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A doença de Chagas é uma afecção endêmica comum no Brasil e pode deixar seqüelas
em diversos órgãos do indivíduo por ela acometido como, por exemplo, o intestino
grosso (cólon), cuja doença denomina-se megacólon chagásico. Muito freqüentemente o
cólon sigmóide é o mais acometido (FILHO, 2000). O presente artigo enfatiza os
cuidados de enfermagem prestados a pacientes portadores de megacólon chagásico
submetido à cirurgia de Duhamel-Haddad, visto que tal patologia é quase que
prioritariamente das Américas.
PALAVRAS-CHAVE: Megacólon, Doença de Chagas, Cirurgia, Duhamel-Haddad,
Enfermagem, Assistência.
INTRODUÇÃO
O megacólon chagásico caracteriza-se por estase fecal crônica, com dilatação cólica,
podendo evoluir para formação de fecaloma e outras complicações (FILHO, 2000).
A doença é progressiva e o tratamento clínico nem sempre tem sucesso, o que culmina
em tratamento cirúrgico, cujas técnicas empregadas podem levar a um pós-operatório
difícil para o paciente.
OBJETIVOS
METODOLOGIA
DESENVOLVIMENTO
Fang, et al (2008) apud Tafuri e Raso (1983), descrevem as lesões do megacólon como
sendo fundamentalmente uma destruição do sistema nervoso autônomo. Onde as lesões
nos gânglios são variáveis de um paciente a outro e no mesmo paciente, visto que, essas
lesões são observadas em especial no reto, onde a dilatação, hipertrofia da parede e
danos das estruturas nervosas são bem evidentes.
Kasper; et al (2006) diz que os pacientes com megacólon apresentam dor abdominal e
constipação crônica, e que a patologia quando mais avançada pode causar obstrução,
vólvulo, septicemia e morte.
Gama; Costa e Azevedo, (1986) apud Oliveira, (1983) afirmam que no Brasil várias
técnicas têm sido propostas para o tratamento cirúrgico de megacólon adquirido como é
o caso do megacólon chagásico citado nesse artigo.
A cirurgia de Duhamel Clássica é descrita por Haddad; Raia e Corrêa, (1995) como
sendo: Um abaixamento retro retal trans-anal do cólon, procedimento este modificado
por Haddad (Técnica de Duhamel-Haddad), acrescentando ao procedimento uma
exteriorização do cólon, sob forma de colostomia perineal.
Fagundes; Góes e Medeiros, (1993), afirmam que a anastomose se dá por segunda
intenção e, geralmente, de forma retardada.
A cirurgia é realizada em duas etapas: o paciente permanece com o coto cólico por
aproximadamente 15 dias, quando ocorre o segundo tempo cirúrgico, com ressecção do
coto (MEDEIROS et al, 1991).
Souza e Carmel, (1996) relatam que, a técnica de Duhamel tem sido realizada através da
videolaparoscopia e os resultados têm também sido bastante satisfatórios.
Dos cuidados de enfermagem prescritos, podem ser evidenciados por Craven e Hirnle,
(2006):
Orientações;
Explicações;
Incentivo ao tratamento;
Apoio psicológico;
a cirurgias do cólon:
• aceitação alimentar;
• náusea/vômito;
• distensão abdominal;
• eliminação de flatus;
• ruídos hidroaéreos;
cirurgia de Duhamel-Haddad:
do cólon;
sentado;
• banho no leito
• banho de aspersão
• higiene oral
• saída do leito
• deambulação
• curativos
• higiene do coto
• movimentação no leito
• autocuidado
• ingesta alimentar
• higiene íntima
3.Verificar e anotar:
• Sinais vitais;
• Diurese;
• ruídos hidroaéreos;
• débito da ostomia;
• aspecto do coto;
4. Observar e anotar:
• jejum;
• padrão respiratório;
• hidratação;
• distensão abdominal;
• algias abdominais;
• algias;
• aceitação da dieta;
• edemas;
• náusea/ vômito;
• sangramentos;
• tosse e expectoração;
• evacuação;
• flatus;
• nível de consciência;
• pupilas;
• desconforto respiratório;
• perfusão periférica;
• arritmias;
• dispnéia;
• palidez;
• deiscência;
• presença de secreção;
• lipotímia;
• peso em jejum;
CONCLUSÃO