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Percepção
O que é?
Existe para nos permitir interagir com o que nos rodeia.
Processo de perceção
I-Matriz de níveis de cinzento
A retina é estimulada através da luz e é medida a quantidade
II-
III- Esboço Primário Completo
Corresponde à etapa em que não ser determinados os limites do objeto
Agrupamos pontos de mudança de intensidade de luz; é importante distinguir:
Mudanças de intensidade intermédias contornos internos do objeto (lábios e face/pele)
Mudanças de intensidade grandes (pessoa e plano de fundo)
Os pontos de mudança de intensidade de luz são agrupados em algo contínuo, de forma que
deem limite e contorno do objeto
Isto acontece com base nos princípios da Guestalt:
Por exemplo, do ponto 1 para o ponto 2, há uma mudança de 50
pontos e do ponto 3 para o 4, outros 50 pontos.
Assumimos que fazem parte de um contínuo e que
pertencem ao mesmo objeto de percepção.
Os segmentos do contorno que foram agrupados uns com os outros formam regiões
(formam o esboço da forma e limites do objeto).
Figura 1- Esboço Primário
Completo No fim desta etapa, dá-se o ponto de partida para formar uma
representação coerente e estável e ficamos com uma imagem
bidimensional (como a do ecrã de um computador)
IV- Representação 3D
Nesta etapa, dá-se volume e estrutura ao objeto.
Na parte do volume, dá-se uso aos eixos de alongamento
Os eixos de alongamento permitem que se dê uma estrutura ao objeto que seja
independente do ponto de vista do observador, uma vez que eixos de alongamento e
relação entre eles está identificada e nada muda consoante a orientação do observador
pois a relação entre os eixos manter-se-á.
V- Armazém Estrutural
Após ser criada uma descrição estrutural do objeto, esta é comparada à representação de outros
objetos, que está armazenada no armazém estrutural (temos lá armazenada a relação entre os
eixos de alongamento dos componentes- uma descrição estrutural do objeto)
Como é que se faz esta comparação entre o objeto e a memória?
Esta é facilitada por já não termos uma representação dependente da perspectiva do observador
e não precisarmos de ter guardada na nossa memória uma descrição de todos os objetos que
conhecemos em todas as perspectivas.
Modelo de reconhecimento por componentes de Biederman (1987)
Existem unidades fundamentais da percepção- Geões
Como se identificam e distinguem geões? Podemos ocultar partes significativas dos geões sem
que eles deixem de ser identificáveis (Imagem da caneca de chá- é mais difícil identificar os
objetos na última imagem pois se perdem as propriedades não acidentais)
ALGUMAS EVIDÊNCIAS EMPIÍRICAS (115)
Efeito de contexto no reconhecimento de padrões- se o
processo fosse totalmente ascendente, não iríamos
percepcionar um elemento igual como sendo diferente
dependendo do contexto
Efeito de contexto no reconhecimento ´
de objetos- o contexto influencia (facilita ou dificulta) o
reconhecimento do objeto. É mais rápido identificar objetos
num contexto adequado ao objeto do que não estando com
outros objetos ou num contexto inadequado.
HÁ quase igual número de neurónios que vão das áreas de processamento visual primárias e
secundárias comparativamente ao numero de neurónios que transmitem informação complexa
para áreas de processamento mais simples.
Há influência de processos descendentes- QUANDO?
Ou já percepcionamos objeto e depois os processos descendentes influenciam o seu
reconhecimento.
Ou o que sabemos ajuda-nos a construir a própria representação do objeto.
Quando vemos em que momento há ativação de determinadas regiões do cérebro, vemos que
regiões mais reservadas ao conhecimento prévio geral sobre o mundo e expectativas são
ativadas ligeiramente antes das áreas dedicadas ao reconhecimento visual propriamente dito.
Assim que temos informação visual, usamos tudo ao nosso dispor para perceber o que aquilo é
mais rápida e eficazmente, quer seja o estado emocional, quer o conhecimento prévio.
