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Centro de Capacitação Profissional – CCP

Curso: Auxiliar de escritório/Administrativo

Capítulo 1 – Competências e habilidades

O auxiliar de escritório é aquele profissional que atua no serviço administrativo de empresas e


instituições, realizando atividades nos setores do escritório, compras, vendas, recursos humanos
e arquivos.
Para um bom desempenho de suas funções e aprovação pela chefia, o auxiliar de escritório deve
estar atendo a alguns fatores importantes, tais como:

1) Pontualidade
Seja pontual. Chegue sempre no horário. Se o trânsito não ajuda, saia mais cedo de casa para
conseguir chegar a tempo no local de trabalho. Atrasos constantes são inaceitáveis e podem
comprometer sua permanência no emprego.

2) Assiduidade
Procure não faltar. Quando você não comparece, todos os processos na empresa ficam parados e
atrasados. Além disso, o mercado está muito competitivo; é bem provável que seu chefe contrate
outro profissional que atenda melhor as expectativas da empresa.

3) Agilidade
Não enrole para fazer suas atividades. Seja eficiente e objetivo. Procure resolver suas obrigações
no menor tempo possível. No caso de atraso de alguma tarefa, comunique seu chefe.
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4) Atenção no trabalho
Como a função do auxiliar de escritório é lidar com muitos papeis e documentos, toda atenção
deve ser dispensada na execução de suas atividades. Lançamentos equivocados e
arquivamentos errados comprometem o seu desempenho e o andamento da rotina da empresa.

5) Discrição
Seja um profissional discreto. Nada de ficar conversando ou rindo alto, fazendo fofoca ou
comentário sobre a empresa ou qualquer um dos funcionários lá dentro. Além de ser
desagradável é falta de educação, você pode sofrer punições severas.

6) Aprimoramento constante
Procure manter-se atualizado e aprimorar as atividades nas quais você não tenha muita prática.
Assim você se manterá competitivo e demonstrará comprometimento e empenho com os
resultados da empresa.

7) Apresentação pessoal e higiene


Um bom auxiliar de escritório deve estar atento à sua apresentação pessoal.
O modo como você se veste e os cuidados com a higiene dizem muito de você e da empresa para
a qual você estará trabalhando.
Ao fazer parte da equipe de uma empresa, sua apresentação automaticamente começa a refletir
os valores da empresa. Você será um representante dela. Então, trate de cuidar da sua aparência.
Dê especial atenção às boas práticas de higiene, ao bom comportamento pessoal, pois
microorganismos habitam nosso corpo. Você deve:
 Usar uniformes e roupas sempre limpas;
 Usar calçados fechados;
 Usar cabelos aparados e limpos;
 Fazer a barba diariamente;
 Manter suas unhas sempre curtas e limpas;
 Ter as mãos sempre limpas;
 Escovar os dentes após cada refeição.
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Capítulo 2 – Organização de empresas

A empresa

Uma empresa é uma organização particular, governamental, ou de economia mista, que produz e
oferece bens (produtos) e/ou serviços, com o objetivo de obter lucros.

Em outras palavras...

É um conjunto organizado de meios com vista a exercer uma atividade particular, pública ou de
economia mista, que produz e oferece bens e ou serviços, com o objetivo de atender alguma
necessidade humana.

Um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado e que satisfaça um desejo
ou uma necessidade. Mas ele é muito mais do que apenas um objeto físico, é o pacote completo
de benefícios ou satisfação que os compradores percebem que obterão se adquirirem o objeto.

Um serviço é um bem intangível de que não se tem posse. Ao contrario do produto, que é um
objeto, o serviço é um trabalho prestado por alguém que recebe um pagamento em dinheiro por
ele, como exemplo podemos citar: uma consulta médica, uma vivência num parque temático, o
trabalho de uma babá, um concerto de um técnico, o fornecimento de água e energia elétrica etc.

Os bens e serviços oferecidos pelas empresas destinam-se a pessoa física e jurídica. A priori,
toda empresa é uma empresa jurídica. Vamos conhecer estes conceitos na próxima aula.
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Princípios orientadores

Para seu bom funcionamento as empresas devem levar em consideração os seguintes princípios:

Organização

Planejamento

Direção

Controle
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As empresas se classificam da seguinte forma:

Objetivos sociais Estrutura Setor econômico

 Comerciais  Individuais  primário: corresponde à agricultura.


 Industriais  Coletivas  secundário: corresponde à industria.
 Prestação de serviços  Públicas  terciário: corresponde aos serviços
 Mistas.

Pelo fim (finalidade) Pelo tamanho Pelo número de proprietários

 fim lucrativo  micro empresa  empresa em nome individual


 fim não lucrativo  pequeno porte  soc. quotas respons limitada (ltda)
 médio porte  sociedade anônima
 grande porte  cooperativas

As empresas segundo o objetivo social podem ser:


a) Comerciais: Compram e revendem produtos sem tê-los produzidos. Este tipo de empresa
faz a intermediação entre quem fabrica e quem consume.
Ex.: Supermercados, papelarias, lojas de roupas, etc.

b) Industriais: A partir da matéria-prima, produz (fabrica) produtos diversos que serão


comercializados por elas mesmas ou por empresas intermediárias (comerciais).
Ex.: Indústrias têxteis, indústrias automobilísticas, indústrias de alimentos, etc.

c) Prestadoras de serviços: As empresas prestadoras de serviços não produzem e nem


comercializam produtos, elas ocupam-se em ofertar serviços diversos.
Ex.: Escolas, empresas de telefonia, empresas de manutenção, etc.
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Definições importantes

Pessoa física e pessoa jurídica

Pessoa física é todo o individuo (isto é, a pessoa), desde seu nascimento até a morte, com
direitos garantidos por sua própria existência e por pertencer a um grupo social. São direitos da
pessoa física: a vida, a liberdade, a associação, o consumo, produção e lazer.

Pessoa jurídica é qualquer instituição (empresa, sociedade, corporação etc.) que personaliza e
individualiza, distinguindo-se das pessoas físicas que a formam. Sua existência depende de
aspectos legais: para serem formadas, precisam cumprir determinados requisitos e só podem ser
desenvolvidas por força da lei ou por acordo de seus componentes. Sujeita a direito e deveres,
como a capacidade de entrar em contatos e processar ou ser processada, a pessoa jurídica
geralmente é uma organização, como uma corporação ou um governo.
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Hierarquia e fluxo empresariais

O que é organograma?

