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Os nossos orgãos dos sentidos são sensiveis aos estimulos ambientais, podendo desencadear
reações sensoriais.
Sensação: Processo em que um dado estimulo desencadeia, num recetor sensorial, uma dada
impressão que é, posteriormente, transformada em impulso nervoso e transmitida ao cérebro
Limiar Absoluto: Corresponde à intensidade minima que um dado estimulo tem de ter para
desencadear uma resposta sensorial, isto é, desencadear uma impressão num recetor sensorial/ ser
detetado.
Limiar diferencial: Consiste na diferença de intensidade miníma entre dois estimulos que se possa
traduzir numa distinção entre estes.
A lei de Weber indica que a diferença minima percetivel entre dois estimulos é sempre uma
proporcionalidade constante da intensidade do estimulo inicial.
Perceção: Processo cognitivo que consiste na interpretação e organização dos dados sensoriais, na
construção de um significado e no processo de identificação da sensação.
A nossa retina ( olhos) observa o mundo a 2 dimensões, contudo, percecionamos o mundo a três
dimensões. Isto acontece porque existe uma interação da perceção no sentido de corrigir aquilo que
os orgãos sensoriais nos transmitem.
A constância percetiva é a tendência para representar o mundo do mesmo modo, como estável,
apesar das diversas perspetivas e ângulos que um dado elemento nos chega.
Existem indicadores binoculares ( que envolvem o recurso simultâneo aos dois olhos), dependentes
dos mecanismos fisiológicos dos individuos, e indicadores monoculares ( que envolvem o recurso a
um olho de cada vez), dependentes dos indicios ambientais
Convergência – Baseia-se na retração dos nossos olhos. Quando alguem se aproxima de nós, as
nossas linhas de visão convergem, e , quando se alguem se afasta de nós, as nossas linhas de visão
divergem.
Dissiparidade retiniana – Baseia-se no fato de que a imagem de cada um dos nossos olhos é
ligeiramente diferente. É com base nessa dissiparidade que somos capazes de calcular a distância
entre os elementos e identificar a distância a que algo está de nós. Quanto menor for a
dissiparidade, maior será a distância entre os elementos.
Indicadores Monoculares
Grandeza relativa – a variação da grandeza dos elementos permite dar uma noção de distância
Interposição – Na mesma linha de visão, o objeto que tape ligeiramente o outro, está mais próximo
Perspetiva Linear – Duas linhas paralelas que convergem para o horizonte, dão a noção de que a
distância está progressivamente a aumentar
Luz e Sombra – A aplicação de luz e sombra permite a perceção de profundidade numa imagem
bidimensional, permitindo percecionar o mundo a 3 dimensões
Paralaxe Do movimento – Num sujeito percetivo que esteja parado, a velocidade permite calcular a
distância a que um dado elemento está de nós. Num sujeito percetivo que esteja em movimento
numa dada direção, o elemento que vem em direção oposta está mais próximo que outro elemento
que vá na mesma direção ( ex lua ou montanhas ( comboio) ).
Gradientes – O vetor gradiente também permite dar a noção de profundidade. A zona menos densa
e mais nitida está mais proxima que a outra mais densa e menos nitida.
A lei da figura-fundo: Verifica-se sempre uma segregação figura-fundo, ou seja, observamos sempre
alternadamente a figura e o fundo, já que temos a tendência a dar atenção a um dado elemento em
detrimento de outros. Assim, observamos primeiro a figura invés do fundo, aparentemente vazio.
Principio da semelhança: Quanto mais semelhantes forem dois elementos, maior é a probabilidade
de os agruparmos.
Principio da Proximidade: Quanto maior for a proximidade entre dois elementos, maior é a
probabilidade a observamo-los como um todo.
Principio do Fechamento: Uma figura incompleta tende a ser percecionada como completa, já que
tendemos a completar as lacunas existentes
Principio da Pregnância: Dita que os dados sensoriais tendem a ser percecionados na sua forma mais
simples
Ilusões Percetivas: Apesar de existirem mecanismos de correção dos dados sensoriais, ainda assim a
perceção é falivel.
Ilusão de Poggendorf: - / -
Ilusão de Ponzo
Os mecanismos fisiológicos não são os unicos responsável pelas ilusões percetivas, dado que o fator
cultural tambem é bastante importante para determinar a eficácia destas ilusões.
A memória refere-se à condição que garante o armazenamento das informações de modo que sejam
recuperáveis no futuro. Os processos envolvidos são codificação, armazenamento e recuperação.
Na codificação, ocorre a tradução das informações obtidas em códigos, sejam estes ácusticos, visuais
ou semânticos
Memória a Curto Prazo – Trata-se da memória responsável por armazenar as informações que, de
momento, são uteis ao individuo. É uma memória que, como resulta da atenção, tem significado,
pela primeira vez. A manuntenção da informação nesta memória depende sobretudo da
recodificação/ repetição. Guarda informações constituidas em elementos de 7 itens segundo Tulving
É necessário que ocorra a recapitulação elaborada para a informação que está na MCP passe para a
MLG, ou seja, é necessário que ocorra a associação das novas memórias a memórias mais antigas
para que a informação passe para MLP.
Memória a Longo Prazo – Trata-se do último armazém de informação que é basicamente ilimitado
em termos de informação e do tempo que esta pode ser mantida. A informação está organizada em
redes semânticas/ de significado que unem as diversas ideias num unico conceito. A memória a
Longo prazo divide-se em memória declarativa e memória não declarativa.
Memória Declarativa ( Explicita/Com registo) – Trata-se de uma memória responsável por armazenar
informações acerca da cultura geral, de pessoas e de conhecimentos que temos. É uma subunidade
da memória a longo prazo que se divide em duas outras subunidades:
Perda de Indicios – Acontece quando as condições de recuperação das informações não são
apropriadas e resulta, muitas das vezes, da má codificação da informação ou até do desvio do traço
mnésico.
Efeito de interferências- Pode acontecer do passado para o presente, ou seja, uma memória passada
interfere pro ativamente com uma memória atual ( inibição pro ativa) ou do presente para o
passado, ou seja, uma memória atual interfere com uma memória antiga ( interferência retroativa).
Esquecimento Motivado ( Freud) – O esquecimento ( motivado) é explicado por Freud como sendo
resultado de um recalcamento, ou seja, de um afastamento de uma dada memória traumática da
nossa consciência, em resultado de uma motivação inconsciente, isto é, involuntariamente. Assim,
apesar das memórias continuarem a existir, dado que não atingem a consciência, não nos afetam.
Elizabeth Loftus
“ Tal como é possivel esquecer algo que se viveu é possivel lembrar algo que nunca se viveu”
Elizabeth loftus mostra que a memória é sugestionável, ou seja, nem mesmo as nossas maiores
certezas são necessariamente verdadeiras, dado que a nossa memória é falivel e manipulável.
É de destacar que Daniel Schacter afirma que estes pecados não são falhas da memória mas sim
fragilidades inerentes ao normal funcionamento da memória e ao processo seletivo do
esquecimento