem ser trabalhados por serem difíceis de assimilação por estes
alunos, demonstrado de forma concreta.
Os desenhos podem ser alternativos a serem explorados e o uso de computador pode
auxiliar nesse sentido.
Usar métodos visuais concretos para ensinar conceitos numéricos;
E crianças mais velhas podem aprender através do toque, pode ser ensinado o
significado das letras, com material de plástico para tal técnica.
27
Alguns autistas apresentam processamento visual deficitário, e acha mais fácil ler
letras impressas na cor preta sobre papel colorido, o que diminui o contraste.
Segundo Coll; Marchesi; Palácios e Cols (2004), as escolas para crianças autistas só se
justificam se cumprirem três condições básicas:
Isso destaca os autores, vai determinar a diferença, porque é preciso assegurar um tratamento
individualizado durante períodos longos de tempo. Além disso, é fundamental a tarefa de
apoio e estruturação adequada, de coordenação dos sistemas de ajuda e educação por parte de
um assessor específico para este atendimento e ensino são essenciais e primordiais para
promover ensino e qualidade no atendimento a estes alunos.
A educação é muito importante desde cedo para a criança, para que possa ter o
desenvolvimento de suas capacidades, fazendo com que a mesma tenha valores e práticas
culturais, que serão úteis para toda sua vida. Sabemos que a educação é para todos, mais para
que isso possa acontecer depende muito de política educativa que traça medidas cabíveis para
que todos os alunos sejam inseridos no ambiente escolar, ou seja, toda criança que tenha ou
não qualquer tipo de deficiência ou transtorno.
É facto que é lei que os familiares não devem reter os filhos com necessidades educativas em
casa, logo os professores devem incluir os alunos mesmo que eles encontrarem muitos
desafios para inserir o aluno autista na sala de aula, pois muitos professores não possui uma
28
formação adequada para trabalhar com crianças autistas. O professor pode encontrar
dificuldades em relação a linguagem do aluno , agressividade , a compreensão vindo da
criança.
Hoje em dia tem que se ter a consciência que para a criança autista se desenvolver na
sociedade é fundamental que ela esteja na escola e incluída na educação inclusiva. A
formação do professor como já foi falada, se não for uma formação especificada, ele não fará
um bom trabalho com a criança autista.
Segundo o mesmo autor nos dias de hoje, as escolas dizem que incluem todos os alunos, mais
para que isso aconteça tem que haver algumas mudanças. A verdade é que várias escolas
ainda não estão preparadas para acolher esses alunos, e os com autismos principalmente, os
professores não estão preparados para começar a trabalhar com o autista. O professor precisa
estar actualizado sempre, não pode ficar parado tem que buscar novos conhecimentos para
que assim eles possam trabalhar com crianças e evitar sustos quando tiverem que passar por
uma experiência com um autista. (Idem).
Assim Lopez (2012), fala sobre o papel do professor como mediador e como o professor tem
o papel fundamental, pois ele que faz com que se tenha o primeiro contacto com a criança,
seja ele positivo ou negativo, dessa forma o professor se torna o grande responsável por fazer
com aconteça ou não a inclusão, sabendo que é o seu dever de criar várias possibilidades para
todos. É crucial que o professor veja as dificuldades que existe e que consiga encontrar o nível
do desenvolvimento dos mesmos, para que assim possa saber como e qual metodologia ele
deve usar para trabalhar com as crianças autistas.
29
deve ser avaliado para colocá-lo num grupo adequado, considerando a idade global, fornecida
pelo PER-R, desenvolvimento e nível de comportamento. É de responsabilidade do professor
a atenção especial e a sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e
como se comportam esses alunos autistas. (Santos, 2008, p.30).
“É importante que o educador e qualquer outro profissional que trabalhe junto á pessoa com
autismo seja um conhecedor da síndrome e de suas características inerentes. Porem tais
conhecimentos deve servir como sustento positivo para o planeamento das acções a serem
praticadas e executadas”. (Orrú, 2003, p. 1).