O organograma é um diagrama que mostra as relações de funções, departamentos e indivíduos


dentro de uma organização. Ele estabelece a hierarquia dentro das organizações e demonstra
quais departamentos e funcionários estarão subordinados aos outros superiores.
Pelo organograma você tem uma visão global da empresa e de todos os departamentos. Além
disso, ele orienta as decisões e comunicados de rotina.

O que é um fluxograma?

O FLUXOGRAMA representa
(através da demonstração gráfica) uma
seqüência de trabalho qualquer, de
forma detalhada (pode ser também
sintética), onde as operações ou os
responsáveis e os departamentos
envolvidos são visualizados nos
processo.

Principais objetivos:
 Padronização na representação dos
métodos e os procedimentos;
 Descrever com maior rapidez os
métodos;
 Facilitar a leitura e o entendimento
das rotinas e procedimentos;
 Identificar os pontos mais
importantes das atividades;
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DEPARTAMENTO DE EMPRESA
Os departamentos

O departamento é a menor fração da estrutura da empresa para os efeitos de organização


administrativa da instituição. Cada empresa é dividida em diversos departamentos, cada qual com
o grupo de atividades e responsabilidades próprias.
A divisão da empresa em departamentos é para facilitar o trabalho. É a organização da mesma
com a distribuição de funções e atividades pertinentes a cada um. Assim, objetiva-se um melhor
aproveitamento e desempenho, com otimização dos resultados, uma vez que cada departamento
terá um foco menor de atuação e atenção.

Departamento de compras
O departamento de compras é de suma importância para uma empresa. Ele age estrategicamente
visando comprar os melhores componentes, nas melhores condições de preço, prazo, descontos,
vantagens e com a melhor qualidade.

Departamento de estoque/almoxarifado
O departamento de estoque responde pelas funções de recebimento, armazenamento e
distribuição dos materiais. É onde ficam armazenados os produtos e insumos da empresa. Ele
deve ser monitorado constantemente, verificando-se a necessidade de efetuar reposições e
evitando a falta de algum material.
As principais funções do almoxarifado são:
 Controle diário de entrada e saída de material.
 Controle de estoque.
 Requisição de material no caso de falta.
 Recebimento, controle e acondicionamento de material.
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 Controle de entrada de notas fiscais de compra de peças de consumo.

Departamento de crédito
Muitas empresas disponibilizam em sua estrutura o departamento de crédito. É neste
departamento que será avaliada a possibilidade de venda a crédito para algum cliente. Nele são
requisitados documentos que comprovam a renda do cliente, são coletados dados cadastrais
como endereço e referências comerciais. É onde será feita a proposta de crédito com os planos e
prazos de pagamento.

Departamento de vendas
É o departamento responsável pelas vendas da empresa, é o responsável pelo seu lucro.
Funções do departamento de venda:
 Emissão de nota fiscal.
 Televendas.
 Vendas no balcão.
 Recebimento de venda à vista.
 Controle de saída de mercadoria.
 Controle de entrega
 Controle de venda antecipada.
 Controle de permuta.
 Controle de empenho.
 Fechamento de vendas diárias.
 Controle diário e mensal de frete.
 Mapa de faturamento.
 Entrega de pedágio.

Departamento de cobrança e contas a receber


Este departamento é responsável pelas contas a vencer e por cobrar de clientes inadimplentes.
Nele os funcionários têm a tarefa difícil e chata de cobrar quando um cliente se recusa a honrar
seus compromissos, tendo que agüentar diversas desculpas e explicações pelo não pagamento.

Departamento de tesouraria/financeiro
A tesouraria ou departamento financeiro é aquele que controla toda a parte financeira da empresa,
reunindo documentos e notas fiscais que auxiliarão o departamento de contabilidade. É dele
também que sai qualquer cheque ou pagamento a clientes e fornecedores.
Funções do financeiro:
 Recebe e arquiva notas fiscais.
 Recebe e arquiva boletos de cobrança de clientes e fornecedores.
 Emissão de cheques de pagamento.
 Faturamento.
 Registro de contas a pagar e receber.
 Quitação de pagamento de clientes e fornecedores.
 Emissão de cobrança.
 Envio de cobrança para o banco.
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Departamento de contabilidade
O departamento de contabilidade é o responsável por planilhas, controle das contas, acerto de
impostos e pelo acompanhamento do desempenho da empresa.
Funções da contabilidade:
 Classificação dos documentos.
 Planilha para lançamentos.
 Conciliação das contas.
 Fechamento de balanço trimestral e anual.
 Classificação das notas fiscais.
 Planilha de lançamentos.
 Fechamento da apuração do ICMS.
 Classificação de notas fiscais de saídas.
 Apuração de ISS.

Departamento de pessoal
O departamento de pessoal é o setor que controla todas as informações relativas aos funcionários
e documentos trabalhistas. É nele que estão todas as informações sobre salários, férias
afastamentos, licença, impostos de renda, controle etc. em muitas empresas este departamento
recebe o nome de RH – Recursos Humanos.
Funções do departamento de pessoal:
 Gerar folha de pagamento.
 Cálculo do INSS (Instituto Nacional de Segurança Social), FGTS (fundo de garantia por
Tempo de serviço), PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para
financiamento da Seguridade Social).
 Organizar e secretariar as reuniões da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes).
 Agendar e controlar o PCMSO (Programa de Controle médico de Saúde Ocupacional).
 Controle dos exames de saúde dos funcionários.
 Organizar e acompanhar o trabalho dos membros da cooperativa na empresa.
 Controle do cartão de ponto.
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Capítulo – 3 DOCUMENTOS COMERCIAIS

O cheque

O cheque é um documento impresso, por meio do qual o titular de uma conta-corrente emite
ordem para um banco pagar ou transmitir certa quantia de dinheiro a favor de outra pessoa
(o beneficiário).

A operação com cheque envolve três agentes:


Emitente: (emissor ou sacador), que é aquele que emite o cheque;
Beneficiário: que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido; e
Sacado: que é o banco em que está depositado o dinheiro do emitente.

