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AVALIAÇÃO
COGNITIVA INFANTIL

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SOBRE A PROFESSORA

Karina é Psicóloga e apaixonada


pela psicologia, principalmente pelo
cérebro, pela aprendizagem e pelo
comportamento humano. Nasceu em
Brasília é casada com Wisley, se formou
em Psicologia em 2002 com o objetivo
de trabalhar o desenvolvimento das
crianças tornando-as adultos que
compreendem seu papel no mundo.

Como uma forma de auxiliar pais,


professores e crianças criou a Treinando
o cérebro (@treinandoocerebro1) onde
atua com palestras, consultorias, cursos / oficinas presenciais e atendimento
clínico com crianças com dificuldade de aprendizagem e transtornos do
neurodesenvolvimento.

Atua como professora da Ello Cursos Psicologia e cursos de pós graduação


nas áreas do neurodesenvolvimento, aprendizagem e neurociencias. Nas horas
vagas gosta ler, participar de congressos, conhecer as novidades dentro das áreas
trabalhadas. Além de nadar e criar novas receitas na cozinha. E esta desenvolvendo
novos projetos na área de terapia baseada em lego para 2023.

Tem como valores o cuidado com a familia, principalmente seu filho Miguel de
8 anos que brinca, monta lego e gosta de assistir filmes e series.

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SUMÁRIO

1 Introdução
..........................................................................................................................................................6
..........................................................................................................................................................6
1.1 Fundamentos Históricos

2 Atenção e funções executivas das crianças


..........................................................................................................................................................8
..........................................................................................................................................................8
2.1 Atenção E Funções Cognitivas
..........................................................................................................................................................9
2.2 Teste de Atenção por Cancelamento
.........................................................................................................................................................10
2.3 Teste de Trilhas
.........................................................................................................................................................11
2.4 Trilhas Pré-Escolares
.........................................................................................................................................................12
2.5 Torre de Londres

3 Aspectos da Avaliação Fonológica


.........................................................................................................................................................13
.........................................................................................................................................................13
3.1 Teste de Discriminação Fonológica
.........................................................................................................................................................14
3.2 Teste Infantil de Nomeação
.........................................................................................................................................................15
3.3 Teste de Repetição de Palavras E Pseudopalavras
.........................................................................................................................................................16
3.4 Prova De Consciência Fonológica Por Produção Oral
.........................................................................................................................................................17
3.5 Prova De Consciência Fonológica Por Escolha De Figuras

4 Testes e avaliações de Leitura, escrita e aritmética


.........................................................................................................................................................19
.........................................................................................................................................................19
4.1 Leitura, Escrita e Aritmética
.........................................................................................................................................................20
4.2 Teste Contrastivo de Compreensão Auditiva e de Leitura
........................................................................................................................................................21
4.3 Prova de Escrita sob Ditado
........................................................................................................................................................22
4.4 Prova de Aritmética
........................................................................................................................................................
4.5 Memória de Trabalho .......23
........................................................................................................................................................24
4.6 Tarefa Span De Blocos – Corsi
........................................................................................................................................................25
4.7 Torre De Hanói
........................................................................................................................................................26
4.8 Torre De Hanói

........................................................................................................................................................28
Referências Bibliográficas

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Avaliação Cognitiva
Infantil

1 Introdução

1.1 Fundamentos Históricos

A avaliação cognitiva infantil desempenha um papel crucial na compreensão


do funcionamento intelectual das crianças, permitindo o diagnóstico precoce
de possíveis dificuldades e a adoção de intervenções apropriadas. Essa área da
psicologia é de extrema importância para identificar, compreender e abordar
questões relacionadas ao desenvolvimento cognitivo das crianças em seus estágios
iniciais. Para realizar uma avaliação abrangente, profissionais utilizam testes
psicométricos amplamente validados, como a Escala Wechsler de Inteligência
para Crianças (WISC), que oferece uma medida abrangente das capacidades
intelectuais da criança. Outros instrumentos, como o Teste de Matrizes Progressivas
de Raven, são empregados para avaliar habilidades específicas, como raciocínio
não verbal (Kaufman & Kaufman, 2006; Wechsler, 2012).
Além da aplicação dos testes, a avaliação cognitiva infantil envolve a coleta
cuidadosa de informações fornecidas por pais, professores e, quando necessário,
pelos próprios pacientes. Essa abordagem holística permite considerar fatores
culturais, sociais e ambientais que podem influenciar o desenvolvimento cognitivo
da criança. Dessa forma, os profissionais podem obter uma visão mais completa
do perfil cognitivo da criança e realizar uma avaliação mais precisa.
Os resultados obtidos a partir dessa avaliação são fundamentais para a
formulação de planos de intervenção personalizados. Com base nas informações
coletadas, os profissionais podem desenvolver estratégias terapêuticas específicas,
oferecer suporte escolar diferenciado e promover atividades de estimulação
cognitiva que sejam adequadas às necessidades individuais da criança. Essas
intervenções visam promover o desenvolvimento saudável das habilidades
cognitivas e minimizar os impactos de eventuais dificuldades identificadas

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(Kaufman & Kaufman, 2006).
É importante ressaltar que a avaliação cognitiva infantil não se limita apenas
à identificação de dificuldades ou atrasos no desenvolvimento. Ela também é
fundamental para identificar crianças com altas habilidades ou superdotação,
permitindo que essas crianças recebam estímulos adequados para o pleno
desenvolvimento de seu potencial intelectual. Reconhecer e apoiar crianças com
altas habilidades também é um aspecto relevante do processo de avaliação
(Wechsler, 2012).
Para garantir a precisão e efetividade desse processo, a avaliação cognitiva
infantil deve ser conduzida por profissionais especializados, como psicólogos
ou neuropsicólogos, que possuam experiência em avaliação de crianças e
conhecimento dos diferentes estágios de desenvolvimento cognitivo. A expertise
desses profissionais é fundamental para interpretar adequadamente os resultados
obtidos, considerar os aspectos contextuais e fornecer orientações adequadas
para pais, educadores e outros profissionais envolvidos no desenvolvimento da
criança (Raven, 2003).
Em síntese, a avaliação cognitiva infantil é uma prática indispensável para
compreender e aprimorar o desenvolvimento cognitivo das crianças. Através de
testes psicométricos, coleta de informações e análise criteriosa, os profissionais têm
a oportunidade de identificar e abordar possíveis dificuldades, bem como fornecer
apoio a crianças com altas habilidades, promovendo, assim, um desenvolvimento
cognitivo saudável e efetivo.