Compreendemos que para que se tenha um bom resultado o professor deve dominar as
práticas, e ter o conhecimento total sobre o que é o autismo. O professor além de estudar e
analisar a criança com autismo, e ele deve fazer com que a sala de aula se torne um ambiente
inclusivo, para que a criança possa ter o conhecimento das diferenças e assim possa ser
solidários uns com os outro. Para que o professor possa atender todos os alunos com alguma
necessidade especial, ele tem que ter uma formação especializada e adequada, e não só isso.
Tem também que esta se actualizando e se informando continuamente para que assim ele
possa fazer um bom trabalho com essas crianças.
30
CAPÍTULO - II
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
31
CAPÍTULO II: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
Neste capítulo faz-se constar o esclarecimento das opções metodológicas que o trabalho
seguiu, onde enquadrou-se o tipo de pesquisa, os métodos aplicados, os procedimentos, a
população e amostra alvos da pesquisa , processamento dos dados e respectiva análise.
Na visão de Reto e Nunes (1999), todas as pesquisas feitas no âmbito académico podem ser
consideradas científicas, e são categorizadas em diferentes metodologias, de acordo com o
objectivo, finalidade e estrutura que seguem. Para esta pesquisa optou-se pelo tipo de pesquisa
descritiva que segundo Gil (1999), consiste em descrever as características de determinada
população ou fenómeno, estabelecimento de relações entre as variáveis.
Com a base a descrição anterior e para melhor compreender o fenómeno a partir dos
participantes, recorreu-se a uma abordagem mista (qualitativa e quantitativa). Segundo
Marconi e Lakatos (2002, p. 269) “ a qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar
aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano”. Ao passo
que a abordagem quantitativa segundo Mendes e Manuel (2016, p. 70) aponta “os resultados,
assumindo a quantificação com o símbolo da abordagem científica identificada a este modelo
como abordagem positiva”.Esta abordagem possibilitou-nos compreender de forma
aprofundada o fenómeno a volta do papel das famílias das crianças alvo da presente pesquisa.
32
Para as mesmas autoras, na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a
veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições que as
obras possam apresentar. Para a nossa pesquisa este método foi útil na recolha e revisão da
bibliografia necessária para o entendimento da problemática em pauta .
Indutivo- Dedutivo: Para Andrade (2000)a dedução consiste no como caminho das
consequências, pois uma cadeia de raciocínio em conexão descendente isto é do geral ao
particular que leva a condução. Ao passo que a indução é o caminho inverso da dedução, isto
é a cadeia de raciocínio, que estabelece uma conexão ascendente, do particular para o geral.
Neste caso, as constatações particulares são as que levam as teorias e as leis gerais. Este
método permitiu-nos fazer um estudo geral dos factos sobre o papel da família na estimulação
cognitiva de algumas crianças autistas, com o objectivo de interpretar o referido papel.
Para Muhanda, (2015) “é uma técnica que permite o relacionamento estreito entre o
entrevistador e o entrevistado). Este método, ajudou-nos em colher informações dos gestores
da Instituição em causa.
33
Este método ajudou-nos na colecta de dados por meio de perguntas estruturadas que foram
respondidas pelos educadores , pais e encarregados de educação . acerca do fenómeno em
estudo.
34
CAPÍTULO - III
35
CAPÍTULO-IIIAPRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS
Os dados da tabela espelham que, dos 6 pais ou encarregados de educação inquiridos quanto
a questão colocada, 2 que correspondem a 33,33% marcaram a opção no primeiro aniversário,
4 pais ou encarregados de educação que correspondem a 66,67% marcaram a opção no
terceiro aniversário.
36
Tabela 2-Em termos cognitivos a partir de que sinais e sintomas ficou alerta.
Total 6 100%
Fonte Elaboração Própria
Estes dados quer com mais percentagem, quer com menos demonstram claramente, que ao
menos os pais demonstram atenção visto que os sinais e sintomas manifestados pelos seus
filhos, revelavam que em termos de conhecimento e contacto com o meio envolvente, alguma
coisa não corria bem, porque é suposto em termos de desenvolvimento físico-motor,
intelectual, afectivo e social a criança manifeste progresso a medida que vai crescendo.
Sim 6 100%
Não 0 0%
Talvez 0 0%
Total 6 100%
Tabela 3 Acha que as crianças autistas ou com autismo devem ser estimuladas
cognitivamente pela sua família?