Vários tipos de cheques:

Cheque ao portador

É aquele cheque preenchido sem nome do beneficiário (quem receberá o cheque). Isto significa
que, quem quer que se apresente com o cheque pode retirar o dinheiro no banco.
Até provar o contrário, a pessoa que estiver portando o cheque é considerada a dona dele para
todos os efeitos. Por isso, o cheque ao portador não é seguro.

Cheque Nominal
É o cheque em que declaramos o nome da pessoa ou empresa para o qual estamos fazendo
determinado pagamento. Com isto, o beneficiário do cheque não pode alegar, depois, que não
recebeu.
Em caso de perda do cheque nominal, o emitente (quem deu o cheque) e o beneficiário (quem
recebeu o cheque) estarão mais seguros, porque nenhuma outra pessoa poderá receber o
dinheiro junto ao banco, pois terá que se identificar para descontá-lo.
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Cheque cruzado
É o cheque que não pode ser descontado na boca da caixa. Ele só pode ser depositado em uma
conta. Cruzar um cheque é bem mais seguro, e para fazê-lo basta dar dois riscos paralelos em
diagonal na folha.

Cheque visado
É aquele que o banco sacado da um visto comprovante de que o emitente (cliente do banco)
possui fundo correspondente à quantia sacada. É um cheque com o visto do gerente.

Cheque sem fundos


Aquele que o emitente não possui fundos no banco, ou seja, ele emite o cheque sem ter o
dinheiro suficiente na conta. Quem recebeu o cheque não vai conseguir o valor correspondente,
ficando no prejuízo.
Este cheque também é conhecido como borrachudo.

Emissão premeditada de cheques sem fundo é crime de estelionato.

Devolução de cheques - motivos para devolução pelo banco:


Cheque sem fundos:
motivo 11 - cheque sem fundos na primeira apresentação;
motivo 12 - cheque sem fundos na segunda apresentação;
motivo 13 - conta encerrada;

Cheque especial
O cheque que permite ao emissor sacar até uma garantia máxima estipulada pelo banco, mesmo
que, no momento, não existam em sua conta fundos correspondes. É um serviço oferecido pelos
bancos geralmente a clientes idôneos.

Cheque administrativo
O cheque que serve para operações efetuadas entre bancos.

Cheque pré-datado
Cheque que deverá ser descontado ou depositado em uma data futura previamente estipulada.
Por exemplo, quando você compra um produto e paga com cheque para daqui a 30 dias. Neste
caso você emite o cheque num dado momento e ele só será compensado numa outra data. No
caso citado, daqui a um mês.
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Títulos e documentos de cobrança

Nota Promissória

Título de crédito nominal, emitido pelo devedor diretamente a seu credor que representa
promessa de pagamento em um prazo determinado.
A nota promissória é um documento assinado pelo devedor, comprometendo-se a quitar a dívida
com o credor, numa data estipulada entre eles. Caso o valor não seja pago na data marcada, o
credor pode levar o devedor a protesto da dívida e cobrá-la. Judicialmente.
É passível de transferência mediante endosso, isto é, se o devedor assinar atrás da nota
promissória, quem estiver em posse dela passa a ser o credor.

Duplicata

Tipo de crédito nominativo


pelo qual o comprador fica
obrigado a pagar, em
determinada data a quantia
corresponde à fatura da
mercadoria vendida a prazo.
Ou seja, quando você compra
uma televisão a prazo, aquele
carnê que vem em seu nome,
com todas aquelas prestações
a serem pagas na datas
estipuladas é um tipo de
duplicata. Cada prestação é
uma duplicata, tendo você
como devedor e a loja como
credora.
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Boleto
Impresso, expedido por
firma, instituição financeira
etc., de registro de dívida e a
efetuação de seu
pagamento. O boleto nada
mais é que um documento
emitido por alguma empresa
que descreve um débito a
ser quitado. Geralmente vem
com um código de barras.
Por exemplo, um boleto de
cartão de crédito é o extrato
que você recebe constando o
valor a ser pago em uma
data especifica.

Recibo

Reconhecimento escrito de que se recebeu dinheiro, valores etc.; quitação.


Por exemplo, quando o devedor paga o valor devido à empresa ele pode exigir o recibo, que é o
documento que comprova que a dívida foi paga. Ou quando você vai a um médico particular e
paga a consulta, você deve pedir o recibo, que comprova que você ali, naquela data pagou aquele
valor.
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Nota fiscal

É um documento fiscal que comprova


a compra de um determinado produto
ou serviço e que tem por fim o
recolhimento dos impostos referentes
à circulação de bens e serviços.
Geralmente possui várias vias, cada
uma com a cor da folha diferente -
branco, rosa, azul, amarelo, verde
etc.
Por exemplo, quando um cliente
compra um produto na empresa que
você trabalha; este produto deve sair
com a nota fiscal. Ela será a garantia
dele caso precise acionar a empresa
por qualquer motivo ou transportar a
mercadoria de um lugar a outro.
Comprovando que a comprou, que a
mercadoria é dele ou de alguém que
a pagou.

Tipos de Notas Fiscais :


· Mod. 1 - Nota Fiscal de entrada e saída de mercadorias.
· Mod. 2 - Nota Fiscal de venda a consumidor (pode ser substituída pelo “cupom fiscal” )
. Modelo A – Prestação de serviços

Requisitos :
Denominação “Nota Fiscal”;
Número de ordem, série/ subsérie e o número da via;
Natureza da operação (venda, devolução, remessa para demonstração);
Data de emissão;
Nome do titular (pessoa física, pessoa jurídica),endereço, inscrição estadual e CNPJ;
Nome do destinatário (adquirente de produtos e serviços, endereço, inscrição estadual e CNPJ);
Data de saída das mercadorias
Discriminação das mercadorias (quantidade, marca, tipo, modelo, espécie e discriminação possível de
produtos);
Classificação fiscal dos produtos, no caso de produtos industrializados;
Base de cálculo do ICMS;
Nome do transportador endereço e placa do veículo;
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Forma de acondicionamento dos produtos (quantidade espécie e peso, etc.).

Conceitos importantes de economia

O que é o patrimônio?

O patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e


obrigações economicamente apreciáveis
pertencente a uma pessoa ou a uma empresa. Ou
seja, tudo o que pertence a uma empresa é seu
patrimônio. Isso engloba imóveis, maquinário, bens,
aplicações financeiras e tudo que pode ser
convertido em dinheiro.

O que é receita?

Soma de todos os valores recebidos em determinado período (um dia, um mês, um ano) por uma
pessoa, entidade ou empresa, que corresponde aos recebimentos pelas vendas à vista, pelas
partes referentes às vendas a crédito e por eventuais rendimentos de aplicações financeiras.
Em outras palavras, é a soma de todos os valores referentes às vendas no período – dia, mês,
ano etc.
O que é custo (despesa)?

Entende-se por custo a soma


dos valores de bens e
serviços consumidos e
aplicados para obter um
novo bem ou serviço.
Em outras palavras: tenho
uma fábrica que produz
5.000 parafusos ao mês. O
meu custo é a soma da
quantidade de metal gasto,
mais a conta de energia,
mais o salário dos
funcionários, mais as
despesas administrativas
pata ter a empresa
funcionando, como o
telefone, papel, caneta, café,
imposto etc.
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O que é lucro?

O lucro é a diferença entre a receita e o curso de produção.

Assim temos: L=R-D


L – lucro
R – receita
D – despesas (custos)

Livro de caixa
O livro de caixa é o registro de controle de entradas e saída do seu caixa. É nele que é anotado
todo o dinheiro que entra e sai da sua empresa. É um documento muito importante e deve ser
registrado com muito critério.
É através do livro caixa que se faz o controle financeiro da empresa e observa-se a evolução
desse desempenho.
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Capítulo – 4 Arquivo – Técnicas de arquivamento

O arquivo

Um arquivo é o conjunto de documentos


que, independentemente da natureza ou
do suporte, são reunidos por processo
de acumulação ao longo das atividades
de pessoas físicas ou jurídicas, públicas
ou privadas, e conservadas em
decorrência de seu valor.
O arquivo pode ser físico ou virtual. O
físico engloba todas as pastas e
armários onde ficam guardados os
documentos. O virtual é aquele arquivo
guardado no computador e aberto ou
acessado quando se precisa consultar
algum item.

O que é como arquivar

As empresas devem estar atentas aos prazos legais para arquivar e manter documentos. O
comum é imaginar que todos os documentos devem ser guardados por cinco anos, mas não deve
ser sempre assim.

Veja abaixo alguns exemplos e os prazos de arquivamento:

 Informações sobre atividades com exposição de agentes químicos, adicional de


periculosidade e insalubridade, além de documentos, devem ser guardados por cinco
anos, mas não deve ser sempre assim.
 Guia de recolhimento do salário de educação, que comprova o pagamento do beneficio
pela empresa para o empregado, fiscalizando pelo FNDE (Fundação nacional de
desenvolvimento educacional), secretaria de educação e INSS, deve ser preservado por
dez anos.
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 Autos de infrações do INSS, emitidos pela fiscalização quando da existência de


irregularidade na empresa, devem ser mantidos também por dez anos.
 Comprovante de recebimento de vale refeição e vale transporte, assinados pelo
empregado devem ser preservados por cinco anos.

Demais documentos ficam a critério de cada


empresa. Controle de clientes, por exemplo, varia
de empresa para empresa. É comum que alguns
clientes voltem a empresa após alguns anos.
Nesse caso, manter o registro de suas compras,
formas de pagamento, solicitações e
necessidades pode ser muito útil.

Sistema físico de arquivamento

Arquivo vertical
O arquivo vertical é aquele composto, geralmente, por armários de aço, com gavetas grandes
onde são inseridas as pasta de documentos. Pode ser também em madeira.
Para se ter acesso aos documentos, basta puxar a gaveta e selecionar a pasta pretendida.
Este é o tipo de arquivo físico mais comum e mais utilizado.

Arquivo horizontal
O arquivo horizontal é aquele no formato de uma mesa/caixote, onde são guardados os
documentos. O tampo superior geralmente é no formato corrediço. Para se ter acesso aos
documentos, basta se aproximar dos arquivos, abrir o tampo da mesa deslizando-o para a direita
ou para a esquerda, e então pegar o documento que você necessita. É um tipo de arquivo
menos comum, que já foi muito utilizado nos bancos.
Outro formato de arquivo horizontal é o fichário de mesa ou em pasta com divisória.

Tipos de arquivo

Os arquivos são classificados em três tipos: ativo, inativo e morto. A esses tipos relaciona-se a
freqüência do uso ou consulta.
• Arquivo morto: onde estão guardados documentos que nunca ou pouquíssimas vezes são
consultados. Apesar da condição desse tipo de arquivo, não deve ser considerado depósito de
lixo.
• Arquivo inativo: armazena documentos com pouca freqüência de uso. Uma boa opção para
esse tipo de arquivo, quando há grande quantidade de documentos, é a microfilmagem, cujo
processo de reprodução fotográfica reduzida atinge 95% do tamanho original do documento.
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• Arquivo ativo: guarda documentos que são utilizados com muita freqüência, documentos em
processo de conclusão e, também, do ano letivo.

Métodos de arquivamentos

Alfabético, Numérico e Alfanumérico:

O sistema alfabético é o
mais comum. Nesse modo
de arquivamento, as
pastas ou documentos são
arquivados em ordem
alfabética pelo nome da
pessoa, empresa ou
evento.

Pode-se também arquivar:

 Por assunto: Os documentos são organizados por assunto (idênticos ou similares);


 Considerando aspectos geográfico-espacial: Todos documentos de uma determinada
região (UF, cidades e localidades) são reunidos;
 Ordem cronológica: Organiza-se os documentos por ordem cronológica. Ex.
documentos do ano 2008 – 1º semestre.
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Capítulo – 5 Redação empresarial

OFÍCIO

É quase que exclusivamente utilizado no serviço público, na comunicação entre chefias e com o
público externo. Na empresa privada só é utilizado quando dirigido ao serviço público. Seu
conteúdo é formal, sem os exageros do passado, quando se utilizavam mais linhas para a
introdução e para o fecho do que propriamente para o conteúdo. Como, geralmente, é dirigido a
autoridade, é necessário observar o tratamento que cada cargo exige.