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2 Atenção e funções executivas


das crianças
2.1 Atenção E Funções Cognitivas

A avaliação neuropsicológica infantil é uma área fundamental da psicologia


voltada para compreender o desenvolvimento mental das crianças, abrangendo
habilidades cognitivas como a atenção, memória, percepção, raciocínio e outras
funções executivas. Essa prática é de extrema importância para identificar possíveis
dificuldades ou atrasos no desenvolvimento cognitivo infantil, possibilitando
um diagnóstico precoce e a adoção de intervenções apropriadas. Através de
testes e atividades específicas, os profissionais podem avaliar cuidadosamente o
desempenho das crianças nessas áreas, proporcionando informações relevantes
para orientar pais, educadores e profissionais de saúde sobre as necessidades
individuais de cada criança.
Dentre os testes mais utilizados nessa avaliação, encontram-se atividades que
medem a capacidade de concentração e atenção sustentada, como a tarefa do
«pula-pula das letras», na qual a criança deve pular sobre as letras que aparecem
em sequência em um tapete, seguindo regras específicas. Jogos que envolvem
memória visual e auditiva, como o «jogo da memória» e a «estória da tia Lúcia»,
também são empregados para avaliar a memória e retenção das crianças (Ferreira
et al., 2019).
A avaliação neuropsicológica infantil desempenha um papel crucial na
identificação de eventuais dificuldades de aprendizagem ou transtornos, como
o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que pode afetar o
desempenho escolar e a vida social da criança. Com um diagnóstico adequado, é
possível oferecer orientações aos pais e professores sobre estratégias educacionais
e comportamentais que auxiliem a criança em suas dificuldades específicas, além
de encaminhamentos para tratamento especializado, quando necessário.
A condução desse método deve ser realizada por profissionais especializados
em psicologia infantil ou neuropsicologia infantil, que possuam experiência e
conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo infantil e a aplicação de testes
apropriados para cada faixa etária. É essencial que a avaliação seja conduzida de
forma lúdica e acolhedora, para que a criança se sinta à vontade durante o processo
e possa expressar suas habilidades de maneira autêntica (Ferreira et al., 2019).

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Em resumo, é uma prática crucial na psicologia infantil para compreender e
aprimorar o desenvolvimento mental das crianças. Através de atividades lúdicas e
adaptadas à faixa etária, os profissionais podem identificar possíveis dificuldades e
promover estratégias de apoio e intervenção, permitindo que cada criança alcance
seu potencial máximo em seu desenvolvimento cognitivo e emocional.

2.2 Teste de Atenção por Cancelamento

O Teste de Atenção por Cancelamento é uma ferramenta amplamente utilizada


na avaliação neuropsicológica para medir a capacidade de atenção sustentada e
seletiva em indivíduos de diferentes faixas etárias (Peña-Casanova et al., 2009). Esse
teste é projetado para identificar a capacidade do indivíduo em focar a atenção em
um estímulo específico enquanto inibe respostas a estímulos distratores. Durante
o teste, o examinador apresenta uma folha de papel com uma série de estímulos,
geralmente letras, números ou símbolos, e o participante deve identificar e marcar
repetidamente um estímulo-alvo predefinido, ignorando os demais estímulos.
Sua aplicação é realizada em um ambiente silencioso e sem distrações, o que
possibilita uma avaliação mais precisa das habilidades de atenção do indivíduo. Além
disso, o teste é de fácil administração e pode ser aplicado em diferentes contextos
clínicos e educacionais para avaliar problemas de atenção, como o Transtorno de
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) (Gawrilow et al., 2011).
Uma das principais vantagens desse teste é sua capacidade de fornecer
uma medida objetiva da atenção, tornando-se uma ferramenta valiosa para a
detecção de distúrbios atencionais. Entretanto, é importante destacar que não se
trata de um diagnóstico definitivo, mas sim um instrumento complementar que
deve ser interpretado em conjunto com outras informações clínicas e avaliações
neuropsicológicas mais abrangentes (Peña-Casanova et al., 2009).
Em crianças, pode ser usado para avaliar a presença de dificuldades atencionais
que afetam o desempenho acadêmico e o comportamento social (Gawrilow et al.,
2011). Em adultos, esse teste pode ser útil para identificar alterações na atenção
relacionadas ao envelhecimento ou a condições neurológicas, como lesões cerebrais
traumáticas ou doenças neurodegenerativas.
Em conclusão, o Teste de Atenção por Cancelamento é uma importante
ferramenta de avaliação neuropsicológica, utilizada para medir a capacidade de
atenção sustentada e seletiva em indivíduos de diferentes idades. Sua aplicação em
diferentes contextos clínicos e educacionais proporciona uma medida objetiva da

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atenção, tornando-se útil na identificação de dificuldades atencionais e auxiliando
na compreensão de transtornos como o TDAH. Contudo, é necessário interpretar
os resultados do teste em conjunto com outras informações para um diagnóstico
preciso e para o desenvolvimento de intervenções apropriadas.