Para perspectivas construtivistas
Processo probabilístico de inferência somado à informação que se recebe dos órgãos sensoriais.
Aula TP
The case against reality- Why
evolution hid the truth from our
eyes, por Donald Hoffman
Qual a função da percepção? Para que serve?
(baseado na TED Talk de Donald Hoffman, em
2015)
A função da percepção é a sobrevivência. É permitir-nos estar adaptados ao mundo lá fora,
não dar um acesso fidedigno ao que nos rodeia. Não representamos a realidade porque não é
aquilo que nos permite sobreviver enquanto espécie.
Memória
Não acedemos à memória deliberada nem conscientemente por vezes
Por norma, a memória episódica começa a ser criada a partir dos dois anos
O que é?
Estrutura da Memória
Componentes do sistema da Memória- TRÊS
SISTEMAS
Memória semântica
Conhecimento geral acerca do mundo que é partilhado por todos (não de forma
completamente igual, por exemplo, há pessoas que sabem mais conceitos do que nós), a
maior parte do conteúdo da nossa memória ser partilhado é o que nos permite falar e
interagir uns com os outros.
É um sistema resistente, uma vez consolidado, a probabilidade de perder o conceito ou
conhecimento é muito reduzida, a não ser que nunca mais se use. Nesse caso, cai em
esquecimento.
Desde que continuemos a usar os conteúdos da memória semântica não os iremos esquecer,
a não ser que fiquemos com demência, por exemplo (e mesmo assim não é a área onde
primeiro se observa declínio).
Em casos de demência, primeiro perdemos conhecimentos mais recentes, menos consolidados
(memórias de infância já foram muito consolidadas através do pensamento e ao falar delas)
Memória episódica
Primeira que se perde em doenças como Alzheimer’s
Pessoal
Relativa às nossas experiências e vivências pessoais
Só podem ser partilhados através da verbalização
Memória também bastante estável mas mais suscetível ao conhecimento
Memória procedimental
É aqui que se encontra o condicionamento clássico e operante e o priming.
Não conseguimos explicar verbalmente com tanta facilidade; não se consegue declarar o
que esta memória contém.
Não conseguimos explicar verbalmente como se anda de bicicleta
Podemos explicar mas não a fundo (não conseguimos dizer a alguém como alcançar
o equilíbrio no cimo de uma bicicleta. O máximo que podemos é dar dicas para
facilitar este processo).
Não se relembra deste de forma deliberada ou consciente.~
Processos de Memória
Etapas ou Princípios temporais de Memória
Como é que se guarda, armazena e se vai buscar a memória? - processos básicos da
memória- CODIFICAÇÃO, ARMAZENAMENTO e RECUPERAÇÃO da informação.
O modo como isto é feito difere entre sistemas de memória
Etapas ou Princípios temporais da Memória
1- Aquisição
Fase de aprendizagem (não intencional ou deliberada- aquisição) de informação
2- Codificação
Transformação em representação
Temos de arranjar um código para passar a informação perceptiva para o sistema cognitivo
A partir daqui temos a possibilidade de enviar informação à memória e armazená-la
Se não lhe dermos atenção, a memória não se armazena (não é esquecida pois isso
implica ser lembrada a algum ponto); não chega a entrar no sistema de memória
Aspeto perceptivo (trata-se de uma etapa da memória a partir do momento em que
começamos que começamos a processar representações)
3- Armazenamento
Retenção das representações
Traço mnésico- a memória não é um registo fidedigno da informação que adquirimos: é
alvo de processos de percepção e depois fica armazenada com um conjunto de outras
informações: A MEMÓRIA NÃO É, TAL COMO NA PERCEPÇÃO, ALGO OBJETIVO.
Conrad (1964)
Os erros que as pessoas cometem a repetir letras são maioritariamente acusticamente
relacionados (é mais provável repetir a letra «B» como «P» do que com «R»)
Porque se codifica o «B» não em termos da sua memória visual mas sim em termos da
sua memória acústica (mesmo que estejam a ser visualmente percepcionadas).