O ofício está para a empresa pública como a carta comercial e o memorando estão para a
empresa privada. É, portanto, um instrumento de Relações Públicas, como a carta comercial.

O Manual de Redação, da Presidência da República, recentemente elaborado, apresenta o ofício


com algumas inovações. Esse novo modelo é para ser aplicado em todo o serviço público federal
brasileiro, poderá, todavia servir de parâmetro para a empresa privada. Segundo esse manual, as
formas vocativas foram modificadas, assim ficando:

 Para os chefes de Poder usa-se Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo, por
exemplo:
- Excelentíssimo Senhor Presidente da República.
- Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional.
- Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

 As demais autoridades serão tratadas pelo vocativo Senhor, seguido do respectivo cargo,
como:
- Senhor Senador. - Senhor Ministro.
- Senhor Juiz. - Senhor Governador.

 No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por


Vossa Excelência terá a seguinte forma:
- Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal
Ministro da Justiça
70.064 - Brasília/DF

- Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal
Senador Federal
70.160 - Brasília/DF
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Outra alteração que eliminou parte do formalismo do ofício foi a exclusão do uso do tratamento
DD. ( digníssimo) e M.D. (mui digníssimo) às autoridades, curiosamente sob a alegação de que a
dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua
repetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares, sendo o vocativo
adequado: Senhor (cargo).

O endereçamento a ser colocado no final do texto do ofício será assim:

 Para chefes do poder e demais autoridades:

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal

Presidente do Congresso Nacional

Brasília/DF

 Para aquelas autoridades cuja forma de tratamento empregada é apenas Vossa


Senhoria, elimina-se Ilustríssimo Senhor, ficando:

Ao Senhor

Fulano de Tal

Cargo

Guararapes/SP

É necessário sempre observar as formas de tratamento que cada cargo requer como a forma
vocativa. Exemplos peculiares são as utilizadas para juízes, reitores, bispos. A empresa privada
que procura formas de tornar sempre mais ágil sua correspondência já adotou o sistema bloco-
compacto para a estética também do ofício, que comprovadamente reduz o tempo da sua
elaboração.

MEMORANDO
O memorando é um documento utilizado para comunicação entre unidades, divisões ou setores
de uma instituição ou empresa. Trata-se de uma forma de comunicação escrita e eminentemente
formal, trazendo eficiência na transmissão de dados.
TIMBRE
Memorando nº (informar) Em, (dia) de (mês) de (ano).

Ao Senhor (indicar o nome e/ou cargo):

Assunto: Aquisição de Equipamentos de Informática.

Nos termos do plano de estratégia estabelecido na reunião mensal de julho deste ano, solicitamos a
Vossa Senhoria a tomada de orçamentos para aquisição de equipamentos novos de informática
para o departamento de Recursos Humanos.

As especificações deverão ser obtidas junto ao departamento de informática, e os orçamentos


deverão ser apresentados na próxima reunião que ocorrerá no próximo dia 28 para deliberação.

Atenciosamente,
(assinatura)
(nome completo)
(cargo)

CIRCULAR
É o meio de correspondência pelo qual alguém se dirige, ao mesmo tempo, a várias repartições
ou pessoas. É, portanto, correspondência multidirecional.

CIRCULAR Nº 13, 20 DE OUTUBRO DE 2006.

Senhor Secretário,

Comunico a Vossa Excelência que, por determinação do Senhor Governador do Estado do Paraná, dia
28 do mês em pauta, dia do Servidor Público, o expediente será normal nas repartições públicas do
Estado. Porém, será considerado ponto facultativo o dia 1º de novembro, segunda-feira. A medida não
abrangerá serviços que, por sua natureza, não admitem paralisação.
Atenciosamente,

Joana Santos,
Gerente de Contas.

Ao senhor
Otavio Cruz,
Secretário da Secretaria de Educação,
Nesta Capital.

RELATÓRIO
Um relatório é um tipo de documento impresso utilizado para reportar resultados parciais ou
totais de um determinado experimento, projeto, ação, pesquisa, ou outro evento, esteja ele
finalizado ou ainda em andamento.
Normalmente utiliza-se formatação padronizada, o que no entanto pode ser flexibilizado caso o
âmbito do mesmo seja interno ao setor executante ou grupo a que este último pertence.

Tipos de relatórios
Relatório de gestão anual – elaborado em período regulares (em geral, um ano civil, fiscal,
financeiro); nas empresas, é exigido por lei o estatuto, sendo destinado aos sócios acionistas ou à
população (empresas estatais).

Relatório de inquérito (policial, administrativo, etc.) – elaborado, eventualmente, para fins de


investigação, de estudo de normas de procedimento, de relato de visita.

Relatório parcial – elaboração para abranger uma fração de exercício ou de gestão (mensal,
trimestral, semestral).

Relatório de rotina – elaborado em função da rotina de trabalho de gerência, chefia e


equivalentes.

Relatório de pesquisa – elaborado por profissional técnico ou científico, ao final da pesquisa


(laboratório, campo, gabinete).

Relatório científico – elaborado por pesquisadores científicos, em função de atividades acadêmicas


ou para divulgação em revistas científicas.

Nome do relatório

Data:

Motivo:

Exposição:

Conclusão:

Assinatura

CARTA COMERCIAL

Carta comercial é a correspondência tradicionalmente utilizada pela indústria e comércio.

Belo Horizonte, 21 de novembro de 2006.

Para: Comercial Trancoso

A/C: José Ferreira/Contabilidade

Assunto: Cobrança

Prezado Senhor,

Nosso controle de pagamentos acusa, em sua conta, prestação vencida há mais de 10 dias,
motivo pelo qual pedimos a V. Sa. sua imediata regularização.

Tendo em vista que a emissão deste aviso é automática, por computador, caso V. Sa. já
tenha efetuado o pagamento até a data da entrega do mesmo, solicitamos inutilizá-lo.