2.3 Teste de Trilhas

O Teste de Trilhas, também conhecido como Trail Making Test, é uma ferramenta
de avaliação neuropsicológica amplamente utilizada para avaliar a atenção, o
controle motor e a função executiva em indivíduos de diferentes faixas etárias. O
teste consiste em duas partes, denominadas A e B, que envolvem a conexão de
pontos em uma folha de papel seguindo uma sequência específica.
No Teste de Trilhas A, o examinador apresenta uma série de números distribuídos
aleatoriamente em uma folha de papel, e o participante deve conectar os números
em ordem crescente o mais rápido possível. Essa parte do teste é projetada para
avaliar a atenção visual, a coordenação motora e a velocidade de processamento
do indivíduo.
Já o Teste de Trilhas B, o participante deve conectar alternadamente números
e letras em ordem crescente e alfabética. Essa parte do teste é mais complexa,
pois requer habilidades de alternância atencional e flexibilidade cognitiva, além de
demandar a inibição de respostas automáticas.
O tempo necessário para concluir cada parte do teste é registrado, e a análise
dos resultados permite uma avaliação objetiva da velocidade, precisão e flexibilidade
cognitiva do indivíduo. Desvios significativos em relação à média da população
podem indicar dificuldades atencionais, déficits no controle motor ou problemas
na função executiva, sendo úteis para detectar alterações cognitivas relacionadas
ao envelhecimento, lesões cerebrais ou doenças neurodegenerativas (Corrigan &
Hinkeldey, 1987).
Essa verificação é uma ferramenta valiosa na avaliação neuropsicológica, pois
fornece informações detalhadas sobre diferentes aspectos cognitivos. No entanto, é
importante lembrar que os resultados do teste devem ser interpretados em conjunto
com outras avaliações neuropsicológicas e informações clínicas para uma análise
mais abrangente e um diagnóstico preciso.
Em conclusão, trata-se de uma ferramenta eficaz para avaliar a atenção,
controle motor e função executiva em indivíduos de diferentes idades. Com suas duas
partes distintas, o teste fornece informações sobre a velocidade de processamento,

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habilidades de alternância atencional e flexibilidade cognitiva, sendo útil na
identificação de alterações cognitivas e transtornos neuropsicológicos. A aplicação
do Teste de Trilhas em diferentes contextos clínicos e de pesquisa proporciona uma
visão mais profunda do funcionamento cognitivo do indivíduo, contribuindo para
intervenções e tratamentos adequados.

2.4 Trilhas Pré-Escolares

As tarefas de Trail Making Test adaptadas para crianças em idade pré-


escolar, conhecidas como «trilhas pré-escolares,» são atividades de avaliação
neuropsicológica utilizadas para examinar o desenvolvimento de habilidades
cognitivas fundamentais em crianças entre 3 e 6 anos de idade. Essas atividades
têm como objetivo avaliar a atenção, a coordenação motora e a capacidade de
alternância entre diferentes estímulos (Dahle et al., 2018).
Essas tarefas são compostas por duas partes distintas, sendo a Parte A focada
na conexão de pontos ou figuras em uma ordem sequencial simples, geralmente
seguindo uma ordem numérica crescente ou um padrão determinado. Já a Parte
B exige que a criança conecte pontos ou figuras alternando entre números e letras,
seguindo um padrão alfanumérico crescente. A Parte B é mais desafiadora, pois
requer que a criança alterne sua atenção e coordenação motora entre estímulos
diferentes, trabalhando a memória de trabalho e a flexibilidade cognitiva.
Elas são consideradas ferramentas importantes na avaliação neuropsicológica,
pois fornecem informações valiosas sobre o desenvolvimento cognitivo das
crianças nessa fase crucial de crescimento e aprendizado. Podem ser utilizadas por
profissionais da psicologia, neuropsicologia e educação para identificar possíveis
dificuldades de desenvolvimento e auxiliar no diagnóstico precoce de transtornos
ou atrasos no desenvolvimento cognitivo.
A aplicação deve ser realizada por profissionais capacitados, em um ambiente
lúdico e acolhedor, para que a criança se sinta à vontade e engajada durante
o processo de avaliação. Além disso, os resultados devem ser interpretados
considerando o contexto e o desenvolvimento típico dessa faixa etária, evitando
interpretações precipitadas ou generalizações inadequadas.
Em resumo, as tarefas de trilhas pré-escolares são atividades de avaliação
neuropsicológica adaptadas para crianças em idade pré-escolar, visando avaliar
habilidades cognitivas fundamentais como a atenção, a coordenação motora e a
flexibilidade cognitiva. Essas tarefas são relevantes para profissionais da área da

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psicologia e educação na identificação de possíveis dificuldades de desenvolvimento
e no acompanhamento do progresso cognitivo das crianças nessa fase crucial de
crescimento e aprendizado.

2.5 Torre de Londres

O teste da Torre de Londres é um instrumento neuropsicológico amplamente


utilizado para avaliar as funções executivas em indivíduos de diversas faixas etárias
(Shallice, 1982). Essa tarefa foi inspirada em um jogo de tabuleiro chamado «Tower
of Hanoi» e adaptada para uso clínico e de pesquisa.
A avaliação consiste em uma placa de madeira com três pinos de tamanhos
diferentes e três discos coloridos de tamanhos variados. O objetivo é reorganizar
os discos para que eles correspondam a uma configuração-alvo específica, em um
número mínimo de movimentos. Durante a execução, o participante deve mover os
discos de um pino para outro, seguindo regras predefinidas, como mover apenas
um disco por vez e não colocar um disco maior sobre um menor. A tarefa avalia a
capacidade de planejamento, organização e execução de uma sequência de ações
para alcançar uma meta específica.
A Torre de Londres é comumente utilizada para avaliar funções executivas,
incluindo a flexibilidade cognitiva, o planejamento, a inibição de respostas automáticas
e a resolução de problemas. Essa ferramenta é útil na detecção de alterações
cognitivas em indivíduos com lesões cerebrais, doenças neurodegenerativas ou
transtornos neuropsiquiátricos.
O teste é aplicado em diversas situações, como avaliações clínicas, pesquisas
científicas e estudos de neurociência, proporcionando uma medida objetiva das
habilidades executivas de cada indivíduo.
A interpretação dos resultados deve ser feita por profissionais qualificados,
considerando o contexto clínico e outros dados de avaliação neuropsicológica para
obter uma compreensão completa das habilidades executivas do indivíduo.
Em resumo, o teste da Torre de Londres é um instrumento neuropsicológico
valioso para avaliar as funções executivas em diversas populações. Por meio dessa
tarefa, é possível medir a capacidade do indivíduo em planejar, organizar e executar
sequências de ações com o objetivo de alcançar uma meta específica.

