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Uma das primeiras soluções e mais óbvias para alterar a percepção dos clientes quanto
ao produto seria de fato relançar com outro nome e identidade visual esse mesmo produto.
Mas as pessoas querem ações relevantes das marcas sobre a questão racial.
Nas conversas com os mais de 600 profissionais de publicidade negros que assinaram a
nossa carta, um tema predominante ficou claro: as lideranças não estão escutando. Há uma
tendência entre as lideranças, tanto das marcas quanto das agências, de tentar resolver a
questão da diversidade nas salas das diretorias. Essa abordagem foi tentada por muitos anos, e
ela não funcionou.
Algumas lideranças apontam para uma “falta de canais diretos” ou um “banco de
talentos restrito” como o motivo por trás dos poucos esforços pela diversidade e inclusão. Mas
se essas lideranças tirassem um minuto para perguntar aos empregados negros ou às pessoas
não brancas como elas se sentem, descobririam a dura verdade no centro da questão: não nos
sentimos valorizados.
As lideranças tendem a manter distância dos negros e dos representantes de grupos
sub-representados, evitando ter conversas francas sobre raça, talvez por medo de uma
retaliação legal ou por simples indisposição a ficar desconfortável.
É impossível consertar aquilo que não pode ser medido. Os dados fazem com que
uma responsabilidade fundamental seja assumida, com os consumidores; as marcas líderes
precisam ser mais transparentes com seus dados sobre a diversidade se quiserem que os
consumidores acreditem que elas estão combatendo com seriedade o racismo estrutural.
Em 2016, a General Mills, uma das maiores empresas alimentícias do mundo, exigiu
que todas as agências participantes de concorrências nas suas contas tivessem pelo menos
50% de mulheres e 20% de pessoas não brancas nos seus departamentos criativos. 3 A
empresa fez essa exigência não apenas porque era a coisa certa a fazer, mas também porque
era o melhor caminho para o seu negócio. A General Mills estava certa em presumir que, se
ela promovia seus produtos a todos os americanos, as equipes que criariam as suas
campanhas publicitárias deveriam refletir melhor a verdadeira diversidade dos EUA.
REFERÊNCIAS
Think with Google - "3 ações que as marcas podem adotar hoje para combater o racismo
estrutural" (https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/futuro-do-marketing/gestao-e-
cultura-organizacional/diversidade-e-inclusao/3-acoes-que-as-marcas-podem-adotar-hoje-
para-combater-o-racismo-estrutural/)