Atenciosamente,

João de Moura

Departamento de Cobrança
ATA

As características básicas da formatação de atas são:

 texto completamente contínuo, sem parágrafos ou listas de itens - ou seja, reduzido como
se o texto inteiro fosse um único e longo parágrafo;
 números, valores, datas e outras expressões sempre representados por extenso;
 sem emprego de abreviaturas ou siglas;
 sem emendas, rasuras ou uso de corretivo;
 todos os verbos descritivos de ações da reunião usados no pretérito perfeito do indicativo
(disse, declarou, decidiu…);

Caso a ata esteja sendo registrada diretamente em livro de atas manuscrito, os confortos da
edição do texto não estarão disponíveis. Neste caso, se houver erro do Secretário, o mesmo
deverá ser imediatamente corrigido sem rasurar ou emendar, mas sim usando o “digo”, como no
exemplo: “(…) O diretor propôs adquirir imediatamente vinte mil, digo, trinta mil unidades de
matéria-prima (…)”. Caso perceba-se o erro apenas ao final da composição da ata, mas antes que
a mesma seja assinada, pode-se retificar no término do texto, como no exemplo: “Em tempo: onde
consta ‘vinte mil unidades de matéria-prima’, leia-se ‘trinta mil unidades de matéria-prima’”

DECLARAÇÃO (timbre da empresa ou instituição com nome e endereço)


Declaração é um documento que se assemelha ao atestado, mas que não deve ser expedido por
DECLARAÇÃO
órgão público.

Declaramos para fins de comprovação perante a UNIVERSIDADE DE SÃO


PAULO, Diretoria de Registros Acadêmicos, que _________________________
_______________________ estagiou nesta empresa, _______________________
(Departamento/Seção), cumprindo ___________horas, com o objetivo específico de
efetuar o trabalho sob o título _____________________________________necessário
para a obtenção do diploma de Bacharel em Administração.

A seguir, uma breve descrição das atividades exercidas pelo aluno no período de
estágio:


(Data)

______________________
nome e assinatura
(carimbo da empresa)
Sistema de e-mail

O envio e recebimento de uma mensagem de e-mail é realizada através de um sistema de correio


eletrônico. Um sistema de correio eletrônico é composto de programas de computador que
suportam a funcionalidade de cliente de e-mail e de um ou mais servidores de e-mail que, através
de um endereço de correio eletrônico, conseguem transferir uma mensagem de um usuário para
outro. Estes sistemas utilizam protocolos de Internet que permitem o tráfego de mensagens de um
remetente para um ou mais destinatários que possuem computadores conectados à Internet.

A desvantagem está na falta de conhecimento da grande maioria dos internautas e, ainda, os


spammers ou geradores de spam, grandes remetentes de vírus. Como podemos ver em seguida:

 Spam - mensagens de e-mail não desejadas e enviadas em massa para múltiplas pessoas
por um spammer, agente difundidor dessas mensagens, que normalmente possui
propagandas indesejadas, códigos maliciosos e vírus diversos;
 Vírus - As mensagens de e-mail são um excelente veículo de propagação de vírus,
sobretudo através dos ficheiros (arquivos) anexos. Por isso recomenda-se nunca baixar
um ficheiro (arquivo) tipo .exe ( executáveis) ou outros suspeitos;
REQUERIMENTOS

Requerimentos são instrumentos utilizados para os mais diferentes tipos de solicitações às


autoridades ou órgãos públicos. A DE
SOLICITAÇÃO seguir, apresentamos
INSTALAÇÃO um modelo,
DE DISTRITO que pode ser adaptado
POLICIAL
para os diferentes casos. Nele, podemos observar as seguintes partes:
Exmo. Senhor,
A AUTORIDADE DESTINATÁRIA (usa-se Excelentíssimo (Exmo.) para Juiz, Promotor,
Senadores,
SecretárioDeputados, Vereadores,
de Segurança Pública doPresidente da República,
Estado de São Paulo Governador, Prefeito e Ministros
de Estado.
Senhor Secretário,
NOME E QUALIFICAÇÃO DO REQUERENTE
__(nomeEcompleto)___,
EXPOSIÇÃO SOLICITAÇÃO brasileiro(a),__(estado civil)__, __(profissão)__, portador da Cédula de
Identidade
PEDIDO R.G. nº ___________, residente na Rua _____________, nº ______, Bairro de
DE DEFERIMENTO
_________,
LOCALIDADE cidade e Município de _______________, vem à presença de V.Exa. para expor e
E DATA
requerer
ASSINATURA o que segue:

(Exemplo)
Na localidade em que o requerente reside tem aumentado muito o número de assaltos, agressões e
até mortes, dada a insegurança que passou a existir no local nos últimos tempos. Já não é possível
transitar com o mínimo de tranqüilidade nem mesmo durante o dia.

Diante do exposto, a fim de garantir a segurança dos moradores e facilitar o acesso à Polícia, requer
a V.Exa. sejam adotadas as providências necessárias para a instalação de um Distrito Policial no
bairro, bem como a presença ostensiva de policiamento.

Pede Deferimento
__________________________
Local/data

_______________________
Nome/assinatura
Capítulo – 6 Português Funcional

O que é ler?

Ler significa conhecer, interpretar, decifrar. A leitura é um processo de interação entre o leitor e o
texto; nesse processo tenta-se satisfazer (obter uma informação pertinente para) os objetivos que
guiam a leitura, isto é, o leitor constrói o significado do texto.
Essa afirmação tem várias conseqüências. Em primeiro lugar, envolve a presença de um leitor
ativo que processa e examina o texto. Também implica que sempre deva existir um objetivo para
guiar a leitura; em outras palavras, sempre lemos para algo, para alcançar alguma finalidade. O
leque de objetivos e finalidades que faz com que o leitor se situe perante um texto é amplo e
variado: devanear, preencher um momento de lazer desfrutar; procurar uma informação concreta;
seguir uma pauta de instruções para realizar uma determinada atividade (cozinhar, conhecer as
regras de um jogo); informar-se sobre determinado fato (ler o jornal, ler um livro de consulta sobre
a Revolução Francesa); confirmar ou refutar um conhecimento prévio ou aplicar a informação
obtida com a leitura de um texto na realização de um trabalho, etc.
Uma nova implicação derivada da anterior é que a interpretação que os leitores realizam dos
textos que lêem depende em grande parte do objetivo da leitura. Isto é, ainda que o conteúdo de
um texto permaneça invariável, é possível que dois leitores com finalidades diferentes extraiam
informação distinta do mesmo. Assim, os objetivos da leitura são elementos que devem ser
levados em conta quando se trata de ensinar os indivíduos a ler e a compreender.
Ainda com relação às implicações da afirmação sobre o que é ler, ressalte-se o fato de que o leitor
constrói o significado do texto. Isso não quer dizer que o texto em si mesmo não tenha sentido ou
significado; felizmente, para os leitores, essa condição costuma ser respeitada. Entenda-se que o
significado de um escrito para o leitor não é uma tradução ou réplica do significado que o autor
quis lhe dar, mas uma construção que envolve o texto, os conhecimentos prévios do leitor. Os
textos que se lêem também são diferentes e oferecem diferentes possibilidades e limitações para
a transmissão de informação escrita. Não se encontra a mesma coisa em um conto e em um livro
de texto, em um relatório de pesquisa e em um romance policial, em uma enciclopédia e em um
jornal. O conteúdo muda, naturalmente, mas não se trata apenas disso. As diferentes estruturas
do texto – ou “superestruturas” (VAN DIJK, 1983) – impõem restrições à forma como se organiza
a informação escrita, o que obriga os leitores a conhecê-las, mesmo que, intuitivamente, para
compreender a informação de maneira adequada.
Para encerrar esta descrição das implicações da definição sobre o que é ler, há que se ressaltar
que a leitura sempre envolve a compreensão do texto escrito. Isso, que hoje parece óbvio, nem
sempre foi claramente aceito nas diversas definições da leitura que foram emergindo ao longo da
história, nas quais se detecta uma identificação desta atividade cognitiva com aspectos de
recitação, declamação e pronúncia correta, por exemplo.