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3 Aspectos da Avaliação
Fonológica

3.1 Teste de Discriminação Fonológica

O Teste de Discriminação Fonológica é uma ferramenta amplamente utilizada


na avaliação da linguagem e do processamento auditivo em crianças e adultos. A
habilidade de discriminação fonológica é fundamental para o desenvolvimento da
linguagem, pois permite que os indivíduos percebam e diferenciem os sons da fala
que compõem as palavras em seu idioma.
Durante o teste, além da apresentação de pares de palavras com diferenças
em um único fonema, podem ser usados outros estímulos, como pares de sílabas
ou de sons não-verbais, dependendo do público-alvo e dos objetivos específicos da
avaliação. A tarefa pode ser realizada tanto de forma auditiva, com os participantes
escutando os estímulos, quanto visual, com a apresentação dos estímulos por meio
de figuras ou letras, exigindo a discriminação de fonemas representados na escrita.
A discriminação fonológica é uma habilidade complexa e essencial para o
desenvolvimento da leitura e escrita, pois está relacionada à consciência fonêmica,
ou seja, à capacidade de reconhecer e manipular os sons da fala. Pesquisas têm
demonstrado que dificuldades na discriminação fonológica podem estar associadas
a problemas de aprendizagem da leitura, como a dislexia (Aram & Ekelman, 1985).
Além da avaliação de crianças com dificuldades de linguagem, ele pode ser
usado em estudos de pesquisa para investigar diferenças individuais na habilidade
de discriminar sons da fala, bem como para avaliar a eficácia de intervenções
terapêuticas focadas no aprimoramento da consciência fonológica e da
discriminação auditiva.
É importante ressaltar que a interpretação dos resultados deve ser feita por
profissionais qualificados, levando em conta o contexto individual e as habilidades
linguísticas gerais do participante. A utilização de outras medidas de linguagem,
como testes de vocabulário e de compreensão da linguagem, pode fornecer uma
visão mais abrangente do perfil linguístico do indivíduo.
Em resumo, o Teste de Discriminação Fonológica é uma ferramenta essencial
para avaliar a habilidade de discriminar sons da fala em crianças e adultos. Essa

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habilidade é crucial para o desenvolvimento da linguagem, especialmente para a
aquisição da leitura e escrita. A tarefa pode ser adaptada para diferentes grupos
etários e serve como uma medida importante na investigação de dificuldades de
linguagem e no desenvolvimento de intervenções terapêuticas.

3.2 Teste Infantil de Nomeação

O Teste Infantil de Nomeação é uma ferramenta utilizada na avaliação da


linguagem e das habilidades cognitivas em crianças em idade pré-escolar e
escolar. Essa tarefa tem como objetivo avaliar a capacidade da criança em nomear
rapidamente objetos, cores, letras ou outras categorias específicas de estímulos
apresentados pelo examinador.
Durante o teste, o examinador mostra uma série de estímulos visuais para a
criança e solicita que ela nomeie cada um deles o mais rápido possível. Os estímulos
podem variar em dificuldade, desde objetos e figuras familiares até letras, cores ou
números. A rapidez e a precisão das respostas da criança são registradas para fins
de análise.
Ele é utilizado para avaliar várias habilidades cognitivas e linguísticas da criança,
incluindo o desenvolvimento do vocabulário, a velocidade de processamento, a
capacidade de associação e a fluência verbal (Wagner et al., 2013). Além disso, essa
tarefa pode ser útil na identificação de possíveis dificuldades de linguagem e no
acompanhamento do desenvolvimento cognitivo da criança ao longo do tempo.
A nomeação rápida de estímulos é considerada um indicador importante do
desenvolvimento cognitivo e linguístico da criança, sendo uma habilidade que
está diretamente relacionada à agilidade do processamento mental. Pesquisas
têm mostrado que a nomeação lenta pode estar associada a dificuldades de
aprendizagem, como a dislexia, e pode ser um preditor de problemas futuros de
leitura e escrita.
A aplicação deve ser feita por profissionais qualificados, em um ambiente
acolhedor e lúdico, para que a criança se sinta à vontade e engajada durante a
avaliação. A interpretação dos resultados deve ser feita levando em conta o contexto
clínico e outras informações de avaliação para obter uma compreensão abrangente
do perfil cognitivo e linguístico da criança.
Em resumo, o Teste Infantil de Nomeação é uma ferramenta valiosa para avaliar
habilidades cognitivas e linguísticas em crianças em idade pré-escolar e escolar.
A rapidez e precisão na nomeação de estímulos são indicadores importantes do

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desenvolvimento cognitivo e podem auxiliar na detecção de possíveis dificuldades
de aprendizagem. Essa tarefa é amplamente utilizada em contextos clínicos e
educacionais para fornecer informações essenciais sobre o desenvolvimento da
linguagem e das habilidades cognitivas das crianças.

3.3 Teste de Repetição de Palavras E Pseudopalavras

O Teste de Repetição de Palavras e Pseudopalavras é uma das tarefas mais


utilizadas na avaliação da memória verbal e habilidades linguísticas em crianças e
adultos. Essa tarefa é especialmente relevante para a compreensão das habilidades
de processamento auditivo e consciência fonológica, que desempenham um papel
fundamental no desenvolvimento da linguagem e na aquisição da leitura e escrita.
A repetição de palavras reais (palavras) avalia a capacidade do indivíduo
em armazenar temporariamente informações fonológicas e reproduzi-las com
precisão. Essa habilidade é importante para a aprendizagem de novas palavras,
a compreensão de instruções verbais e a comunicação oral fluente. A repetição
de palavras é uma tarefa que está presente no dia a dia de todos nós, seja ao
lembrarmos de um número de telefone ou ao aprendermos novas palavras em um
idioma estrangeiro.
Já a repetição de pseudopalavras é particularmente interessante para os
pesquisadores e clínicos, pois envolve a manipulação de sequências de sons que não
têm um significado real. Essa tarefa avalia a capacidade do indivíduo em processar
e manipular unidades fonológicas de forma abstrata, sem depender do significado
das palavras. A habilidade de repeti-las está relacionada à consciência fonológica,
que é a capacidade de identificar e manipular os sons da fala dentro das palavras.
A consciência fonológica é um preditor importante para o sucesso na aprendizagem
da leitura e escrita, pois permite que a criança compreenda a relação entre os sons
da fala e as letras escritas.
Estudos têm mostrado que essa capacidade é uma habilidade complexa
que envolve múltiplos sistemas cognitivos, incluindo a memória de trabalho, a
atenção e o processamento fonológico. Indivíduos com dificuldades nessa tarefa
podem apresentar problemas de linguagem, como a dislexia e outros distúrbios de
aprendizagem.
A aplicação do Teste de Repetição de Palavras e Pseudopalavras é realizada por
meio de protocolos padronizados, que garantem a consistência e a confiabilidade
dos resultados. Essa tarefa pode ser usada em diferentes contextos, como avaliações