Segundo este modelo, toda a informação é verbalmente codificada
RECÊNCIA
(4- Recuperação)
Extração da memória
A memória a longo prazo recupera-se na memória a curto prazo. (A informação está na
MLP e depois volta para a MCP.
Nível superficial da
informação
(exemplo-
mnemónicas)
Modelos da Representação da
Informação
Como é que esta está representada e organizada na
MLP?
Qual a estrutura da memória humana?
MODELO HIERÁRQUICO - Collins & Quillian (1969, 1972)
Primeiras propostas sugeriram uma forma taxonómica e hierárquica (é uma forma mais
intuitiva)
Cada conceito é representado por um nódulo e cada nódulo tem representada a informação
desse conceito que não esteja representada em níveis inferiores e vice-versa.
Sendo um canário uma ave, terá características partilhadas por outros seres da mesma
categoria (asas, bicos, penas), por isso não está na categoria de canário
As aves, por sua vez, têm categorias partilhadas por todos os animais, por isso
estarão representadas no nível «animais» e não no nível «aves»
Vamos da categoria mais inclusiva, abrangente e ampla (seres vivos) até a uma muito mais
específica (pitbull)
Efeito Hierárquico
Demoramos mais tempo a responder que pássaro é um animal do que a responder que
pássaro é um animal.
Demoramos mias tempo a relatar ligações entre termos mais distantes na rede pois temos de
percorrer mais ligações.
DESAFIOS AO MODELO HIERÁRQUICO
Inversão ao Efeito Hierárquico
Apesar de galinha estar mais perto de pássaro a nível hierárquico do que de animal,
somos mais rápidos a responder que é um pássaro- tem características não típicas de um
pássaro (não voa)
Efeito de tipicidade
Somos mais rápidos a dizer que canário é um pássaro do que a dizer que avestruz é um
pássaro- é de um tamanho peculiar e não voa
Somos mais lentos a dizer que morcego não é um pássaro do que a dizer que morcego
não é uma planta
Tem características semelhantes aos pássaros e não às plantas.
Nota:
Não podemos assumir que cada conceito tem armazenado consigo, com igual
acessibilidade, o conhecimento sobre os seus sub-ordenados e supra-ordenados
REDES WTV
Depois pensou-se nisto mais num plano em termos de redes de conceitos (quase como um
campo lexical) e essa representação fica armazenada na memória e tudo o que tem uma
relação está ligado entre si
Por exemplo: fémur relacionado com saúde, idosos, rituais
Surgiram outras propostas, mais assentes naquilo que se sabe ser a organização do próprio
cérebro humano
Não temos um neurónio específico para representar um conceito, o conhecimento está todo
ligado entre si mas a sua representação está de forma distribuída por várias unidades de
processamento (neurónios), que quando ficam ativadas com um determinado padrão,
recupera-se um determinado conceito.
