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Resumo
Houve uma grande evolução da área médica na genética, isso permitiu que casais inférteis
pudessem gerar um filho, por meio das modalidades de reprodução humana assistida,
constituindo a família desejada. O estudo parte dos aspectos gerais da reprodução humana
assistida, principalmente a heteróloga, visto que é a partir desta que surge a problemática do
tema, se o filho gerado pela reprodução assistida que se utilizou do material fecundante de
doador anônimo, poderá buscar sua origem genética. Para isso será elucidado o direito ao
estado de filiação e o contrato de doação de material genético para a reprodução assistida.
Tema relevante atualmente devido a acentuada demanda por tratamentos nas clínicas de
reprodução humana assistida e a carência de legislação. Para a realização deste trabalho, o
método utilizado foi o dedutivo, o qual corresponde à extração discursiva do conhecimento a
partir de premissas gerais aplicáveis a situações concretas, através da técnica de revisão
bibliográfica.
Abstract
There was a great evolution of the medical area in genetics, this allowed infertile couples to
be able to generate a child, through the modalities of assisted human reproduction,
constituting the desired family. The study starts from the general aspects of assisted human
reproduction, mainly the heterologous one, since it is from this that the issue of the theme
arises, if the child generated by assisted reproduction that used the fertile material of
anonymous donor, will be able to search for its genetic origin. To this end, the right to a state
1
Graduada em Direito, pela Universidade Estatual de Londrina (UEL), Londrina/PR. Pós-Graduanda em direito
da família pela mesma instituição. Vinculada ao projeto de pesquisa “11742 – Do acesso à Justiça no Direito das
Famílias”, do Departamento de Direito Privado do Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA, da UEL. E-
mail: gabrielamarquesadv@hotmail.com
2
Graduada em Direito, pela Universidade Estatual de Londrina (UEL), Londrina/PR. Pós-Graduanda em Direito
Civil e Processo Civil pela mesma instituição. Vinculada ao projeto de pesquisa "11797 – Negócios Biojurídicos:
as Tecnologias e o Direito Civil", do Departamento de Direito Privado do Centro de Estudos Sociais Aplicados –
CESA, da UEL, sob orientação da Profª. Drª. Rita de Cássia Resquetti Tarifa Espolador. E-mail:
julia_gn_@hotmail.com
of affiliation and the contract for the donation of genetic material for assisted reproduction
will be elucidated. Currently a relevant topic due to the marked demand for treatments in
assisted human reproduction clinics and the lack of legislation. For the accomplishment of
this work, the method used was the deductive one, which corresponds to the discursive
extraction of knowledge from general premises applicable to concrete situations, through the
bibliographic review technique.
INTRODUÇÃO
A origem genética é um fato natural, biológico, logo, imutável. Todo indivíduo tem
direito a descobrir sua ascendência genética, trata-se de um direito de personalidade
sopesando que, mesmo não havendo tratamento direto do direito à identidade pelo Código
Civil, os direitos de personalidade abrangem tudo o que é referente à pessoa humana.
Como bem expressa Dimas Messias de Carvalho (2017), o direito a conhecer a
ancestralidade independe de cláusulas sobre o anonimato de doadores de material fecundante,
observando que a origem genética não modifica a filiação jurídica, visto que esta é fundada na
socio afetividade, os vínculos de parentesco são mantidos.
CONCLUSÃO
______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da
União. Brasília, 10 jan. 2002.
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projetos de Lei e Outras Proposições. Disponível em: <
https:// www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=945504>.
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CARVALHO, Dimas Messias de. Direito das famílias. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Disponível em: <https://app.saraivadigital.com.br/leitor/ebook:613301>. Acesso em: 02 dez.
2020.
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instigante a provocar transformações sociais e jurídicas, e o diálogo das fontes. Revista de
Direito Privado, São Paulo, ano 11, v. 44, p 223-272, out./dez. 2010.