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clínicas, estudos de pesquisa e intervenções terapêuticas. É uma ferramenta valiosa
para identificar possíveis dificuldades linguísticas e contribuir para a compreensão
do funcionamento da memória verbal e do processamento auditivo em crianças e
adultos.
Em resumo, trata-se de uma tarefa essencial para avaliar a memória verbal e
as habilidades linguísticas em crianças e adultos. A repetição de palavras reais e
pseudopalavras fornece informações valiosas sobre o processamento auditivo, a
consciência fonológica e o desenvolvimento da linguagem, sendo uma ferramenta
amplamente utilizada em pesquisas e práticas clínicas para compreender e intervir
em dificuldades linguísticas e de aprendizagem.

3.4 Prova De Consciência Fonológica Por Produção Oral

A Prova de Consciência Fonológica por Produção Oral é um instrumento


utilizado para avaliar habilidades fundamentais na linguagem, especialmente
relacionadas à manipulação e reflexão sobre os sons da fala em palavras e sílabas.
Essa competência, conhecida como consciência fonológica, desempenha um papel
essencial no desenvolvimento da linguagem escrita e é um fator crucial para o
sucesso na aprendizagem da leitura e escrita.
Durante sua aplicação, o examinador apresenta uma série de tarefas em que
o participante deve manipular os sons da fala. Por exemplo, são solicitadas ações
como omitir, adicionar, inverter ou substituir sons em uma palavra dada. Além disso,
o teste pode incluir a divisão de palavras em sílabas ou a identificação de sílabas
iniciais, finais ou médias em uma palavra.
A prova também avalia diversos aspectos da consciência fonológica, abrangendo
desde a segmentação de palavras em sílabas e fonemas até a manipulação de
sons dentro de palavras e o reconhecimento de padrões fonológicos. Esse tipo de
avaliação é especialmente relevante para identificar possíveis dificuldades de leitura
e escrita em crianças em fase de alfabetização.
Estudos demonstram que a consciência fonológica por produção oral é um
indicador significativo do desenvolvimento da linguagem e do desempenho futuro
em habilidades de leitura e escrita. Crianças que apresentam um bom nível de
consciência fonológica tendem a progredir de forma mais rápida e bem-sucedida
na aquisição da leitura, enquanto aquelas com dificuldades nessa habilidade podem
estar em maior risco de enfrentar problemas de aprendizagem (Carvalho et al.,
2015).

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A aplicação, portanto, deve ser realizada por profissionais qualificados, seguindo
protocolos padronizados para garantir a precisão e confiabilidade dos resultados.
A interpretação dos resultados leva em consideração o contexto individual e as
habilidades linguísticas do participante, proporcionando informações valiosas para
o planejamento de intervenções educacionais e terapêuticas adequadas.
Em suma, trata-se de um instrumento essencial para avaliar a consciência
fonológica em crianças e adultos, permitindo a identificação de possíveis dificuldades
e fornecendo suporte adequado para o desenvolvimento de habilidades linguísticas
fundamentais.

3.5 Prova De Consciência Fonológica Por Escolha De


Figuras

A Prova de Consciência Fonológica por Escolha de Figuras é um instrumento


utilizado para avaliar habilidades importantes na linguagem, especificamente
relacionadas à consciência dos sons da fala em palavras e sílabas. Essa habilidade,
conhecida como consciência fonológica, desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento da leitura e escrita, pois permite que as crianças reconheçam e
manipulem os sons da fala dentro das palavras.
Durante sua aplicação, o examinador apresenta uma série de figuras que
representam palavras ou sílabas e solicita que o participante escolha a figura que
representa a palavra ou sílaba mencionada oralmente. Por exemplo, o examinador
pode dizer a palavra «sol» e apresentar figuras que representam palavras como
«sol», «lua» e «mar», pedindo ao participante para selecionar a figura correta.
A prova, então, avalia diferentes aspectos da consciência fonológica, incluindo a
segmentação de palavras em sílabas e fonemas, a identificação de sons específicos
nas palavras e a compreensão das relações entre os sons e as representações
visuais.
Essa avaliação é particularmente relevante para identificar possíveis dificuldades
de leitura e escrita em crianças em fase de alfabetização. Estudos têm demonstrado
que a consciência fonológica é um dos melhores preditores do sucesso na aquisição
da leitura, sendo uma habilidade essencial para a compreensão do princípio
alfabético e a decodificação das palavras escritas (Anthony et al., 2003).
Ela é aplicada por profissionais qualificados, que seguem protocolos
padronizados para garantir a confiabilidade dos resultados. A interpretação dos
resultados leva em consideração o contexto individual e as habilidades linguísticas do

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participante, fornecendo informações valiosas para o planejamento de intervenções
educacionais e terapêuticas adequadas.
Em suma, trata-se de uma ferramenta essencial para avaliar a consciência
fonológica em crianças, contribuindo para a identificação de possíveis dificuldades
e para o desenvolvimento de estratégias educacionais que promovam o sucesso na
aquisição da leitura e escrita.