Não há relação de 1 para 1 (entre pitbull e cão), mas há unidades que quando ativadas numa
determinada configuração de ativação, ficam
Temos ligações entre essas unidades, ligações estas que representação as relações entre os
conceitos
A unidade pitbull está ligada à unidade cão para representar que estão relacionadas
A unidade fémur está ligada à unidade saúde para representar que estão relacionadas
O quê que há de comum entre as propostas
Identificam unidades de representação de informação (nódulos)
Todos eles têm representadas conexões entre os nódulos que são as ligações
associativas
Como são os nódulos e como são as ligações associativas é que são diferentes
Enviesamentos e distorções de
memória
A nossa memória não é infalível
Esquecemo-nos de coisas
Ocorrem enviesamentos e distorções de memória
Nem sempre temos noção deles (tomamo-las como factos)
Tipos de distorções
Criamos partes de memórias ou memórias inteiras a partir de relatos de outras pessoas e
coisas que vamos vendo e ouvindo- FALSAS MEMÓRIAS
Achamos que experienciamos um determinado acontecimento
Começaram a ser estudadas devido à queixa em massa de casos de abuso sexual na
infância nos EUA em contextos terapêuticos de adultos (procurava saber-se até que
ponto as memórias desse fenómeno eram verídicas)
Confundimos as nossas experiências com as de outras pessoas. Não conseguimos identificar
a fonte da informação (atribuição errada à fonte)
Situações de grande stress emocional ou de um extremo positivo (hiperestimulados ou em
depressão), a memória e atenção (bloqueio na codificação da info ou então bloqueio do
acesso à info porque está associada a uma emoção demasiado forte)
A influência dos outros pode alterar a nossa memória
Por exemplo Milgram
Efeito Mandela
Aspetos dentro da atribuição errada à fonte (não tem a ver com o conteúdo da memória mas
sim as circunstâncias)
Tempo
Local
Pessoa
Outras circunstâncias envolvidas
Flashbulb memories
Utilidade da memória
A memória permite-nos imaginar o futuro- usamos dados do nosso passado para nos ajudar
a fazer projeções quanto ao futuro.
Esquecimento
Exemplo um item é parecido com o outro e acabam por ser confundidos e misturados (não se
localiza)
Interferência retroativa (nova aprendizagem interfere em reter algo já aprendido)
Interferência proativa (aprendizagem antiga afeta a retenção de nova informação)
TULVING teve uma ideia diferente para o quee está por detrás do equecimento
HÁ +ESSOAS QUE NÃO SE LEMBRAM PORQUE NÃO TÊM A PISTA CERTA, por
exemplo, reconhecemos mas não identificamos a pessoa, e, se ela disser tp primeiro ano,
lembramo-nos da pessoa e das memórias que tmos com ela
+porquê?
Por exemplo, quando nos tentamos lembrar de algo no exame, pensamos no
sítio onde se estava a estudar, na localização no caderno ou no diapositivo, e isso entra na
codificação da informação. (codificado conjuntamente com os conteúdos que estamos a tentar
memorizar e aprender.
SERÁ QUE HÁ PISTAS DE RECUPERAÇÃO MELHORES QUE OUTRAS?
Temos de memorizar a palavra ovelha. Que pista é melhor: «gordo» ou «lã»?
Lã- associamos diretamente lã a ovelha (estão intimamente ligadas) e há muitas coisas
gordas sem ser ovelhas.
Será que pistas que não estão associadas ao que pretendemos memorizar ajuda recordar a
informação?
Será que uma pista de recordação é eficaz se estiver presente simultaneamente no input e
output? Ou é igualmente eficaz se for apenas fornecida no momento de recordação de palavras?
Temos uma lista de palavras e temos de recordar e são dadas palavras associadas para se
recordar aos pares (gorda- ovelha).
TBR- to be recorded/remembered
Será que a pista a dar na recordação é mais menos ou igualmente eficaz ao ser dada na leitura
das palavras (gorda-ovelha)
Estudamos uma lista de palavras com as pistas ao lado e depois dão-nos a pista.
É melhor porque assim estabelecemos uma
Estudamos uma lista de palavras e depois dão-nos as pistas.
ESTUDO
Ss- study subject
Quatro condições de codificação 5 condições de recuperação
Decorar input
- Sem pista- 0 (decorar sem pista- não baralha a informação)
- Pista A associada- é melhor quando depois se tem a pista A
- Pista B associada- é melhor quando depois se dá a pista B (pista estudada com a palavra)
- Pista A e B associadas
A RECORDAÇÃO MÉDIA MELHORA QUANDO SE ESTUDA COM PISTA E DEPOIS SE
DÁ ESSA PISTA NO OUTPUT.
Recordação output
- nenhuma pista
- dar a pista A (independentemente do que a pessoa esteve a estudar)
- dar uma pista semelhante
- dar as duas pistasx
- dizer para fazer como achar melhor (qualquer uma das condições acima)