37
Corroboramos com os pais ou encarregados de educação porque como afirma Rodriguero e
Yaegashi, (2013), a pessoa com necessidades educativas especiais tem seus horizontes sócio-
afetivos mais limitados e a família, por sua vez, pode ser a única fonte pela qual a criança terá
suas relações mais íntimas, assim o estimulo cognitivo pode contribuir para a aquisição dos
processos básicos como a memória, percepção, imaginação, atenção e outras.
Tabela4- O que tem feito como família, para cumprir o seu papel para a estimulação
cognitiva do seu filho (a) autista?
38
Tabela5- Assinale com X para si, as acções que as famílias com crianças autistas devem
fazer para a estimulação cognitiva?
Todas as opções desde as marcadas pela maioria e outras são corroboradas por nós porque
ambas permitem que os pais ou encarregados de educação como os primeiros agentes com
quem a criança tem interacção desde o seu nascimento, devem pautar por acções que visam
ajudar as crianças com autismo a não sentirem excluídas, mais inseri-las em actividades que
estimulam a sua cognição a medida que exercitam os seus processos psicológicos como a
memória, percepção , atenção e outras, a medida que com o devido acompanhamento vão
manifestando progresso na interacção com outras crianças.
39
preliminar do fenómeno pode ser o começo para o adequado acompanhamento das mesmas
crianças.
Os dados da tabela espelham, que quanto ao conhecimento das educadoras sobre o que é o
autismo nota-se proporcionalidade nas respostas porque 3 educadoras que correspondem a
50% marcaram a opção, é um distúrbio do desenvolvimento caracterizado por incapacidade
para estabelecer relações com as pessoas , ao passo que 3 educadoras que correspondem a
50% marcaram a opção é um atraso na aquisição da linguagem e, quando ela se desenvolve,
uma incapacitação de lhe dar um valor de comunicação.
40
Estes dados são reveladores por um lado da existência de crianças autistas como um facto
nas nossas instituições pelo que as pessoas encarregadas das mesmas no caso as educadoras
devem dominar os aspectos inerentes ao autismo para melhor acompanharem as crianças, por
outro lado é confortante saber que nas outras salas as inquiridas não referem a existência de
crianças com autismo.
Tabela 8: Se sim, como tem sido em termos cognitivos, o trabalho com crianças
autistas na sala de aula?
Os dados da tabela apontam que das 10 educadoras inquiridas, 7 que correspondem a 70%
marcaram a opção não suave, 2 que correspondem a 20% marcaram a opção pouco suave e 1
que corresponde a 10% marcou a opção suave.
Os dados são preocupantes visto que a maioria referiu que em termos cognitivos o trabalho
com as crianças autistas não tem sido suave por causa da necessidade educativa especial
destas crianças porque como afirma Bosa (2002), as crianças autistas manifestam
inadaptação para estabelecer relações normais com o outro, um atraso na aquisição da
linguagem e, quando ela se desenvolve, uma incapacitação de lhe dar um valor de
comunicação. Essas crianças apresentam igualmente estereótipos gestuais, uma necessidade
de manter imutável seu ambiente material, ainda que dêem provas de uma memória
frequentemente notável.
Tabela 9 Quais são as dificuldades que tem tido na sala de aula com crianças autistas?
41
Os dados da tabela demonstram que das 10 educadoras inquiridas 6 que correspondem a 60%
marcaram a opção envolve-lo em trabalhos lúdicos, 2 que correspondem a 20% marcaram a
opção acalma-lo em momentos de crise, ao passo que 2 educador que corresponde a 20%
marcaram a opção Coloca-lo e mantê-lo quieto.
Estes dados desde a opção assinalada pela maioria e menoria, apontam para dificuldades
pontuais com que se confrontam os educadores, ao lidar com as crianças com esta necessidade
educativa especial, porque se a criança autista não presta a sua atenção nas actividades
lúdicas que na maior das hipótese são as que mais prendem a atenção das crianças, tornam a
interacção com os educadores e coleguinhas difícil. Quanto acalma-lo em momento de crise
exige muita destreza do educador, porque uma das manifestações do autismo é mesmo a
irrequietude que mais se agrava no momento de crise, dificultada pelo facto do impasse em
coloca-lo e mantê-lo quieto
Tabela 10 Marque com o x, o que os pais ou encarregados de educação têm feito para
estimular cognitivamente os seus filhos:
42
entre a escola ou centro infantil com a família como aponta Tanaka (2010, p. 115)a “família
do aluno especial é a principal responsável pelas acções do seu filho com necessidades
especiais, visto que é ela quem lhe oferece a primeira formação. Na integração/inclusão
escolar, o aluno com apoio dos profissionais e da família, poderá adquirir competências ainda
maiores, se tiver um envolvimento como a parceria”
3.4. Apresentação descritiva das entrevistas aplicadas à Direcção do Centro
Infantil Okukula.