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4 Testes e avaliações de Leitura,


escrita e aritmética
4.1 Leitura, Escrita e Aritmética

A leitura é uma habilidade fundamental que permite às crianças acessar o


conhecimento, ampliar seu vocabulário e compreender o mundo ao seu redor.
Através da leitura, as crianças têm a oportunidade de se familiarizar com diferentes
temas, expandir sua imaginação e desenvolver habilidades de comunicação e
interpretação. A avaliação da leitura infantil envolve a análise de habilidades de
decodificação, fluência, compreensão de texto e outras habilidades linguísticas,
com o objetivo de identificar possíveis dificuldades de aprendizagem ou problemas
de processamento que possam interferir no desenvolvimento dessa habilidade
(Snowling & Hulme, 2011).
Da mesma forma, a escrita desempenha um papel crucial no desenvolvimento
da expressão e da comunicação das crianças. Através da escrita, as crianças podem
transmitir suas ideias, sentimentos e pensamentos de forma clara e organizada.
A avaliação da escrita infantil inclui a análise da grafia, ortografia, composição e
organização textual, permitindo identificar dificuldades específicas que possam
impactar a habilidade da criança em expressar-se por meio da escrita. Intervenções
direcionadas podem ajudar a aprimorar essas habilidades, proporcionando uma
base sólida para o desenvolvimento acadêmico e social.
A aritmética é outra área de extrema importância na avaliação cognitiva
infantil, pois envolve o desenvolvimento de habilidades matemáticas essenciais
para a solução de problemas, raciocínio lógico e tomada de decisões. Através da
avaliação da aritmética, os profissionais podem identificar a compreensão e o
domínio de conceitos numéricos, operações matemáticas e resolução de problemas
matemáticos. Isso pode ser especialmente relevante para identificar possíveis
dificuldades de aprendizagem em matemática, como a discalculia, que podem
requerer estratégias específicas de intervenção para apoiar o desenvolvimento
dessas habilidades (Geary, 2011).
A avaliação da leitura, escrita e aritmética na infância deve ser conduzida por
profissionais especializados em psicologia educacional e neuropsicologia infantil,
que possuam experiência e conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo e
as habilidades acadêmicas em cada faixa etária. Através de testes e instrumentos

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específicos, os profissionais podem avaliar cuidadosamente o desempenho


das crianças nessas áreas, fornecendo informações valiosas para orientar pais,
educadores e profissionais de saúde sobre as necessidades individuais de cada
criança.
É importante destacar que a avaliação cognitiva infantil não se limita apenas a
essas competências, mas também abrange uma variedade de outras habilidades
cognitivas, como a memória, atenção, linguagem, raciocínio lógico e resolução
de problemas. Essas habilidades são interconectadas e desempenham um papel
integrado no desenvolvimento cognitivo global da criança.
Em resumo, a avaliação cognitiva infantil é uma prática essencial na psicologia
educacional, permitindo identificar o desenvolvimento e as dificuldades em
habilidades fundamentais como a leitura, escrita e aritmética. Com intervenções
adequadas e orientações direcionadas, é possível fornecer apoio e estratégias
personalizadas para promover o desenvolvimento acadêmico e social das crianças,
garantindo que cada uma alcance seu potencial máximo em seu desenvolvimento
cognitivo.

4.2 Teste Contrastivo de Compreensão Auditiva


e de Leitura

O Teste Contrastivo de Compreensão Auditiva e de Leitura é uma avaliação


abrangente que busca examinar a capacidade do indivíduo em compreender
informações tanto na modalidade auditiva quanto na modalidade de leitura. Essa
avaliação é especialmente relevante, pois permite uma análise comparativa das
habilidades de compreensão em diferentes contextos, fornecendo insights valiosos
sobre o perfil cognitivo do participante.
Durante sua aplicação, são apresentados estímulos auditivos, como trechos
de áudio com informações verbais, e estímulos escritos, como trechos de texto
para leitura. O participante é solicitado a responder a perguntas ou realizar tarefas
relacionadas a esses estímulos em ambas as modalidades. Isso possibilita uma
avaliação detalhada da capacidade de compreensão em diferentes situações de
apresentação de informações.
A avaliação da compreensão auditiva é essencial para identificar como o
indivíduo processa e entende informações verbais transmitidas através da audição.
A compreensão auditiva é crucial para a comunicação oral, o aprendizado em sala
de aula e a interação social. Através dessa modalidade, as crianças aprendem a
seguir instruções, acompanhar conversas e desenvolver habilidades de escuta ativa.

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Por outro lado, a avaliação da compreensão de leitura examina a capacidade do
indivíduo em entender e interpretar informações escritas. A leitura é uma habilidade
complexa que envolve a decodificação de palavras, o reconhecimento de padrões
linguísticos e a construção de significado a partir do texto. A compreensão de leitura
é fundamental para o aprendizado em todas as disciplinas escolares e para o
desenvolvimento de habilidades de estudo independente.
O Teste Contrastivo de Compreensão Auditiva e de Leitura é particularmente útil
para identificar possíveis discrepâncias entre as habilidades de compreensão nas
duas modalidades. Isso pode indicar a presença de dificuldades específicas em uma
das formas de apresentação da informação. Por exemplo, algumas crianças podem
apresentar uma compreensão auditiva bem desenvolvida, mas encontrar desafios
na compreensão de leitura, o que pode sugerir a necessidade de apoio adicional
para melhorar a habilidade de decodificação ou a fluência em leitura.
A verificação também pode revelar informações sobre possíveis dificuldades
de aprendizagem, como a dislexia, um distúrbio específico de leitura. A dislexia é
caracterizada por dificuldades persistentes na decodificação de palavras, mesmo
em crianças com inteligência média ou acima da média. Identificar esse tipo de
dificuldade é fundamental para direcionar intervenções adequadas e garantir que a
criança receba o suporte necessário para superar esses desafios acadêmicos.
Em suma, o Teste Contrastivo de Compreensão Auditiva e de Leitura é uma
ferramenta valiosa para avaliar a compreensão em crianças e adultos. Essa avaliação
detalhada pode fornecer informações essenciais para entender as habilidades de
compreensão auditiva e de leitura do indivíduo, identificar discrepâncias entre essas
habilidades e direcionar intervenções educacionais e terapêuticas específicas para
promover o desenvolvimento cognitivo e acadêmico.