Todo ponto de vista é avista de um ponto

A Águia e a Galinha - Leonardo Boff e James Aggrey.

Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a
partir de onde os pés pisam.

Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber
como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.

A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar
social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em
que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que
esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.

Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que
tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita.

REFLEXÃO
1. No texto, o autor associa, simbolicamente, a leitura e a compreensão de duas partes do corpo.
a) olhos e ouvidos
b) olhos e pés
c) olhos e cabeça
d) olhos e boca

2. “A partir de onde os pés pisam”, no texto, equivale, quanto ao sentido, a um outro trecho do
mesmo texto, Reescreva-o:
a) “A partir do mundo que habita”
b) “Como alguém vive”
c) “Com quem convive”
d) “Em que trabalha”

3. O texto apresenta a seguinte passagem: ”... como alguém vive, com quem convive, que
experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e
da morte, que esperanças o animam.” (3º. Parágrafo).
Que expressão mencionada anteriormente no texto é assim definida?
a) visão de mundo
b) cada um lê como olhos que tem
c) todo ponto de vista é a vista de um ponto
d) o lugar social
4. No texto qual a palavra que melhor sintetiza a idéia de que a leitura é um processo ativo,
participativo.
a) “cada um”
b) “co-autor”
c) “leitor”
d) “seus olhos”

5. Observe o seguinte trecho do texto: “A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam.” Nesse
período, fica clara a idéia de que um dos responsáveis pela construção da visão do mundo do homem
é:
a) os dramas da vida
b) a morte
c) o contexto social
d) a esperança

6. No texto os pés relacionam-se à:


a) leitura
b) releitura
c) interpretação
d) compreensão

7. No texto, o aspecto sensorial ligado à leitura é?


a) a visão
b) a audição
c) o olfato
d) o tato

Uso do EU e do MIM

Só se usam os pronomes eu e tu quando funcionarem como sujeito de um verbo. Perceba, então,


que o segredo é este: analisar sintaticamente a oração; caso o pronome funcione como sujeito,
use “eu” ou “tu”; senão, use “mim” ou “ti”.

Por exemplo:

“Era para eu sair mais cedo hoje”, pois o sujeito de “sair” é o pronome “eu”;

“Ela trouxe o livro para mim”, pois o pronome não funciona como sujeito.

Agora preste atenção a esta frase:

“Foi difícil para mim conseguir o emprego.”

Parece estar errada, não é mesmo? mas está certa, pois o pronome não funciona como sujeito,
como à primeira vista possa parecer.
Na verdade, “conseguir o emprego” é uma oração que funciona como sujeito do verbo “ser”.
Observe a inversão:

“Conseguir o emprego foi difícil para mim.”

Percebeu como o pronome não funciona como sujeito? Isso ocorre quando surgir “custar, faltar,
restar, bastar ou verbo de ligação com predicativo do sujeito”:

“Custou para mim aceitar a situação.”

“Falta para mim conversar com três candidatos.”

“Resta para mim explicar duas teorias.”

“Basta para mim ter você ao meu lado.”

“É necessário para mim aguardar ordens superiores.”

Uso de MAU e MAL

MAU, o contrário de bom, é adjetivo – portanto sempre acompanha um substantivo – e tem o


feminino má (plural: maus e más):

Fez um mau negócio, num mau momento.

Os homens maus e as mulheres más sempre se dão mal.

O lobo mau enfrentou um homem bom.

MAL tem por antônimo a palavra bem e pode ser:

(1) advérbio de modo; neste caso fica invariável e no mais das vezes acompanha um verbo ou um
adjetivo:

Quando ele se comporta mal, nada vai bem.

Isso pegou mal.

Ela joga muito mal.

Ele é mal-humorado.

Estamos mal servidos

GRAMÁTICA (texto:Todo ponto de vista é avista de um ponto)

1. Quanto à ortografia, estão corretas todas as palavras da alternativa:


a) atrazo, deárea, apição, logista.
b) atraso, diárea, opção, logista.
c) atraso, diária, opção, lojista.
d) atrazo, diária, opção, logista.

2. A alternativa que apresenta um plural incorreto é:


a) cidadões
b) açúcares
c) quaisquer
d) artesãos

3. Assinale a frase em que há erro no emprego do “mal” ou “mau”.


a) O escrivão escreve mal.
b) Mal ele chegou, voltou a sair.
c) O jogador caiu de mau jeito.
d) Estavam mau acostumados em casa.

4. Complete a frase abaixo com a opção correta:


Ela _______ reconhecia que era ______ atrapalhada nos exames; era por isso que nunca
aparecia entre as três ______ colocadas.
a) mesmo meia melhores
b) mesmo meia mais bem
c) mesma meia melhores
d) mesma meio mais bem

5. Assinale a opção em que todos os vocábulos formam o plural em – ões (ex: botão/botões).
a) eleição, canção, opinião.
b) questão, alemão, operação.
c) confissão, nação, cristão.
d) balão, irmão, tubarão.