O E1respondeu a 6 anos, ao passo que o E2 disse que era gestor a 7 anos. Analisando estas
respostas em relação ao tempo de serviço percebe-se que estão na gestão do centro a mais de
5 anos o que consideramos positivo porque revela um certo conhecimento da dinâmica da
instituição que dirigem visto a inclusão das crianças com necessidades educativas especiais
não tarefa fácil, exige tempo experiencias de trabalho, segundo Scardua (2008, p. 2) quando
afirma que “para que haja inclusão escolar, é necessário comprometimento por parte de todos
os envolvidos, ou seja, alunos, professores, pais, comunidade, director, enfim, todos que
participem da vida escolar directa ou indirectamente”.
O E1- Respondeu boa e o E2 também disse que era. Consideramos positiva a recepção dada
as crianças , porque todas as crianças merecem sentir-se acolhidas nos locais a parte de casa,
porque são lugares onde as mesmas passam a maior parte do tempo. O acesso à educação é
garantido por lei, porém é necessário que os responsáveis legais recebam bem as crianças,
pois todos têm o direito a uma educação inclusiva e um ensino público e gratuito. Este direito
43
está garantido, o qual estabelece que as pessoas com necessidades especiais tenham o direito a
educação preferencialmente no ensino regular (Brasil, 1988). Dessa maneira, as pessoas com
deficiência, devem ser incluídas no ensino regular ainda na educação infantil.
O E1- Respondeu os pais procuram interagir mais com os seus filhos autistas, sentimos e
vemos isto logo na recepção das crianças aqui no centro pela manhã que os pais abraçam,
beijam e brincam um pouco com os filhos antes de deixa-los e no período da tarde eles
procuram ser as pessoas que pegam os seus filhos. O E2- Respondeu os pais ou encarregados
de educação das crianças autistas são os mais assíduos em ajudar os filhos nos deveres que
nós mandamos as crianças fazerem, quer em casa, quer quando temos actividades no centro,
eles interagem muito com os miúdos e alguns recorrem a terapia buscando ajuda dos
especialistas.
As respostas dadas pelos gestores são satisfatórias, pois que uma das maiores dificuldades das
crianças autistas prende-se com a capacidade de interagir com os outros, então quando os pais
e encarregados de educação manifestam cuidado em não deixar as suas crianças apenas sobre
a protecção dos outros mais eles mesmos ocuparem o espaço no que diz respeito a interacção
é positivo pois assim têm a possibilidade como eles mesmo disseram de acompanhar o
desenvolvimento dos seus filhos ajudando-os a conviverem com os outros coleguinhas e
educadores apesar da sua condição.
Relativamente a interacção social e terapias com especialistas, são métodos viáveis para
ajudar estas crianças com transtorno autista porque um tratamento com especialistas é
fundamental para maior acompanhamento das crianças e orientação aos pais.
O E1 afirmou que, como direção temos efetuado algumas visitas domiciliares e orientado os
nossos educadores a usarem da sua autonomia para convocarem os pais das crianças sem
reservas, afim de tratarem assuntos sobre o desenvolvimento cognitivo e não só das suas
crianças ao passo que o E2 disse que têm convocado trimestralmente os pais ou encarregados
de educação para participarem nas palestras onde são abordados temas sobre o
desenvolvimento normal e anormal das crianças.
44
As respostas dadas demonstram que os gestores do centro têm adoptado acções positivas,
porque se por um lado constatam pessoalmente por meio de visitas domiciliares como é a vida
das crianças , por outro lado orientam os educadores que mais tempo passam com as crianças,
conhecendo como ocorre o seu desenvolvimento em relação ao meio envolvente, a medida
que os processos de memória, percepção, atenção, imaginação e outros são operacionalizados
por meio das atividades que conjuntamente realizam.