4.3 Prova de Escrita sob Ditado

A Prova de Escrita sob Ditado é uma avaliação amplamente utilizada para


avaliar as habilidades de escrita e ortografia em crianças e adultos. Nessa prova,
o examinador dita uma série de palavras ou frases para o participante, que
deve escrevê-las corretamente. Essa tarefa avalia a capacidade do indivíduo em
transcrever sons da fala em símbolos escritos e sua habilidade em aplicar as regras
ortográficas.
Ela é especialmente relevante para identificar possíveis dificuldades de escrita,
como a disortografia, um transtorno específico da aprendizagem que afeta a

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habilidade de codificar as palavras de forma correta. Também permite avaliar o


conhecimento e o domínio das regras ortográficas, como acentuação, uso correto
de letras e pontuação.
Além de avaliar a ortografia e a compreensão auditiva, a prova também
permite analisar a organização textual e a sintaxe utilizada pelo participante. A
escrita precisa refletir uma estrutura gramatical adequada, o que é importante para
a compreensão clara da mensagem escrita.
Essa prova é frequentemente utilizada em contextos educacionais para
monitorar o progresso das habilidades de escrita ao longo do tempo. Também
é útil para identificar possíveis necessidades de intervenção e fornecer apoio
personalizado para crianças com dificuldades específicas de escrita.
Em resumo, a Prova de Escrita sob Ditado é uma ferramenta valiosa para
avaliar as habilidades de escrita e ortografia em crianças e adultos. Através dessa
avaliação, é possível identificar possíveis dificuldades, fornecer suporte adequado e
direcionar intervenções educacionais para promover o desenvolvimento da escrita
e da linguagem.

4.4 Prova de Aritmética

A Prova de Aritmética é uma ferramenta de avaliação que desafia os indivíduos


a aplicarem conceitos e habilidades matemáticas em uma variedade de situações.
Essa avaliação vai além da simples memorização de fórmulas ou algoritmos,
buscando compreender a compreensão conceitual e a capacidade de resolução
de problemas matemáticos (Geary, 2011). Ao fornecer problemas matemáticos em
diferentes contextos, a prova avalia a capacidade do indivíduo em transferir seus
conhecimentos matemáticos para situações da vida real.
Através dela, é possível identificar o nível de fluência do participante em
operações básicas, como adição, subtração, multiplicação e divisão. Além disso, a
avaliação pode incluir problemas que envolvem operações combinadas, frações,
proporções e outras habilidades matemáticas avançadas (Dehaene et al., 2003).
Isso permite avaliar a proficiência matemática em diferentes áreas e identificar
possíveis lacunas de conhecimento.
A prova também pode incluir problemas de lógica matemática e raciocínio
quantitativo, que exigem que os participantes usem estratégias de resolução de
problemas e pensamento crítico. Essas questões são projetadas para desafiar os
indivíduos a pensar de forma analítica e criativa para encontrar a solução correta.

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Além disso, também é especialmente relevante para o contexto educacional,
pois pode ser usada para identificar possíveis dificuldades de aprendizagem em
matemática desde uma idade precoce. Essa identificação precoce é fundamental
para fornecer suporte e intervenções adequadas, garantindo que as crianças
desenvolvam uma base sólida em matemática e alcancem seu potencial máximo
em habilidades numéricas.
Além do ambiente educacional, a avaliação também é relevante em contextos
clínicos e de pesquisa. Em ambientes clínicos, a Prova de Aritmética pode ser usada
para diagnosticar dificuldades específicas de aprendizagem em matemática, como
a discalculia, e fornecer direcionamento para terapias e intervenções personalizadas.
Em pesquisas, a prova pode ser usada para estudar o desenvolvimento das
habilidades matemáticas em diferentes grupos populacionais e para avaliar a
eficácia de intervenções educacionais.
Em resumo, a Prova de Aritmética é uma avaliação poderosa para medir
habilidades matemáticas e compreensão conceitual em diferentes faixas etárias.
Com essa ferramenta, é possível identificar dificuldades, fornecer apoio adequado
e direcionar intervenções educacionais, permitindo que os indivíduos alcancem
sucesso acadêmico e desenvolvam habilidades numéricas essenciais para a vida
cotidiana.

4.5 Memória de Trabalho

A memória de trabalho desempenha um papel crucial em diversas áreas da vida,


além do contexto acadêmico. No ambiente de trabalho, por exemplo, ela é essencial
para lidar com múltiplas tarefas, organizar informações relevantes, responder a
demandas rápidas e tomar decisões eficientes. Profissionais que a possuem, tendem
a ser mais produtivos e a lidar melhor com a pressão de prazos e responsabilidades.
Em relação à aprendizagem de novas habilidades e conhecimentos, também
desempenha um papel significativo. Ao aprender uma nova língua, tocar um
instrumento musical ou desenvolver habilidades em esportes, a capacidade de reter
informações temporariamente é fundamental para a prática e a aquisição de novas
competências.
Pesquisas têm mostrado que essa memória pode ser aprimorada por meio de
treinamento e exercícios específicos. Atividades que envolvem o uso ativo da memória
de trabalho, como jogos de memória, quebra-cabeças e tarefas de resolução de
problemas, podem levar a melhorias nas habilidades cognitivas relacionadas a

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essa área. O treinamento da memória de trabalho é especialmente benéfico para


crianças em idade escolar, mas também pode ser útil para adultos que desejam
manter ou melhorar suas habilidades cognitivas.
No campo clínico, a avaliação da memória de trabalho é fundamental para
identificar dificuldades cognitivas em indivíduos com transtornos neurológicos ou
de desenvolvimento, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH) e a doença de Alzheimer. Dificuldades na memória de trabalho podem ser
indicativas de problemas neurológicos subjacentes e podem auxiliar no diagnóstico
e no planejamento de intervenções terapêuticas.
A pesquisa contínua na área tem permitido avanços significativos no
entendimento dessa função cognitiva complexa. Novos estudos exploram como a
ela está relacionada a outros aspectos da cognição, como o raciocínio lógico, a
tomada de decisões e a criatividade. Compreender melhor a memória de trabalho
pode levar a abordagens mais eficazes de ensino, aprendizagem e intervenção
clínica.
Em conclusão, a memória de trabalho é um componente essencial da cognição
humana que desempenha um papel crucial em atividades cotidianas, no aprendizado,
no desempenho acadêmico e no ambiente de trabalho. Com seus três elementos
principais - memória fonológica, memória visual-espacial e controle executivo - ela
permite o armazenamento temporário e a manipulação de informações relevantes
para tarefas complexas. O aprimoramento da memória de trabalho pode ser
alcançado por meio de treinamento específico e a compreensão dessa função
cognitiva é fundamental para identificar dificuldades e desenvolver abordagens
terapêuticas mais eficazes.

