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DIREITO À IDENTIDADE GENÉTICA

VERSUS A INTIMIDADE DO DOADOR NA


REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA: UM
CONFLITO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS

CAMILA REIS PIRES


INTRODUÇÃO

A reprodução assistida é um método que busca viabilizar a gestação


de que possuem uma determinada dificuldade para engravidar,
devido a diversos fatores.
CONCEITOS

Família: Existem diversas maneira de constituir uma família, a nossa


Constituição Federal reconheceu essa pluralidade, resguardando
essas multipluralidades. Ela já não se condiciona apenas pelo
casamento, sexo, e reprodução.
Filiação: não deve se ater apenas ao casamento, ou vinculo
consanguíneo, deve também ser observado por vinculo de
afetividade.
CONCEITOS

■ Direitos fundamentais: Os direitos fundamentais são


denominados direitos naturais, positivados na esfera
constitucional.
■ Direito à identidade, pessoal e genética: Os direitos
fundamentais são inerentes à pessoa humana previstos na
Constituição Federal de 1988, ele não podem ser considerados
apenas direitos normativos, esse também podem ser inerentes de
outras fontes.
MÉTODOS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

HOMÓLOGA HETERÓLOGA
INVESTIGAÇÃO DE PARTENIDADE NA
REPRODUÇÃO ASSISTIDA HETERÓLOGA

Dispõe o parágrafo 6º do artigo 227 da Constituição Federal de 1988


que, in verbis:

"Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção,


terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas à filiação".
PÓS E CONTRA ACERCA SOBRE O ANONIMATO
DO DOADOR

PÓS CONTRAS
Auxilia a preservação da saúde Evita o constrangimento do
doador e a família
Interferência de terceiros no Direito a intimidade
desenvolvimento e em sua
formação
Resguarda a atitude generosa do Afronta diretamente o princípio da
doador não discriminação
Identidade genética
O DIREITO AO ANONIMATO DO DOADOR DO
MATERIAL GENÉTICO NO DIREITO
COMPARADO
 França anonimato é protegido;
 Suécia e Austrália: assim que atingirem a idade de 18 anos.
 Suécia, Estados Unidos e no Brasil: a criança tem a possibilidade
de conhecer sua origem genética;
Análise da jurisprudência sobre o debate entre
direito à identidade genética e o direito ao sigilo
do doador.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE.
REALIZAÇÃO DE EXAME DE DNA. PATERNIDADE SOCIOAFETIVA.
DIREITO PERSONALÍSSIMO DE BUSCAR A ORIGEM GENÉTICA. É certo
que o reconhecimento da paternidade é ato irrevogável, mas essa
característica, por óbvio, atinge apenas quem efetuou o reconhecimento (o pai
registral), jamais a filha que não participou daquele ato. Não se pode agora
pretender levantar contra ela esse argumento para impedir a busca de um
direito de personalidade que lhe é inalienável, qual seja a busca da
verdade acerca de sua origem genética. NEGARAM PROVIMENTO.
(70044262517 RS , Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Data de Julgamento:
01/12/2011, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do
dia 05/12/2011)
CONCLUSÃO

Conclui-se que se faz necessário uma atenção especial a esta


temática, como dito anteriormente no Brasil ainda não existe um
dispositivo jurídico especifico tratando sobre o assunto, apenas a
Resolução do conselho Nacional de Medicina defende o anonimato
do doador do material genético, onde existe apenas uma exceção
em caso de doenças graves, e a nossa jurisprudência defende o
reconhecimento da identidade genética como direito fundamental.

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