6. Complete as frases abaixo com a opção correta:


Se todas as pessoas ______ boas relações e __________ as amizades, viveriam mais felizes.
a) mantivessem – refizessem.
b) mantivessem – refazessem.
c) Mantessem – refazessem.
d) Mantessem – refizessem.

7. O trato foi feito ____ mas ficou tudo para ____ fazer, embora aquela não fosse tarefa para ___.
a) com nós ---- eu ---- mim.
b) conosco ---- mim ---- mim.
c) com nós ---- mim ---- eu.
d) conosco ---- eu ---- mim.

PLEONASMO

Pleonasmo é uma palavra de origem grega que significa superabundância.


Chama-se pleonasmo o uso de expressão redundante.
Há dois tipos de pleonasmo: o pleonasmo vício de linguagem e o pleonasmo figura de linguagem.

1. Pleonasmo vício de linguagem ou pleonasmo vicioso é a repetição desnecessária de um


termo ou idéia. Muitas vezes, o uso do pleonasmo acontece porque, com o tempo, houve o
esquecimento do significado das palavras ou expressões.

Eis alguns pleonasmos viciosos:


Entrar para dentro Prever de antemão
Sair para fora Habitat natural
Subir para cima Conviver juntos
Descer para baixo Minha autobiografia
Hemorragia de sangue Estrelas do céu
Plebiscito popular Monocultura exclusiva
Ilha fluvial do Rio Guaíba Planos e projetos para o futuro
Consenso geral Segredo secreto
Opinião individual Produzir bons (ou maus) produtos
Unanimidade de todos Bela caligrafia
Encarar cara a cara Sonhar um sonho
Repetir de novo Há cinco anos atrás
Enfrentar de frente Gritar alto
Vereador municipal Amanhecer do dia
Erário público Elo de ligação
Decapitar a cabeça Acabamento final
Exultar de alegria Duas metades
Certeza absoluta
Centro de Capacitação Profissional – CCP

Curso: Auxiliar de escritório/Administrativo

2. Pleonasmo figura de linguagem.


Figura de linguagem é um recurso estilístico empregado para emprestar à frase “mais força
e colorido, intensidade e beleza.” O pleonasmo é uma figura de construção ou figura de sintaxe,
isto é, um recurso estilístico, quando tem a função de realçar a idéia, tornando-a expressiva,
deixando-a mais elegante, daí ser chamado de pleonasmo de reforço ou estilístico.
Exemplos:
Minha felicidade eu a conquistei.
A mim me parece certa a observação que ele fez.

Nessas duas frases, temos o emprego de objetos pleonásticos. Na primeira, houve a


repetição do objeto direto minha felicidade, ao usar-se outro objeto direto: o pronome a. Na
segunda, a repetição do objeto indireto a mim, ao empregar-se outro objeto indireto: me.
Os pronomes esse e isso são pleonásticos, quando reforçam quem, aquele que, e o que.
Exemplos:
Quem insistia em ficar na rua, esse estava sujeito a ser assaltado.
O que tu fizeste, isso não me importa.

Segundo Sacconi (1990, p. 399), “São pleonasmos aceitáveis: arrumar arrumadinho, fazer
bem feitinho, lavar bem lavadinho, limpar bem limpinho,etc. “
Encontra-se pleonasmo estilístico em muitos escritores:
Viana Moog:
“Sorriu para Holanda um sorriso ainda marcado de pavor.”
Manuel Bandeira:
“Chovia uma triste chuva de resignação.”
Vinícius de Morais:
”E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto.”

Roberto Carlos em sua conhecida canção “Detalhes” também empregou o pleonasmo:


“Detalhes tão pequenos de nós dois”

GERUNDISMO

Toca o telefone: era um rapaz muito simpático a fazer novo cadastramento do proprietário daquela
linha telefônica. Tentei me escapar dizendo que estava no nome do meu marido, mas fui "fisgada"
quando ele se saiu com esta:

 A senhora pode estar respondendo a duas ou três perguntas? Eu vou estar confirmando
os dados... blablablá... Nossa empresa vai estar lhe informando blablablá... A senhora vai
estar pagando diretamente em conta corrente...
 Espera aí, moço. Será que não dava para fazer algumas alterações nesse texto que você
acaba de ler?
 Como assim?? [surpreso e assustado]
 É o seguinte [me identifiquei melhor e...]: em vez de usar o verbo estar com o gerúndio, por
exemplo "estar respondendo", você vai direto para o verbo principal: "responder".
Centro de Capacitação Profissional – CCP

Curso: Auxiliar de escritório/Administrativo

 Ah, eu uso o presente...


 Não é bem o presente, é o infinitivo. Assim: em vez de dizer "pode estar respondendo",
você diz pode responder; "vou estar confirmando" fica vou confirmar; "vai estar lhe
informando" - vai lhe informar; "vai estar pagando" - vai pagar, e assim por diante.
 Está bem. Então posso estar continuando... ops!... pos-so con-ti-nu-ar [enfático] a
mensagem?
 Vamos lá.
 A senhora vai... [pausa] re-ce-ber em seu domicílio...

Isso não quer dizer que o gerúndio seja abominável. Pelo contrário: ele pode e deve ser usado
para expressar uma ação em curso ou uma ação simultânea a outra, ou para exprimir a idéia de
progressão indefinida. Combinado com os auxiliares estar, andar, ir, vir, o gerúndio marca uma
ação durativa, com aspectos diferenciados:

1) com estar, o momento é rigoroso:

Está havendo, hoje em dia, um certo abuso...


Os preços estão subindo todos os dias.
O país está entrando numa crise sem precedentes.

2) com andar, predomina a idéia de intensidade ou movimento reiterado:

Andei buscando uma saída para a crise.


Andaram falando mal de ti.

3) com ir, a ação durativa se realiza progressivamente:

O tempo foi passando e nada de solução.


Aos poucos ela vai ganhando a confiança do patrão.

4) com vir, a ação se desenvolve gradualmente em direção à época ou ao lugar em que nos
encontramos:

O livro não registra como tal expressão vem sendo usada pelos brasileiros.
A noite vai chegando de mansinho.

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