4.6 Tarefa Span De Blocos – Corsi

A Tarefa Span de Blocos - Corsi, também conhecida como Bloco de Corsi, é um


teste amplamente utilizado para avaliar a memória visuoespacial e a memória de
trabalho em crianças e adultos. Desenvolvido por Pietro Corsi em 1972, esse teste
envolve a apresentação sequencial de uma série de blocos em uma placa com
posições aleatórias. O participante deve repetir a sequência de blocos na ordem
correta imediatamente após a apresentação e em ordem inversa após um breve
intervalo.
Ela é um exemplo clássico de um teste de span, que mede a capacidade de
reter informações em uma determinada ordem. Portanto, requer a retenção

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temporária de informações visuais, desafiando a memória de trabalho em sua
capacidade de manter e manipular informações espaciais em curto prazo. Estudos
têm demonstrado que está relacionada a outras medidas, bem como a habilidades
acadêmicas e cognitivas mais amplas. Pesquisas com crianças têm mostrado que
o desempenho no sucesso em tarefas escolares, como resolução de problemas
matemáticos e compreensão de leitura.
Além disso, tem sido amplamente utilizada em estudos transculturais e em
pesquisas com diferentes grupos populacionais para investigar as diferenças
individuais nas habilidades. Também tem sido aplicada em estudos com indivíduos
com distúrbios neurológicos ou de desenvolvimento, como o Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a doença de Alzheimer.
Em conclusão, por meio dessa tarefa, é possível obter informações objetivas
sobre a capacidade de reter e manipular informações visuais em curto prazo,
bem como investigar a relação entre a memória de trabalho e outras habilidades
cognitivas. Seu uso em pesquisas e avaliações clínicas tem proporcionado insights
importantes.

4.7 Torre De Hanói

A Torre de Hanói é um quebra-cabeça matemático e jogo de estratégia criado


pelo matemático Édouard Lucas no século XIX. Consiste em três pinos verticais, onde
discos de tamanhos diferentes são empilhados em ordem decrescente de tamanho,
formando uma torre no pino esquerdo. O objetivo é transferir toda a torre para o
pino da direita, movendo apenas um disco de cada vez, obedecendo a regra de que
um disco maior nunca pode ser colocado sobre um menor e utilizando o pino do
meio como auxiliar.
Apesar de parecer simples, o problema apresenta um desafio significativo que
requer pensamento estratégico e planejamento cuidadoso para alcançar o objetivo
com o menor número possível de movimentos. O jogo tem soluções algorítmicas
que permitem mover a torre com o mínimo de movimentos, calculado pela fórmula
2^n - 1, onde n é o número de discos na torre.
Além de ser um desafio matemático, também é utilizada como atividade
pedagógica para desenvolver o pensamento lógico, habilidades de resolução de
problemas, paciência e concentração em crianças e adultos. O jogo tem aplicações
em atividades terapêuticas, auxiliando na melhoria do raciocínio e da memória em
pacientes com distúrbios neurológicos.

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A Torre de Hanói tem sido objeto de estudo na teoria da computabilidade e


matemática recreativa, bem como em pesquisas sobre a cognição humana e
inteligência artificial. Suas estratégias de resolução e a capacidade de planejamento
têm sido exploradas em diversos contextos. O jogo também foi adaptado para
plataformas digitais e aplicativos de aprendizado.
Em resumo, trata-se de um quebra-cabeça matemático clássico que oferece
desafios intelectuais, promovendo o desenvolvimento de habilidades cognitivas e
lógicas. Sua simplicidade esconde uma complexidade que o torna uma ferramenta
valiosa para ensino, aprendizado, pesquisa e terapia, sendo apreciado tanto por
entusiastas de quebra-cabeças como por estudiosos de diversas áreas.

4.8 Torre De Hanói

O IAR, sigla para Índice de Avaliação de Risco, é uma métrica utilizada para
avaliar o risco de crédito de um determinado cliente ou empresa. Esse índice é
amplamente empregado por instituições financeiras, como bancos e cooperativas
de crédito, para determinar a probabilidade de inadimplência de um tomador de
crédito. É também um componente fundamental nas análises de concessão de
empréstimos e financiamentos, auxiliando na tomada de decisões quanto ao grau
de risco envolvido em uma operação de crédito.
Para calcular o IAR, diversas informações sobre o cliente são consideradas,
tais como histórico de crédito, renda, patrimônio, histórico de pagamentos, entre
outras variáveis. Com base nesses dados, o índice é obtido através de modelos
matemáticos e estatísticos que atribuem um valor numérico representando o nível
de risco associado àquela pessoa ou empresa.
É importante ressaltar que ele pode variar de acordo com as políticas de crédito
de cada instituição financeira. O mesmo cliente pode apresentar índices e valores
diferentes em diferentes bancos, pois cada instituição utiliza suas próprias fórmulas
e critérios para calcular o índice.
Além de ser utilizado na análise de concessão de crédito, também é uma
ferramenta valiosa para o gerenciamento de risco de uma carteira de crédito. As
instituições financeiras monitoram periodicamente os índices de seus clientes para
identificar possíveis mudanças em seus perfis de risco e adotar medidas preventivas
para evitar a inadimplência.

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Em resumo, o Índice de Avaliação de Risco (IAR) é uma métrica essencial na análise
de crédito, utilizada por instituições financeiras para determinar a probabilidade de
inadimplência de um cliente ou empresa.

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