45
CONCLUSÕES
Em função do problema, dos objectivos traçados e da literatura consultada bem como o estudo
empírico chegamos as seguintes conclusões:
Os fundamentos teóricos abordam que nos últimos anos tem-se falado muito sobre o
autismo na educação infantil. A criança autista apresenta dificuldades na interacção
social no seu comportamento e na comunicação prejudicando assim o seu
desenvolvimento, desta feita a família, como o primeiro núcleo social é
considerada como um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo por ser a
principal mediadora dos padrões, modelos e influências culturais deve assegurar a
continuidade e o bem estar da criança. Nesse sentido, se torna responsável pela
transmissão de valores, crenças, ideias pelo que o seu papel é de extrema importância
na estimulação cognitiva das mesmas visto que estas as crianças merecem uma
especial atenção e o papel das famílias é muito relevante nos cuidados dos mesmos.
Quanto ao que as famílias das crianças autistas de 5 anos do centro em estudo, têm
feito para cumprir o seu papel na estimulação cognitiva, os dados revelaram que
dentre várias coisas, têm feito acompanhamento psicológico, inserindo a criança no
centro, seguimento ou acompanhamento dos pais ou encarregados de educação nas
pequenas tarefas, fortalecendo a interacção destes, participação activa nas actividades
que demandam a memorização, percepção , imaginação, atenção e socialização.
Em relação as acções que devem ser adoptadas pelas famílias, na estimulação das
crianças autistas de 5 anos do Centro Infantil Okukula do município de Benguela, os
dados apontaram segundo os pais e encarregados de educação têm acompanhado
psicologicamente os seus filhos fortificando a sua interacção, os educadores referiram
que os pais têm acompanhado as tarefas que os filhos realizam ao passo que os
gestores apontaram como acções algumas visitas domiciliares e orientado os
educadores a usarem da sua autonomia para convocarem os pais das crianças sem
reservas, afim de tratarem assuntos sobre o desenvolvimento cognitivo e não só das
suas crianças também têm convocado trimestralmente os pais ou encarregados de
educação para participarem nas palestras onde são abordados temas sobre o
desenvolvimento normal e anormal das crianças, bem como a terapia.
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.revistaautismo.com.br/edic-o-0/e-possivel-identificar-o-autismo-infantil-antes-
dos-2-anos-de-idade
50
APÊNDICES
51
APENDICE 1 - INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO APLICADO AOS
PAIS OU ENCARREGADOS DOS ALUNOS.
No primeiro aniversario
No segundo aniversario
No terceiro aniversario
No quarto aniversario
4- O que tem feito como família para cumprir o seu papel para a estimulação cognitiva
do seu filho (a)
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5Assinale com X para si as acções que as famílias com crianças autistas devem fazer
para a estimulação cognitiva?
Terapia
Acompanhamento
leva-lo ao fonoaudiólogo, fisioterapeuta e psicólogo
Deixar que tenha interacção com outras crianças
Participar nas actividades que demandam a memorização, percepção , imaginação,
atenção, socialização
53
APÊNDICE 2 - INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO APLICADO AS
EDUCADORAS DO CENTRO INFANTIL OKUKULA
3- Se sim, como tem sido o comportamento das crianças autistas na sala de aula?
Suave
Não suave
Pouco suavel
4- Quais são as dificuldades que tem tido na sala de aula com crianças autistas?
colocar aluno quieto
Acalma-lo em momento de crise
Chamar os pais e ou encarregados de educação
Envolve-lo em trabalhos lúdicos
5-Marque com o x o que os pais e ou encarregados de educação têm feito para estimular
cognitivamente os seus filhos:
54
Acompanhar o seu desenvolvimento nas pequenas tarefas, fortalecendo a interacção
ambos
Estimula-lo verbalmente e visualmente
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___________________________________________________________________________
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_________________________________________________________ __
3. Como tem sido a recepção dos alunos autistas no centro infantil Okukula?
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Que acções têm sido adoptadas pelas famílias das crianças autistas para estimula-las
cognitivamente ?
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Muito obrigada
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